Quinta feira - 31 de dezembro de 2015

Ouvir o Evangelho


Evangelho segundo S. João 1, 1-18

No princípio era o Verbo e o Verbo estava com Deus e o Verbo era Deus. No princípio, Ele estava com Deus. Tudo se fez por meio d’Ele e sem Ele nada foi feito. N’Ele estava a vida e a vida era a luz dos homens. A luz brilha nas trevas e as trevas não a receberam. Apareceu um homem enviado por Deus, chamado João. Veio como testemunha, para dar testemunho da luz, a fim de que todos acreditassem por meio dele. Ele não era a luz, mas veio para dar testemunho da luz. O Verbo era a luz verdadeira, que, vindo ao mundo, ilumina todo o homem. Estava no mundo e o mundo, que foi feito por Ele, não O conheceu. Veio para o que era seu e os seus não O receberam. Mas àqueles que O receberam e acreditaram no seu nome, deu-lhes o poder de se tornarem filhos de Deus. Estes não nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do homem, mas de Deus. E o Verbo fez-Se carne e habitou entre nós. Nós vimos a sua glória, glória que Lhe vem do Pai como Filho Unigénito, cheio de graça e de verdade. João dá testemunho d’Ele, exclamando: «Era deste que eu dizia: ‘O que vem depois de mim passou à minha frente, porque existia antes de mim’». Na verdade, foi da sua plenitude que todos nós recebemos graça sobre graça. Porque, se a Lei foi dada por meio de Moisés, a graça e a verdade vieram por meio de Jesus Cristo. A Deus, nunca ninguém O viu. O Filho Unigénito, que está no seio do Pai, é que O deu a conhecer.

Outras leituras do dia: 1 Jo 2, 18-21; Sal 95 (96), 1-2. 11-12. 13

Santo do dia
S. Silvestre I, papa


Ele estava com Deus. Tudo se fez por meio d’Ele. (Evangelho)

Nós somos cocriadores com Deus. Em todos os planos em que fazemos o mundo progredir. Cristo pôs o progresso e o retrocesso do mundo nas nossas mãos. Está nas nossas mãos fazer o mundo progredir. O leitor tem consciência do mundo progredir por um esforço consciente e original seu? Podia fazer mais? Reze sobre isso.

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Esta é a última hora,
Que virá o Anticristo!
Prestai atenção agora,
Vede o que nunca foi visto.

O Verbo junto de Deus
Veio visitar a humanidade,
Fazer-nos a todos filhos seus,
Porque Deus de eterna bondade.

Nas trevas brilhou a luz,
Precedida por João.
Foi o Precursor de Jesus,
Até ao fim, até à prisão.

De Jesus recebemos
Graça após graça.
É a maior riqueza que temos
No dia a dia que passa.

Teófilo Minga, fms

Quarta feira - 30 de dezembro de 2015

Ouvir o Evangelho


Evangelho segundo S. Lucas 2, 36-40

Quando os pais de Jesus levaram o Menino a Jerusalém, a fim de O apresentarem ao Senhor, estava no templo uma profetiza, Ana, filha de Fanuel, da tribo de Aser. Era de idade muito avançada e tinha vivido casada sete anos após o tempo de donzela e viúva até aos oitenta e quatro. Não se afastava do templo, servindo a Deus noite e dia, com jejuns e orações. Estando presente na mesma ocasião, começou também a louvar a Deus e a falar acerca do Menino a todos os que esperavam a libertação de Jerusalém. Cumpridas todas as prescrições da Lei do Senhor, voltaram para a Galileia, para a sua cidade de Nazaré. Entretanto, o Menino crescia e tornava-Se robusto, enchendo-Se de sabedoria. E a graça de Deus estava com Ele.

Outras leituras do dia: 1 Jo 2, 12-17; Sal 95 (96), 7-8a. 8b-9. 10


... aquele que faz a vontade de Deus permanece eternamente. (1ª Leitura)

Portanto, permanecemos eternamente se fizermos a vontade de Deus. E nós fazemos a vontade de Deus ou vamos vivendo, e até rezando e indo à missa, mas sem nunca nos perguntarmos qual é a vontade de Deus a nosso respeito? O leitor pergunta-se? Medite sobre isto.

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No nome de Jesus
Fostes perdoados;
Em vossa vida, nova luz
Que apagou os pecados.

Deus permanece em vós,
Porque vencestes o Maligno;
Sede agora a Sua voz,
Em comportamento digno.

Rezando como Ana,
Profetisa de longa idade,
Tornando mais humana
A nossa humanidade.

Mas também na missão,
Olhando o Menino
Crescia e era admiração,
Ele, humano-divino.

Teófilo Minga, fms

Terça feira - 29 de dezembro de 2015

Ouvir o Evangelho


Evangelho segundo S. Lucas 2, 22-35

Ao chegarem os dias da purificação, segundo a Lei de Moisés, Maria e José levaram Jesus a Jerusalém, para O apresentarem ao Senhor, como está escrito na Lei do Senhor: «Todo o filho primogénito varão será consagrado ao Senhor», e para oferecerem em sacrifício um par de rolas ou duas pombinhas, como se diz na Lei do Senhor. Vivia em Jerusalém um homem chamado Simeão, homem justo e piedoso, que esperava a consolação de Israel; e o Espírito Santo estava nele. O Espírito Santo revelara-lhe que não morreria antes de ver o Messias do Senhor; e veio ao templo, movido pelo Espírito. Quando os pais de Jesus trouxeram o Menino para cumprirem as prescrições da Lei no que lhes dizia respeito, Simeão recebeu-O em seus braços e bendisse a Deus, exclamando: «Agora, Senhor, segundo a vossa palavra, deixareis ir em paz o vosso servo, porque os meus olhos viram a vossa salvação, que pusestes ao alcance de todos os povos: luz para se revelar às nações e glória de Israel, vosso povo». O pai e a mãe do Menino Jesus estavam admirados com o que d’Ele se dizia. Simeão abençoou-os e disse a Maria, sua Mãe: «Este Menino foi estabelecido para que muitos caiam ou se levantem em Israel e para ser sinal de contradição; – e uma espada trespassará a tua alma – assim se revelarão os pensamentos de todos os corações».

Outras leituras do dia: 1 Jo 2, 3-11; Sal 95 (96), 1-2a. 2b-3. 5b-6


Aquele que diz conhecê-Lo mas não guarda os seus mandamentos é mentiroso. (1ª Leitura)

Guardamos ou não os mandamentos da lei de Deus? Guardamos os clássicos “mandamentos do não”. (Não matarás, etc.) E os mandamentos do ‘sim’? (Amar?) Que inteligência emprega o leitor em amar? O amar a Deus, aos outros e a mim tem que ser inteligente, astuto em força. Normalmente, amamos espontaneamente, mas era bom, e evangélico, se de vez em quando víssemos como é que podemos amar com mais qualidade. Quer fazer isso hoje, na sua oração?

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Cumprir os mandamentos
É andar na verdade,
Sem mentira nem fingimentos,
Beleza de toda a idade.

Guardar a Palavra, o melhor feito
Que nos deixa a Deus unidos;
O amor de Deus é em nós perfeito,
Nesse amor somos acolhidos.

Como Simeão acolhe a Jesus,
Em palavras de profecia
Que levantam uma cruz
Com um braço para Maria.

Que espada, Senhor
A trespassar-lhe a alma!
Prelúdio de dor,
Mas também de palma.

Teófilo Minga, fms

Segunda feira - 28 de dezembro de 2015

Ouvir o Evangelho


Evangelho segundo S. Mateus 2, 13-18

Depois de os Magos partirem, o Anjo do Senhor apareceu em sonhos a José e disse-lhe: «Levanta-te, toma contigo o Menino e sua Mãe e foge para o Egipto; fica lá até que eu te diga, pois Herodes vai procurar o Menino para O matar». José levantou-se de noite, tomou consigo o Menino e sua Mãe e partiu para o Egipto e ficou lá até à morte de Herodes, para se cumprir o que o Senhor anunciara pelo profeta: «Do Egipto chamei o meu filho». Quando Herodes percebeu que fora iludido pelos Magos, encheu-se de grande furor e mandou matar em Belém e no seu território todos os meninos de dois anos ou menos, conforme o tempo que os Magos lhe tinham indicado. Cumpriu-se então o que o profeta Jeremias anunciara, ao dizer: «Ouviu-se uma voz em Ramá, lamentos e gemidos sem fim: Raquel chora seus filhos e não quer ser consolada, porque eles já não existem».

Outras leituras do dia: 1 Jo 1, 5 – 2, 2; Sal 123 (124), 2-3. 4-5. 7b-8

Santo do dia
Santos Inocentes, mártires


Herodes vai procurar o Menino para O matar. (Evangelho

Porquê? Porque ele ia ser rei. Que fazemos nós das pessoas que nos incomodam? Há várias espécies de pessoas incómodas. As maçadoras, as que nos dizem algumas verdades, as que nos irritam, as que têm uma figura que nos faz impressão, às vezes até a voz. Com todas temos que agir com caridade. O leitor é capaz? Reze sobre isso.

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Nascimento para o Céu,
Mo martírio das crianças;
Abertura de um véu,
Escrito em vinganças.

Flores pequeninas
Que não se abrem à luz;
Mãos assassinas
Entregam-nos à Cruz.

Gente que anda nas trevas,
Nos caminhos do pecado.
Senhor, por onde nos levas?
Crime de um déspota enganado.

Herodes viu-se iludido,
Ficou cheio de furor:
Em Ramá, um gemido,
Raquel chora, cheia de dor.

Teófilo Minga, fms

Domingo - 27 de dezembro de 2015

Ouvir o Evangelho


SAGRADA FAMÍLIA DE JESUS, MARIA E JOSÉ

Evangelho segundo S. Lucas 2, 41-52

Os pais de Jesus iam todos os anos a Jerusalém, pela festa da Páscoa. Quando Ele fez doze anos, subiram até lá, como era costume nessa festa. Quando eles regressavam, passados os dias festivos, o Menino Jesus ficou em Jerusalém, sem que seus pais o soubessem. Julgando que Ele vinha na caravana, fizeram um dia de viagem e começaram a procurá-l’O entre os parentes e conhecidos. Não O encontrando, voltaram a Jerusalém, à sua procura. Passados três dias, encontraram-n’O no templo, sentado no meio dos doutores, a ouvi-los e a fazer-lhes perguntas. Todos aqueles que O ouviam estavam surpreendidos com a sua inteligência e as suas respostas. Quando viram Jesus, seus pais ficaram admirados; e sua Mãe disse-Lhe: «Filho, porque procedeste assim connosco? Teu pai e eu andávamos aflitos à tua procura». Jesus respondeu-lhes: «Porque Me procuráveis? Não sabíeis que Eu devia estar na casa de meu Pai?». Mas eles não entenderam as palavras que Jesus lhes disse. Jesus desceu então com eles para Nazaré e era-lhes submisso. Sua Mãe guardava todos estes acontecimentos em seu coração. E Jesus ia crescendo em sabedoria, em estatura e em graça, diante de Deus e dos homens.

Outras leituras do dia: Sir 3, 3-7. 14-17a (gr. 2-6. 12-14); Sal 127 (128), 1-2. 3. 4-5; Col 3, 12-21

Santo do dia
S. João, Apóstolo e Evangelista Apóstolo


Hoje celebramos a Sagrada Família de Jesus. À primeira vista, poderíamos pensar que meditar sobre a Sagrada Família não seja muito importante para as nossas famílias concretas. De facto, esta não é uma família comum e, no entanto, tem tantas semelhanças com as dinâmicas afetivas das nossas famílias. Esta família ensina-nos que Deus vem habitar na quotidianidade de uma casa normal e que é nos gestos, tantas vezes repetitivos da vida de cada dia, que se realiza o reino de Deus. A extraordinária novidade do Cristianismo está radicada também na sua normalidade. Por isso, pagar as contas, tratar dos filhos, lavar a roupa, cozinhar e todas as outras tarefas domésticas, são atividades espirituais que podem ser vividas como verdadeira oração porque são expressão do amor. Amor pelo marido, amor pela mulher, amor pelos filhos.
A Igreja, já desde os escritos de S. Paulo, considera a união entre marido e mulher um símbolo misterioso e privilegiado do amor de Deus. Um símbolo explicado em Jesus Cristo: nós somos simbolicamente a esposa e Cristo o esposo, numa união inseparável que começa no dia do nosso batismo. Isto significa que somos assumidos por Cristo, como um marido assume a sua mulher e uma mulher assume o seu marido. E tal como aquilo que pertence a um dos dois passa a pertencer aos dois, aquilo que é de Cristo passa a ser também nosso. Mas estas metáforas esponsais não nos devem fazer esquecer que o matrimónio é, enquanto tal, lugar de santidade para os esposos, para os filhos e para toda a Igreja.
O casamento cristão é um sacramento e, como tal, é um sinal visível da graça invisível. Isto significa que com os nossos olhos podemos observar uma realidade que é em si mesma misteriosa e profunda, tal como na missa não nos dirigimos ao altar para receber um pedacinho de pão, mas o Corpo de Cristo.
Quando duas pessoas se casam pode acontecer que não compreendam este caráter sacramental da sua união. Talvez se casem para estarem simplesmente um com o outro, sem se aperceberem que a união deles é ocasião para que se torne visível a presença de Deus no mundo.
Constituir uma família cristã não se limita à expressão do amor humano entre duas pessoas; não se limita sequer ao querer concretizar o amor nos filhos. Para lá das dificuldades e das alegrias da vida em comum, é Deus quem dá a força para que a família seja no mundo seu reflexo vivo, isto é, imagem do Amor divino.
Assim, todas as famílias são sagradas: são chamadas a serem símbolo de Deus no mundo, a serem sagradas, como a Sagrada Família de Nazaré.

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Quem venera o pai obtém o perdão dos pecados,
Acumula um tesouro aquele que honra a mãe;
Não os desprezemos quando idosos ou cansados;
Perdoemo-nos mutuamente em tudo também.

Seja a família grande em sentimentos de bondade,
De misericórdia, de mansidão e ainda paciência;
Na família também a Palavra de Cristo, a VERDADE…
Valores grandes que enriquecerão vossa existência.

E cante a família a Deus sua gratidão,
Façamos tudo em nome do Senhor Jesus;
Maridos e esposas se respeitem de todo o coração:
Se assim for, vossa vida, será testemunho de luz.

Da luz radiante de Cristo que inunda o mundo;
Grande testemunho para honrar o Menino,
Obediência ao que em nós há de mais profundo:
Com José e com Maria, fazer de nossa vida um hino.

Teófilo Minga, fms

Sábado - 26 de dezembro de 2015

Ouvir o Evangelho


Evangelho segundo S. Mateus 10, 17-22

Naquele tempo, disse Jesus aos seus apóstolos: «Tende cuidado com os homens: hão-de entregar-vos aos tribunais e açoitar-vos nas sinagogas. Por minha causa, sereis levados à presença de governadores e reis, para dar testemunho diante deles e das nações. Quando vos entregarem, não vos preocupeis em saber como falar nem com o que dizer, porque nessa altura vos será sugerido o que deveis dizer; porque não sereis vós a falar, mas é o Espírito do vosso Pai que falará em vós. O irmão entregará à morte o irmão e o pai entregará o filho. Os filhos hão-de erguer-se contra os pais e causar-lhes a morte. E sereis odiados por todos por causa do meu nome. Mas aquele que perseverar até ao fim, esse será salvo».

Outras leituras do dia: Act 6, 8-10; 7, 54-59; Sal 30 (31), 3cd-4. 6 e 8ab. 16b-17

Santo do dia
S. Estêvão, Primeiro Mártir


Sereis odiados por todos. (Evangelho)

Provavelmente, não somos odiados ‘por todos’, como Santo Estêvão era. Mas temos de nos interrogar se não incomodamos ninguém com as nossas ideias (cristãs), com a nossa maneira de viver o Evangelho. Penso que é mau se não o fizermos. Não será isso sinal de que somos amorfos, que não interpelamos ninguém? Às vezes, as consequências são duras, mas se o Evangelho for fácil é porque não é o Evangelho. A tentação de nos acomodarmos é grande. O leitor resiste à tentação?

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Estêvão, cheio de graça e fortaleza,
Fazia prodígios entre as gentes do povo;
Mostra-nos hoje a força e a beleza
Do tempo de Jesus: é um tempo novo.

Tantos contra ele, não resistiam à sabedoria
Com que falava; são palavras inspiradas
Pelo Espírito Santo que em si possuía.
Poderão mesmo atirar-lhe tantas pedradas,

Que o seu testemunho irá até ao fim.
Mais ainda: perdoa aos seus algozes.
Foi com Jesus que aprendeu gestos assim:
Perdoar aos inimigos, mesmo os mais ferozes.

É a profecia inteira e clara do Evangelho,
Que nos dá a garantia do Espírito Santo.
Força e inspiração para tudo quanto é belo,
Mesmo se o sofrimento está aí a cada canto.

Teófilo Minga, fms

Sexta feira - 25 de dezembro de 2015

Ouvir o Evangelho


NATAL DO SENHOR

Missa da noite
Evangelho segundo S. Lucas 2, 1-14

Naqueles dias, saiu um decreto de César Augusto, para ser recenseada toda a terra. Este primeiro recenseamento efectuou-se quando Quirino era governador da Síria. Todos se foram recensear, cada um à sua cidade. José subiu também da Galileia, da cidade de Nazaré, à Judeia, à cidade de David, chamada Belém, por ser da casa e da descendência de David, a fim de se recensear com Maria, sua esposa, que estava para ser mãe. Enquanto ali se encontravam, chegou o dia de ela dar à luz e teve o seu Filho primogénito. Envolveu-O em panos e deitou-O numa manjedoura, porque não havia lugar para eles na hospedaria. Havia naquela região uns pastores que viviam nos campos e guardavam de noite os rebanhos. O Anjo do Senhor aproximou-se deles e a glória do Senhor cercou-os de luz; e eles tiveram grande medo. Disse-lhes o Anjo: «Não temais, porque vos anuncio uma grande alegria para todo o povo: nasceu-vos hoje, na cidade de David, um Salvador, que é Cristo Senhor. Isto vos servirá de sinal: encontrareis um Menino recém-nascido, envolto em panos e deitado numa manjedoura». Imediatamente juntou-se ao Anjo uma multidão do exército celeste, que louvava a Deus, dizendo: «Glória a Deus nas alturas e paz na terra aos homens por Ele amados».

Outras leituras do dia: Is 9, 1-6; Sal 95 (96), 1-2a. 2b-3. 11-12. 13; Tito 2, 11-14


Missa do dia

Ouvir o Evangelho


Evangelho segundo S. João 1, 1-18

No princípio era o Verbo e o Verbo estava com Deus e o Verbo era Deus. No princípio, Ele estava com Deus. Tudo se fez por meio d’Ele e sem Ele nada foi feito. N’Ele estava a vida e a vida era a luz dos homens. A luz brilha nas trevas e as trevas não a receberam. Apareceu um homem enviado por Deus, chamado João. Veio como testemunha, para dar testemunho da luz, a fim de que todos acreditassem por meio dele. Ele não era a luz, mas veio para dar testemunho da luz. O Verbo era a luz verdadeira, que, vindo ao mundo, ilumina todo o homem. Estava no mundo e o mundo, que foi feito por Ele, não O conheceu. Veio para o que era seu e os seus não O receberam. Mas àqueles que O receberam e acreditaram no seu nome, deu-lhes o poder de se tornarem filhos de Deus. Estes não nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do homem, mas de Deus. E o Verbo fez-Se carne e habitou entre nós. Nós vimos a sua glória, glória que Lhe vem do Pai como Filho Unigénito, cheio de graça e de verdade. João dá testemunho d’Ele, exclamando: «É deste que eu dizia: ‘O que vem depois de mim passou à minha frente, porque existia antes de mim’». Na verdade, foi da sua plenitude que todos nós recebemos graça sobre graça. Porque, se a Lei foi dada por meio de Moisés, a graça e a verdade vieram por meio de Jesus Cristo. A Deus, nunca ninguém O viu. O Filho Unigénito, que está no seio do Pai, é que O deu a conhecer.

Outras leituras do dia: Is 52, 7-10; Sal 97 (98), 1. 2-3ab. 3cd-4. 5-6; Hebr 1, 1-6


Hoje o Verbo Se faz carne. A segunda pessoa da Santíssima Trindade veio habitar no meio de nós. Chegámos à plenitude dos tempos, em que Deus Se faz carne no seio da virgem Maria, para que aqueles que O acolhem e acreditam n’Ele recebam «o poder de se tornarem filhos de Deus».
Muitas vezes, neste dia ficamos divididos sobre a importância desta festa. É uma festa religiosa ou civil? Festa da família ou festa de Deus? A resposta é fácil: é uma festa divina e humana, cheia de consequências para a nossa vida.
Hoje celebramos Deus que, infinitamente grande, faz-Se pequenino por nós: o Senhor de todo o universo faz-Se criança por amor. Deus que Se faz homem para revelar quem é Ele. Nós, só pelo nosso pensamento, nunca poderíamos ter chegado à conclusão que Deus é amor: é a lógica da Encarnação que nos leva a essa conclusão porque Jesus Cristo na terra continua a ser a Palavra de Deus e é Ele quem nos revela plenamente o Pai.
Às vezes, esquecemo-nos que na simplicidade da gruta de Belém se esconde a imensidão da divindade. Aqui se revela a verdadeira grandeza de Deus que é Amor e também aqui é revelada a nossa verdadeira grandeza. Normalmente, pensamos que os grandes homens e as grandes mulheres são aqueles que fizeram alguma coisa de muito notável, seja no sentido mais material, como uma grande obra de arte, seja no sentido moral, um feito enorme por toda a humanidade. Estamos aqui hoje diante de um acontecimento que é simultaneamente humilde e aparentemente banal, mas de proporções verdadeiramente cósmicas: uma jovem rapariga que se deixou conduzir pela voz de Deus e que, por isso, concebeu e deu à luz o Menino-Deus. Será possível a humanidade atingir um feito maior do que permitir que Deus venha ao mundo?
Este não é um privilégio isolado de Nossa Senhora! Em certa medida, também nós somos chamados a participar deste mistério. Cada boa obra nossa, cada momento em que deixamos que a voz de Deus fale no nosso coração e agimos por Amor e não por nós próprios, é, na verdade, uma ação contemporaneamente da graça de Deus e nossa. Por meio da nossa abertura à graça e no cumprimento da sua vontade, Deus entra realmente no mundo. Na abertura à graça de Deus revela-se em nós a nossa verdadeira grandeza e nobreza. É aqui que se revela o nosso poder de nos tornarmos filhos de Deus. É deixando que Jesus Cristo encarne no nosso coração que nos realizamos como filhos, porque só em Deus seremos plenamente humanos. Só aceitando a nossa condição de filhos adotivos de Deus poderemos encontrar o nosso lugar nesta terra. Só em Deus podemos realizar aquilo que somos já no seio da sua misericórdia.

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Como são graciosos os pés do mensageiro
Que anuncia a Boa Nova da Salvação;
A sua voz ecoa pelo mundo inteiro;
Alegra-te Jerusalém, alegra-te Sião.

Rompe com brados de alegria, Jerusalém
Que o Senhor vai consolar o teu povo;
Esquece o passado; outro mundo vem.
Não o vedes? Está a chegar um tempo novo.

Tempo onde Deus falou pelo Seu Filho,
Já não pelos profetas como antigamente.
A Sua Palavra agora tem outro brilho,
O tempo de hoje é em tudo diferente.

O Verbo que era Deus montou a Sua tenda
Entre nós, seus filhos, agora banhados de luz.
Ele, luz verdadeira para que o mundo O entenda,
Ele, o Verbo que se fez carne… Seu nome é Jesus.

Teófilo Minga, fms

Quinta feira - 24 de dezembro de 2015

Ouvir o Evangelho


Evangelho segundo S. Lucas 1, 67-79

Naquele tempo, Zacarias, pai de João Baptista, ficou cheio do Espírito Santo e profetizou dizendo: «Bendito seja o Senhor, Deus de Israel, que visitou e redimiu o seu povo e nos deu um salvador poderoso na casa de David, seu servo. Assim prometera desde os tempos antigos, pela boca dos seus santos Profetas, que nos libertaria dos nossos inimigos e das mãos de todos os que nos odeiam; que teria compaixão dos nossos pais, recordando a sua sagrada aliança e o juramento que fizera a Abraão, nosso pai: que nos concederia a graça de O servirmos um dia sem temor, livres das mãos dos nossos inimigos, em santidade e justiça, na sua presença, todos os dias da nossa vida. E tu, menino, serás chamado profeta do Altíssimo, porque irás à sua frente a preparar os seus caminhos, para dar a conhecer ao seu povo a salvação, pela remissão dos pecados; graças ao coração misericordioso do nosso Deus, que das alturas nos visita como sol nascente, para iluminar os que vivem nas trevas e na sombra da morte e dirigir os nossos passos no caminho da paz».

Outras leituras do dia: 2 Sam 7, 1-5. 8b-12. 14a. 16; Sal 88 (89), 2-3. 4-5. 27 e 29


... de O servirmos um dia sem temor, livres das mãos dos nossos inimigos. (Evangelho)

Porque não haveríamos de servir Deus sem temor? Porque nos pode mandar para o inferno. Hoje em dia já não se assusta as pessoas com isso. Mas, às vezes, parece que o Céu não tem que ser conquistado, parece que andarmos melhor ou pior é a mesma coisa. Não é caro leitor, não é. Vai ter consequências. Medite.

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Serás tu a fazer-me a minha morada?
Não fui eu antes que te fiz grande rei?
Eu trouxe-te praticamente do nada
Para seres chefe de Israel, minha grei.

Contigo estou por onde tens andado;
Eliminei à tua frente os teus inimigos,
Tenho sido a tua proteção lado a lado,
Junto a ti livrando-te de todos os perigos.

Então sou eu, o Senhor, que te faço a casa;
O teu reino será grande e forte, para sempre.
Aceito o templo; constrói-o como te apraza,
Ali poderei acolher o meu povo, tua gente.

No Templo onde se pode cantar a profecia,
Como Zacarias fez, bendizendo o Senhor,
Por João que anunciará a beleza de outro dia,
Com a presença entre nós de Deus-amor.

Teófilo Minga, fms


Missa da Vigília

Ouvir o Evangelho


Evangelho segundo S. Mateus 1, 18-25

O nascimento de Jesus deu-se do seguinte modo: Maria, sua Mãe, noiva de José, antes de terem vivido em comum, encontrara-se grávida por virtude do Espírito Santo. Mas José, seu esposo, que era justo e não queria difamá-la, resolveu repudiá-la em segredo. Tinha ele assim pensado, quando lhe apareceu num sonho o Anjo do Senhor, que lhe disse: «José, filho de David, não temas receber Maria, tua esposa, pois o que nela se gerou é fruto do Espírito Santo. Ela dará à luz um Filho e tu pôr-Lhe-ás o nome de Jesus, porque Ele salvará o povo dos seus pecados». Tudo isto aconteceu para se cumprir o que o Senhor anunciara por meio do Profeta, que diz: «A Virgem conceberá e dará à luz um Filho, que será chamado ‘Emanuel’, que quer dizer ‘Deus connosco’». Quando despertou do sono, José fez como o Anjo do Senhor lhe ordenara e recebeu sua esposa.

Outras leituras do dia: Is 62, 1-5; Sal 88 (89), 4-5. 16-17. 27 e 29; Act 13, 16-17. 22-25


Por amor de Sião não me hei de calar;
Não terei repouso por amor de Jerusalém;
Por isso outra aurora vai agora despontar:
Chega o Senhor, chega a sua glória também.

Jerusalém não será mais “abandonada”,
A sua terra não será mais “solidão”;
Será o “encanto” do Senhor, terra “desposada”:
Tudo sinais de amor, sinais de salvação.

É todo um caminho, toda uma história;
No começo Deus libertou-nos do Egito;
Em David, nosso rei, vai mostrar sua glória;
Da sua linha nasce Jesus, que ao povo aflito

Traz a alegria e traz também a esperança.
Foram muitas gerações até chegar a José,
O homem justo que em Deus tem confiança.
Compreende o milagre: apelo grande à sua fé.

Teófilo Minga, fms

Quarta feira - 23 de dezembro de 2015

Ouvir o Evangelho


Evangelho segundo S. Lucas 1, 57-66

Naquele tempo, chegou a altura de Isabel ser mãe e deu à luz um filho. Os seus vizinhos e parentes souberam que o Senhor lhe tinha feito tão grande benefício e congratularam-se com ela. Oito dias depois, vieram circuncidar o menino e queriam dar-lhe o nome do pai, Zacarias. Mas a mãe interveio e disse: «Não, ele vai chamar-se João». Disseram-lhe: «Não há ninguém da tua família que tenha esse nome». Perguntaram então ao pai, por meio de sinais, como queria que o menino se chamasse. O pai pediu uma tábua e escreveu: «O seu nome é João». Todos ficaram admirados. Imediatamente se lhe abriu a boca e se lhe soltou a língua e começou a falar, bendizendo a Deus. Todos os vizinhos se encheram de temor e por toda a região montanhosa da Judeia se divulgaram estes factos. Quantos os ouviam contar guardavam-nos em seu coração e diziam: «Quem virá a ser este menino?» Na verdade, a mão do Senhor estava com ele.

Outras leituras do dia:Mal 3, 1-4. 23-24; Sal 24 (25), 4bc-5ab. 8-9. 10 e 14


Quem poderá suportar o dia da sua vinda? (1ª Leitura)

Esperemos que todos. Jesus disse-nos que a salvação não nos era possível, mas que a Deus nada é impossível. Claro, porque é Deus que nos ajuda no nosso caminho e é Deus que nos perdoa. É o Espírito Santo que está dentro de nós a aconselhar-nos, é Jesus que nos leva até ao Pai. Hoje, o leitor veja que caminho tem percorrido ultimamente. Se tem assimilado as graças que Deus lhe quer dar.

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Vou enviar-vos o meu mensageiro;
Diante de mim o caminho vai preparar;
Será o meu percurso, será o primeiro
A dizer ao povo que o Senhor vai chegar.

Sim, vou enviar-vos o profeta Elias,
Ele preparará o caminho do Senhor;
Preparará a sua vinda no dia dos dias,
Para que me acolham sem temor.

Mais tarde o percursor será João;
Chegou a altura de Isabel ser mãe;
Entre os vizinhos há grande emoção
Por este dom de Deus, precioso bem.

Perguntam: quem virá a ser este menino?
Homem de coragem, homem sem medo.
Ser grande profeta será o seu destino,
A força da Palavra será o seu segredo.

Teófilo Minga, fms

Terça feira - 22 de dezembro de 2015

Ouvir o Evangelho


Evangelho segundo S. Lucas 1, 46-56

Naquele tempo, Maria disse: «A minha alma glorifica o Senhor e o meu espírito se alegra em Deus, meu Salvador. Porque pôs os olhos na humildade da sua serva: de hoje em diante me chamarão bem-aventurada todas as gerações. O Todo-poderoso fez em mim maravilhas, Santo é o seu nome. A sua misericórdia se estende de geração em geração sobre aqueles que O temem. Manifestou o poder do seu braço e dispersou os soberbos. Derrubou os poderosos de seus tronos e exaltou os humildes. Aos famintos encheu de bens e aos ricos despediu de mãos vazias. Acolheu a Israel, seu servo, lembrado da sua misericórdia, como tinha prometido a nossos pais, a Abraão e à sua descendência para sempre». Maria ficou junto de Isabel cerca de três meses e depois regressou a sua casa.

Outras leituras do dia: 1 Sam 1, 24-28; Sal 1 Sam 2, 1. 4-5. 6-7. 8abcd


Manifestou o poder do seu braço e dispersou os soberbos. (Evangelho)

Há uma soberba espantosa, muito difícil de desenraizar: a da pessoa que não consegue ver defeitos em si própria. Tenho um amigo que é a “coisa” mais atrasada que há. Chega a atrasar-se horas. Um dia, disse-lhe que ele chegava sempre atrasado a umas reuniões. Negou a pés juntos. Como é que o leitor reage perante este tipo de soberba? Enfrenta-a? (Caridosamente.) Temos esse dever. O leitor peça inspiração ao Espírito Santo.

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Ana pegou em seu filho Samuel
Para dar graças a Deus e Senhor;
Outra oração atendida em Israel:
Um filho desejado com todo o amor.

Do Senhor Deus foi dom esperado,
Ao Senhor Deus é dom oferecido,
O que de melhor me foi dado,
Agora o dom: meu filho querido.

Dá graças esta mulher grande,
Como mais tarde a virgem Maria;
A sua alma em louvor se expande,
Seu espírito exulta de alegria.

Magnificat de todos os tempos,
Daquela que será sempre ditosa;
Inspiração para tantos momentos:
A humildade torna-se poderosa.

Teófilo Minga, fms

Segunda feira - 21 de dezembro de 2015

Ouvir o Evangelho


Evangelho segundo S. Lucas 1, 39-45

Naqueles dias, Maria pôs-se a caminho e dirigiu-se apressadamente para a montanha, em direcção a uma cidade de Judá. Entrou em casa de Zacarias e saudou Isabel. Quando Isabel ouviu a saudação de Maria, o menino exultou-lhe no seio. Isabel ficou cheia do Espírito Santo e exclamou em alta voz: «Bendita és tu entre as mulheres e bendito é o fruto do teu ventre. Donde me é dado que venha ter comigo a Mãe do meu Senhor? Na verdade, logo que chegou aos meus ouvidos a voz da tua saudação, o menino exultou de alegria no meu seio. Bem-aventurada aquela que acreditou no cumprimento de tudo quanto lhe foi dito da parte do Senhor».

Outras leituras do dia: Cânt 2, 8-14 ou Sof 3, 14-18a; Sal 32 (33), 2-3. 11-12. 20-21


Maria dirigiu-se apressadamente... (Evangelho)

Como o texto é omisso sobre as causas da viagem de Maria, vamos admitir que Nossa Senhora, aflita por estar grávida do Espírito Santo e, ao mesmo tempo, noiva de José, quereria aconselhar-se com a sua prima, cujo marido servia no templo, e que, portanto, talvez tivesse alguma coisa a dizer sobre aquele imbróglio. Naturalmente, falariam uma à outra e Maria sairia mais esclarecida sobre a vontade de Deus a seu respeito. Caro leitor, temos que nos apressar a saber a vontade de Deus a nosso respeito. E claro, primeiro, interrogar-nos.

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Eis a voz do meu amado,
Eis o Senhor que menino vem;
Este é o tempo desejado,
É um sonho, o menino de Belém.

É o encanto da ternura
Na violência da humanidade;
Um dom, a graça mais pura
De Deus que é bondade.

Vem, deixa-me ouvir a Tua voz,
Vem, responde à nossa espera,
Vem Senhor, não nos deixes sós
Vem e contigo formosa primavera.

Do seio mais santo de Maria
Vem a salvação esperada.
Isabel canta a primeira melodia
Do menino e da mãe abençoada.

Teófilo Minga, fms

Domingo - 20 de dezembro de 2015

Ouvir o Evangelho


DOMINGO IV DO ADVENTO

Evangelho segundo S. Lucas 1, 39-45

Naqueles dias, Maria pôs-se a caminho e dirigiu-se apressadamente para a montanha, em direcção a uma cidade de Judá. Entrou em casa de Zacarias e saudou Isabel. Quando Isabel ouviu a saudação de Maria, o menino exultou-lhe no seio. Isabel ficou cheia do Espírito Santo e exclamou em alta voz: «Bendita és tu entre as mulheres e bendito é o fruto do teu ventre. Donde me é dado que venha ter comigo a Mãe do meu Senhor? Na verdade, logo que chegou aos meus ouvidos a voz da tua saudação, o menino exultou de alegria no meu seio. Bem-aventurada aquela que acreditou no cumprimento de tudo quanto lhe foi dito da parte do Senhor».

Outras leituras do dia:Miq 5, 1-4a; Sal 79 (80), 2ac e 3b. 15-16. 18-19; Hebr 10, 5-10


Nestes últimos dias antes do Natal do Senhor, a liturgia apresenta-nos a missão de Jesus. Ele vem para nos propor a salvação, a libertação que nos conduz à verdadeira felicidade. Assim, na primeira leitura podemos ver como Deus desde sempre escolhe o que é mais frágil e pequeno aos nossos olhos para se poder manifestar. O profeta Miqueias aparece num tempo dominado por grandes injustiças e pela opressão do povo, transmitindo uma mensagem de grande esperança e de paz: o nascimento de um rei, um dom do amor de Deus que vem construir um reino de paz. Diz-nos que Deus não abandona o seu povo e que Se preocupa com a sua libertação.
O Evangelho apresenta-nos o encontro entre Nossa Senhora e Santa Isabel. São duas mulheres testemunhas da extraordinária fecundidade e misericórdia de Deus. Ambas escolheram confiar na promessa que, desde Abraão, Isac e Jacob, passando por todos os profetas e toda a história do povo de Israel, Deus lhes fez. Acreditaram que Ele está com o seu povo sempre e que é fiel à sua aliança. Maria e Isabel fizeram então a experiência das bênçãos de Deus porque viveram na certeza da sua fidelidade.
Santa Isabel saúda a sua prima evocando a bênção de Deus, declarando-a «Bendita entre as mulheres». A bênção, na tradição bíblica, significa «dizer bem» de alguém. Esta pode ser usada como desejo ou como louvor e era muito utilizada como expressão do amor e do reconhecimento. São tantos os motivos que temos para bendizer a vida uns dos outros, para dizer bem daqueles que estão à nossa volta.
Bendizer não é uma ação que floresça nos corações habitados pela inveja ou pelas rivalidades, mas é o reconhecimento e o desejo do bem do outro. Num coração habitado pelo amor de Deus, cheio de benevolência, floresce naturalmente o hábito de bendizer os outros à sua volta.
Santa Isabel, cheia do Espírito Santo, abençoa a sua prima e o filho que ela leva no seio e Maria reage bendizendo a Deus por tanto amor recebido.
Seja na primeira leitura, seja no Evangelho, podemos ver como Deus escolhe os mais frágeis e pequenos para transmitir as suas bênçãos ao mundo. Só os pequenos deste mundo têm o coração livre para reconhecer a presença de Deus e assim deixar que dentro de si floresçam abundantes bênçãos a Deus. A presença de Jesus Cristo no meio de nós é a realização das promessas de Deus, o anúncio da nossa libertação definitiva e do fim da opressão. Dizer que Jesus está no meio de nós significa transmitir esta mensagem aos outros dizendo bem de Deus por tanto bem recebido!

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Belém-Efrata, és talvez a mais modesta
Das famílias de Judá; mas de ti há de nascer
O Rei de Israel; alegria, será grande festa
O anuncia da salvação que todos podem ver.

Será um chefe a apascentar o seu rebanho,
Pelo poder, pelo nome glorioso do Senhor;
Será do passado a opressão de antanho,
Ele será para o povo um verdadeiro pastor.

Será mãe uma virgem que se chama Maria,
Por estes tempos a caminho para ver Isabel;
Encontro de duas mulheres, suprema alegria:
Tu és bendita, em ti a salvação de Israel.

Ao salvador deste corpo e humanidade;
Para trás fica o sacrifício, imolação antiga;
Teu Filho vem para fazer do Pai a vontade,
Seu corpo é a verdadeira imolação erguida.

Teófilo Minga, fms

Sábado - 19 de dezembro de 2015

Ouvir o Evangelho


Evangelho segundo S. Lucas 1, 5-25

Nos dias de Herodes, rei da Judeia, vivia um sacerdote chamado Zacarias, da classe de Abias, cuja esposa era descendente de Aarão e se chamava Isabel. Eram ambos justos aos olhos de Deus e cumpriam irrepreensivelmente todos os mandamentos e leis do Senhor. Não tinham filhos, porque Isabel era estéril e os dois eram de idade avançada. Quando Zacarias exercia as funções sacerdotais diante de Deus, no turno da sua classe, coube-lhe em sorte, segundo o costume sacerdotal, entrar no Santuário do Senhor para oferecer o incenso. Toda a assembleia do povo, durante a oblação do incenso, estava cá fora em oração. Apareceu-lhe então o Anjo do Senhor, de pé, à direita do altar do incenso. Ao vê-lo, Zacarias ficou perturbado e encheu-se de temor. Mas o Anjo disse lhe: «Não temas, Zacarias, porque a tua súplica foi atendida. Isabel, tua esposa, dar-te-á um filho, ao qual porás o nome de João. Será para ti motivo de grande alegria e muitos hão-de alegrar-se com o seu nascimento, porque será grande aos olhos do Senhor. Não beberá vinho nem bebida alcoólica; será cheio do Espírito Santo desde o seio materno e reconduzirá muitos dos filhos de Israel ao Senhor, seu Deus. Irá à frente do Senhor, com o espírito e o poder de Elias, para fazer voltar os corações dos pais a seus filhos e os rebeldes à sabedoria dos justos, a fim de preparar um povo para o Senhor». Zacarias disse ao Anjo: «Como hei-de saber que é assim, se eu estou velho e a minha esposa de idade avançada?». O Anjo respondeu-lhe: «Eu sou Gabriel, que assisto na presença de Deus e fui enviado para te anunciar esta boa nova. Mas tu vais guardar silêncio, sem poder falar, até ao dia em que tudo isto aconteça, por não teres acreditado nas minhas palavras, que se cumprirão a seu tempo. Entretanto, o povo esperava por Zacarias e admirava-se por ele se demorar no Santuário. Quando ele saiu, não lhes podia falar e então compreenderam que tinha tido uma visão no Santuário. Ele fazia-lhes sinais e continuava mudo. Ao terminarem os seus dias de serviço, Zacarias voltou para casa. Algum tempo depois, Isabel, sua esposa, concebeu e permaneceu oculta durante cinco meses, dizendo: «Assim procedeu o Senhor para comigo nos dias em que Se dignou livrar-me desta desonra diante dos homens».

Outras leituras do dia: Jz 13, 2-7. 24-25a; Sal 70 (71), 3-4a. 5-6ab. 16-17


... conceberás e darás à luz um filho. (1ª Leitura)

O anúncio do nascimento de Sansão, sobre-humano juiz e general dos hebreus, pode ajudar-nos a perceber as expectativas que os judeus punham na missão de Jesus. Sansão ia libertar o povo dos filisteus, Jesus devia libertar o povo dos romanos. Deixar-se apanhar e morrer como os criminosos, no final da sua missão, estava completamente fora dos esquemas mentais daquele tempo. E do nosso! E do nosso! E do leitor? Leitor, o que é que tem dentro do seu coração? Sansão ou Cristo? Reze sobre isso.

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Era estéril a esposa de Manoá;
O Anjo do Senhor lhe anuncia um filho.
Alegra-se então este homem de Soreá,
Na sua vida aparece um novo brilho.

A mulher teve um filho: foi Sansão
Que cresceu abençoado pelo Senhor.
A Deus nada é impossível, claro que não;
De modo admirável irrompe o seu amor.

Será o mesmo com Isabel e Zacarias,
Justos aos olhos de Deus, sem descendentes,
A idade era avançada e passavam os dias…
Que quereria o Senhor destes dois crentes?

Nada é impossível ao Senhor; outra vez
O Senhor intervém; a súplica é atendida.
Zacarias não falará por sua insensatez,
Mas João está aí: em Deus tudo é VIDA.

Teófilo Minga, fms

Sexta feira - 18 de dezembro de 2015

Ouvir o Evangelho


Evangelho segundo S. Mateus 1, 18-25

O nascimento de Jesus deu-se do seguinte modo: Maria, sua Mãe, noiva de José, antes de terem vivido em comum, encontrara-se grávida por virtude do Espírito Santo. Mas José, seu esposo, que era justo e não queria difamá-la, resolveu repudiá-la em segredo. Tinha ele assim pensado, quando lhe apareceu num sonho o Anjo do Senhor, que lhe disse: «José, filho de David, não temas receber Maria, tua esposa, pois o que nela se gerou é fruto do Espírito Santo. Ela dará à luz um Filho e tu pôr-Lhe-ás o nome de Jesus, porque Ele salvará o povo dos seus pecados». Tudo isto aconteceu para se cumprir o que o Senhor anunciara por meio do Profeta, que diz: «A Virgem conceberá e dará à luz um Filho, que será chamado ‘Emanuel’, que quer dizer ‘Deus connosco’». Quando despertou do sono, José fez como o Anjo do Senhor lhe ordenara e recebeu sua esposa.

Outras leituras do dia:Jer 23, 5-8; Sal 71 (72), 2. 12-13. 18-19


... ‘Emanuel’, que quer dizer Deus connosco. (Evangelho)

No Antigo Testamento, o sumo-sacerdote era o intermediário entre Deus e o povo. Deus estava com o povo, mas à distância. Não Se “misturava”. Com Jesus misturou-Se e, a partir da comunhão dos discípulos na última ceia e da vinda do Espírito Santo, entrou dentro de nós. Esteve connosco em carne e osso e agora está connosco misticamente. Aproveitemo-lo. O leitor, quando puder, faça algum tempo de adoração ao Santíssimo.

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Farei surgir de David um rebento
Que será um rei, um rei verdadeiro.
Governará com Sabedoria e talento,
Senhor do Universo, do mundo inteiro.

O Senhor fez sai seus filhos do Egito,
Dá-lhes em possessão sua nova terra;
No exílio, o Senhor ouviu seu grito,
Por caminhos perdido já não erra.

Esse rebento de Maria é Jesus,
Gerado por virtude do Espírito Santo.
José perturbado, por momentos sem luz,
É justo; mas não esconde o seu espanto.

Tudo resolveu em sonho o Anjo do Senhor.
José, justo, viverá a mais estrita obediência.
A sua vida inteira será só de amor, de amor,
Amor, amor que dá sentido à sua existência.

Teófilo Minga, fms

Quinta feira - 17 de dezembro de 2015

Ouvir o Evangelho


Evangelho segundo S. Mateus 1, 1-17

Genealogia de Jesus Cristo, Filho de David, Filho de Abraão: Abraão gerou Isaac; Isaac gerou Jacob; Jacob gerou Judá e seus irmãos. Judá gerou, de Tamar, Farés e Zara; Farés gerou Esrom; Esrom gerou Arão; Arão gerou Aminadab; Aminadab gerou Naasson; Naasson gerou Salmon; Salmon gerou, de Raab, Booz; Booz gerou, de Rute, Obed; Obed gerou Jessé; Jessé gerou o rei David. David, da mulher de Urias, gerou Salomão; Salomão gerou Roboão; Roboão gerou Abias; Abias gerou Asa; Asa gerou Josafat; Josafat gerou Jorão; Jorão gerou Ozias; Ozias gerou Joatão; Joatão gerou Acaz; Acaz gerou Ezequias; Ezequias gerou Manassés; Manassés gerou Amon; Amon gerou Josias; Josias gerou Jeconias e seus irmãos, ao tempo do desterro de Babilónia. Depois do desterro de Babilónia, Jeconias gerou Salatiel; Salatiel gerou Zorobabel; Zorobabel gerou Abiud; Abiud gerou Eliacim; Eliacim gerou Azor; Azor gerou Sadoc; Sadoc gerou Aquim; Aquim gerou Eliud; Eliud gerou Eleazar; Eleazar gerou Matã; Matã gerou Jacob; Jacob gerou José, esposo de Maria, da qual nasceu Jesus, chamado Cristo. Assim, todas estas gerações são: de Abraão a David, catorze gerações; de David ao desterro de Babilónia, catorze gerações; do desterro de Babilónia até Cristo, catorze gerações.

Outras leituras do dia:Gen 49, 2. 8-10; Sal 71 (72), 2. 3-4ab. 7-8. 17


Genealogia de Jesus Cristo. (Evangelho)

O Evangelho apresenta-nos a genealogia de Cristo para legitimar a sua missão. Ainda hoje nós prestamos homenagem à genealogia: ser filho de uma pessoa importante não é a mesma coisa do que ser filho de um ilustre desconhecido. Ter nascido duque não é a mesma coisa do que ter nascido plebeu. Mas isto são anti-valores – muito difíceis de desenraizar – que não legitimam coisa nenhuma, antes são mais uma dificuldade para a humildade como filhos de Deus. Caro leitor, como é que olha para as pessoas? Medite sobre isso.

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Naqueles dias Jacob chamou seus filhos,
Para lhes dizer uma palavra de pai;
Anunciava-se um tempo de outros brilhos,
Judá será um cetro de onde o poder não cai.

De Judá em Belém, virá o Salvador,
A quem os povos hão de obedecer.
No seu Reino, todo um esplendor,
Aurora de novo tempo a aparecer.

Novo tempo: o do Verbo encarnado
Que chegou depois de tantas gerações.
Era o Salvador por todos esperado,
Que devolvia a esperança aos corações.

Chegam enfim a última geração.
José, homem justo, esposo de Maria,
Ao projeto de Deus abre o coração.
É que sem ele, o Salvador nasceria.

Teófilo Minga, fms

Quarta feira - 16 de dezembro de 2015

Ouvir o Evangelho


Evangelho segundo S. Lucas 7, 19-23

Naquele tempo, João Baptista chamou dois dos seus discípulos e enviou-os ao Senhor com esta mensagem: «És Tu Aquele que havia de vir ou devemos esperar outro?» Ao chegarem junto de Jesus, os homens disseram-Lhe: «João Baptista mandou-nos perguntar-Te: ‘És Tu Aquele que havia de vir ou devemos esperar outro?’» Nessa altura Jesus curou muitas pessoas, de doenças, padecimentos e espíritos malignos, e deu a vista a muitos cegos. Então respondeu-lhes: «Ide contar a João o que vistes e ouvistes: os cegos vêem, os coxos andam, os leprosos ficam limpos, os surdos ouvem, os mortos ressuscitam e aos pobres é anunciado o Evangelho; e feliz daquele que não encontrar em Mim ocasião de queda».

Outras leituras do dia: Is 45, 6b-8. 18. 21b-25: Sal 84 (85), 9ab-10. 11-12. 13-14


Feliz daquele que não encontrar em Mim ocasião de queda. (Evangelho)

Se Jesus tivesse dito «Feliz daquele que não encontrar em si próprio ocasião de queda», seria talvez mais percetível. Agora, como é que podemos encontrar em Cristo ocasião de queda? Só se for por contraste. Por contraste com os seus valores. O pecado é a queda que temos frente à vontade de Jesus. Esse contraste tem que ser cada vez menos para sermos felizes. É o que Jesus nos diz. Ora o leitor pergunte a Jesus se não é assim.

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Eu sou o Senhor e mais ninguém,
Crio as trevas e formo a luz;
Criei o homem e a mulher também,
O mundo e tudo o que ele produz.

Voltai-vos para mim países da Terra,
Que só em mim existe justiça e poder;
Um poder diferente, justo, que encerra
A salvação que a todos quero oferecer.

Salvação que chegará em Jesus,
Feito homem para anunciar a Boa-Nova.
Terá que pagar um preço: o da Cruz,
Árvore da vida onde tudo se renova.

Mas és Tu Aquele que deve vir?
Esta era a mensagem e João.
Dizei-lhe: os surdos voltam a ouvir,
Os coxos andam… Chegou a Salvação.

Teófilo Minga, fms

Terça feira - 15 de dezembro de 2015

Ouvir o Evangelho


Evangelho segundo S. Mateus 21, 28-32

Naquele tempo, disse Jesus aos príncipes dos sacerdotes e aos anciãos do povo: «Que vos parece? Um homem tinha dois filhos. Foi ter com o primeiro e disse-lhe: ‘Filho, vai hoje trabalhar na vinha’. Mas ele respondeu-lhe: ‘Não quero’. Depois, porém, arrependeu-se e foi. O homem dirigiu-se ao segundo filho e falou-lhe do mesmo modo. Ele respondeu: ‘Eu vou, Senhor’. Mas de facto não foi. Qual dos dois fez a vontade ao pai?». Eles responderam-Lhe: «O primeiro». Jesus disse-lhes: «Em verdade vos digo: Os publicanos e as mulheres de má vida irão diante de vós para o reino de Deus. João Baptista veio até vós, ensinando-vos o caminho da justiça, e não acreditastes nele; mas os publicanos e as mulheres de má vida acreditaram. E vós, que bem o vistes, não vos arrependestes, acreditando nele».

Outras leituras do dia: Sof 3, 1-2. 9-13; Sal 33 (34), 2-3. 6-7. 17-18. 19 e 23


Eu darei aos povos lábios puros. (1ª Leitura)

É Deus que nos dará lábios puros. Esta frase de Sofonias pode descansar-nos muito. O que seria de nós se tivéssemos que arranjar lábios puros por nós próprios? O que Deus quer é que estejamos abertos a Ele, que façamos a nossa parte, que nos deixemos trabalhar por Ele. E o nosso papel é passivo? Não. Nós temos a responsabilidade de atuar com base na purificação de Deus, na vontade de Deus. E para isso temos que assimilar a sua vontade. Reze, o leitor, sobre isso.

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Ai da cidade impura que não confia no Senhor,
Ai da cidade violenta que não escuta meu apelo;
Não se aproxima de Deus, cidade sem temor,
Esqueceu tudo o que é bom, tudo o que é belo.

Mas virão adoradores trazendo-me ofertas;
É claro, começa ali um caminho de conversão,
Que conduz a cidade por vias noivas, certas,
Longe de todo o orgulho… Outro coração.

Jesus avisa os sacerdotes e os ancião do povo,
De modo muito sério, quase paradoxal
Neste tempo que agora começa, tempo novo:
Arrependei-vos e deixai de praticar o mal.

Poderá haver surpresas lá no Reino de Deus.
Vedes os publicanos e mulheres de má vida?
Aqui tão desprezados, esses pobres filhos meus,
Serão os primeiros no céu, é a minha acolhida.

Teófilo Minga, fms

Segunda feira - 14 de dezembro de 2015

Ouvir o Evangelho


Evangelho segundo S. Mateus 21, 23-27

Naquele tempo, Jesus foi ao templo e, enquanto ensinava, aproximaram-se d’Ele os príncipes dos sacerdotes e os anciãos do povo, que Lhe perguntaram: «Com que autoridade fazes tudo isto? Quem Te deu tal direito?» Jesus respondeu-lhes: «Vou fazer-vos também uma pergunta e, se Me responderdes a ela, dir-vos-ei com que autoridade faço isto. Donde era o baptismo de João? Do Céu ou dos homens?» Mas eles começaram a deliberar, dizendo entre si: «Se respondermos que é do Céu, vai dizer-nos: ‘Porque não lhe destes crédito?’ E se respondermos que é dos homens, ficamos com receio da multidão, pois todos consideram João como profeta». E responderam a Jesus: «Não sabemos». Ele por sua vez disse-lhes: «Então não vos digo com que autoridade faço isto».

Outras leituras do dia: Num 24, 2-7. 15-17a; Sal 24 (25), 4bc-5ab. 6-7bc. 8-9

Santo do dia
S. João da Cruz, presbítero e doutor da Igreja


O Espírito de Deus desceu sobre ele. (1ª Leitura)

Desde o nascimento de Jesus que passámos a ser filhos de Deus, inspirados pelo Espírito Santo. O problema é que é só se nós quisermos. Essa inspiração tem que ser pedida porque, embora o Espírito Santo esteja dentro de nós, não atua sem nós lhe pedirmos. É bom que, de vez em quando, rezemos ao Espírito Santo, o peçamos, para estarmos o mais possível em consonância com o que Deus quer. Ora, hoje, o leitor peça o Espírito Santo.

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Palavra do homem de olhar penetrante
Que ouve Deus e suas revelações;
No decorrer do tempo, a cada instante,
Contempla do Omnipotente as visões.

De Jacob haverá uma descendência,
Um homem que dominará os povos;
Profecia de Balaão, uma visão de excelência…
De olhos abertos vai sonhando tempos novos.

Tempos que apontam para o Messias
Que ensinava no Templo a sã doutrina.
Ensinava às claras, sem medo, todos os dias,
Ensinamento límpido que a todos ilumina.

Mas os sumos-sacerdotes estão desgostados:
Que tem deu o direito de ensinar, vamos a ver.
Jesus faz uma pergunta e os pobres coitados:
Não sabemos nada do que queres saber!

Teófilo Minga, fms

Domingo - 13 de dezembro de 2015

Ouvir o Evangelho


DOMINGO III DO ADVENTO

Evangelho segundo S. Lucas 3, 10-18

Naquele tempo, as multidões perguntavam a João Baptista: «Que devemos fazer?». Ele respondia-lhes: «Quem tiver duas túnicas reparta com quem não tem nenhuma; e quem tiver mantimentos faça o mesmo». Vieram também alguns publicanos para serem baptizados e disseram: «Mestre, que devemos fazer?». João respondeu-lhes: «Não exijais nada além do que vos foi prescrito». Perguntavam-lhe também os soldados: «E nós, que devemos fazer?». Ele respondeu-lhes: «Não pratiqueis violência com ninguém nem denuncieis injustamente; e contentai-vos com o vosso soldo». Como o povo estava na expectativa e todos pensavam em seus corações se João não seria o Messias, ele tomou a palavra e disse a todos: «Eu baptizo-vos com água, mas está a chegar quem é mais forte do que eu, e eu não sou digno de desatar as correias das suas sandálias. Ele baptizar-vos-á com o Espírito Santo e com o fogo. Tem na mão a pá para limpar a sua eira e recolherá o trigo no seu celeiro; a palha, porém, queimá-la-á num fogo que não se apaga». Assim, com estas e muitas outras exortações, João anunciava ao povo a Boa Nova».

Outras leituras do dia: Sof 3, 14-18a; Sal Is 12, 2-3. 4bcd. 5-6; Filip 4, 4-7

Santo do dia
S. Luzia, virgem e mártir


O Advento é simultaneamente um tempo penitencial, em que nos preparamos para acolher o Senhor, e um convite à alegria. Não existe nada de mais contrário à Escritura do que o espírito dolorista, das caras tristes e pesadas. Na verdade, Jesus Cristo diz-nos que, fazendo penitência, não devemos ter um rosto pesado, mas um sorriso alegre. Estamos a preparar a vinda da Alegria e, por estranho que possa parecer, a tristeza é muitas vezes sinal do excesso de preocupação por nós próprios: ficamos tristes quando nos deixamos aprisionar pela inveja e vemos só o que não temos e não conseguimos viver confiando em Deus que é Amor. Onde mora o pecado não pode viver a Alegria.
Hoje continuamos a acompanhar João Batista, que nos mostra o caminho para a felicidade que é Jesus Cristo. Ele, que evangelizou com a vida, mostra-nos o Evangelho da alegria vivendo uma vida austera mas não triste. É muitas vezes considerado como o último dos profetas da antiga aliança, cujo sentido era preparar a vinda do Senhor; e tudo aquilo que João Batista fez e disse tinha como sentido último a preparação para acolher Jesus Cristo na sua vida. Por isso, a sua própria vida é manifestação de como nos podemos preparar para a vinda do Senhor. A antiga lei já passou, mas ficou o seu sentido, isto é, a preparação para o acolhimento de Deus.
João Batista foi no deserto a voz que transmitia a Palavra. No Domingo passado, fomos por ele convidados a rever a nossa relação com Deus, a sintonizar a nossa mentalidade com a mentalidade de Deus. Hoje, somos chamados a rever a nossa relação com os outros, fazendo um apelo à solidariedade e partilha dos bens com os mais necessitados e excluindo todo o tipo de corrupção e abuso de poder para proveito próprio.
Se temos dentro de nós o ideal do bem, se temos dentro de nós a vontade de seguir o Senhor e de O encontrar é porque outras pessoas na nossa vida foram “voz” para a Palavra. Se temos fé é porque, muito provavelmente, encontramos pessoas que nos comunicavam a presença de Deus através das suas vidas. Pessoas que vivendo falavam, muitas vezes sem palavras, da salvação que é Jesus Cristo. Estas são pessoas que Deus vai metendo nas nossas vidas e são vozes que clamam no deserto para que possamos preparar a vinda do Senhor. Pessoas que nos deixam uma memória de encontro com Jesus Cristo.
Assim deve ser também a nossa vida: uma voz que grita no deserto. E, se somos realmente voz da Palavra que é Cristo, diminuímos para nós próprios, para que Ele possa crescer dentro de nós e, assim, sermos aquilo que Ele quer: alegres e com cara de gente salva.

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Clama jubilosamente filha de Sião,
Solta contente, brados de alegria;
Rejubila depois de todo o coração,
Que nasce a aurora de um novo dia.

Não tens a temer qualquer desventura;
O Salvador chegou, já está no meio de ti;
Ele vem com Aquele que consola e cura
Tantos males, que no teu seio eu vi.

Alegrai-vos com a presença do Senhor,
Cantai salmos e hinos de ação de graças;
Em vossos lábios esteja sempre o louvor,
Que pairavam sobre vós tantas ameaças

E agora estão longe. Que havemos de fazer?
Reparti a túnica com aquele que não tem;
Não exijais mais nada do que o vosso haver
E depois não vos canseis de praticar o bem.

Teófilo Minga, fms

Sábado - 12 de dezembro de 2015

Ouvir o Evangelho


Evangelho segundo S. Mateus 17, 10-13

Ao descerem do monte, os discípulos perguntaram a Jesus: «Porque dizem os escribas que Elias tem de vir primeiro?» Jesus respondeu-lhes: «Certamente Elias há-de vir para restaurar todas as coisas. Eu vos digo, porém, que Elias já veio; mas, em vez de o reconhecerem, fizeram-lhe tudo o que quiseram. Assim também o Filho do homem será maltratado por eles». Então os discípulos compreenderam que Jesus lhes falava de João Baptista.

Outras leituras do dia:Sir 48, 1-4. 9-11; Sal 79 (80), 2ac e 3b. 15-16. 18-19


Quem se pode gloriar de ser como tu? (1ª Leitura)

Ninguém. Mas todos nós temos que ter consciência da nossa importância. E de onde é que nos vem a importância? De servirmos. O resto não é valor do Reino. E aí há uma profunda conversão a fazer porque normalmente não tiramos a nossa importância de servir. Até porque servir não soa bem. Os pobres é que servem. Pois é, temos que ser pobres e servir. Não vai chegar a vida toda do leitor para esta mudança de mentalidade. Treine- -se e reze. (Esta conversão não vai sem treino.)

Revista Mensageiro do Coração de Jesus | Secretariado Nacional do Apostolado da Oração | www.apostoladodaoracao.pt


Apareceu como um fogo o profeta Elias;
Sua palavra era um facho ardente;
Grande desafio ao longo dos dias,
Desafio grande, forte e potente.

Elias, por seus prodígios admirado;
Ao Céu subiu em turbilhão de chamas.
Quem, como tu pode ser glorificado?
Quem pode amar como tu amas?

Partiste para aplacar a ira divina,
Antes que ela se inflame sobre nós.
Por isso a tua presença ilumina
A nossa estrada, inspira a nossa voz.

Os escribas: Elias tem que vir primeiro!
Eu digo: Elias já veio um caminho preparar.
Foi meu Precursor e voz, e o sendeiro
Que ele traça é para seguir e caminhar.

Teófilo Minga, fms

Sexta feira - 11 de dezembro de 2015

Ouvir o Evangelho


Evangelho segundo S. Mateus 11, 16-19

Naquele tempo, disse Jesus à multidão: «A quem poderei comparar esta geração? É como os meninos sentados nas praças, que se interpelam uns aos outros, dizendo: ‘Tocámos flauta e não dançastes; entoámos lamentações e não chorastes’. Veio João Baptista, que não comia nem bebia, e dizem que tinha o demónio com ele. Veio o Filho do homem, que come e bebe, e dizem: ‘É um glutão e um ébrio, amigo de publicanos e pecadores’. Mas a sabedoria foi justificada pelas suas obras».

Outras leituras do dia:Is 48, 17-19; Sal 1, 1-2. 3. 4 e 6


Eu (...) ensino-te o que é para teu bem. (1ª Leitura)

Para teu bem, quer dizer, para a tua felicidade. Algum cristão convicto duvida que Deus nos quer felizes e contentes? Jesus levou a cruz ao calvário, mas também foi a casamentos e banquetes, comia e bebia, tinha amigos íntimos, apreciava os prazeres da vida. (Aliás, foi acusado de ser ébrio e glutão – Lc 7, 34). O que temos que fazer, pois, é sintonizarmo-nos com Deus e sermos felizes. O leitor reze pela sua felicidade. (E, já agora, dos seus. Mas não se esqueça de si.)

Revista Mensageiro do Coração de Jesus | Secretariado Nacional do Apostolado da Oração | www.apostoladodaoracao.pt


Sou o teu Redentor,
O teu Deus que te ensino
O que há de melhor,
Para o teu destino.

Destino que é o teu bem,
Para ti, o melhor caminho.
Escuta as minhas ordens também:
Não as seguir é um espinho

Que apaga a tua prosperidade!
Não sejais como a presente geração
Que nunca acolheu a verdade
Na sua vida, no seu coração.

Rejeitar a Sabedoria divina,
Pelas próprias obras justificada,
É rejeitar luz que ilumina,
Ser sal que não serve para nada.

Teófilo Minga, fms