Terça feira - 30 de abril de 2013

Ouvir o Evangelho


Evangelho segundo S. João 14, 27-31a

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Deixo-vos a paz, dou-vos a minha paz. Não vo-la dou como a dá o mundo. Não se perturbe nem intimide o vosso coração. Ouvistes que Eu vos disse: Vou partir, mas voltarei para junto de vós. Se Me amásseis, ficaríeis contentes por Eu ir para o Pai, porque o Pai é maior do que Eu. Disse-vo-lo agora, antes de acontecer, para que, quando acontecer, acrediteis. Já não falarei muito convosco, porque vai chegar o príncipe deste mundo. Ele nada pode contra Mim, mas é para que o mundo saiba que amo o Pai e faço como o Pai Me ordenou».

Outras leituras do dia: Act 14, 19-28; Sal 144 (145), 10-11. 12-13ab. 21


Retomamos a leitura do capítulo 14 do Evangelho segundo S. João. Como em João 14, 1 também em João 14, 27 escutamos Jesus a dizer-nos: “Não se perturbe o vosso coração”.
Jesus vai deixar os discípulos e formula o seu último testamento. Os discípulos nada devem temer pois mesmo sem a presença física, Jesus continua presente, na fé, no meio deles.
Tento colocar-me no lugar dos discípulos de Jesus e intuo uma grande intimidade deles com o Seu Mestre, para acreditar nele e confiarem na sua Palavra.
Precisamos de olhar a vida numa nova dimensão - a espiritual - para vivermos plenamente.

Teófilo Júnior


Anunciar o Evangelho e confirmar na fé
Os discípulos de tantas e tantas comunidades
Que aderiram à Palavra e a Jesus de Nazaré
No meio de suas tribulações e dificuldades.

A porta da fé estava aberta aos pagãos,
Também eles se confiavam ao Senhor,
O coração em alegria, eram novos cristãos,
Cantando Jesus em novos hinos de louvor.

Acolhiam também a paz que Jesus oferece,
Não a paz do mundo, fruto de negociações,
Mas aquela paz que é fruto de uma prece,
A que vem de Deus e sacia nossos corações.

Não se perturbe vosso coração, não tenhais medo;
Eu vou, mas voltarei ainda; não ficais sós;
Alegrai-vos, não estais mais em nenhum degredo.
Estai comigo; no mundo sereis a minha voz.

Teófilo Minga, fms

Segunda feira - 29 de abril de 2013

Ouvir o Evangelho


Evangelho segundo S. Mateus 11, 25-30

Naquele tempo, Jesus exclamou: «Eu Te bendigo, ó Pai, Senhor do céu e da terra, porque escondeste estas verdades aos sábios e inteligentes e as revelaste aos pequeninos. Sim, Pai, Eu Te bendigo, porque assim foi do teu agrado. Tudo Me foi dado por meu Pai. Ninguém conhece o Filho senão o Pai e ninguém conhece o Pai senão o Filho e aquele a quem o Filho o quiser revelar. Vinde a Mim, todos os que andais cansados e oprimidos, e Eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei de Mim, que sou manso e humilde de coração, e encontrareis descanso para as vossas almas. Porque o meu jugo é suave e a minha carga é leve».

Outras leituras do dia: 1 Jo 1, 5 – 2, 2; Sal 102 (103), 1-2. 3-4. 8-9. 13-14. 17-18a

Santo do dia
S. Catarina de Sena, virgem e doutora da Igreja - Padroeira da Europa


“Oh abismo, oh Trindade eterna, oh Divindade, oh mar profundo! Que mais me podíeis dar do que dar-Vos a Vós mesmo?” – assim lemos no «Diálogo da Divina Providência» de Santa Catarina de Sena, padroeira da Europa, cuja festa hoje celebramos. 
Ó Pai eu te bendigo por tão grandes exemplos de vida. Oh como desejo ser discípula de Jesus, teu Filho e viver somente no vosso Espírito.
Rute Júnior


Deus é luz e nele não há treva alguma,
Dizer o contrário é cair na mentira
E deixar as certezas de Deus uma a uma,
Estar fora dos seus caminhos, da sua mira.

Caminhemos com Ele, instruídos na sua luz
E entre uns e outros nascerá a comunhão.
“Que todos sejam um!”. Assim rezava Jesus,
A mais genuína e a mais profunda oração.

Jesus também dava graças ao Pai sobretudo
Por revelar tantas coisas aos pequeninos
E não aos doutores da Lei que sabiam tudo
Ou que julgavam saber, eles tão finos.

Mas os pequenos são os preferidos do Senhor,
Assim como os que estão cansados e oprimidos:
“Vinde a mim, vós no peso de tanta dor…
Eu vos aliviarei; por mim fostes redimidos”.

Teófilo Minga, fms

Domingo - 28 de abril de 2013

Ouvir o Evangelho


DOMINGO V DA PÁSCOA

Evangelho segundo S. João 13, 31-33a.34-35

Quando Judas saiu do Cenáculo, disse Jesus aos seus discípulos: «Agora foi glorificado o Filho do homem e Deus foi glorificado n’Ele. Se Deus foi glorificado n’Ele, Deus também O glorificará em Si mesmo e glorificá-l’O-á sem demora. Meus filhos, é por pouco tempo que ainda estou convosco. Dou-vos um mandamento novo: que vos ameis uns aos outros. Como Eu vos amei, amai-vos também uns aos outros. Nisto conhecerão todos que sois meus discípulos: se vos amardes uns aos outros».

Outras leituras do dia: Act 14, 21b-27; Sal 144 (145), 8-9. 10-11. 12-13ab; Ap 21, 1-5a


Como poderemos amar-nos uns aos outros se não acolhermos o Amor?
Precisamos de aprender a amar. Se estivermos a ser discípulos de Jesus, Ele ensina-nos a amar. Ensina-nos a não recear perder para ganhar, a não ter medo de perdoar sempre, a ousar levantar quem está caído e é marginalizado…
Vamos aceitar viver a nossa vida amando de verdade e na verdade?

Rute Júnior


Viagens missionárias por tantos e tantos lados,
De Listra a Icónio, de Icónio a Antioquia,
Com homens de fé a serem responsabilizados
Pelo crescimento da comunidade no dia-a-dia.

Também aos pagãos se abrem as portas da fé
Que faz sonhar um céu novo e uma terra nova,
Fruto da morte e ressurreição de Jesus de Nazaré,
Certeza que nos deve fazer fortes em toda a prova.

A tenda de Deus será no meio de todos nós,
Não haverá mais lágrimas, nem mais morte,
Nem luto… Tudo isso não terá mais voz,
Cristo faz novas todas as coisas, é mais forte.

E depois o grande, o maior dos mandamentos:
“Amai-vos uns aos outros como eu vos amei”
Esta é a riqueza que enche todos os momentos
Da nossa vida: “O que eu fiz também vós fazei!”.

Teófilo Minga, fms

Sábado - 27 de abril de 2013

Ouvir o Evangelho


Evangelho segundo S. João 14, 7-14

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Se Me conhecêsseis, conheceríeis também o meu Pai. Mas desde agora já O conheceis e já O vistes». Disse-Lhe Filipe: «Senhor, mostra-nos o Pai e isto nos basta». Respondeu-lhe Jesus: «Há tanto tempo estou convosco e não Me conheces, Filipe? Quem Me vê, vê o Pai. Como podes tu dizer: ‘Mostra-nos o Pai’? Não acreditas que Eu estou no Pai e o Pai está em Mim? As palavras que vos digo, não as digo por Mim próprio, mas é o Pai, permanecendo em Mim, que faz as obras. Acreditai-Me: Eu estou no Pai e o Pai está em Mim. Acreditai ao menos pelas minhas obras. Em verdade, em verdade vos digo: Quem acredita em Mim fará também as obras que Eu faço e fará obras ainda maiores, porque Eu vou para o Pai. E tudo quanto pedirdes em meu nome, Eu o farei, para que o Pai seja glorificado no Filho. Se pedirdes alguma coisa em meu nome, Eu a farei».

Outras leituras do dia: Act 13, 44-52; Sal 97 (98), 1. 2-3ab. 3cd-4


Porque hei de eu querer conhecer Jesus?, pergunta alguém que desconhece Jesus e que não compreende o motivo pelo qual desejo tanto dá-lo a conhecer.
A resposta é fácil. Pensa em alguém que admires profundamente. Com certeza, gostarias de dar a conhecer esse tesouro.
E o que será conhecer? No Evangelho segundo S. João, este verbo aparece repetidas vezes. Na Bíblia conhecer vai muito para além de ter informações mais ou menos detalhadas sobre alguém. Consiste, sobretudo, em ter experiência da vida.

Rute Júnior


E os Judeus se enchem de inveja,
Falando contra Paulo e Barnabé
Que querem que o mundo pagão veja
Como eles, a Palavra proclamada da fé.

Sim, o apóstolo deve ser a luz das gentes,
A Palavra deve chegar aos confins da terra,
Alcançando todos os povos, diferentes
Mas unidos na mensagem que a Palavra encerra.

Mensagem que diz o Pai e também o Filho,
Mistério grande de revelação, a acreditar,
Luz para as nações de refulgente brilho
Que na fé queremos viver e aprofundar.

Acreditai: eu estou no Pai e o Pai em mim,
Acreditai pelo menos pelas obras que faço,
Tudo o que pedirdes no meu nome ou assim,
Será dom do céu a acompanhar vosso passo.

Teófilo Minga, fms

Sexta feira - 26 de abril de 2013

Ouvir o Evangelho


Evangelho segundo S. João 14, 1-6

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Não se perturbe o vosso coração. Se acreditais em Deus, acreditai também em Mim. Em casa de meu Pai há muitas moradas; se assim não fosse, Eu vos teria dito que vou preparar-vos um lugar? Quando Eu for preparar-vos um lugar, virei novamente para vos levar comigo, para que, onde Eu estou, estejais vós também. Para onde Eu vou, conheceis o caminho». Disse-Lhe Tomé: «Senhor, não sabemos para onde vais: como podemos conhecer o caminho?» Respondeu-lhe Jesus: «Eu sou o caminho, a verdade e a vida. Ninguém vai ao Pai senão por Mim».

Outras leituras do dia: Act 13, 26-33; Sal 2, 6-7. 8-9. 10-11


Iniciamos hoje a leitura do capítulo 14 do Evangelho segundo S. João. Os capítulos 14 a 17 de S. João são chamados Discursos de Adeus. O primeiro desses discursos encontra-se em Jo 14, 1-31.
Quantos de nós andamos inquietos, ansiosos ou perturbados.
Jesus diz-nos: “Não se perturbe o vosso coração”.
Não acreditamos nas palavras de Jesus? O nosso desconhecimento de Jesus é grande?
Ele é “o caminho, a verdade e a vida”.

Teófilo Júnior


Meus irmãos, filhos da estirpe de Abraão,
E todos vós, tantos amigos que temeis a Deus,
A nós foi dado de proclamar a salvação
Na Cruz oferecida a todos nós, filhos seus.

Na Cruz, onde sem motivo foi condenado
Por multidão insensata que dizia: “À morte!”.
Assim foi, mas por Deus foi ressuscitado,
Que o amor de Deus é sempre mais forte.

Diz: “Não se perturbe o vosso coração”,
Tende fé em Deus, tende fé em mim,
Na casa do Pai preparo vossa habitação;
Vou, mas voltarei, a morte não é o fim.

Sempre e em toda a parte vos quero comigo,
Eu que sou o caminho, a verdade e a vida,
Em cada um de vós encontro um amigo,
Vinde ao Pai, estarei convosco nesta subida.

Teófilo Minga, fms

Quinta feira - 25 de abril de 2013

Ouvir o Evangelho


Evangelho segundo S. Marcos 16, 15-20

Naquele tempo, Jesus apareceu aos onze Apóstolos e disse-lhes: «Ide por todo o mundo e pregai o Evangelho a toda a criatura. Quem acreditar e for baptizado será salvo; mas quem não acreditar será condenado. Eis os milagres que acompanharão os que acreditarem: expulsarão os demónios em meu nome; falarão novas línguas; se pegarem em serpentes ou beberem veneno, não sofrerão nenhum mal; e quando impuserem as mãos sobre os doentes, eles ficarão curados». E assim o Senhor Jesus, depois de ter falado com eles, foi elevado ao Céu e sentou-Se à direita de Deus. Eles partiram a pregar por toda a parte e o Senhor cooperava com eles, confirmando a sua palavra com os milagres que a acompanhavam.

Outras leituras do dia: 1 Pedro 5, 5b-14; Sal 88 (89), 2-3. 6-7. 16-17.

Santo do dia
S. Marcos, Evangelista


Neste dia em que celebramos a festa do Evangelista S. Marcos, lemos os últimos versículos do seu Evangelho.
Num estudo sobre Marcos encontrei muitos dados sobre a sua obra. Deixo aqui estes breve apontamentos:
- Atribui-se, geralmente, a Marcos a invenção do género literário “evangelho” = “boa notícia”.
- Marcos é um contador encantador. Ele suscita a emoção.
Vamos reler a vida de Jesus através de Marcos? O Senhor cooperará connosco!

Teófilo Júnior


Meus queridos, revesti-vos de humildade,
Que Deus, nosso Senhor, vos exaltará;
Ele cuida de vós com grande generosidade,
O que deu a todos por amor, também vos dará.

Sede sóbrios e estai sempre vigilantes,
Que o diabo anda à volta como um leão,
Um leão devorador que a todos os instantes
Vos quer roubar o caminho da retidão.

Sede fortes e proclamai sempre o Evangelho,
Sem medo parti corajosos pelo mundo fora,
Proclamai esse tesouro sempre novo e velho,
Proclamai-o por toda a parte, aqui e agora.

Será salvo quem acreditar e for baptizado,
Grandes sinais acompanharão vossos passos.
Não tenhais medo, eu estarei a vosso lado,
Dizei o Evangelho em todos os tempos e espaços.

Teófilo Minga, fms

Quarta feira - 24 de abril de 2013

Ouvir o Evangelho


Evangelho segundo S. João 12, 44-50

Naquele tempo, Jesus disse em alta voz: «Quem acredita em Mim não é em Mim que acredita, mas n’Aquele que Me enviou; e quem Me vê, vê Aquele que Me enviou. Eu vim ao mundo como luz, para que todo aquele que acredita em Mim não fique nas trevas. Se alguém ouvir as minhas palavras e não as guardar, não sou Eu que o julgo, porque não vim para julgar o mundo, mas para o salvar. Quem Me rejeita e não acolhe as minhas palavras tem quem o julgue: a palavra que anunciei o julgará no último dia. Porque Eu não falei por Mim próprio: o Pai, que Me enviou, é que determinou o que havia de dizer e anunciar. E Eu sei que o seu mandamento é vida eterna. Portanto, as palavras que Eu digo, digo-as como o Pai Mas disse a Mim».

Outras leituras do dia: Act 12, 24 – 13, 5a; Sal 66 (67), 2-3. 5. 6 e 8


Para os católicos o ano 2012-2013 é o ano da fé.
Vivo  rodeada de colegas sem fé. As palavras de Jesus dirigidas a quantos não acreditavam nele, transportam-me hoje para certas controvérsias com algumas colegas. Embora vejam tantos gestos de bondade de pessoas crentes questionam, admiradas, a sua ação. Têm dificuldade em perceber como é Jesus que as impulsiona à verdade e ao bem… 
Fica em aberto a minha partilha de hoje, porque não está concluído o diálogo, nem as dúvidas se dissipam com qualquer justificação. Esperamos a vinda do Espírito de Jesus!
Rute Júnior


Ainda e sempre apóstolos Saulo e Barnabé
Proclamando a Palavra por toda a Jerusalém;
Mas a outros lugares levam o dom da fé,
Passando a vida, como Jesus, a fazer o Bem.

São apóstolos enviados pelo Espírito Santo
A Chipre, a Salónica, um pouco toda a parte;
A Palavra de Deus ressoa em cada canto
Dizendo o amor que Deus connosco comparte.

E o comparte ao enviar a nós seu Filho
Que vem ao mundo para ser vida e luz,
A irradiar por toda a parte seu brilho,
Brilho que vem da Ressurreição de Jesus.

Jesus que sabe viver na intimidade com o Pai;
Ele e o Pai são um para a nossa salvação,
A salvação do mundo com um apelo: “Confiai
Em mim e no que me mandou de todo o coração!”

Teófilo Minga, fms

Terça feira - 23 de abril de 2013

Ouvir o Evangelho


Evangelho segundo S. João 10, 22-30

Naquele tempo, celebrava-se em Jerusalém a festa da Dedicação do templo. Era inverno e Jesus passeava no templo, sob o Pórtico de Salomão. Então os judeus rodearam-n’O e disseram: «Até quando nos vais trazer em suspenso? Se és o Messias, diz- nos claramente». Jesus respondeu-lhes: «Já vo-lo disse, mas não acreditais. As obras que Eu faço em nome de meu Pai dão testemunho de Mim. Mas vós não acreditais, porque não sois das minhas ovelhas. As minhas ovelhas escutam a minha voz: Eu conheço as minhas ovelhas e elas seguem-Me. Eu dou-lhes a vida eterna e nunca hão-de perecer, ninguém as arrebatará da minha mão. Meu Pai, que Mas deu, é maior do que todos e ninguém pode arrebatar nada da mão do Pai. Eu e o Pai somos um só».

Outras leituras do dia: Act 11, 19-26; Sal 86 (87), 1-3. 4-5. 6-7


Verificamos que o texto de hoje inclui o texto escutado no passado Domingo. O versículo 22 refere a festa da Dedicação do templo. Na pág. 74 do manual de EMRC de 7º ano encontra-se uma breve referência a esta festa. Na net, nos números 1 a 3 do texto “Tanta Dedicação” de D. António Couto descobre-se facilmente a origem da hanûkkah e sua relação com o candelabro de sete braços, em hebraico menôrah e com candelabro de oito braços, chamado hanûkkiah. O mesmo texto ajuda-nos a esclarecer a identidade de Jesus.
Rute Júnior


Também em Chipre, Cirene ou Antioquia
Jesus é anunciado: ressuscitou, é o Senhor!
Proclamação de sempre, hoje e dia após dia,
Proclamação a todos num gesto de amor.

Agora aos discípulos chamam cristãos,
Cristo passa a ser o ponto de referência,
O único para nossa mente, nossas mãos
E nossos corações na verdade e coerência.

Coerência no amor a Cristo, abertamente,
Com coragem para testemunhar por Jesus
Em todo o tempo e acreditar na mente
E no coração para dar ao mundo sua luz.

E dizer também a unidade do Pai e Filho
Para que o mundo acredite em toda a certeza
E da fé possa irradiar seu fulgor e brilho,
Sua Palavra e seu Evangelho, maior beleza.

Teófilo Minga, fms

Segunda feira - 22 de abril de 2013

Ouvir o Evangelho


Evangelho segundo S. João 10, 1-10

Naquele tempo, disse Jesus: «Em verdade, em verdade vos digo: Aquele que não entra no aprisco das ovelhas pela porta, mas entra por outro lado, é ladrão e salteador. Mas aquele que entra pela porta é o pastor das ovelhas. O porteiro abre-lhe a porta e as ovelhas conhecem a sua voz. Ele chama cada uma delas pelo seu nome e leva-as para fora. Depois de ter feito sair todas as que lhe pertencem, caminha à sua frente e as ovelhas seguem-no, porque conhecem a sua voz. Se for um estranho, não o seguem, mas fogem dele, porque não conhecem a voz dos estranhos». Jesus apresentou-lhes esta comparação, mas eles não compreenderam o que queria dizer. Jesus continuou: «Em verdade, em verdade vos digo: Eu sou a porta das ovelhas. Aqueles que vieram antes de Mim são ladrões e salteadores, mas as ovelhas não os escutaram. Eu sou a porta. Quem entrar por Mim será salvo: é como a ovelha que entra e sai do aprisco e encontra pastagem. O ladrão não vem senão para roubar, matar e destruir. Eu vim para que as minhas ovelhas tenham vida e a tenham em abundância».

Outras leituras do dia: Act 11, 1-18; Sal 41 (42), 2-3: 42, 3. 4


Tu que, habitualmente, estudas poesia, entendes bem as imagens utilizadas para ilustrar a realidade, sobretudo a realidade mais profunda.
Quando há sintonia plena entre duas pessoas, elas não precisam de muitas palavras para explicar o sentido das suas afirmações.
Há dias uma jovem tocando no puxador de uma porta perguntou a alguém especial: - “Quer entrar?”. Obteve, de imediato, a resposta: -“Já entrei há muito!”. A jovem não precisou de pedir explicação, entendeu bem que a pessoa a informava de já ter entrado nas suas preocupações existenciais.
Se entrarmos na nossa vida por Jesus, entendê-la-emos plena de sentido eterno.

Rute Júnior


E eis que também Pedro aceita os pagãos,
Também eles ouvem a Palavra dos céus,
Cristo veio para todos, pecadores ou sãos,
Também podem ser filhos, filhos de Deus.

Basta para tanto abrir-se ao dom da fé,
Ao dom de Deus que oferece a salvação,
Através da morte do Filho, Jesus de Nazaré,
Que na Cruz adquiriu para todos a redenção.

Ele é o Bom Pastor que cuida das ovelhas
A quem conhece e chama pelo seu nome.
De ontem ou de hoje, novas ou velhas,
Por todas deu a vida, por todas se consome.

Como pastor, as ovelhas conhecem a sua voz,
Ele vai à frente defendendo-as dos perigos,
Está atento a todos e a cada um de nós,
É a Porta aberta a todos; somos seus amigos.

Teófilo Minga, fms

Domingo - 21 de abril de 2013

Ouvir o Evangelho


DOMINGO IV DA PÁSCOA - Domingo do Bom Pastor

Evangelho segundo S. João 10, 27-30

Naquele tempo, disse Jesus: «As minhas ovelhas escutam a minha voz. Eu conheço as minhas ovelhas e elas seguem-Me. Eu dou-lhes a vida eterna e nunca hão-de perecer e ninguém as arrebatará da minha mão. Meu Pai, que Mas deu, é maior do que todos e ninguém pode arrebatar nada da mão do Pai. Eu e o Pai somos um só».

Outras leituras do dia: Act 13, 14. 43-52; Sal 99 (100), 2. 3. 5; Ap 7, 9. 14b-17


O IV Domingo da Páscoa é o Domingo do Bom Pastor. Nele se celebra o Dia Mundial de Oração pelas Vocações.
Sugiro que prestes atenção aos verbos “escutar”, “conhecer”, “seguir” e “dar”. Conjuga-os na primeira pessoa depois de contemplares o Belo Pastor que é Jesus.

Rute Júnior


Paulo e Barnabé proclamam a Palavra também,
Mas a multidão dos Judeus se enfurece
E em vez de acolher este dom que lhes vem
De Deus, se revoltam e seu coração endurece.

Então, assim difamados e também perseguidos,
Decidem partir e levar a Palavra aos pagãos;
Talvez estes sejam acolhedores, apenas ouvidos
E seus esforços darão frutos, não serão vãos.

Assim, multidão imensa adorará o Cordeiro,
De todos os povos, línguas, raças e nações
Graças aos pés diligentes do mensageiro
Que proclama a Palavra e atinge os corações.

Mensageiro que se refere sempre ao Bom Pastor,
Jesus que não quer nenhuma ovelha perdida;
Capaz de deixar as noventa e nove e com amor
Procurar a que se foi errante para trazê-la à vida.

Teófilo Minga, fms

Sábado - 20 de abril de 2013

Ouvir o Evangelho


Evangelho segundo S. João 6, 60-69

Naquele tempo, muitos discípulos, ao ouvirem Jesus, disseram: «Estas palavras são duras. Quem pode escutá-las?». Jesus, conhecendo interiormente que os discípulos murmuravam por causa disso, perguntou-lhes: «Isto escandaliza-vos? E se virdes o Filho do homem subir para onde estava anteriormente? O espírito é que dá vida, a carne não serve de nada. As palavras que Eu vos disse são espírito e vida. Mas, entre vós, há alguns que não acreditam». Na verdade, Jesus bem sabia, desde o início, quais eram os que não acreditavam e quem era aquele que O havia de entregar. E acrescentou: «Por isso é que vos disse: Ninguém pode vir a Mim, se não lhe for concedido por meu Pai». A partir de então, muitos dos discípulos afastaram-se e já não andavam com Ele. Jesus disse aos Doze: «Também vós quereis ir embora?» Respondeu-Lhe Simão Pedro: «Para quem iremos, Senhor? Tu tens palavras de vida eterna. Nós acreditamos e sabemos que Tu és o Santo de Deus».

Outras leituras do dia: Act 9, 31-42; Sal 115 (116), 12-13. 14-15. 16-17


Se desejássemos fazer uma banda desenhada com estes últimos versículos do capítulo 6 de São João, poderíamos utilizar várias vinhetas. Em cada uma colocaríamos diversas personagens, que vão desde a multidão, dos judeus, passando pelos discípulos, pelo grupo dos Doze e terminando em Simão Pedro.
Cessem as murmurações! Cesse a falta de fé! Jesus é o Santo de Deus.
Quero aderir a Jesus. Desejo assimilar o que Jesus é, o que Ele propõe, a sua obra salvadora. E tu?

Teófilo Júnior


Cresciam em número os seguidores da VIA,
Com Pedro a fazer milagres no rato de Jesus,
Rezando como Ele nos momentos do dia,
Trazendo assim Eneias e Tobita a outra luz.

Então em Jafa muitos acreditaram no Senhor:
É autêntica a palavra de Pedro, sua pregação;
Pela Judeia e Samaria se confirmam no amor
Os novos crentes com a fé que vem do coração.

Fé que se confronta com a Palavra exigente,
A Palavra do Evangelho que pode ser dura,
Mas fonte de alegria para toda a gente,
Que toca o coração e que em nós perdura.

Muitos arrepiam caminho, voltam e se vão.
Também vós quereis partir, amigos meus?
A quem iríamos, Senhor? Enches nosso coração.
Só Tu tens Palavras de vida eterna, Santo de Deus.

Teófilo Minga, fms

Sexta feira - 19 de abril de 2013

Ouvir o Evangelho


Evangelho segundo S. João 6, 52-59

Naquele tempo, os judeus discutiam entre si: «Como pode Jesus dar-nos a sua carne a comer?». Então Jesus disse-lhes: «Em verdade, em verdade vos digo: Se não comerdes a carne do Filho do homem e não beberdes o seu sangue, não tereis a vida em vós. Quem come a minha carne e bebe o meu sangue tem a vida eterna; e Eu o ressuscitarei no último dia. A minha carne é verdadeira comida e o meu sangue é verdadeira bebida. Quem come a minha carne e bebe o meu sangue permanece em Mim e Eu nele. Assim como o Pai, que vive, Me enviou e Eu vivo pelo Pai, também aquele que Me come viverá por Mim. Este é o pão que desceu do Céu; não é como o dos vossos pais, que o comeram e morreram: quem comer deste pão viverá eternamente». Assim falou Jesus, ao ensinar numa sinagoga, em Cafarnaum.

Outras leituras do dia: Act 9, 1-20; Sal 116 (117), 1. 2


Sonho pertencer a uma escola Bíblica. Enquanto esse sonho não se realiza, procuro aproveitar todas as oportunidades para descobrir a beleza que está por detrás de cada palavra da Bíblia. Uma dessas oportunidades é o programa Ecclesia de cada sexta-feira, onde se apresentam os comentários aos textos bíblicos proclamados nas Eucaristias de cada Domingo. Se acederes ao programa do dia 17 de agosto de 2012 poderás encontrar o comentário a João 6, 51-58 a partir do minuto 8. Aí, o biblista Padre Armindo Vaz alerta para o pormenor das expressões “carne” e “sangue” separados. A “carne” e o “sangue” separados são símbolo de morte. Jesus dá a sua carne a comer e o seu sangue a beber, morrendo pelos humanos.
Quero aderir a Jesus. Desejo assimilar o que Jesus é, o que Ele propõe, a sua obra de libertação por mim. E tu?

Rute Júnior


Saulo ameaçava ainda os discípulos do Senhor,
Quando, de repente, do céu o envolve radiante luz
Que o deita por terra, roubando-lhe todo o ardor
Que tanto medo no coração de tantos produz.

Saulo, porque me persegues com tanto furor?
Estou apenas perseguindo os que seguem a Via.
Mas quem és tu, cuja voz tão perto ouço, Senhor?
Que devo fazer, cego de todo sem força e energia?

Tu serás Paulo, para sempre meu instrumento,
Quero que leves meu nome aos confins do mundo.
Levanta-te, Ananias sacerdote te dará alimento
E o Espírito Santo te fará apóstolo, profundo.

Apóstolo que dirá a tantos a força Pão do céu
E como se deve participar na santa Eucaristia.
Esse é o maior presente que o Pai nos deu,
Pão que santifica, força e sustento no dia a dia.

Teófilo Minga, fms

Quinta feira - 18 de abril de 2013

Ouvir o Evangelho


Evangelho segundo S. João 6, 44-51

Naquele tempo, disse Jesus à multidão: «Ninguém pode vir a Mim, se o Pai, que Me enviou, não o trouxer; e Eu ressuscitá-lo-ei no último dia. Está escrito no livro dos Profetas: ‘Serão todos instruídos por Deus’. Todo aquele que ouve o Pai e recebe o seu ensino vem a Mim. Não porque alguém tenha visto o Pai; só Aquele que vem de junto de Deus viu o Pai. Em verdade, em verdade vos digo: Quem acredita tem a vida eterna. Eu sou o pão da vida. No deserto, os vossos pais comeram o maná e morreram. Mas este pão é o que desce do Céu, para que não morra quem dele comer. Eu sou o pão vivo que desceu do Céu. Quem comer deste pão viverá eternamente. E o pão que Eu hei-de dar é a minha carne que Eu darei pela vida do mundo».

Outras leituras do dia: Act 8, 26-40; Sal 65 (66), 8-9. 16-17. 20


Se lêssemos os 3 versículos que antecedem o texto de hoje constataríamos que os judeus murmuravam contra Jesus porque não concebiam Jesus, cujas origens humanas conheciam, como divino.
Jesus põe termo à murmuração dos judeus a respeito dele, respondendo-lhes diretamente: «Ninguém pode vir a Mim, se o Pai, que Me enviou, não o trouxer» (Jo 6, 44).
Nesta 50ª Semana de Oração pelas Vocações, penso no modo como me hei de identificar com a forma de viver de Jesus, no tempo atual, de modo a deixar a vida eterna entrar em mim.

Teófilo Júnior


Filipe vai de Jerusalém a Gaza: por essas vias
Encontrarás um eunuco, administrador
Dos bens da rainha… Está lendo Isaías.
Vai anunciar-lhe Cristo, único libertador.

Poderei eu compreender se ninguém me conduz?
Vem e explica-me o conjunto das Escrituras
E que na minha grande ignorância se faça luz
E eu possa aceder à santa fé, a outras alturas.

A fé, caminho para a vida eterna, verdadeira,
Para todos os que recebem o Pão de vida;
Não foi assim com o maná, comida primeira,
Que o Pão do céu deixa agora esquecida.

Quem come deste Pão não morre, é o Pão vivo,
De vida, descido do céu para a vida do mundo;
Já não há nenhuma razão para estar perdido,
Temos connosco presente tão real e profundo.

Teófilo Minga, fms

Quarta feira - 17 de abril de 2013

Ouvir o Evangelho


Evangelho segundo S. João 6, 35-40

Naquele tempo, disse Jesus à multidão: «Eu sou o pão da vida: Quem vem a Mim nunca mais terá fome e quem acredita em Mim nunca mais terá sede. No entanto, como vos disse, ‘embora tivésseis visto, não acreditais’. Todos aqueles que o Pai Me dá virão a Mim e àqueles que vêm a Mim não os rejeitarei, porque desci do Céu, não para fazer a minha vontade, mas a vontade d’Aquele que Me enviou. E a vontade d’Aquele que Me enviou é esta: que Eu não perca nenhum dos que Ele Me deu, mas os ressuscite no último dia. De facto, é esta a vontade de meu Pai: que todo aquele que vê o Filho e acredita n’Ele tenha a vida eterna; e Eu o ressuscitarei no último dia».

Outras leituras do dia: Act 8, 1b-8; Sal 65 (66), 1-3a. 4-5. 6-7a


Os judeus esperavam o Messias. Quando ele viesse deveria apresentar sinais para ser identificado.
Na sequência do capítulo 6 de São João, Jesus diz aos judeus que Ele mesmo é o pão da vida, Ele que é o enviado do Pai.
Que espero eu no dia de hoje?
Vivo cada dia animado por uma esperança maior que dá sentido a esperanças menores?
Reconheço em Jesus o enviado de Deus para me ensinar a concretizar a vontade de Deus Amor?

Teófilo Júnior


Perseguição na Igreja de Jerusalém, mais uma;
Tantos se dispersaram na Judeia e na Samaria,
Conservando forte a fé que não se esfuma,
Mesmo perante Saulo, perseguidor de todo o dia.

Filipe desce à Samaria e proclama o Cristo,
A multidão muito atenta é toda ouvidos
Ao ouvir e ver o que nunca antes fora visto,
Paralíticos e estropeados não são esquecidos.

Como não o foram antes pelo Senhor Jesus,
Pão de vida, pão do céu que sacia toda a fome;
Sal da terra também, assim como sua luz,
Luz verdadeira que jamais se consome.

Pão do céu, não para fazer minha vontade,
Mas a vontade daquele que me mandou,
Que é a de devolver a todos a liberdade
E a vida eterna que a minha vida custou.

Teófilo Minga, fms

Terça feira - 16 de abril de 2013

Ouvir o Evangelho


Evangelho segundo S. João 6, 30-35

Naquele tempo, disse a multidão a Jesus: «Que milagres fazes Tu, para que nós vejamos e acreditemos em Ti? Que obra realizas? No deserto os nossos pais comeram o maná, conforme está escrito: ‘Deu-lhes a comer um pão que veio do céu’». Jesus respondeu-lhes: «Em verdade, em verdade vos digo: Não foi Moisés que vos deu o pão que vem do Céu; meu Pai é que vos dá o verdadeiro pão que vem do Céu. O pão de Deus é o que desce do Céu para dar a vida ao mundo». Disseram-Lhe eles: «Senhor, dá-nos sempre desse pão». Jesus respondeu-lhes: «Eu sou o pão da vida: quem vem a Mim nunca mais terá fome, quem acredita em Mim nunca mais terá sede».

Outras leituras do dia: Act 7, 51 – 8, 1a; Sal 30 (31), 3cd-4. 6ab e 7b e 8a. 17 e 21ab


Os judeus interrogam Jesus sobre os sinais que Ele realiza para que eles vejam e acreditem nele. Ora, os judeus davam muita importância ao tema do maná. Poderás saber mais, consultando os livros do Pentateuco, em particular Êxodo 16, onde se vê, por exemplo, que “O Senhor disse a Moisés: «Eis que vou fazer chover do céu pão para vós» (Êxodo 16, 4).
Em pleno tempo Pascal, lembro as palavras de Jesus: «Nem só de pão vive o homem.» (Lucas 4,4) aquando da tentação e penso nas perguntas que poderei fazer a Jesus para descobrir qual o pão de que precisa o meu irmão.

Teófilo Júnior


Estêvão sempre cheio do Espírito Santo
Confronta os anciãos incircuncisos de coração
Que sempre perseguiram o justo, tanto
Que o condenaram à morte por crucifixão.

Também Estêvão será por todos lapidado,
Por gente que não gosta de ouvir a verdade;
Ele contempla o Filho do Homem sentado
À direita de Deus, força para a sua vontade.

Mártir da fé quando outros pedem sinais
A Jesus de Nazaré, verdadeiro Pão de vida.
Já fez tantos, mas incrédulos querem mais,
Recordando o maná antigo que foi comida.

Não foi Moisés, não, a dar esse pão do céu;
É o Pai que dá o Pão do céu, o verdadeiro,
Aquele que podemos ver sem sombra de véu,
É ele mesmo, alfa e ómega, último e primeiro.

Teófilo Minga, fms

Segunda feira - 15 de abril de 2013

Ouvir o Evangelho


Evangelho segundo S. João 6, 22-29

Depois de Jesus ter saciado os cinco mil homens, os seus discípulos viram-n’O a caminhar sobre as águas. No dia seguinte, a multidão que permanecera no outro lado do mar notou que ali só estivera um barco e que Jesus não tinha embarcado com os discípulos; estes tinham partido sozinhos. Entretanto, chegaram outros barcos de Tiberíades, perto do lugar onde eles tinham comido o pão, depois de o Senhor ter dado graças. Quando a multidão viu que nem Jesus nem os seus discípulos estavam ali, subiram todos para os barcos e foram para Cafarnaum, à procura de Jesus. Ao encontrá-l’O no outro lado do mar, disseram-Lhe: «Mestre, quando chegaste aqui?» Jesus respondeu-lhes: «Em verdade, em verdade vos digo: vós procurais-Me, não porque vistes milagres, mas porque comestes dos pães e ficastes saciados. Trabalhai, não tanto pela comida que se perde, mas pelo alimento que dura até à vida eterna e que o Filho do homem vos dará. A Ele é que o Pai, o próprio Deus, marcou com o seu selo». Disseram-Lhe então: «Que devemos nós fazer para praticar as obras de Deus?» Respondeu-lhes Jesus: «A obra de Deus consiste em acreditar n’Aquele que Ele enviou».

Outras leituras do dia: Act 6, 8-15; Sal 118 (119), 23-24. 26-27. 29-30


Ao longo desta III Semana do Tempo Pascal leremos o capítulo 6 de S. João. Em Jo 6, 25-71 encontramos o sinal do Pão.
Os versículos iniciais que hoje escutamos fazem referência a acontecimentos meditados no final da semana passada. Salientamos a expressão “o Senhor ter dado graças”. Está aqui uma manifestação eucarística. Para saberes mais sobre Eucaristia podes consultar na Internet o Dicionário Elementar de Liturgia.
Escutar Jesus permite-nos um mais profundo conhecimento da Sua Pessoa. 

O selo com que Deus marcou o seu Filho Jesus são os sinais (milagres). 
Devemos interiorizar a profundidade da mensagem de Jesus!
Teófilo Júnior


Estêvão estava então cheio da graça de Deus
E realizava prodígios no meio do povo,
Socorrendo a fome de tantos filhos seus,
Trazendo-os ao caminho santo, sempre novo.

Quando falava estava cheio de sabedoria;
Era a sabedoria infinita do Espirito Santo
Que nas suas palavras sempre aparecia,
Mas o povo quer vê-lo morto a um canto.

Como outrora quiseram ver morto a Jesus
Que agora aclamam porque multiplicou o pão,
Gente que quer sinais para ver em toda a luz,
Mas de cerviz dura, sem converter o coração.

Procurai antes aquele pão que dura sempre,
O Pão da vida eterna que eu vos darei,
O Pão da vida que permanece eternamente,
Fonte de alegria e força para toda a grei.

Teófilo Minga, fms

Domingo - 14 de abril de 2013

Ouvir o Evangelho


DOMINGO III DA PÁSCOA

Evangelho segundo S. João 21, 1-14 (Forma longa:Jo 21, 1-19)

Naquele tempo, Jesus manifestou-Se outra vez aos seus discípulos, junto ao mar de Tiberíades. Manifestou-Se deste modo: Estavam juntos Simão Pedro e Tomé, chamado Dídimo, Natanael, que era de Caná da Galileia, os filhos de Zebedeu e mais dois discípulos de Jesus. Disse-lhes Simão Pedro: «Vou pescar». Eles responderam-lhe: «Nós vamos contigo». Saíram de casa e subiram para o barco, mas naquela noite não apanharam nada. Ao romper da manhã, Jesus apresentou-Se na margem, mas os discípulos não sabiam que era Ele. Disse-lhes Jesus: «Rapazes, tendes alguma coisa de comer?». Eles responderam: «Não». Disse-lhes Jesus: «Lançai a rede para a direita do barco e encontrareis». Eles lançaram a rede e já mal a podiam arrastar por causa da abundância de peixes. O discípulo predilecto de Jesus disse a Pedro: «É o Senhor». Simão Pedro, quando ouviu dizer que era o Senhor, vestiu a túnica que tinha tirado e lançou-se ao mar. Os outros discípulos, que estavam apenas a uns duzentos côvados da margem, vieram no barco, puxando a rede com os peixes. Quando saltaram em terra, viram brasas acesas com peixe em cima, e pão. Disse-lhes Jesus: «Trazei alguns dos peixes que apanhastes agora». Simão Pedro subiu ao barco e puxou a rede para terra cheia de cento e cinquenta e três grandes peixes; e, apesar de serem tantos, não se rompeu a rede. Disse-lhes Jesus: «Vinde comer». Nenhum dos discípulos se atrevia a perguntar: «Quem és Tu?», porque bem sabiam que era o Senhor. Jesus aproximou-Se, tomou o pão e deu-lho, fazendo o mesmo com os peixes. Esta foi a terceira vez que Jesus Se manifestou aos seus discípulos, depois de ter ressuscitado dos mortos.

Outras leituras do dia: Act 5, 27b-32. 40b-41; Sal 29 (30), 2 e 4. 5-6. 11-12a e 13b; Ap 5, 11-14


Como viver a Páscoa em momentos em que não se “pesca” nada da vida: em que nada faz sentido e por mais que se lancem as redes nada se apanha?
Não entres em pânico! Serena! Presta atenção aos sinais e não vivas na ansiedade.
Uma realidade nova surgirá, mas não a esperes olhando para o relógio nem para o calendário. Entra no dinamismo da eternidade!
Talvez estejas já a viver em Páscoa, sem te dares conta. Possivelmente já morreste para uma série de coisas e sentes a perplexidade de uma realidade nascente!

Rute Júnior


Obedecer a Deus mesmo se somos flagelados,
E não aos homens; Deus em tudo primeiro;
Ele morreu por nós, perdoou nossos pecados;
Sofrer por Jesus, dizendo-lhe amor verdadeiro.

Dizendo-lhe que é digno de todo o louvor,
De todo o poder e também de toda a glória.
Como os apóstolos podemos dizer: “É o Senhor!”,
Em sua ressurreição Ele transformou a história.

Transformou a história em milagres repetidos
Que lembram a noite da pesca infrutuosa;
Pedro está no fundo, quando em seus ouvidos
Ressoa a palavra do Senhor firme e bondosa.

E lança as redes; mas o Senhor acrescenta
Três vezes que Pedro mergulha em grande dor.
“Sabes que te amo!”. Vai então e apascenta
O meu rebanho; quero que sejas guia e pastor!

Teófilo Minga, fms

Sábado - 13 de abril de 2013

Ouvir o Evangelho


Evangelho segundo S. João 6, 16-21

Ao cair da tarde, os discípulos de Jesus desceram até junto do mar, subiram para um barco e seguiram para a outra margem, em direcção a Cafarnaum. Já fazia escuro e Jesus ainda não tinha ido ter com eles. Como o vento soprava forte, o mar ia-se encrespando. Tendo eles remado duas e meia a três milhas, viram Jesus aproximar-Se do barco, caminhando sobre o mar e tiveram medo. Mas Jesus disse-lhes: «Sou Eu. Não temais». Quiseram então recebê-l’O no barco mas logo o barco chegou à terra para onde se dirigiam.

Outras leituras do dia: Act 6, 1-7; Sal 32 (33), 1-2. 4-5. 18-19


Se estudássemos um pouco do Antigo Testamento perceberíamos o sentido das palavras “mar” e “Sou eu” na Bíblia. Não é difícil consegui-lo: basta aceder ao blog abriu-lhes as escrituras.
Hoje sei que Jesus vem ter connosco sobre o mar da nossa vida e tem poder sobre o mal! Ele é Deus!

Teófilo Júnior


A proclamação da Palavra por toda a parte
É um serviço para o qual somos chamados;
Exige tempo; isso é uma autêntica arte.
Mas o serviço das viúvas também é abençoado.

É tempo de escolher homens fieis ao Senhor
Que se dediquem ao serviço necessário da mesa;
Que o façam com todo o empenho e ardor,
Dizendo a todos esse gesto cheio de beleza.

Gesto, um testemunho autêntico de Jesus…
Os discípulos partem para a outra margem,
Mas já cai a noite e de todo se foi a luz,
Além de uma tempestade nesta viagem.

Então o medo toma e prende nossas vidas,
Mas Jesus aparece e diz: “Não tenhais medo”,
Estou convosco nas situações mais perdidas:
O mar se acalma se eu levanto um dedo.

Teófilo Minga, fms

Sexta feira - 12 de abril de 2013

Ouvir o Evangelho


Evangelho segundo S. João 6, 1-15

Naquele tempo, Jesus partiu para o outro lado do mar da Galileia, também chamado de Tiberíades. Seguia-O numerosa multidão, por ver os milagres que Ele realizava nos doentes. Jesus subiu a um monte e sentou-Se aí com os seus discípulos. Estava próxima a Páscoa, a festa dos judeus. Erguendo os olhos e vendo que uma grande multidão vinha ao seu encontro, Jesus disse a Filipe: «Onde havemos de comprar pão para lhes dar de comer?» Dizia isto para o experimentar, pois Ele bem sabia o que ia fazer. Respondeu-Lhe Filipe: «Duzentos denários de pão não chegam para dar um bocadinho a cada um». Disse-Lhe um dos discípulos, André, irmão de Simão Pedro: «Está aqui um rapazito que tem cinco pães de cevada e dois peixes. Mas que é isso para tanta gente?» Jesus respondeu: «Mandai-os sentar». Havia muita erva naquele lugar e os homens sentaram-se em número de uns cinco mil. Então, Jesus tomou os pães, deu graças e distribuiu-os aos que estavam sentados, fazendo o mesmo com os peixes; e comeram quanto quiseram. Quando ficaram saciados, Jesus disse aos discípulos: «Recolhei os bocados que sobraram, para que nada se perca». Recolheram-nos e encheram doze cestos com os bocados dos cinco pães de cevada que sobraram aos que tinham comido. Quando viram o milagre que Jesus fizera, aqueles homens começaram a dizer: «Este é, na verdade, o Profeta que estava para vir ao mundo». Mas Jesus, sabendo que viriam buscá-l’O para O fazerem rei, retirou-Se novamente, sozinho, para o monte.

Outras leituras do dia: Act 5, 34-42; Sal 26 (27), 1. 4. 13-14


Começamos hoje a leitura do capítulo seis do Evangelho de João. Todo este capítulo fala de Jesus como Pão da Vida.
Os versículos que hoje escutamos narram a multiplicação dos pães e dos peixes!
Tenho vontade de deixar de pensar nas minhas necessidades e procurar descobrir quais as fomes das outras pessoas. Sinto o desafio de olhar à minha volta com o olhar de Jesus vendo quem vem ao meu encontro em busca de compreensão.

Rute Júnior


Deixai estes homens em toda a liberdade:
Se o que proclamam é humano desaparecerá;
Mas se vem de Deus, em toda a verdade,
Não será destruído; permanece e permanecerá.

Assim mesmo os apóstolos são flagelados
E pedem-lhes para não falar mais de Jesus.
Como poderiam eles ficar sem mais calados,
Mesmo se terão, como o mestre, a sua cruz?

Não podem; por todo o lado proclamam Cristo,
Aquele que em tempos multiplicou o pão,
Milagre grande como nunca antes fora visto,
Saciando a fome a uma grande multidão.

Lindo gesto, o daquele gentil rapaz;
Partilha o pouco que tem, dom grandioso,
Gesto que Jesus nota; é com ele que faz
Multiplicação inaudita, algo maravilhoso.

Teófilo Minga, fms

Quinta feira - 11 de abril de 2013

Ouvir o Evangelho


Evangelho segundo S. João 3, 31-36

Naquele tempo, disse Jesus a Nicodemos: «Aquele que vem do alto está acima de todos; quem é da terra, à terra pertence e da terra fala. Aquele que vem do Céu dá testemunho do que viu e ouviu; mas ninguém recebe o seu testemunho. Quem recebe o seu testemunho confirma que Deus é verdadeiro. De facto, Aquele que Deus enviou diz palavras de Deus, porque Deus dá o Espírito sem medida. O Pai ama o Filho e entregou tudo nas suas mãos. Quem acredita no Filho tem a vida eterna. Quem se recusa a acreditar no Filho não verá a vida, mas a ira de Deus permanece sobre ele».

Outras leituras do dia: Act 5, 27-33; Sal 33 (34), 2 e 9. 17-18. 19-20


Já alguma vez te aconteceu estar a estudar uma disciplina, começares a entrar no cerne da questão e de repente vir uma nova secção que te baralha por completo? Apetece-te, de imediato, informar o professor sobre o erro ocorrido na secção. O professor fornece-te um novo dado que dá validade ao que tu julgavas estar errado.
Ora os versículos 31 a 36 (vv. 31-36) de Jo 3 constituem um dos problemas da redação deste quarto evangelho. Fala do “ALTO” – tema apresentado em Jo 1, 1-8 no diálogo entre Jesus e Nicodemos – . Mas seguindo Jo 3, 22-30 – novo testemunho de João Baptista – o texto de hoje (vv. 31-36) continua a ser o testemunho de João Baptista.
Em que é que ficamos, afinal? Para já ficamos a saber que os exegetas aprofundam mesmo o texto original e fazem com o texto o que tu, possivelmente, realizas em experiências laboratoriais.
Para já, informo-te que há exegetas que consideram que o texto de hoje será como que um resumo doutrinal, como que uma reflexão pessoal do autor!

Teófilo Júnior


Vos proibimos de ensinar em nome de Jesus
E continuais ainda com o vosso ensinamento?
Devemos dar testemunho da verdadeira luz,
Obedecer a Deus sempre e em todo o momento.

Pelo poder de Deus, Jesus foi ressuscitado,
Aleluia de Páscoa que ouvimos em todo o canto;
Anuncia a Israel o perdão de todo o pecado,
Assim como aos que obedecem ao Espírito Santo.

Apóstolos decididos, gente do alto são também,
Que não pertencem nem falam segundo a terra;
Agora, testemunhar por toda a parte fazendo o Bem,
Proclamar em todo o lado a paz, destruindo a guerra.

Testemunhar que Deus é a pura verdade,
Testemunhar que desde sempre amou o Filho
Que mandou ao mundo; generosidade
Nossa que não diminui de Deus o brilho.

Teófilo Minga, fms

Quarta feira - 10 de abril de 2013

Ouvir o Evangelho


Evangelho segundo S. João 3, 16-21

Naquele tempo, disse Jesus a Nicodemos: «Deus amou tanto o mundo que entregou o seu Filho Unigénito, para que todo o homem que acredita n’Ele não pereça, mas tenha a vida eterna. Porque Deus não enviou o Filho ao mundo para condenar o mundo, mas para que o mundo seja salvo por Ele. Quem acredita n’Ele não é condenado, mas quem não acredita já está condenado, porque não acreditou no nome do Filho Unigénito de Deus. E a causa da condenação é esta: a luz veio ao mundo e os homens amaram mais as trevas do que a luz, porque eram más as suas obras. Todo aquele que pratica más acções odeia a luz e não se aproxima dela, para que as suas obras não sejam denunciadas. Mas quem pratica a verdade aproxima-se da luz, para que as suas obras sejam manifestas, pois são feitas em Deus».

Outras leituras do dia: Act 5, 17-26; Sal 33 (34), 2-3. 4-5. 6-7. 8-9


Em João 3, 16-21 Nicodemos é convidado a ver Jesus como “Filho Unigénito”, que Deus mandou ao mundo para que todo aquele que acreditar n`Ele não se perca, mas tenha a vida eterna.
A fé e a não-fé, luz e trevas correspondem respetivamente à salvação e à condenação.
Interrogo-me em que medida este texto poderá ser dirigido a mim, que não sou Nicodemos, e por isso não conheço tão profundamente a «Torah». Como poderei aplicar este texto à minha vida?
Talvez seja mais fácil do que penso, bastando começar por seguir, sem medo, atrás de Jesus, vendo as obras que Ele realiza, captando a luz que Ele leva ao coração das pessoas e ver como elas se sentem libertadas, sendo efetivamente humanas, não permitindo ser tratadas com desumanidade.

Teófilo Júnior


Prender os apóstolos e levá-los às prisões,
Assim faz o sumo-sacerdote e os Saduceus;
Mas o anjo do Senhor está atento aos corações
E eis que vem libertar da prisão os filhos seus.

Ide e proclamai a todos palavra de vida,
Este é o meu mandato, este é o vosso dever.
Sereis perseguidos, como eu, sem medida,
Mas eu estou convosco; não há nada a temer.

Esta é a força do amor mais profundo
Que a todos quer trazer a salvação;
Foi assim que Deus amou o mundo
Dando seu Filho; não sofreu em vão.

Quem acreditar nele não será condenado,
Ele, Sol radiante cheio de calor e de luz,
Que nem todos acolheram por seu lado,
Mas quem faz a verdade está com Jesus.

Teófilo Minga, fms

Terça feira - 9 de abril de 2013

Ouvir o Evangelho


Evangelho segundo S. João 3, 7b-15

Naquele tempo, disse Jesus a Nicodemos: «Não te admires por Eu te haver dito que todos devem nascer de novo. O vento sopra onde quer: ouves a sua voz, mas não sabes donde vem nem para onde vai. Assim acontece com todo aquele que nasceu do Espírito». Nicodemos perguntou: «Como pode ser isso?» Jesus respondeu-lhe: «Tu és mestre em Israel e não sabes estas coisas? Em verdade, em verdade te digo: Nós falamos do que sabemos e damos testemunho do que vimos, mas vós não aceitais o nosso testemunho. Se vos disse coisas da terra e não acreditais, como haveis de acreditar, se vos disser coisas do Céu? Ninguém subiu ao Céu, senão Aquele que desceu do Céu: o Filho do homem. Assim como Moisés elevou a serpente no deserto, também o Filho do homem será elevado, para que todo aquele que acredita tenha n’Ele a vida eterna».

Outras leituras do dia: Act 4, 32-37; Sal 92 (93), 1ab. 1c-2. 5


Hoje, amanhã e depois escutaremos quase todo o capítulo 3 do Evangelista S. João.
Em João 3, 1-21 encontra-se o sinal de Nicodemos. Se pretenderes explicar esta passagem a outras pessoas sugiro-te a utilização do “SmartArt” pois Jo 3, 1-21 pode subdividir-se em três blocos, onde poderás compreender o sentido das seguintes palavras:
- Jo 3, 1-8 - “ALTO”;
- Jo 3, 9-15 “CÉU”; “TERRA”, “FILHO DO HOMEM”
- Jo 3, 14 “LUZ”; “TREVAS”.
Jesus apresenta-se a Nicodemos, como Filho do Homem: Ele já existia antes de descer do céu e há de ser levantado na Cruz.

Teófilo Júnior


Os que acreditavam tinham um só coração,
Não consideravam seu o que lhes pertencia;
E não eram tao poucos, era uma multidão,
E seguiam crescendo ainda dia após dia.

Era o testemunho da ressurreição de Jesus,
Força para vender tudo o que possuíam,
Pobreza assumida, linda e verdadeira luz
A dar sentido a tudo quanto faziam e viam.

Eram cristãos novos, nascidos do alto,
Do sopro de Deus que sopra onde quer:
O Espírito Santo que convida a um salto
Que propõe novos caminhos para viver.

Novo caminho é Jesus na cruz levantado,
Faz lembrar a serpente do deserto antigo,
Olhar para ela era sentir-se bem, curado,
Jesus nos dá a vida eterna, é nosso abrigo.

Teófilo Minga, fms

Segunda feira - 8 de abril de 2013

Ouvir o Evangelho


ANUNCIAÇÃO DO SENHOR

Evangelho segundo S. Lucas 1, 26-38

Naquele tempo, o Anjo Gabriel foi enviado por Deus a uma cidade da Galileia chamada Nazaré, a uma Virgem desposada com um homem chamado José, que era descendente de David. O nome da Virgem era Maria. Tendo entrado onde ela estava, disse o Anjo: «Ave, cheia de graça, o Senhor está contigo». Ela ficou perturbada com estas palavras e pensava que saudação seria aquela. Disse-lhe o Anjo: «Não temas, Maria, porque encontraste graça diante de Deus. Conceberás e darás à luz um Filho, a quem porás o nome de Jesus. Ele será grande e chamar-Se-á Filho do Altíssimo. O Senhor Deus Lhe dará o trono de seu pai David; reinará eternamente sobre a casa de Jacob e o seu reinado não terá fim». Maria disse ao Anjo: «Como será isto, se eu não conheço homem?». O Anjo respondeu-lhe: «O Espírito Santo virá sobre ti e a força do Altíssimo te cobrirá com a sua sombra. Por isso o Santo que vai nascer será chamado Filho de Deus. E a tua parenta Isabel concebeu também um filho na sua velhice e este é o sexto mês daquela a quem chamavam estéril; porque a Deus nada é impossível». Maria disse então: «Eis a escrava do Senhor; faça-se em mim segundo a tua palavra».

Outras leituras do dia: Is 7, 10-14; 8, 10; Sal 39 (40), 7-8a. 8b-9. 10. 11; Hebr 10, 4-10


Alguma vez aconteceu teres de transferir a festa do teu aniversário para outra data? Isso pode acontecer quando algo importante e inadiável acontece no dia do teu aniversário.
A anunciação a Maria de que iria ser mãe de Jesus, ocorre nove meses antes da data em que se celebra o nascimento dele. Fazendo os cálculos, conclui-se que a Anunciação ocorrerá a 25 de março.
Como o passado 25 de março ocorreu na segunda-feira da Semana Santa, a solenidade foi transferida para hoje.
Somos convidados a confiar em Deus e a reconhecer a sua ação naqueles que se abrem suavemente à sua graça.

Rute Júnior


Pede um sinal ao Senhor teu Deus,
Esta é a ordem dada ao rei Acaz;
Mas Acaz, no seu orgulho desafia os céus
E diz: “Isso, eu não farei!”. E não faz.

É o Senhor que dá o sinal: eis que uma virgem
Dará à luz que a Deus nada é impossível.
No SIM de Maria encontramos a origem
Da aventura da fé… Sim, algo de incrível.

Mas como se fará se eu não conheço varão?
Não tenhas medo Maria! O Espírito Santo
Descerá sobre ti e tomará teu coração.
O milagre acontecerá que nos admira tanto.

Eu sou a serva do Senhor; digo SIM,
Quero em tudo ser instrumento de Deus,
Colaborar no seu plano de amor sem fim,
Salvação e redenção de todos os filhos seus.

Teófilo Minga, fms

Domingo - 7 de abril de 2013

Ouvir o Evangelho


DOMINGO II DA PÁSCOA ou da Divina Misericórdia

Evangelho segundo S. João 20, 19-31

Na tarde daquele dia, o primeiro da semana, estando fechadas as portas da casa onde os discípulos se encontravam, com medo dos judeus, veio Jesus, apresentou-Se no meio deles e disse-lhes: «A paz esteja convosco». Dito isto, mostrou-lhes as mãos e o lado. Os discípulos ficaram cheios de alegria ao verem o Senhor. Jesus disse-lhes de novo: «A paz esteja convosco. Assim como o Pai Me enviou, também Eu vos envio a vós». Dito isto, soprou sobre eles e disse-lhes: «Recebei o Espírito Santo: àqueles a quem perdoardes os pecados ser-lhes-ão perdoados; e àqueles a quem os retiverdes ser-lhes-ão retidos». Tomé, um dos Doze, chamado Dídimo, não estava com eles quando veio Jesus. Disseram-lhe os outros discípulos: «Vimos o Senhor». Mas ele respondeu-lhes: «Se não vir nas suas mãos o sinal dos cravos, se não meter o dedo no lugar dos cravos e a mão no seu lado, não acreditarei». Oito dias depois, estavam os discípulos outra vez em casa e Tomé com eles. Veio Jesus, estando as portas fechadas, apresentou-Se no meio deles e disse: «A paz esteja convosco». Depois disse a Tomé: «Põe aqui o teu dedo e vê as minhas mãos; aproxima a tua mão e mete-a no meu lado; e não sejas incrédulo, mas crente». Tomé respondeu-Lhe: «Meu Senhor e meu Deus!». Disse-lhe Jesus: «Porque Me viste acreditaste: felizes os que acreditam sem terem visto». Muitos outros milagres fez Jesus na presença dos seus discípulos, que não estão escritos neste livro. Estes, porém, foram escritos para acreditardes que Jesus é o Messias, o Filho de Deus, e para que, acreditando, tenhais a vida em seu nome.

Outras leituras do dia: Act 5, 12-16; Sal 117 (118), 2-4. 22-24. 25-27ª; Ap 1, 9-11a. 12-13. 17-19


As portas fechadas! Conheço tantas pessoas que vivem sempre com as portas fechadas, com medo que alguém entre. Assumem esta atitude porque viram a morte e temem que chegue até si. Se alguém arromba essas portas, ficam ainda mais amedrontadas, fechando-se cada vez mais. Não se trata de nenhum filme de terror, trata-se da realidade. Ainda não reparaste?
Essas pessoas, e tantas vezes somos nós mesmas, precisam de alguém que se apresente no mais íntimo de si mesmas oferecendo-lhes serenamente a sua paz.
Neste domingo dedicado à Misericórdia, palavra difícil de pronunciar para tantos, e traduzida por tantos em gestos de acolhimento, podemos “levar perdão, onde houver ofensa”.

Rute Júnior


Tantos e tantos acreditavam no Senhor,
Prodígios dos apóstolos diante do povo
Que revelavam, como sempre, o amor
Pelos doentes que buscavam algo de novo.

Pelo poder do Senhor todos eram curados;
Ele é o Primeiro e o Último da história;
Está vivo, é o Senhor; nele fomos resgatados;
Nele vivemos também; nele a nossa vitória.

Vitória que é para todos, caminho de fé,
Mesmo sem ver as chagas do Ressuscitado,
A nossa tentação é talvez a mesma de Tomé,
Mas Jesus vem e mostra a chaga do seu lado.

Sejamos contudo pessoas da bem-aventurança
Dos que acreditaram mesmo sem ter visto,
Realizando em tudo a firme fé na confiança
A que somos chamados: crer em Jesus Cristo.

Teófilo Minga, fms

Sábado - 6 de abril de 2013

Ouvir o Evangelho


Evangelho segundo S. Marcos 16, 9-15

Jesus ressuscitou na manhã do primeiro dia da semana e apareceu em primeiro lugar a Maria Madalena, da qual tinha expulsado sete demónios. Ela foi anunciar aos que tinham andado com Ele e estavam mergulhados em tristeza e pranto. Eles, porém, ouvindo dizer que Jesus estava vivo e fora visto por ela, não acreditaram. Depois disto, manifestou-Se com aspecto diferente a dois deles que iam a caminho do campo. E eles correram a anunciar aos outros, mas também não lhes deram crédito. Mais tarde apareceu aos Onze, quando eles estavam sentados à mesa, e censurou-os pela sua incredulidade e dureza de coração, porque não acreditaram naqueles que O tinham visto ressuscitado. E disse-lhes: «Ide por todo o mundo e proclamai o Evangelho a toda a criatura».

Outras leituras do dia: Act 4, 13-21; Sal 117 (118), 1 e 14-15. 16ab-18. 19-21


Há uns anos, várias pessoas faziam perguntas sobre Maria Madalena. Tudo consequência de um romance que havia sido publicado e que mencionava o seu nome.
Felizmente, é importante referi-lo, há pessoas que estudam as línguas da Bíblia, que analisam ao pormenor cada passagem, estabelecem conexões entre as personagens, enfim, fazem exegese bíblica. Conheço alguns estudos desses exegetas. Um deles ajudou-me a filtrar muita da informação acerca desta mulher a quem Jesus expulsara sete demónios.
Se um dia quiseres posso partilhar contigo, mas isso exige tempo para consolidar o estudo.
Hoje quero dizer-te que eu bem poderia ser a Madalena a quem Jesus libertou do mal quotidiano e a quem deu coragem para anunciar a sua Ressurreição. Também poderia ser um daqueles discípulos incrédulos no testemunho que me deram. E tu, sentes-te na pele de quem?

Rute Júnior


Que devemos fazer com Pedro e João,
Capazes de curar um homem estropeado,
Mesmo se são gentes ignorantes sem instrução?
Que fazer? A gente acorre a eles de todo o lado.

Vamos proibi-los de falar em nome do Senhor,
E calar, para sempre o nome desse tal Jesus.
“Não podemos calar!” E levados por seu amor
Queremos proclamar ao mundo toda a sua luz.

É bem essa a ordem clara do Evangelho:
Dizê-lo em toda a parte e a toda a criatura,
Proclamar esse tesouro, sempre novo e velho,
Proclamá-lo sempre: esta é a verdade pura!

Anunciá-lo como apelo urgente à fé;
Também nós discípulos devemos crer,
Para dar testemunho de Jesus de Nazaré
No mundo onde sua mensagem deve crescer.

Teófilo Minga, fms

Sexta feira - 5 de abril de 2013

Ouvir o Evangelho


Evangelho segundo S. João 21, 1-14

Naquele tempo, Jesus manifestou-Se novamente aos discípulos junto ao Mar de Tiberíades. Manifestou-Se deste modo: Estavam juntos Simão Pedro, Tomé, chamado Dídimo, e Natanael, que era de Caná da Galileia. Também estavam presentes os filhos de Zebedeu e mais dois discípulos de Jesus. Disse-lhes Simão Pedro: «Vou pescar». Eles responderam-lhe: «Nós vamos contigo». Saíram de casa e subiram para o barco, mas naquela noite não apanharam nada. Ao romper da manhã, Jesus apresentou-Se na margem, mas os discípulos não sabiam que era Ele. Disse-lhes então Jesus: «Rapazes, tendes alguma coisa para comer?» Eles responderam: «Não». Disse-lhes Jesus: «Lançai a rede para a direita do barco e encontrareis». Eles lançaram a rede e já mal a podiam arrastar por causa da abundância de peixes. Então o discípulo predilecto de Jesus disse a Pedro: «É o Senhor». Simão Pedro, quando ouviu dizer que era o Senhor, vestiu a túnica que tinha tirado e lançou-se ao mar. Os outros discípulos, que estavam distantes apenas uns duzentos côvados da margem, vieram no barco, puxando a rede com os peixes. Logo que saltaram em terra, viram brasas acesas com peixe em cima, e pão. Disse-lhes Jesus: «Trazei alguns dos peixes que apanhastes agora». Simão Pedro subiu ao barco e puxou a rede para terra, cheia de cento e cinquenta e três grandes peixes. E, apesar de serem tantos, não se rompeu a rede. Disse-lhes Jesus: «Vinde comer». Nenhum dos discípulos se atrevia a perguntar: «Quem és Tu?»: bem sabiam que era o Senhor. Então Jesus aproximou-Se, tomou o pão e deu-lho, fazendo o mesmo com o peixe. Foi esta a terceira vez que Jesus Se manifestou aos discípulos, depois de ter ressuscitado dos mortos.

Outras leituras do dia: Act 4, 1-12; Sal 117 (118), 1-2 e 4. 22-24. 25-27a


Quando conheces bem a metodologia de um professor e os testes que elabora para tu realizares, quando te apresenta um novo, com a sua marca, nem te atreves a perguntar-lhe se foi ele que o elaborou. Os discípulos nem se atreviam a perguntar a Jesus quem era, pois bem sabiam através dos sinais.
Disse-nos o Papa Francisco no Domingo de Páscoa: “Cristo morreu e ressuscitou de uma vez para sempre e para todos, mas a força da Ressurreição, esta passagem da escravidão do mal à liberdade do bem, deve realizar-se em todos os tempos, nos espaços concretos da nossa existência, na nossa vida de cada dia”.

Rute Júnior


João e Pedro são amarrados e postos em prisão,
Mas se convertem os que a Palavra escutavam,
São já cinco mil e amanhã muitos mais serão
Que a Palavra arrasta, e nela se multiplicavam.

Pelo poder de Jesus, sempre, curam o enfermo;
Jesus foi a pedra angular desprezada por vós;
É nele que agimos e assim pusemos termo
Ao sofrimento deste pobre sem poder nem voz.

É Jesus que aparece ainda nas margens do lago,
Pedindo aos discípulos comer; não temos, não.
Naquela noite o barco se quedou vazio e vago,
Todo o esforço deu em nada; tudo foi em vão.

Olhai ao largo e deitai as redes outra vez;
Assim descobrem um milagre, de verdade;
Peixes eram exactamente cento e cinquenta e três;
Vinde e comei; sede criadores de fraternidade.

Teófilo Minga, fms

Quinta feira - 4 de abril de 2013

Ouvir o Evangelho


Evangelho segundo S. Lucas 24, 35-48

Naquele tempo, os discípulos de Emaús contaram o que tinha acontecido no caminho e como tinham reconhecido Jesus ao partir do pão. Enquanto diziam isto, Jesus apresentou-Se no meio deles e disse-lhes: «A paz esteja convosco». Espantados e cheios de medo, julgavam ver um espírito. Disse-lhes Jesus: «Porque estais perturbados e porque se levantam esses pensamentos nos vossos corações? Vede as minhas mãos e os meus pés: sou Eu mesmo; tocai-Me e vede: um espírito não tem carne nem ossos, como vedes que Eu tenho». Dito isto, mostrou-lhes as mãos e os pés. E como eles, na sua alegria e admiração, não queriam ainda acreditar, perguntou-lhes: «Tendes aí alguma coisa para comer?» Deram-Lhe uma posta de peixe assado, que Ele tomou e começou a comer diante deles. Depois disse-lhes: «Foram estas as palavras que vos dirigi, quando ainda estava convosco: ‘Tem de se cumprir tudo o que está escrito a meu respeito na Lei de Moisés, nos Profetas e nos Salmos’». Abriu-lhes então o entendimento para compreenderem as Escrituras e disse-lhes: «Assim está escrito que o Messias havia de sofrer e de ressuscitar dos mortos ao terceiro dia, e que havia de ser pregado em seu nome o arrependimento e o perdão dos pecados a todas as nações, começando por Jerusalém. Vós sois as testemunhas de todas estas coisas».

Outras leituras do dia: Act 3, 11-26; Sal 8, 2ab e 5. 6-7. 8-9


Mesmo que uma pessoa amiga resolva fazer-te uma chamada “não identificando a sua identidade” e tu resolvas atender, ainda que ela não se identifique tu reconhece-la porque a sua voz te é familiar. Neste relato da aparição de Jesus aos onze, Lucas mostra como Jesus lhes fornece os sinais de que é Ele mesmo.
O Papa Francisco dirigiu a todos o convite: “acolhamos a graça da Ressurreição de Cristo! Deixemo-nos amar por Jesus, deixemos que a força do seu amor transforme também a nossa vida, tornando-nos canais através dos quais Deus possa irrigar a terra, guardar a criação inteira e fazer florir a justiça e a paz”.
Descobre mais em www.vatican.va na mensagem para a Páscoa 2013.

Rute Júnior


É o Deus de Abraão que faz maravilhas, não nós,
É Ele que glorifica seu Filho, Cristo Jesus,
Nós somos apenas instrumentos da sua voz,
Queremos reflectir para o mundo a sua luz.

Vós, na ignorância, matastes o autor da vida,
Mas Deus o ressuscitou dos mortos, para sempre,
Renova a existência deste homem, ferido,
Será para nós, caminho a seguir eternamente.

Não é um fantasma em nossos caminhos,
Podemos reconhecê-lo ao partir do pão,
Sim, Ele foi o Senhor coroado de espinhos,
Mas agora é Senhor da vida, Ressurreição.

Come connosco o peixe sobre a brasa,
Mostrando que está bem vivo, realmente;
Em nossos corações acende um calor que abrasa
E nos faz seus testemunhos de coração e mente.

Teófilo Minga, fms

Quarta feira - 3 de abril de 2013

Ouvir o Evangelho


Evangelho segundo S. Lucas 24, 13-35

Dois dos discípulos de Jesus iam a caminho duma povoação chamada Emaús, que ficava a duas léguas de Jerusalém. Conversavam entre si sobre tudo o que tinha sucedido. Enquanto falavam e discutiam, Jesus aproximou-Se deles e pôs-Se com eles a caminho. Mas os seus olhos estavam impedidos de O reconhecerem. Ele perguntou-lhes: «Que palavras são essas que trocais entre vós pelo caminho?» Pararam, com ar muito triste, e um deles, chamado Cléofas, respondeu: «Tu és o único habitante de Jerusalém a ignorar o que lá se passou nestes dias». E Ele perguntou: «Que foi?» Responderam-Lhe: «O que se refere a Jesus de Nazaré, profeta poderoso em obras e palavras diante de Deus e de todo o povo; e como os príncipes dos sacerdotes e os nossos chefes O entregaram para ser condenado à morte e crucificado. Nós esperávamos que fosse Ele quem havia de libertar Israel. Mas, afinal, é já o terceiro dia depois que isto aconteceu. É verdade que algumas mulheres do nosso grupo nos sobressaltaram: foram de madrugada ao sepulcro, não encontraram o corpo de Jesus e vieram dizer que lhes tinham aparecido uns Anjos a anunciar que Ele estava vivo. Alguns dos nossos foram ao sepulcro e encontraram tudo como as mulheres tinham dito. Mas a Ele não O viram». Então Jesus disse-lhes: «Homens sem inteligência e lentos de espírito para acreditar em tudo o que os profetas anunciaram! Não tinha o Messias de sofrer tudo isso para entrar na sua glória?» Depois, começando por Moisés e passando pelos Profetas, explicou-lhes em todas as Escrituras o que Lhe dizia respeito. Ao chegarem perto da povoação para onde iam, Jesus fez menção de seguir para diante. Mas eles convenceram-n’O a ficar, dizendo: «Ficai connosco, porque o dia está a terminar e vem caindo a noite». Jesus entrou e ficou com eles. E quando Se pôs à mesa, tomou o pão, recitou a bênção, partiu-o e entregou-lho. Nesse momento abriram-se-lhes os olhos e reconheceram-n’O. Mas Ele desapareceu da sua presença. Disseram então um para o outro: «Não ardia cá dentro o nosso coração, quando Ele nos falava pelo caminho e nos explicava as Escrituras?» Partiram imediatamente de regresso a Jerusalém e encontraram reunidos os Onze e os que estavam com eles, que diziam: «Na verdade, o Senhor ressuscitou e apareceu a Simão». E eles contaram o que tinha acontecido no caminho e como O tinham reconhecido ao partir o pão.

Outras leituras do dia: Act 3, 1-10; Sal 104 (105), 1-2. 3-4. 6-7. 8-9


Lucas narra uma manifestação de Jesus a dois dos seus discípulos. Num estudo descobri que:
- Jesus, não reconhecido, faz perguntas sobre os acontecimentos.
- Jesus, não reconhecido, explica o sentido das escrituras.
- Jesus faz-se reconhecer na fração do pão.
- Os discípulos no regresso a Jerusalém dão testemunho do Senhor ressuscitado.
Sou convidado a descobrir de que modo se manifesta, hoje, Jesus aqueles que não são seus discípulos, que desconhecem as escrituras e nem sabem o que é a partilha de amor.

Teófilo Júnior


Pedro e João sobem ao templo para rezar,
São as três da tarde, é tempo de oração;
À porta do templo cansado de esperar
Um homem deseja uma cura, mas em vão.

A Pedro e João pede esmola também,
Mas dizem: “Não temos prata nem ouro”.
Mas como o mestre querem fazer o Bem
E lhe devolvem a saúde, maior tesouro.

Mas tudo fazem em nome de Jesus
Que ressuscitou dos antros da morte,
Mas a gente não sabe, como os de Emaús
Que “esperavam”, mas estão sem norte.

E Jesus ao longo do caminho os ensina:
Era preciso em tudo cumprir as Escrituras;
A morte reinou, mas agra por em cima
Está a vida, puro dom a todas as criaturas.

Teófilo Minga, fms

Terça feira - 2 de abril de 2013

Ouvir o Evangelho


Evangelho segundo S. João 20, 11-18

Naquele tempo, Maria Madalena estava a chorar junto do sepulcro. Enquanto chorava, debruçou-se para dentro do sepulcro e viu dois Anjos vestidos de branco, sentados, um à cabeceira e outro aos pés, onde estivera deitado o corpo de Jesus. Os Anjos perguntaram a Maria: «Mulher, porque choras?» Ela respondeu- lhes: «Porque levaram o meu Senhor e não sei onde O puseram». Dito isto, voltou-se para trás e viu Jesus de pé, sem saber que era Ele. Disse-lhe Jesus: «Mulher, porque choras? A quem procuras?» Pensando que era o jardineiro, ela respondeu-Lhe: «Senhor, se foste tu que O levaste, diz-me onde O puseste, para eu O ir buscar». Disse-lhe Jesus: «Maria!» Ela voltou-se e respondeu em hebraico: «Rabuni!», que quer dizer: «Mestre!» Jesus disse-lhe: «Não Me detenhas, porque ainda não subi para o Pai. Vai ter com os meus irmãos e diz-lhes que vou subir para o meu Pai e vosso Pai, para o meu Deus e vosso Deus». Maria Madalena foi anunciar aos discípulos: «Vi o Senhor». E contou-lhes o que Ele lhe tinha dito.

Outras leituras do dia: Act 2, 36-41; Sal 32 (33), 4-5. 18-19. 20 e 22


Poderás perguntar-te: - Que tenho eu a ver com a aparição de Jesus a Maria Madalena; - Que tenho eu a ver com a mensagem presente no texto?; e acrescentar: - Isso é lá com eles.
Como falar de ressurreição a quem nunca caminhou com Jesus? Será necessário primeiro conhecer Jesus, segui-lo durante o tempo necessário, para depois cada pessoa se encontrar consigo própria e reconhecer que há zonas em si que precisam de ser libertadas.
Continuas a perguntar-me: - E quem disse que eu quero ser libertado?
Fazes lembrar aquela criança sem consciência da gravidade da sua doença e que não desejava a injeção da cura, só porque não gostava de injeções. A médica respondeu à intercessão da mãe: - Ela não tem quereres. No exercício do seu dever deu a injeção à criança e libertou-a daquela doença.

Teófilo Júnior


A quem crucificastes Deus constituiu Cristo e Senhor,
São palavras que em nós levantam tantas emoções
Nos ouvintes que perguntam a Pedro, com ardor:
“Que devemos fazer em nossos ansiosos corações?”.

“Convertei-vos, oh gentes, e deixai-vos baptizar,
Recebereis o Espírito Santo e o perdão dos pecados”.
Esta é a promessa de hoje que nunca vai terminar,
Esta é a promessa feita a vossos corações renovados.

Não choreis mais, agora é o tempo da alegria,
Esta é a certeza que foi dita também a nós,
Como ontem já o tinha sido também a Maria,
Ela perante os discípulos vai ser a minha voz.

Vai anunciar-lhes a certeza da Ressurreição,
Aos discípulos escondidos, tão amedrontados.
Que ecoe em todo o Universo e no coração
De todos: por mim na Cruz foram resgatados

Teófilo Minga, fms

Segunda feira - 1 de abril de 2013

Ouvir o Evangelho


Evangelho segundo S. Mateus 28, 8-15

Naquele tempo, Maria Madalena e a outra Maria, que tinham ido ao túmulo do Senhor, afastaram-se a toda a pressa, cheias de temor e de grande alegria, e correram a levar aos discípulos a notícia da Ressurreição. Entretanto, Jesus saiu ao seu encontro e saudou-as. Elas aproximaram-se, abraçaram-Lhe os pés e prostraram-se diante d’Ele. Disse-lhes então Jesus: «Não temais. Ide avisar os meus irmãos que devem ir para a Galileia. Lá Me verão». Enquanto elas iam a caminho, alguns dos guardas foram à cidade participar aos príncipes dos sacerdotes tudo o que tinha acontecido. Estes reuniram-se com os anciãos e, depois de terem deliberado, deram aos soldados uma soma avultada de dinheiro, com esta recomendação: «Dizei: ‘Os discípulos vieram de noite roubá-l’O, enquanto nós estávamos a dormir’. Se isto chegar aos ouvidos do governador, nós o convenceremos e faremos que vos deixem em paz». Eles receberam o dinheiro e fizeram como lhes tinham ensinado. Foi este o boato que se divulgou entre os judeus, até ao dia de hoje.

Outras leituras do dia: Act 2, 14. 22-33; Sal 15 (16), 5 e.8. 9-10. 11


Estás a ver quando alguém te narra um acontecimento do qual já tinhas ouvido outra versão? Dá-te vontade de dizer ao teu colega: -Espera lá. Repete esse pormenor relativo a… Vês, então, as oposições nos relatos!
Ao escutar a passagem escutada hoje, abri a Bíblia no capítulo 28 de Mateus e li desde o versículo 1 até ao 15 (Mt 28,1-15). Detive-me com mais atenção no relato dos guardas (versículos 11 a 15). Aqui se contradiz o boato judeu, que circula no tempo de Mateus, do rapto do cadáver de Jesus (Mt 27, 62-66).
Caminhada de fé não tem fim. Em oposição às mulheres que acreditaram, os guardas que viram os prodígios recusaram.

Teófilo Júnior


Homens da Galileia, habitantes de Jerusalém,
Jesus de Nazaré que por nós foi crucificado,
Aquele que passou a vida fazendo o bem,
Nos caminhos da Palestina, por todo o lado.

Esse Jesus Deus o ressuscitou da morte.
A morte não podia retê-lo em seu poder.
E o poder de Deus que é sempre mais forte,
Em Jesus ressuscitado é o que podemos ver.

E as mulheres anunciam a grande alegria,
Aos discípulos, como sempre, lentos a crer.
Mas é verdade, este, é o grande DIA,
O dia dos dias marca a história com seu poder.

Os anciãos tentam ainda corromper os soldados,
Dando-lhes a soma de tanto dinheiro,
Mas a Boa-Nova se espalha por todos os lados,
Jesus ressuscitou... A alegria é o dom primeiro.

Teófilo Minga, fms