Domingo - 31 de agosto de 2014

Ouvir o Evangelho


DOMINGO XXII DO TEMPO COMUM

Evangelho segundo S. Mateus 16, 21-27

Naquele tempo, Jesus começou a explicar aos seus discípulos que tinha de ir a Jerusalém e sofrer muito da parte dos anciãos, dos príncipes dos sacerdotes e dos escribas; que tinha de ser morto e ressuscitar ao terceiro dia. Pedro, tomando-O à parte, começou a contestá-l’O, dizendo: «Deus Te livre de tal, Senhor! Isso não há-de acontecer!». Jesus voltou-Se para Pedro e disse-lhe: «Vai-te daqui, Satanás. Tu és para mim uma ocasião de escândalo, pois não tens em vista as coisas de Deus, mas dos homens». Jesus disse então aos seus discípulos: «Se alguém quiser seguir-Me, renuncie a si mesmo, tome a sua cruz e siga-Me. Pois quem quiser salvar a sua vida há-de perdê-la; mas quem perder a sua vida por minha causa, há-de encontrá-la. Na verdade, que aproveita ao homem ganhar o mundo inteiro, se perder a sua vida? Que poderá dar o homem em troca da sua vida? O Filho do homem há-de vir na glória de seu Pai, com os seus Anjos, e então dará a cada um segundo as suas obras».

Outras leituras do dia: Jer 20, 7-9; Sal 62 (63), 2. 3-4. 5-6. 8-9; Rom 12, 1-2


Como é que se pode compreender a dor e o sofrimento dos inocentes? Não têm outra explicação senão a cruz de Cristo. Para muitos, ela é escândalo e desprezo, mas, para os chamados, força e sabedoria de Deus. O que se deve admirar e entusiasmar-nos é o bem, a justiça, o trabalho pela paz e o esforço para que a dor dos enfermos e dos oprimidos seja mais leve e mais fácil de suportar.
«Palavra e Vida 2014» - O Evangelho comentado cada dia - uma iniciativa dos Missionários Claretianos, ao serviço da evangelização.


Seduziste-me, Senhor, e eu deixei-me seduzir,
Mesmo se sou objeto de contínua irrisão;
Sou profeta e unicamente a Ti quero servir,
Proclamar Tua palavra com a orça do coração.

Oferecer-Te meu corpo como sacrifico vivo,
Sacrifício agradável a Deus, sacrifício santo,
Sacrifício onde todo eu me faço oblativo,
Dom para o Senhor que eu louvo e canto.

Para isso, certamente, carregarei a minha cruz,
Lema do meu dom, apelo da minha oferta,
Não é outra nem diversa a lição última de Jesus,
A lição decisiva que convence, a mais certa.

Ganhar o mundo inteiro se perdemos a vida?
Sejamos o sábio que do seu tesouro novo e velho
Tira a força para que seja totalmente oferecida
Dando-nos até ao fim, ao serviço do Evangelho.

Teófilo Minga, fms

Sábado - 30 de agosto de 2014

Ouvir o Evangelho


Evangelho segundo S. Mateus 25, 14-30

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos a seguinte parábola: «Um homem, ao partir de viagem, chamou os seus servos e confiou-lhes os seus bens. A um entregou cinco talentos, a outro dois e a outro um, conforme a capacidade de cada qual; e depois partiu. O que tinha recebido cinco talentos fê-los render e ganhou outros cinco. Do mesmo modo, o que recebera dois talentos ganhou outros dois. Mas, o que recebera um só talento foi escavar a terra e escondeu o dinheiro do seu senhor. Muito tempo depois, chegou o senhor daqueles servos e foi ajustar contas com eles. O que recebera cinco talentos aproximou-se e apresentou outros cinco, dizendo: ‘Senhor, confiaste-me cinco talentos: aqui estão outros cinco que eu ganhei’. Respondeu-lhe o senhor: ‘Muito bem, servo bom e fiel. Porque foste fiel em coisas pequenas, confiar-te-ei as grandes. Vem tomar parte na alegria do teu senhor’. Aproximou-se também o que recebera dois talentos e disse: ‘Senhor, confiaste-me dois talentos: aqui estão outros dois que eu ganhei’. Respondeu-lhe o senhor: ‘Muito bem, servo bom e fiel. Porque foste fiel em coisas pequenas, confiar-te-ei as grandes. Vem tomar parte na alegria do teu senhor’. Aproximou-se também o que recebera um só talento e disse: ‘Senhor, eu sabia que és um homem severo, que colhes onde não semeaste e recolhes onde nada lançaste. Por isso, tive medo e escondi o teu talento na terra. Aqui tens o que te pertence’. O senhor respondeu-lhe: ‘Servo mau e preguiçoso, sabias que ceifo onde não semeei e recolho onde nada lancei; devias, portanto, depositar no banco o meu dinheiro e eu teria, ao voltar, recebido com juro o que era meu. Tirai-lhe então o talento e dai-o àquele que tem dez. Porque, a todo aquele que tem, dar-se-á mais e terá em abundância; mas, àquele que não tem, até o pouco que tem lhe será tirado. Quanto ao servo inútil, lançai-o às trevas exteriores. Aí haverá choro e ranger de dentes’».

Outras leituras do dia: 1 Cor 1, 26-31; Sal 32 (33), 12-13. 18-19. 20-21


T enho de aprender a esbanjar as minhas qualidades em prol dos irmãos. Se Deus me entregou dois talentos, não me irá pedir o lucro de cinco. Há que trabalhar inteligentemente, sabendo porquê e por Quem o fazemos. O pior é aparecer diante de Deus de mãos vazias; é melhor surgir de mãos rotas, por termos distribuído todas as nossas qualidades em proveito dos irmãos.
«Palavra e Vida 2014» - O Evangelho comentado cada dia - uma iniciativa dos Missionários Claretianos, ao serviço da evangelização.


A lógica de Deus é uma lógica diferente;
Não somos nem sábios, poderosos ou nobres;
Não nos situamos entre a distinta e rica gente;
Somos pessoas humildes, talvez mesmo pobres.

E Deus humilde escolhe esses que nada são,
Aqueles que são fracos perante o mundo,
Mas que se abrem à Palavra em seu coração
E a acolhem de modo humilde, mas profundo.

O que importa é servir com os talentos dados,
Dons que vêm de Deus para a comunidade,
E onde todos se sentem acolhidos e amados:
A grandeza está em servir na gratuidade.

Pouco importa ter um, dois ou cinco talentos;
Importa sim, servir quanto posso meus irmãos,
Sem esperar por muitos ou grandes portentos:
Para o Reino seja o serviço de nossas mãos.

Teófilo Minga, fms

Sexta feira - 29 de agosto de 2014

Ouvir o Evangelho


Martírio de S. João Baptista

Evangelho segundo S. Marcos 6, 17-29

Naquele tempo, o rei Herodes mandara prender João e algemá-lo no cárcere, por causa de Herodíades, a mulher do seu irmão Filipe, que ele tinha tomado por esposa. João dizia a Herodes: «Não podes ter contigo a mulher do teu irmão». Herodíades odiava João Baptista e queria dar-lhe a morte, mas não podia, porque Herodes respeitava João, sabendo que era justo e santo, e por isso o protegia. Quando o ouvia, ficava perturbado, mas escutava-o com prazer. Entretanto, chegou um dia oportuno, quando Herodes, no seu aniversário natalício, ofereceu um banquete aos grandes da corte, aos oficiais e às principais personalidades da Galileia. Entrou então a filha de Herodíades, que dançou e agradou a Herodes e aos convidados. O rei disse à jovem: «Pede-me o que desejares e eu to darei». E fez este juramento: «Dar-te-ei o que me pedires, ainda que seja a metade do meu reino». Ela saiu e perguntou à mãe: «Que hei-de pedir?». A mãe respondeu-lhe: «Pede a cabeça de João Baptista». Ela voltou apressadamente à presença do rei e fez-lhe este pedido: «Quero que me dês sem demora, num prato, a cabeça de João Baptista». O rei ficou consternado, mas por causa do juramento e dos convidados, não quis recusar o pedido. E mandou imediatamente um guarda, com ordem de trazer a cabeça de João. O guarda foi à cadeia, cortou a cabeça de João e trouxe-a num prato. A jovem recebeu-a e entregou-a à mãe. Quando os discípulos de João souberam a notícia, foram buscar o seu cadáver e deram-lhe sepultura.

Outras leituras do dia: 1 Cor 1, 17-25; Sal 32 (33), 1-2. 4-5. 10-11


O martírio é a consequência de uma vida entregue a Cristo. Não constitui apenas um acto pontual de heroísmo. João Baptista esperava a vinda do Messias. Anunciava-o com palavras e obras. Ele era a voz da Palavra e a testemunha fiel do reino de Deus. O que ele proclamou com os lábios, ratificou-o depois com o derramamento do próprio sangue. Aprendeu e antecipou o comportamento do seu Mestre.
«Palavra e Vida 2014» - O Evangelho comentado cada dia - uma iniciativa dos Missionários Claretianos, ao serviço da evangelização.


Os sábios bem como toda a sabedoria do mundo
Estão bem longe da loucura divina da santa Cruz;
Néscios, ignoram eles o que há de mais profundo:
O Evangelho, mensagem dita pelo próprio Jesus.

O mundo não reconheceu a sabedoria divina,
Nem tampouco os gregos, nem mesmo os judeus;
Está longe sua mente da Palavra que ilumina
E faz crescer na terra verdadeiros filhos seus.

Não assim aquela Herodíades sensual e cretina;
Sua filha dança tão bem perante os convidados;
E já a mente da estúpida mulher se ilumina.
A cabeça de João: e todos ficam contristados.

Herodes sem força nem personalidade,
Marionete em tudo ao sabor dos ventos,
Deixa-se levar nesta assassina veleidade.
Não se cumprem todos os juramentos.

Teófilo Minga, fms

Quinta feira - 28 de agosto de 2014

Ouvir o Evangelho


Evangelho segundo S. Mateus 24, 42-51

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Vigiai, porque não sabeis em que dia virá o vosso Senhor. Compreendei isto: se o dono da casa soubesse a que horas da noite viria o ladrão, estaria vigilante e não deixaria arrombar a sua casa. Por isso, estai vós também preparados, porque na hora em que menos pensais, virá o Filho do homem. Quem é o servo fiel e prudente, que o senhor pôs à frente da sua casa, para lhe dar o alimento em tempo oportuno? Feliz aquele servo que o senhor, ao chegar, encontrar procedendo assim. Em verdade vos digo que lhe confiará a administração de todos os seus bens. Mas se o servo for mau e disser consigo: ‘O meu senhor demora-se’, e começar a espancar os companheiros e a comer e beber com os ébrios, quando o senhor daquele servo chegar, em dia que ele não espera e à hora que ele não pensa, expulsá-lo-á e lhe dará a sorte dos hipócritas. Aí haverá choro e ranger de dentes».

Outras leituras do dia: 1 Cor 1, 1-9; Sal 144 (145), 2-3. 4-5. 6-7

Santo do dia
S. Agostinho, bispo e doutor da Igreja


A vida cristã é como uma vigília permanente. Se se recebeu o Evangelho, deve-se vivê-lo com fidelidade, esperando o regresso glorioso do Senhor Jesus Cristo. Este tempo de preparação é um período de evangelização e de esperança activa e confiante. Necessitamos de estar sempre preparados: agora, para escutarmos a inspiração do Senhor, que nos chama a praticar o bem; no momento final, para nos entregarmos confiadamente nos braços do Pai.
«Palavra e Vida 2014» - O Evangelho comentado cada dia - uma iniciativa dos Missionários Claretianos, ao serviço da evangelização.


Paulo, apóstolo dos gentios por Deus chamada,
Eu me dirijo a Corinto e a todos os seus santos;
Olhai, também vós em Cristo estais santificados,
Espalhai este odor de Deus, em todos os cantos.

A graça de Deus a todos vós foi concedida,
E por isso também eu dou sinceras graças:
É o caminho da santidade em vossa vida,
A ser feito mesmo diante de tantas ameaças.

Por isso vigiai que não sabeis o dia nem a hora
Em que chegará para vós, nosso Deus e Senhor;
A vigilância é de sempre, de ontem e de agora,
Não fruto do medo, mas sempre fruto do amor.

Seja pois a nossa vida uma vigília permanente,
A conduzir-nos no caminho da eternidade;
Seja assim para vós, seja assim para toda a gente
Que ao Senhor quer servir na justiça e na verdade.

Teófilo Minga, fms

Quarta feira - 27 de agosto de 2014

Ouvir o Evangelho


Evangelho segundo S. Mateus 23, 27-32

Naquele tempo, disse Jesus: «Ai de vós, escribas e fariseus hipócritas, porque sois semelhantes a sepulcros caiados: por fora parecem belos, mas por dentro estão cheios de ossos de mortos e de toda a podridão. Assim sois vós também: por fora pareceis justos aos olhos dos homens, mas por dentro estais cheios de hipocrisia e maldade. Ai de vós, escribas e fariseus hipócritas, porque edificais os sepulcros dos profetas e ornamentais os túmulos dos justos; e dizeis: ‘Se tivéssemos vivido no tempo dos nossos pais, não teríamos sido cúmplices na morte dos profetas’. Assim dais testemunho contra vós mesmos, confessando que sois os filhos daqueles que mataram os profetas. Completai então a obra dos vossos pais».

Outras leituras do dia: 2 Tes 3, 6-10. 16-18; Sal 127 (128), 1-2. 4-5


Jogamos muitas vezes para as bancadas: sem treino, sem fio de jogo, não obedecendo e desrespeitando a táctica e a estratégia definida pelo treinador, Jesus Cristo. E pretendemos candidatar-nos ao prémio de melhor jogador em campo. Ora, Jesus convida-nos a sermos sérios e a jogarmos limpo, para não cairmos sob a alçada da denúncia do Apocalipse, que recrimina: “Parece que estás vivo, mas as tuas obras atraiçoam-te e mostram que estás morto”. É impossível levar uma vida de fé, sem um comportamento moral condizente com os princípios do Evangelho.
«Palavra e Vida 2014» - O Evangelho comentado cada dia - uma iniciativa dos Missionários Claretianos, ao serviço da evangelização.


Afastai-vos do que leva uma vida desordenada,
Em tudo oposta ao ensino da pura tradição
Que, entre vós, por mim vos foi explicada:
É neste ensino que deve estar vosso coração.

Comemos o pão do nosso esforço e canseiras,
Para isso trabalhamos tanto de noite como de dia,
Caminhando convosco em todas as beiras:
Não ser peso para vós era a nossa alegria.

Era esta também a verdade do nosso ensino;
Não como os fariseus hipócritas, sepulcros caiados:
Seja vossa vida em tudo o mais belo hino,
Cujos notas enchem de beleza todos os lados.

Beleza que em tudo respeita a verdade,
Não como esses túmulos tão lindos por fora,
Mas por dentro só podridão e falsidade.
Filhos, eu vos peço: coerência a toda a hora.

Teófilo Minga, fms

Terça feira - 26 de agosto de 2014

Ouvir o Evangelho


Evangelho segundo S. Mateus 23, 23-26

Naquele tempo, disse Jesus: «Ai de vós, escribas e fariseus hipócritas, porque pagais o dízimo da hortelã, do funcho e do cominho, mas omitis as coisas mais importantes da lei: a justiça, a misericórdia e a fidelidade. Devíeis praticar estas coisas, sem omitir as outras. Guias cegos! Coais o mosquito e engolis o camelo. Ai de vós, escribas e fariseus hipócritas, porque limpais o exterior do copo e do prato, que por dentro estão cheios de rapina e intemperança. Fariseu cego! Limpa primeiro o interior do copo e do prato, para que também o exterior fique limpo».

Outras leituras do dia: 2 Tes 2, 1-3a. 14-17; Sal 95 (96), 10. 11-12. 13


As coisas mais importantes são: a justiça, a misericórdia e a fidelidade. Não se podem utilizar medidas diferentes para julgar o que é nosso e o que é alheio; não se deve cair no ritualismo, no que é apenas aparência ou vaidade, mas ter um coração íntegro, límpido e sincero. A limpeza é uma operação que começa sempre pelo nosso interior. Uma vida cristã transparente diante de Deus e dedicada à caridade fraterna é um exemplo que cativa os outros e rende sumo louvor a Deus, nosso Pai.
«Palavra e Vida 2014» - O Evangelho comentado cada dia - uma iniciativa dos Missionários Claretianos, ao serviço da evangelização.


Entre vós esteja o espírito, a presença de Deus;
Não vos aterrorize, irmãos, alguma falsa profecia;
Comportai-vos em tudo como filhos de Deus,
Ninguém vos engane pelo Senhor e seus Dia.

Estais firmes e conservai as tradições,
Nas quais fostes instruídos por nós;
Não deixeis transviar vossos corações,
Por todo o lado sede eco da nossa voz.

Não sejais como os que pagam o dízimo da hortelã,
E depois esquecem as coisas mais importantes da lei;
A sua oração são palavras, mas uma palavra vã,
Não é isso o ensino do Senhor, aquilo que vos ensinei.

Não sejais como os que coam o mosquito,
Mas são capazes de engolir sem mais o camelo;
Limpai antes o interior. É isto o que ficou dito:
Então o exterior ficará limpo, dará gosto vê-lo.

Teófilo Minga, fms

Segunda feira - 25 de agosto de 2014

Ouvir o Evangelho


Evangelho segundo S. Mateus 23, 13-22

Naquele tempo, disse Jesus: «Ai de vós, escribas e fariseus hipócritas, porque fechais aos homens o reino dos Céus: vós não entrais nem deixais entrar os que o desejam. Ai de vós, escribas e fariseus hipócritas, porque dais volta ao mar e à terra, para fazerdes um convertido, mas, tendo-o conseguido, fazeis dele um merecedor da Geena, duas vezes mais do que vós. Ai de vós, guias cegos, que dizeis: ‘Quem jurar pelo santuário a nada se obriga; mas quem jurar pelo ouro do santuário tem de cumprir’. Insensatos e cegos! Que vale mais: o ouro ou o santuário que santifica o ouro? Dizeis também: ‘Quem jurar pelo altar a nada se obriga; mas quem jurar pela oferenda que está sobre o altar tem de cumprir’. Cegos! Que vale mais: a oferenda ou o altar que santifica a oferenda? Na verdade, quem jura pelo altar jura por tudo o que está sobre ele. E quem jura pelo Santuário jura por ele e por Aquele que o habita. E quem jura pelo Céu jura pelo trono de Deus e por Aquele que nele está sentado».

Outras leituras do dia: 2 Tes 1, 1-5. 11b-12; Sal 95 (96), 1-2a. 2b-3. 4a e 5


Jesus denuncia e desmascara a incoerência hipócrita dos fariseus: não entram no Reino, e impedem os demais de o fazer; granjeiam adeptos, mas fecham-lhes a porta da salvação; obrigam-nos a compromissos, que eles próprios são incapazes de observar; falam de Deus, mas vivem de costas voltadas para a sua lei e para o seu amor. São guias cegos e insensatos, que se recusam a ver o essencial; juram, mas não têm suficiente credibilidade, porque o fazem de má fé.
«Palavra e Vida 2014» - O Evangelho comentado cada dia - uma iniciativa dos Missionários Claretianos, ao serviço da evangelização.


Convosco estejam sempre a saúde e a graça
E também a paz de Deus e de Jesus Cristo;
Damos louvor a Deus no tempo que passa,
Pelo que entre vós temos sentido e visto.

Nos orgulhamos pele vossa constância na fé;
Tendes sido fiéis em todas as perseguições;
Como é forte vossa adesão a Jesus de Nazaré:
Na alegria, Ele é o centro dos vossos corações,

Continuai assim; não como os escribas e fariseus
Que estão longe de viver na justiça e na verdade;
Fecham aos homens o caminho do Reino dos Céus,
São hipócritas, vivem longe de toda a verdade.

Cegos que conduzem outros cegos, pobres coitados;
Dão volta ao mar e à terra para fazer um convertido;
Mas neles é a hipocrisia mais subtil, em todos os lados:
Impõem aos outros a lei que eles votam ao olvido.

Teófilo Minga, fms

Domingo - 24 de agosto de 2014

Ouvir o Evangelho


DOMINGO XXI DO TEMPO COMUM

Evangelho segundo S. Mateus 16, 13-20

Naquele tempo, Jesus foi para os lados de Cesareia de Filipe e perguntou aos seus discípulos: «Quem dizem os homens que é o Filho do homem?». Eles responderam: «Uns dizem que é João Baptista, outros que é Elias, outros que é Jeremias ou algum dos profetas». Jesus perguntou: «E vós, quem dizeis que Eu sou?». Então, Simão Pedro tomou a palavra e disse: «Tu és o Messias, o Filho de Deus vivo». Jesus respondeu-lhe: «Feliz de ti, Simão, filho de Jonas, porque não foram a carne e o sangue que to revelaram, mas sim meu Pai que está nos Céus. Também Eu te digo: Tu és Pedro; sobre esta pedra edificarei a minha Igreja e as portas do inferno não prevalecerão contra ela. Dar-te-ei as chaves do reino dos Céus: tudo o que ligares na terra será ligado nos Céus, e tudo o que desligares na terra será desligado nos Céus». Então, Jesus ordenou aos discípulos que não dissessem a ninguém que Ele era o Messias.

Outras leituras do dia: Is 22, 19-23; Sal 137 (138), 1-2a. 2bc-3. 6 e 8bc; Rom 11, 33-36

Santo do dia
S. Bartolomeu, Apóstolo


Alguns vangloriam-se de se entenderem bem e directamente com Deus, sem necessitarem de intermediários. É um puro engano. Cristo fundou a Igreja e colocou Pedro como responsável e guarda do rebanho, para o conduzir até Deus. Crer no Senhor, e pôr de lado os ministros de Deus e a Igreja, é uma desculpa esfarrapada para justificar a ausência de uma prática religiosa coerente com a fé cristã.
«Palavra e Vida 2014» - O Evangelho comentado cada dia - uma iniciativa dos Missionários Claretianos, ao serviço da evangelização.


Meu servo Eliacim receberá todo o poder,
O poder que lhe darei sobre Jerusalém;
Será trono de glória que todos possam ver,
Há de abrir e fechar, em tudo para o Bem.

Para revelar sempre a profunda riqueza,
Assim como a sabedoria e a ciência de Deus,
E também o seu pensamento a sua beleza.
Beleza infinita que liga a Terra aos Céus.

Para chegarmos ao Senhor, há mediações:
Pedro será o primeiro pilar da Igreja;
Será pescador de homens e de corações,
Para que hoje e sempre o mundo veja,

Sobre a Terra, a salvação do Senhor:
Não é João Batista, nem mesmo Jeremias;
É o que revela a face de Deus todo amor,
E nos acolhe no amor ao longo dos dias.

Teófilo Minga, fms

Sábado - 23 de agosto de 2014

Ouvir o Evangelho


Evangelho segundo S. Mateus 23, 1-12

Naquele tempo, Jesus falou à multidão e aos discípulos, dizendo: «Na cadeira de Moisés sentaram-se os escribas e os fariseus. Fazei e observai tudo quanto vos disserem, mas não imiteis as suas obras, porque eles dizem e não fazem. Atam fardos pesados e põem-nos aos ombros dos homens, mas eles nem com o dedo os querem mover. Tudo o que fazem é para serem vistos pelos homens: alargam as filactérias e ampliam as borlas; gostam do primeiro lugar nos banquetes e dos primeiros assentos nas sinagogas, das saudações nas praças públicas e que os tratem por ‘Mestres’. Vós, porém, não vos deixeis tratar por ‘Mestres’, porque um só é o vosso Mestre e vós sois todos irmãos. Na terra não chameis a ninguém vosso ‘Pai’, porque um só é o vosso pai, o Pai celeste. Nem vos deixeis tratar por ‘Doutores’, porque um só é o vosso doutor, o Messias. Aquele que for o maior entre vós será o vosso servo. Quem se exalta será humilhado e quem se humilha será exaltado».

Outras leituras do dia: Ez 43, 1-7a; Sal 84 (85), 9ab-10. 11-12. 13-14


É lamentável e ridículo que os responsáveis oficiais pela religião judaica (e cristã) anunciem e interpretem bem a mensagem evangélica, mas não revelem um comportamento exemplar. Andam à cata de prestígio e de títulos, mas são pouco compreensivos com a debilidade dos seus irmãos. Bem diferente é o exemplo do Mestre, o mais doce e humilde dos servidores! Não há ninguém maior do que o Filho de Deus que, apesar de tudo, se humilhou e se entregou à morte pela salvação de todos os homens.
«Palavra e Vida 2014» - O Evangelho comentado cada dia - uma iniciativa dos Missionários Claretianos, ao serviço da evangelização.


A glória de Deus, vinha do Oriente;
A Terra ficou iluminada com sua glória;
Visão sublime que acolhe, de repente,
A presença de Deus e a sua vitória.

No Templo, o trono de Deus, sua morada,
Sua presença visível, santa, aqui entre nós.
Liturgia celeste de beleza antecipada,
Onde já está nosso coração e nossa voz.

Por isso observemos as obras do Senhor,
Dentro da coerência sempre requerida;
Dizer e não fazer, não há coisa pior,
Existência falsa, existência dividida.

Não espereis que vos chamem doutor;
Um só é vosso doutor: o Messias anunciado;
Será o servo que entre vós será o maior;
Vede: aquele que se humilha, será exaltado.

Teófilo Minga, fms

Sexta feira - 22 de agosto de 2014

Ouvir o Evangelho


Virgem Santa Maria, Rainha

Evangelho segundo S. Mateus 22, 34-40

Naquele tempo, os fariseus, ouvindo dizer que Jesus tinha feito calar os saduceus, reuniram-se em grupo, e um doutor da Lei perguntou a Jesus, para O experimentar: «Mestre, qual é o maior mandamento da Lei?». Jesus respondeu: «‘Amarás o Senhor teu Deus com todo o teu coração, com toda a tua alma e com todo o teu espírito’. Este é o maior e o primeiro mandamento. O segundo, porém, é semelhante a este: ‘Amarás o teu próximo como a ti mesmo’. Nestes dois mandamentos se resumem toda a Lei e os Profetas».

Outras leituras do dia: Ez 37, 1-14; Sal 106 (107), 2-3. 4-5. 6-7. 8-9


O fundamento e a responsabilidade da nossa fé é a aceitação incondicional da vontade de Deus e o amor aos irmãos. A conduta religiosa e moral será a consequência da fidelidade a estes mandamentos fundamentais. Todos os ensinamentos se resumem aos compromissos essenciais que assumimos para com Deus e para com o próximo.
«Palavra e Vida 2014» - O Evangelho comentado cada dia - uma iniciativa dos Missionários Claretianos, ao serviço da evangelização.


Ossos ressequidos, eis um sopro de vida
Para que em vós não impere a lei da morte;
Vos criei não para uma existência perdida;
Outro deve ser vosso destino, vossa sorte.

Vem o Espírito, vem dos quatro ventos,
Vem de novo ressuscitar a esperança.
Deus e o seu sopro trazem novos tempos,
Horizontes de vida, onde a vista não cansa.

Horizontes onde a última palavra é o amor:
Este é o maior de todos os mandamentos;
Prestemos ouvidos à Palavra do Senhor,
Hoje e sempre, em todos os momentos.

Mas ainda há um mandamento segundo,
Sim, em tudo semelhante ao primeiro;
De igual alcance, na mesma profundo:
Amar os irmãos, diz o filho do carpinteiro.

Teófilo Minga, fms

Quinta feira - 21 de agosto de 2014

Ouvir o Evangelho


Evangelho segundo S. Mateus 22, 1-14

Naquele tempo, Jesus dirigiu-Se de novo aos príncipes dos sacerdotes e aos anciãos do povo e, falando em parábolas, disse-lhes: «O reino dos Céus pode comparar-se a um rei que preparou um banquete nupcial para o seu filho. Mandou os servos chamar os convidados para as bodas, mas eles não quiseram vir. Mandou ainda outros servos, ordenando-lhes: ‘Dizei aos convidados: Preparei o meu banquete, os bois e cevados foram abatidos, tudo está pronto. Vinde às bodas’. Mas eles, sem fazerem caso, foram um para o seu campo e outro para o seu negócio; os outros apoderaram-se dos servos, trataram-nos mal e mataram-nos. O rei ficou muito indignado e enviou os seus exércitos, que acabaram com aqueles assassinos e incendiaram a cidade. Disse então aos servos: ‘O banquete está pronto, mas os convidados não eram dignos. Ide às encruzilhadas dos caminhos e convidai para as bodas todos os que encontrardes’. Então os servos, saindo pelos caminhos, reuniram todos os que encontraram, maus e bons. E a sala do banquete encheu-se de convidados. O rei, quando entrou para ver os convidados, viu um homem que não estava vestido com o traje nupcial e disse-lhe: ‘Amigo, como entraste aqui sem o traje nupcial?’. Mas ele ficou calado. O rei disse então aos servos: ‘Amarrai-lhe os pés e as mãos e lançai-o às trevas exteriores; aí haverá choro e ranger de dentes’. Na verdade, muitos são os chamados, mas poucos os escolhidos».

Outras leituras do dia: Ez 36, 23-28; Sal 50 (51), 12-13. 14-15. 18-19


A boda do filho do rei simboliza a festa da nossa vocação à vida e à felicidade. Todos somos chamados e programados para construir a comunhão. O drama reside no facto de nos tornarmos indisponíveis para fazer parte da família e em alegarmos motivos triviais para recusar o honroso convite, como o fizeram os amigos do rei. Mas Deus tudo fará para que a sala do banquete se encha de convidados. O estranho, que aparece a meio da boda e se esquece da veste nupcial, retrata quem pensava vir tomar parte num funeral, e não numa festa. Estava deslocado e agiu como um intruso. Fora da alegria de Deus, andamos todos como que de ‘pés e mãos atados’, carregados de desilusões e ressentimentos.
«Palavra e Vida 2014» - O Evangelho comentado cada dia - uma iniciativa dos Missionários Claretianos, ao serviço da evangelização.


As nações reconhecerão que eu sou o Senhor,
Quando entre elas manifestar minha santidade;
E vós sereis o meu povo na beleza do amor,
Comigo encontrareis o caminho da felicidade.

Hei de retirar-vos do meio das nações,
Para vos reconduzir, enfim, à vossa terra.
~Voltai para mim, convertidos os corações,
Deixai os falsos deuses, a violência, a guerra.

E vinde todos ao banquete preparado,
Para ali vivermos a alegria da festa…
Admiração: recusa-se todo o convidado
A vir ao banquete… atitude que não presta!

Vão depois às encruzilhadas dos caminhos,
Convidar a todos para o banquete nupcial.
Vinde, vós que sofreis a dor de tantos espinhos,
No vosso traje, prelúdio de alegria celestial.

Teófilo Minga, fms

Quarta feira - 20 de agosto de 2014

Ouvir o Evangelho


Evangelho segundo S. Mateus 20, 1-16a

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos a seguinte parábola: «O reino dos Céus pode comparar-se a um proprietário, que saiu muito cedo a contratar trabalhadores para a sua vinha. Ajustou com eles um denário por dia e mandou-os para a sua vinha. Saiu a meia manhã, viu outros que estavam na praça ociosos e disse-lhes: ‘Ide vós também para a minha vinha e dar-vos-ei o que for justo’. E eles foram. Voltou a sair, por volta do meio-dia e pelas três horas da tarde, e fez o mesmo. Saindo ao cair da tarde, encontrou ainda outros que estavam parados e disse-lhes: ‘Porque ficais aqui todo o dia sem trabalhar?’. Eles responderam-lhe: ‘Ninguém nos contratou’. Ele disse-lhes: ‘Ide vós também para a minha vinha’. Ao anoitecer, o dono da vinha disse ao capataz: ‘Chama os trabalhadores e paga-lhes o salário, a começar pelos últimos e a acabar nos primeiros’. Vieram os do entardecer e receberam um denário cada um. Quando vieram os primeiros, julgaram que iam receber mais, mas receberam também um denário cada um. Depois de o terem recebido, começaram a murmurar contra o proprietário, dizendo: ‘Estes últimos trabalharam só uma hora e deste-lhes a mesma paga que a nós, que suportámos o peso do dia e o calor’. Mas o proprietário respondeu a um deles: ‘Amigo, em nada te prejudico. Não foi um denário que ajustaste comigo? Leva o que é teu e segue o teu caminho. Eu quero dar a este último tanto como a ti. Não me será permitido fazer o que quero do que é meu? Ou serão maus os teus olhos porque eu sou bom?’. Assim, os últimos serão os primeiros e os primeiros serão os últimos».

Outras leituras do dia: Ez 34, 1-11; Sal 22 (23), 1-3a. 3b-4. 5. 6

Santo do dia
S. Bernardo, abade e doutor da Igreja


Deus chama a cada um, na hora certa e oportuna. O convite de Deus pressupõe a persistência e a confiança que tem no trabalho de cada filho. Deus não possui salários em atraso: paga a horas e sempre de uma forma generosa e excessiva. Os trabalhadores de Deus podem, porém, correr dois perigos: não colocar a render os seus talentos, desperdiçando-os e não os utilizando em proveito dos irmãos, ou julgarem-se insubstituíveis e donos do campo, estorvando a iniciativa do patrão e apoderando-se de bens que lhes não pertencem. O trabalho na vinha exige perseverança e fidelidade. O prémio é o amor e o reconhecimento do Senhor.
«Palavra e Vida 2014» - O Evangelho comentado cada dia - uma iniciativa dos Missionários Claretianos, ao serviço da evangelização.


Profetiza contra os pastores de Israel;
Abandonaram o rebanho por todo o lado,
Como é hediondo seu governo, seu papel,
Mercenários que nem sequer Eu persuado.

Não procuram a ovelha que andava perdida;
Acabou por perder-se por falta de pastor;
Com violência e dureza a nação é dirigida,
Digam-me, então, o que têm eles de pastor?

Que olhem como eu trabalho a vinha
Que plantei ali mesmo, à beira da estrada;
Busco trabalhadores de manhã e à tardinha;
Nela está meu coração, é a minha amada.

Pago justo, mas sem medo de ser generoso;
Meu coração é sempre grande para amar,
No repartir está a minha alegria, meu gozo!
Operários de toda a hora, vinde trabalhar!

Teófilo Minga, fms

Terça feira - 19 de agosto de 2014

Ouvir o Evangelho


Evangelho segundo S. Mateus 19, 23-30

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Em verdade vos digo: Um rico dificilmente entrará no reino dos Céus. É mais fácil passar um camelo pelo fundo duma agulha do que um rico entrar no reino de Deus». Ao ouvirem estas palavras, os discípulos ficaram muito admirados e disseram: «Quem poderá então salvar-se?». Jesus olhou para eles e respondeu: «Aos homens isso é impossível, mas a Deus tudo é possível». Então Pedro tomou a palavra e disse-Lhe: «Nós deixámos tudo para Te seguir. Que recompensa teremos?». Jesus respondeu: «Em verdade vos digo: No mundo renovado, quando o Filho do homem vier sentar-Se no seu trono de glória, também vós que Me seguistes vos sentareis em doze tronos para julgar as doze tribos de Israel. E todo aquele que tiver deixado casas, irmãos, irmãs, pai, mãe, filhos ou terras, por causa do meu nome, receberá cem vezes mais e terá como herança a vida eterna. Muitos dos primeiros serão os últimos e muitos dos últimos serão os primeiros».

Outras leituras do dia: Ez 28, 1-10; Sal Deut 32, 26-27ab. 27cd-28. 30. 35cd-36ab


Jesus utiliza, por vezes, metáforas exageradas, para vincar a importância da sua doutrina. Eis algumas delas: tirar a trave do olho, filtrar mosquitos, engolir camelos, transportar montanhas, etc. Hoje alude à impossibilidade de um rico entrar no Reino dos Céus e compara-a ao esforço inglório que um camelo teria de levar a cabo para romper pelo buraco de uma agulha. Quem entrega o seu coração aos bens e às riquezas não deixa qualquer espaço para o trabalho de Deus. Apesar disso, o Senhor do universo é capaz de levar a cabo feitos grandiosos e impossíveis a olhos humanos. Sentar-se na tribuna do Filho do homem e vestir a toga de juiz misericordioso é o prémio que Jesus promete e vai conceder a quem for capaz de deixar tudo por sua causa. Os considerados últimos deste mundo vão ultrapassar os demais na recta final, e cortarão a meta, em primeiro lugar.
«Palavra e Vida 2014» - O Evangelho comentado cada dia - uma iniciativa dos Missionários Claretianos, ao serviço da evangelização.


“Sou deus, estou sentado em trono divino”.
É orgulho que te corrompe, soberano de Tiro;
Não és senhor de nada, nem do teu destino,
Te dizes deus, e eu me pergunto e admiro.

Como assim, rei corrupto e malvado?
Enriqueceste por tua estranha habilidade,
Desprezas o povo e só de ti tens cuidado,
Arrogância sem limites, longe da verdade!

Como entrará um rico no Reino dos Céus?
Mas então, quem poderá salvar-se, Senhor?
Aos homens é impossível, não assim a Deus.
Eu que perscruto os corações e seu amor!

Recompensa? Notai tudo o que vos digo:
Quem tudo deixa por causa do meu nome
Terá cem vezes mais; o céu será seu abrigo
Junto a mim será santo e fará seu renome!

Teófilo Minga, fms

Segunda feira - 18 de agosto de 2014

Ouvir o Evangelho


Evangelho segundo S. Mateus 19, 16-22

Naquele tempo, aproximou-se de Jesus um jovem, que Lhe perguntou: «Mestre, que hei-de fazer de bom para ter a vida eterna?». Jesus respondeu-lhe: «Porque Me interrogas sobre o que é bom? Bom é um só. Mas se queres entrar na vida, guarda os mandamentos». Ele perguntou: «Que mandamentos?». Jesus respondeu-lhe: «Não matarás, não cometerás adultério; não furtarás; não levantarás falso testemunho; honra pai e mãe; ama o teu próximo como a ti mesmo». Disse-lhe o jovem: «Tudo isso tenho eu guardado. Que me falta ainda?». Jesus respondeu-lhe: «Se queres ser perfeito, vende o que tens e dá-o aos pobres e terás um tesouro nos Céus. Depois vem e segue-Me». Ao ouvir estas palavras, o jovem retirou-se entristecido, porque tinha muitos bens.

Outras leituras do dia: Ez 24, 15-24; Sal Deut 32, 18-19. 20. 21


“Falta-te uma coisa…”. O jovem pensava que deveria acrescentar algo ao que já praticava. Descobriu, contudo, que a operação era de sinal contrário: não tinha de somar, mas de subtrair; necessitava apenas de pôr de lado as coisas que possuía em excesso e a que afeiçoara o seu coração. Não precisava de adquirir mais, mas de perder e despojar-se do supérfluo. A resposta de Jesus parece algo escandalosa: não acrescenta mais práticas religiosas nem indica novas condições; pede apenas que o jovem renuncie à contabilidade e ao ganho; que pratique o despojamento, assuma um novo rumo na sua vida e O siga apenas a Ele. Cristo é radical, na hora do chamamento: quem não abandonar tudo por sua causa, quem pretender ser razoável, realista e prudente aos olhos do mundo, nunca vai conquistar o coração de Deus nem ganhar a vida eterna.
«Palavra e Vida 2014» - O Evangelho comentado cada dia - uma iniciativa dos Missionários Claretianos, ao serviço da evangelização.


A alegria dos teus olhos, por morte repentina,
Desaparecerá; suspirarás sem pôr o luto habitual;
Comportamento sinal para Israel que declina
E, aos olhos do Senhor, não se afasta do mal.

Ezequiel é em tudo sinal para o seu povo,
Que esquece o Senhor, longe da fidelidade;
Foi incapaz de criar em si um coração novo
Que louve o Senhor sempre e na verdade.

Como foi incapaz o jovem que ainda procura
O que deve fazer para possuir a vida eterna;
Ele cumpre os mandamentos, mas quão dura
A palavra do Mestre a uma conversão interna.

Não é questão de fazer mais, meu amigo,
É antes um convite a ter menos, o essencial.
Aquele que quer estar no caminho comigo
Será desprendido e pobre, de modo frontal.

Teófilo Minga, fms

Domingo - 17 de agosto de 2014

Ouvir o Evangelho


DOMINGO XX DO TEMPO COMUM

Evangelho segundo S. Mateus 15, 21-28

Naquele tempo, Jesus retirou-Se para os lados de Tiro e Sidónia. Então, uma mulher cananeia, vinda daqueles arredores, começou a gritar: «Senhor, Filho de David, tem compaixão de mim. Minha filha está cruelmente atormentada por um demónio». Mas Jesus não lhe respondeu uma palavra. Os discípulos aproximaram-se e pediram-Lhe: «Atende-a, porque ela vem a gritar atrás de nós». Jesus respondeu: «Não fui enviado senão às ovelhas perdidas da casa de Israel». Mas a mulher veio prostrar-se diante d’Ele, dizendo: «Socorre-me, Senhor». Ele respondeu: «Não é justo que se tome o pão dos filhos para o lançar aos cachorrinhos». Mas ela insistiu: «É verdade, Senhor; mas também os cachorrinhos comem das migalhas que caem da mesa de seus donos». Então Jesus respondeu-lhe: «Mulher, é grande a tua fé. Faça-se como desejas». E, a partir daquele momento, a sua filha ficou curada.

Outras leituras do dia: Is 56, 1. 6-7; Sal 66 (67), 2-3. 5. 6 e 8; Rom 11, 13-15. 29-32


Não é que Jesus se recusasse a escutar o apelo dramático desta mãe, mas quer sublinhar que a boa notícia que proclamava se destinava a todos os que a desejassem aceitar, de peito aberto. E, assim, prepara o acolhimento e a atitude confiante da cananeia, que se contenta apenas com as migalhas. Mas ela tinha uma fé, à escala do mundo; daí que tenha recebido também tudo o que havia pedido.
«Palavra e Vida 2014» - O Evangelho comentado cada dia - uma iniciativa dos Missionários Claretianos, ao serviço da evangelização.


Cumpri o direito segundo a minha lei,
Praticai a justiça, respeitando a todos;
Só assim haverá paz para toda a grei,
Com a alegria na vossa fronte, a rodos.

A grei do Senhor é agora todo o mundo:
O apóstolo dos gentios a todos pregou
A Palavra e o que tem de mais profundo.
Palavras são vento, mas Esta veio e ficou.

É a Palavra que suscita a fé no coração;
Assim foi com aquela mulher cananeia
Que dirige ao Senhor ardente oração
Com a força da voz, mas de alma cheia.

Tanto assim que o Senhor fica admirado
E a louva: “Mulher, grande é a tua fé”.
Deixe teu coração de estar atormentado,
Vai e proclama também Jesus de Nazaré.

Teófilo Minga, fms

Sábado - 16 de agosto de 2014

Ouvir o Evangelho


Evangelho segundo S. Mateus 19, 13-15

Naquele tempo, apresentaram umas crianças a Jesus, para que lhes impusesse as mãos e orasse sobre elas. Mas os discípulos afastavam-nas. Então Jesus disse: «Deixai que as crianças se aproximem de Mim; não as estorveis. Dos que são como elas é o reino dos Céus». A seguir, impôs as mãos sobre as crianças e partiu dali.

Outras leituras do dia: Ez 18, 1-10. 13b. 30-32; Sal 50 (51), 12-13. 14-15. 18-19


As crianças, não por menoridade, mas por simplicidade de coração, não transportam maldade nem revelam segundas intenções. A infância espiritual brota da confiança ilimitada na bondade de Deus e na sua santa providência. Jesus concede atenção e importância aos pequeninos – coloca as mãos sobre eles e abençoa-os – porque são os mais indefesos e desamparados, os preferidos do seu coração.
«Palavra e Vida 2014» - O Evangelho comentado cada dia - uma iniciativa dos Missionários Claretianos, ao serviço da evangelização.


Os pais comeram uvas verdes de verdes vinhas
E foi aos filhos que se embotaram os dentes;
Sabemos, o Senhor se dirige por outras linhas.
Os próprios que pecam é que são os doentes.

Todo o homem que é justo e pratica o direito,
Que dá pão ao pobre e que veste o despido:
Esse homem viverá e receberá meu preito,
Na pátria dos santos, foge de todo o olvido.

Como as crianças a quem imponho as mãos;
Deixai-as vir a mim muito simplesmente;
Ajudai-as, longe de todos os sonhos vãos,
O caminho da virtude as conduza e oriente.

Dos que são como elas é o Reino dos Céus;
Aprendei delas a viver na simplicidade;
É o meu convite a todos vós, filhos meus:
Se assim for, crescereis sempre na verdade.

Teófilo Minga, fms

Sexta feira - 15 de agosto de 2014

Ouvir o Evangelho


ASSUNÇÃO DA VIRGEM SANTA MARIA

Evangelho segundo S. Lucas 1, 39-56

Naqueles dias, Maria pôs-se a caminho e dirigiu-se apressadamente para a montanha, em direcção a uma cidade de Judá. Entrou em casa de Zacarias e saudou Isabel. Quando Isabel ouviu a saudação de Maria, o menino exultou-lhe no seio. Isabel ficou cheia do Espírito Santo e exclamou em alta voz: «Bendita és tu entre as mulheres e bendito é o fruto do teu ventre. Donde me é dado que venha ter comigo a Mãe do meu Senhor? Na verdade, logo que chegou aos meus ouvidos a voz da tua saudação, o menino exultou de alegria no meu seio. Bem-aventurada aquela que acreditou no cumprimento de tudo quanto lhe foi dito da parte do Senhor». Maria disse então: «A minha alma glorifica o Senhor e o meu espírito se alegra em Deus, meu Salvador, porque pôs os olhos na humildade da sua serva: de hoje em diante me chamarão bem-aventurada todas as gerações. O Todo-Poderoso fez em mim maravilhas: Santo é o seu nome. A sua misericórdia se estende de geração em geração sobre aqueles que O temem. Manifestou o poder do seu braço e dispersou os soberbos. Derrubou os poderosos de seus tronos e exaltou os humildes. Aos famintos encheu de bens e aos ricos despediu de mãos vazias. Acolheu a Israel, seu servo, lembrado da sua misericórdia, como tinha prometido a nossos pais, a Abraão e à sua descendência para sempre». Maria ficou junto de Isabel cerca de três meses e depois regressou a sua casa.

Outras leituras do dia: Ap 11, 19a; 12, 1-6a. 10ab; Sal 44, 10. 11. 12. 16; 1 Cor 15, 20-27


Chegou a páscoa de Nossa Senhora. A mulher mais humilde é também a mais exaltada. Deus realizou n’Ela a promessa das bem-aventuranças. Os pobres, os simples, os que sofrem… serão coroados de estrelas e brilharão como astros luminosos no firmamento da Igreja, povo de Deus. Maria, a mulher vestida do sol e coroada de estrelas, é a Mãe e o retrato do crente. Deus eleva-a ao Céu, em corpo e alma, pois tudo n’Ela é santo.
«Palavra e Vida 2014» - O Evangelho comentado cada dia - uma iniciativa dos Missionários Claretianos, ao serviço da evangelização.


Eis o Templo de Deus com a Arca da Aliança,
E um sinal grandioso: a Mulher que vai ser Mãe;
Gravidez que é um concentrado de esperança,
Para o mundo atacado pela Dragão que vem,

Com sete cabeças e tantos outros diademas.
A mulher dá à luz e o Filho não lhe é roubado;
Foi para Deus para depois redimir nossas penas,
E a Mulher, no deserto, tinha lugar preparado.

O Filho é Cristo, o primeiro fruto da seara;
Nele todos nós seremos restituídos à vida;
No tempo veio à vida de Mulher preclara,
Liberta do pecado, desde sempre redimida.

Maria que se põe a caminho apressadamente,
Ao encontro de Zacarias e sua mulher, Isabel.
Vai felicitá-los, mas levar-lhes Cristo é urgente;
Ventres de plenitude, salvação em Israel.

Teófilo Minga, fms

Quinta feira - 14 agosto de 2014

Ouvir o Evangelho


Evangelho segundo S. Mateus 18, 21 – 19, 1

Naquele tempo, Pedro aproximou-se de Jesus e perguntou-Lhe: «Se meu irmão me ofender, quantas vezes deverei perdoar-lhe? Até sete vezes?». Jesus respondeu: «Não te digo até sete vezes, mas até setenta vezes sete. Na verdade, o reino de Deus pode comparar-se a um rei que quis ajustar contas com os seus servos. Logo de começo, apresentaram-lhe um homem que devia dez mil talentos. Não tendo com que pagar, o senhor mandou que fosse vendido, com a mulher, os filhos e tudo quanto possuía, para assim pagar a dívida. Então o servo prostrou-se a seus pés, dizendo: ‘Senhor, concede-me um prazo e tudo te pagarei’. Cheio de compaixão, o senhor daquele servo deu-lhe a liberdade e perdoou-lhe a dívida. Ao sair, o servo encontrou um dos seus companheiros que lhe devia cem denários. Segurando-o, começou a apertar-lhe o pescoço, dizendo: ‘Paga o que me deves’. Então o companheiro caiu a seus pés e suplicou-lhe, dizendo: ‘Concede-me um prazo e pagar-te-ei’. Ele, porém, não consentiu e mandou-o prender, até que pagasse tudo quanto devia. Testemunhas desta cena, os seus companheiros ficaram muito tristes e foram contar ao senhor tudo o que havia sucedido. Então, o senhor mandou-o chamar e disse: ‘Servo mau, per¬doei-te, porque me pediste. Não devias, também tu, compadecer-te do teu companheiro, como eu tive compaixão de ti?’. E o senhor, indignado, entregou-o aos verdugos, até que pagasse tudo o que lhe devia. Assim procederá convosco meu Pai celeste, se cada um de vós não perdoar a seu irmão de todo o coração». Quando Jesus acabou de dizer estas palavras, partiu da Galileia e foi para o território da Judeia, além do Jordão.

Outras leituras do dia: Ez 12, 1-12; Sal 77 (78), 56-57. 58-59. 61-62

Santo do dia
S. Maximiliano Maria Kolbe, presbítero e mártir


Admiramos a magnanimidade do perdão. A mesquinhez do servo contradiz a misericórdia do Senhor, e cai mal aos olhos dos irmãos e companheiros. O perdão é um dom tão admirável e santo que não há forma de o medir e apreciar devidamente. Tem de ser aplicado setenta vezes sete vezes, quer dizer, incansavelmente e a cada momento. Comove-nos a todos a cena da generosidade e bondade deste rei poderoso, verdadeiro retrato do Pai celeste, e indigna-nos a dureza de coração do servo mau e impiedoso.
«Palavra e Vida 2014» - O Evangelho comentado cada dia - uma iniciativa dos Missionários Claretianos, ao serviço da evangelização.

Procedi como o Senhor tinha anunciado,
E assim fui sinal para a casa de Israel;
Dizer aquela gente de coração viciado,
Que estão longe do Senhor, gente infiel.

Mas o Senhor está disposto a perdoar;
Perdoar sempre a quem nos ofender:
Verdade em todo o canto a proclamar,
Palavra santa de Deus a ouvir e acolher.

Recordai a parábola dos dez mil talentos,
Perdoei livrando homem, mulher e filhos;
Assim vós também, em todos os momentos,
Perdoai e sereis lâmpada de todos os brilhos.

Vede como Eu tive dor e compaixão,
Perdoando até ao fim, todo o pecado,
Dívida que afeta e corrói o coração:
Perdoar é ser Filho de Deus, bem-amado.

Teófilo Minga, fms

Quarta feira - 13 de agosto de 2014

Ouvir o Evangelho


Evangelho segundo S. Mateus 18, 15-20

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Se o teu irmão te ofender, vai ter com ele e repreende-o a sós. Se te escutar, terás ganho o teu irmão. Se não te escutar, toma contigo mais uma ou duas pessoas, para que toda a questão fique resolvida pela palavra de duas ou três testemunhas. Mas se ele não lhes der ouvidos, comunica o caso à Igreja; e se também não der ouvidos à Igreja, considera-o como um pagão ou um publicano. Em verdade vos digo: Tudo o que ligardes na terra será ligado no Céu; e tudo o que desligardes na terra será desligado no Céu. Digo-vos ainda: Se dois de vós se unirem na terra para pedirem qualquer coisa, ser-lhes-á concedida por meu Pai que está nos Céus. Na verdade, onde estão dois ou três reunidos em meu nome, Eu estou no meio deles».

Outras leituras do dia: Ez 9, 1-7; 10, 18-22; Sal 112 (113), 1-2. 3-4. 5-6


O testemunho da tua humildade conquistará o coração e a vontade de quem porventura te ofendeu, por querer ou sem querer. A correcção fraterna é mais eficaz e mais nobre, quando é feita com gestos de benevolência, e não com meras admoestações e recriminações. Três irmãos têm mais imaginação, criatividade e poder de persuasão do que um só. E, se, para rezardes juntos, convidares alguém que te tenha ofendido, Cristo virá, colocar-se-á no meio de vós e levará até às mãos do Pai as súplicas e as ofertas de ambos.
«Palavra e Vida 2014» - O Evangelho comentado cada dia - uma iniciativa dos Missionários Claretianos, ao serviço da evangelização.


Aproximai-vos, flagelos da cidade;
A cidade pecou contra seu Deus e Senhor;
Preferiu na sua boca, a mentira à verdade,
Na injustiça esqueceu-se de todo o amor.

Percorre a cidade, atravessa Jerusalém;
Na fronte de muitos, desenha a Cruz;
São os que escolheram em vida o Bem,
E souberam ainda, na escuridão, ser luz.

Sede também luz ao repreender o irmão;
Em primeiro lugar repreendei-o a sós,
Para que log fique resolvida a questão,
E, de novo, a paz se instaure entre vós.

Onde dois ou três estiveram reunidos
Em meu nome, será escutada oração;
Perdoai; sem vencedores nem vencidos,
A humildade que conquista meu coração.

Teófilo Minga, fms

Terça feira - 12 de agosto de 2014

Ouvir o Evangelho


Evangelho segundo S. Mateus 18, 1-5. 10. 12-14

Naquela hora, os discípulos aproximaram-se de Jesus e perguntaram-Lhe: «Quem é o maior no reino dos Céus?». Jesus chamou uma criança, colocou-a no meio deles e disse-lhes: «Em verdade vos digo: Se não vos converterdes e não vos tornardes como as crianças, não entrareis no reino dos Céus. Quem for humilde como esta criança, esse será o maior no reino dos Céus. E quem acolher em meu nome uma criança como esta, acolhe-Me a Mim. Vede bem. Não desprezeis um só destes pequeninos. Eu vos digo que os seus Anjos vêem constantemente o rosto de meu Pai que está nos Céus. Jesus disse ainda: «Que vos parece? Se um homem tiver cem ovelhas e uma delas se tresmalhar, não deixará as noventa e nove nos montes para ir procurar a que anda tresmalhada? E se chegar a encontrá-la, em verdade vos digo que se alegra mais por causa dela do que pelas noventa e nove que não se tresmalharam. Assim também, não é da vontade de meu Pai que está nos Céus que se perca um só destes pequeninos».

Outras leituras do dia: Ez 2, 8 – 3, 4; Sal 118 (119), 14 e 24. 72 e 103. 111 e 131


No reino de Deus, o valor e o reconhecimento do mérito obedecem a um padrão especial, em que os mais importantes são os humildes, pois a prioridade inclina-se sempre para o atendimento dos excluídos ou extraviados. Deus luta até à morte para que se não perca nenhum dos seus filhos. É perito em encontrar as ovelhas tresmalhadas e em resgatar das garras do mal os seus filhos muito amados.
«Palavra e Vida 2014» - O Evangelho comentado cada dia - uma iniciativa dos Missionários Claretianos, ao serviço da evangelização.


Não te dês, como essa gente, à rebeldia;
Tu, filho de homem, diz o que te vou dizer;
Abre a tua boca que nela especial iguaria,
Palavra divina, Palavra-dom, vou oferecer.

É o rolo que contém gemidos, lamentações
E também queixumes contra o meu povo;
Povo de cerviz dura e de duros corações,
Incapazes de acolher o que lhes dou de novo.

Como acolhida deve ser uma criança,
Simples, mas a maior no Reino dos Céus;
Acolhei-a em meu nome, em confiança,
Sede desvelo para esses pequeninos meus.

Acolhei também a ovelha por aí perdida;
Deixai as noventa e nove nos montes,
E ide à procura daquela que está ferida.
Quero misericórdia em todos os horizontes.

Teófilo Minga, fms

Segunda feira - 11 de agosto de 2014

Ouvir o Evangelho


Evangelho segundo S. Mateus 17, 22-27

Naquele tempo, estando ainda Jesus e os discípulos na Galileia, disse-lhes Jesus: «O Filho do homem vai ser entregue nas mãos dos homens, que hão-de matá-l’O; mas Ele ao terceiro dia ressuscitará». Os discípulos ficaram profundamente consternados. Quando chegaram a Cafarnaum, os cobradores das didracmas aproximaram-se de Pedro e perguntaram-lhe: «O vosso Mestre não paga a didracma?». Pedro respondeu-lhes: «Paga, sim». Quando chegou a casa, Jesus antecipou-Se e disse-lhe: «Simão, que te parece? De quem recebem os reis da terra impostos ou tributos? Dos filhos ou dos estranhos?». E como ele respondesse que era dos estranhos, Jesus disse-lhe: «Então os filhos estão isentos. Mas para não os escandalizarmos, vai ao mar e deita o anzol. Apanha o primeiro peixe que morder a isca, abre-lhe a boca e encontrarás um estáter. Pega nele e paga-lhes o imposto por Mim e por ti».

Outras leituras do dia: Ez 1, 2-5. 24-28c; Sal 148, 1-2a. 11-12. 13. 14


Cristo assumiu a nossa humanidade, com todas as suas consequências, e cumpriu escrupulosamente até as obrigações de bom cidadão. Ser cristão não nos isenta das responsabilidades sociais e morais, mas acentua-as e exige que as desempenhemos com seriedade exemplar. A doutrina social da Igreja oferece os princípios do Evangelho, que são archote luminoso para descobrir quais são os deveres que cabe ao cristão praticar na vida cívica, pessoal e pública.
«Palavra e Vida 2014» - O Evangelho comentado cada dia - uma iniciativa dos Missionários Claretianos, ao serviço da evangelização.


A palavra do Senhor foi dirigida a Ezequiel,
Sobre quem pairava a doce mão do Senhor;
Era chamado a dirigir a Palavra a Israel,
Por entre clarões de fogo a lembrar o sol-pôr.

Quatro seres vivos em formas humanas,
Lembram em tudo a voz do Omnipotente;
Visão no tempo em dias ou semanas,
De figura semelhante a um ser vivente.

Filho do Homem, imagem do Messias,
Entregue, como Cordeiro, no matadouro;
Tristezas de hoje serão amanhã alegrias
De brilho radiante, riqueza de um tesouro.

O Filho do Homem será morto e sepultado,
Mas ressuscitará vitorioso ao terceiro dia:
Foram vencidos a morte e também o pecado,
Páscoa de sempre e para sempre alegria.

Teófilo Minga, fms

Domingo - 10 de agosto de 2014

Ouvir o Evangelho


DOMINGO XIX DO TEMPO COMUM

Evangelho segundo S. Mateus 14, 22-33

Depois de ter saciado a fome à multidão, Jesus obrigou os discípulos a subir para o barco e a esperá-l’O na outra margem, enquanto Ele despedia a multidão. Logo que a despediu, subiu a um monte, para orar a sós. Ao cair da tarde, estava ali sozinho. O barco ia já no meio do mar, açoitado pelas ondas, pois o vento era contrário. Na quarta vigília da noite, Jesus foi ter com eles, caminhando sobre o mar. Os discípulos, vendo-O a caminhar sobre o mar, assustaram-se, pensando que fosse um fantasma. E gritaram cheios de medo. Mas logo Jesus lhes dirigiu a palavra, dizendo: «Tende confiança. Sou Eu. Não temais». Respondeu-Lhe Pedro: «Se és Tu, Senhor, manda-me ir ter contigo sobre as águas». «Vem!» – disse Jesus. Então, Pedro desceu do barco e caminhou sobre as águas, para ir ter com Jesus. Mas, sentindo a violência do vento e começando a afundar-se, gritou: «Salva-me, Senhor!» Jesus estendeu-lhe logo a mão e segurou-o. Depois disse-lhe: «Homem de pouca fé, porque duvidaste?». Logo que subiram para o barco, o vento amainou. Então, os que estavam no barco prostraram-se diante de Jesus e disseram-Lhe: «Tu és verdadeiramente o Filho de Deus».

Outras leituras do dia: 1 Reis 19, 9a. 11-13a; Sal 84 (85), 9ab-10. 11-12. 13-14; Rom 9, 1-5

Santo do dia
S. LOURENÇO, diácono e mártir


Pedro não se fia totalmente da palavra de Jesus, mas exige um sinal mais explícito. Ora, só passando a noite em oração, como o Mestre, se pode chegar a descobrir e a conhecer a verdadeira identidade de Deus.
«Palavra e Vida 2014» - O Evangelho comentado cada dia - uma iniciativa dos Missionários Claretianos, ao serviço da evangelização.


Elias chegou ao monte santo de Deus,
E passou a noite à espera de Senhor;
À espera como tantos outros filhos seus,
De braços abertos e coração em amor.

Como Paulo por Cristo apaixonado,
Mas de coração atento a seus irmãos;
Não se importava de ser amaldiçoado,
Ou de ser preso em acorrentadas mãos,

Para que em tudo dessem a Deus glória!
Assim os discípulos em noite de tempestade,
São chamados à confiança; será a vitória,
Contra o próprio medo que os invade.

Mas Jesus está ali, em plena barca,
Pela fúria dos ventos deslocada e batida:
“Não tenhais medo”: o meu olhar abarca
As ondas e o mar; a tempestade é vencida.

Teófilo Minga, fms

Sábado - 9 de agosto de 2014

Ouvir o Evangelho


Evangelho segundo S. Mateus 25,1-13

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos a seguinte parábola: «O reino dos Céus pode comparar-se a dez virgens, que, tomando as suas lâmpadas, foram ao encontro do esposo. Cinco eram insensatas e cinco eram prudentes. As insensatas, ao tomarem as suas lâmpadas, não levaram azeite consigo, enquanto as prudentes, com as lâmpadas, levaram azeite nas almotolias. Como o esposo se demorava, começaram todas a dormitar e adormeceram. No meio da noite ouviu-se um brado: ‘Aí vem o esposo; ide ao seu encontro’. Então, as virgens levantaram-se todas e começaram a preparar as lâmpadas. As insensatas disseram às prudentes: ‘Dai-nos do vosso azeite, que as nossas lâmpadas estão a apagar-se’. Mas as prudentes responderam: ‘Talvez não chegue para nós e para vós. Ide antes comprá-lo aos vendedores’. Mas, enquanto foram comprá-lo, chegou o esposo: as que estavam preparadas entraram com ele para o banquete nupcial; e a porta fechou-se. Mais tarde, chegaram também as outras virgens e disseram: ‘Senhor, senhor, abre-nos a porta’. Mas ele respondeu: ‘Em verdade vos digo: Não vos conheço’. Portanto, vigiai, porque não sabeis o dia nem a hora».

Outras leituras do dia: Os 2, 16b. 21-22; Sal 44 (45), 11-12. 14-15. 16-17

Santo do dia
S. Teresa Benedita da Cruz, virgem e mártir, Padroeira da Europa


Entre a primeira e a segunda vinda de Cristo, situa-se o tempo da Igreja e da atividade do Espírito. O crente sabe o que lhe vai acontecer, embora ignore quando e como. O nosso mal nem é adormecer um pouco (as virgens sensatas e insensatas souberam aproveitar este período reparador de descanso e de espera), mas adquirir densidade interior e intuir que a fidelidade não se improvisa. É preciso cultivar a sabedoria para se abrir ao futuro, sem atraiçoar o tempo presente. O Noivo pode aparentemente atrasar-se, mas, que se saiba, não declarou que faltaria ao encontro. É conveniente que a espera não nos faça perder a paciência, nos envelheça ou que pequemos por falta de comparência. A melhor espera do Senhor é a esperança, e consiste em viver em plenitude cada momento da vida.
«Palavra e Vida 2014» - O Evangelho comentado cada dia - uma iniciativa dos Missionários Claretianos, ao serviço da evangelização.


Vou seduzir-te e chamar-te ao deserto;
Quero, outra vez, falar-te ao coração;
Quero ter-te ainda de mim bem perto,
O esforço para a amar nunca é em vão.

O pecado nunca vencerá o amor,
Este é em tudo maior e mais forte;
Se o nosso coração está no Senhor
Quem nos pode destruir? Nem a morte…

Devemos estar atentos ao dia e à hora;
Fazer em tudo como as virgens prudentes,
Quando esperavam pelo esposo, outrora!
Lâmpadas acesas e vivamos contentes.

Será a alegria do Evangelho em nossas vidas,
Pelo azeite do Senhor, em tudo, animadas;
Ganho o esforço de tantas horas oferecidas
Ao acolher o Evangelho em nossas estradas.

Teófilo Minga, fms

Sexta feira - 8 de agosto de 2104

Ouvir o Evangelho


Evangelho segundo S. Mateus 16, 24-28

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Se alguém quiser seguir-Me, renuncie a si mesmo, tome a sua cruz e siga-Me. Pois quem quiser salvar a sua vida há-de perdê-la; mas quem perder a sua vida por minha causa, há-de encontrá-la. Na verdade, que aproveita ao homem ganhar o mundo inteiro, se perder a sua vida? Que poderá dar o homem em troca da sua vida? O Filho do homem há-de vir na glória de seu Pai, com os seus Anjos, e então dará a cada um segundo as suas obras. Em verdade vos digo: Alguns dos que estão aqui presentes não morrerão, antes de verem chegar o Filho do homem na glória do seu reino».

Outras leituras do dia: Naum 2, 1. 3; 3, 1-3. 6-7; Sal Deut 32, 35cd-36ab. 39abcd. 41


A cruz e o cristão tornam-se companheiros inseparáveis na caminhada, que tem por meta, não o sofrimento e a morte, mas a ressurreição final e a felicidade. A cruz pode converter-se num peso insuportável, se a pessoa for incapaz de se esquecer de si própria, ou de não aproveitar a ajuda desse extraordinário cireneu, que se chama Jesus. É preciso saber perder, para ganhar a vida e atingir a glória do Reino de Deus.
«Palavra e Vida 2014» - O Evangelho comentado cada dia - uma iniciativa dos Missionários Claretianos, ao serviço da evangelização.


Felizes os pés dos que correm, mensageiros,
Que anunciam pelo mundo a salvação;
Voz do Evangelho são em tudo os primeiros
A viver a alegria de Deus, na sua pregação.

O Senhor, de novo, restaurou a sua vinha,
Que os salteadores haviam devastado,
Partindo as cepas, roubando o que tinha,
Espetáculo desolador de campo destocado.

Também nós entramos neste tempo novo,
Seguindo e pondo em prática a Palavra de Jesus;
Seremos assim membros atentos do seu povo,
Sem medo de carregar aos ombros a cruz.

Não tenhais medo de perder por mim a vida,
Porque, finalmente, haveis de a encontrar;
A vida que me destes nunca será perdida;
Todo o dom desabrocha em frutos para dar.

Teófilo Minga, fms

Quinta feira - 7 de agosto de 2014

Ouvir o Evangelho


Evangelho segundo S. Mateus 16, 13-23

Naquele tempo, Jesus foi para os lados de Cesareia de Filipe e perguntou aos seus discípulos: «Quem dizem os homens que é o Filho do homem?». Eles responderam: «Uns dizem que é João Baptista, outros que é Elias, outros que é Jeremias ou algum dos profetas». Jesus perguntou: «E vós, quem dizeis que Eu sou?». Então, Simão Pedro tomou a palavra e disse: «Tu és o Messias, o Filho de Deus vivo». Jesus respondeu-lhe: «Feliz de ti, Simão, filho de Jonas, porque não foram a carne e o sangue que to revelaram, mas sim meu Pai que está nos Céus. Também Eu te digo: Tu és Pedro; sobre esta pedra edificarei a minha Igreja e as portas do inferno não prevalecerão contra ela. Dar-te-ei as chaves do reino dos Céus: tudo o que ligares na terra será ligado nos Céus, e tudo o que desligares na terra será desligado nos Céus». Então, Jesus ordenou aos discípulos que não dissessem a ninguém que Ele era o Messias. E começou a explicar aos seus discípulos que tinha de ir a Jerusalém e sofrer muito da parte dos anciãos, dos príncipes dos sacerdotes e dos escribas; que tinha de ser morto e ressuscitar ao terceiro dia. Pedro, tomando-O à parte, começou a contestá-l’O, dizendo: «Deus Te livre de tal, Senhor! Isso não há-de acontecer!». Jesus voltou-Se para Pedro e disse-lhe: «Vai-te daqui, Satanás. Tu és para mim uma ocasião de escândalo, pois não tens em vista as coisas de Deus, mas dos homens».

Outras leituras do dia: Jer 31, 31-34; Sal 50 (51), 12-13. 14-15. 18-19


Se confessas que Jesus é Deus, não é por lá teres chegado pela via do raciocínio, mas porque o Pai te concedeu essa revelação singular. Se aceitas a manifestação de Deus, tornar-te-ás uma pedra inabalável da Igreja do Senhor e aprenderás a ver as realidades terrestres e celestes pela óptica de Deus, e não pela visão restrita e rasteira dos homens. Seguir e servir o Senhor é alinhar pelos seus critérios, e não tornar-se um estorvo ou uma pedra de escândalo para os irmãos.
«Palavra e Vida 2014» - O Evangelho comentado cada dia - uma iniciativa dos Missionários Claretianos, ao serviço da evangelização.


Dias virão para uma nova aliança,
Que não foi cumprida a lei antiga;
Novo impulso que abra à esperança
E a fidelidade em tudo, persiga.

Gravarei esta Aliança no seu coração;
Em tudo será para todos lei interior,
Que se vive em continua conversão,
Aliança que se resume na lei do amor!

Lei que em Cristo é finalmente realizada;
Cristo que uns dizem João Batista ou Elias;
Profeta de Deus na Palavra proclamada,
Embora para outros fosse ainda Jeremias.

Tu és o Messias, Filho de Deus vivo;
Bem-aventurado és, Pedro; vem então,
Em tua vida, essa palavra seja imperativo:
Sobre ti a minha Igreja: amas-me, Simão?

Teófilo Minga, fms

Quarta feira - 6 de agosto de 2014

Ouvir o Evangelho


TRANSFIGURAÇÃO DO SENHOR

Evangelho segundo S. Mateus 17, 1-9

Naquele tempo, Jesus tomou consigo Pedro, Tiago e João seu irmão e levou-os, em particular, a um alto monte e transfigurou-Se diante deles: o seu rosto ficou resplandecente como o sol e as suas vestes tornaram-se brancas como a luz. E apareceram Moisés e Elias a falar com Ele. Pedro disse a Jesus: «Senhor, como é bom estarmos aqui! Se quiseres, farei aqui três tendas: uma para Ti, outra para Moisés e outra para Elias». Ainda ele falava, quando uma nuvem luminosa os cobriu com a sua sombra e da nuvem uma voz dizia: «Este é o meu Filho muito amado, no qual pus toda a minha complacência. Escutai-O». Ao ouvirem estas palavras, os discípulos caíram de rosto por terra e assustaram-se muito. Então Jesus aproximou-se e, tocando-os, disse: «Levantai-vos e não temais». Erguendo os olhos, eles não viram mais ninguém, senão Jesus. Ao descerem do monte, Jesus deu-lhes esta ordem: «Não conteis a ninguém esta visão, até o Filho do homem ressuscitar dos mortos».

Outras leituras do dia: Dan 7, 9-10. 13-14 ou 2 Pedro 1, 16-19; Sal 96 (97), 1-2. 5-6. 9 e 12


A transfiguração do Senhor é uma espécie de prólogo da sua ressurreição. O Filho do homem resplandece, quando se manifesta como Filho de Deus. O Crucificado, que esconde a sua divindade, vai sair vitorioso do sepulcro. Através desta visão luminosa, Cristo procura preparar os discípulos para os acontecimentos dolorosos da sua paixão e morte. Mas acabará por prevalecer sempre a luz da imortalidade.
«Palavra e Vida 2014» - O Evangelho comentado cada dia - uma iniciativa dos Missionários Claretianos, ao serviço da evangelização.


O Ancião sentou-se num trono feito de chamas,
O seu vestuário e cabelos eram como de lã pura;
Visão, parece tão longe de tantas visões humanas,
Chamado de transcendência que em nós perdura.

Visão noturna e alguém sobre as nuvens do céu
Desce por entre os espaços, avança até ao Ancião;
Visão suprema, única, sem sombra de algum véu.
É o Filho do Homem, com poder sobre toda a nação.

Filho do Homem, Jesus, mais tarde transfigurado,
No alto de um monte, diante de Pedro e João,
E de Tiago também; e tudo parece iluminado:
É bom ficarmos aqui, longe de toda a ilusão.

É Pedro, como sempre, quer toma a iniciativa;
Fiquemos aqui, Senhor; façamos três tendas!
Não, Pedro; desçamos ao mundo onde se viva,
A luta da esperança; fiz isto para que entendas.

Teófilo Minga, fms

Terça feira - 5 de agosto de 2014

Ouvir o Evangelho


Evangelho segundo S. Mateus 15, 1-2. 10-14

Naquele tempo, aproximaram-se de Jesus alguns fariseus e escribas, vindos de Jerusalém, e perguntaram-Lhe: «Porque desobedecem os teus discípulos à tradição dos antigos e não lavam as mãos antes de comer?». Jesus chamou a multidão para junto de Si e disse-lhes: «Ouvi-Me e procurai compreender: Não é o que entra na boca que torna o homem impuro. O que sai da boca é que o torna impuro». Então os discípulos aproximaram-se e disseram- Lhe: «Sabes que os fariseus ficaram ofendidos ao ouvirem as tuas palavras?». Mas Jesus respondeu- lhes: «Toda a planta que não foi plantada por meu Pai será arrancada. Deixai-os. São cegos a guiarem cegos. E se um cego guia outro cego, acabam por cair ambos numa cova».

Outras leituras do dia: Jer 30, 1-2. 12-15. 18-22; Sal 101 (102), 16-18. 19-21. 29 e 22-23


“Veio para que era seu e os seus não O receberam”. Ele era a Luz, mas as pessoas preferiram as trevas. Eis a contradição permanente dos pretensamente puros, que têm o coração endurecido. Ao celebrarem o mistério da fé, buscam a perfeição mais nos ritos do que na devoção; optam pelo integrismo legal, mas esquecem-se da rectidão, do amor e da compreensão para com o próximo; talvez paguem o dízimo, mas pouco sabem sobre o que significa compaixão, simpatia e misericórdia.
«Palavra e Vida 2014» - O Evangelho comentado cada dia - uma iniciativa dos Missionários Claretianos, ao serviço da evangelização.


Escreve um livro e as palavras que te digo;
Para Israel e Judá quero melhor sorte;
São o meu povo desde o tempo antigo,
Aflige-me vê-lo assim, sem rumo, sem norte.

Maligna a tua chaga, incurável tua ferida,
Quem será teu alívio, quem será tua defesa?
Eu, o Senhor Teu Deus, que te chama à vida:
Vou livrar-te dos teus pecados, da tua tristeza.

Mas deixo o apelo à mudança, à conversão,
Que não é o exterior que torna impuro;
a impureza passa e atravessa o coração,
Só um coração livre pode construir o futuro.

Cegos a guiarem outros cegos, esses fariseus;
Por isso, como tantos outros cairão na cova;
Seria bom descobrissem o que é a Lei de Deus
E sonhassem uma humanidade renovada, nova.

Teófilo Minga, fms