Domingo - 31 de maio de 2015

Ouvir o Evangelho


DOMINGO IX DO TEMPO COMUM
SANTÍSSIMA TRINDADE – SOLENIDADE

Evangelho segundo S. Mateus 28, 16-20

Naquele tempo, os Onze discípulos partiram para a Galileia, em direcção ao monte que Jesus lhes indicara. Quando O viram, adoraram-n’O; mas alguns ainda duvidaram. Jesus aproximou-Se e disse-lhes: «Todo o poder Me foi dado no Céu e na terra. Ide e ensinai todas as nações, baptizando-as em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo, ensinando-as a cumprir tudo o que vos mandei. Eu estou sempre convosco até ao fim dos tempos».

Outras leituras do dia: Deut 4, 32-34. 39-40; Sal 32, 4-5. 6 e 9. 18-19. 20 e 22; Rom 8, 14-17


Uma semana depois do Pentecostes, e de regresso ao tempo litúrgico chamado “Comum”, a Igreja celebra neste dia uma outra Solenidade: a Santíssima Trindade. Este é o mistério fundamental da nossa fé: um Deus em três Pessoas.
A revelação de Deus tem acontecido ao longo da história da humanidade. De forma especial, a história da salvação acontece na região de Israel, onde Deus Se manifesta a um povo escolhido. Todo o Antigo Testamento manifesta o lento processo do desvelar da identidade de Deus Pai e o preparar da vinda do Filho Unigénito, como lemos hoje no Livro do Deuteronómio. Através de Moisés, é dado a conhecer que existe um único Deus criador de todas as coisas: «Considera hoje e medita no teu coração que o Senhor é o único Deus». Daqui se segue a consciência de que tudo, na vida deste povo, deve ser expressão do amor de Deus que quer estabelecer uma relação de amizade com os homens, que vem para que tenham vida em abundância. Diante destas palavras, somos confrontados com a nossa própria forma de estar no mundo. Deus é um só, mas nós temos a tendência a divinizar muitas outras coisas: a nossa imagem, o nosso bem-estar, a nossa carreira profissional e por aí adiante. Ao mesmo tempo, somos muito exigentes com aqueles que nos rodeiam, sem tomarmos consciência que a exigência deve começar por si mesmo. Pelos profetas, Deus mostra-Se compassivo e misericordioso, lento para a ira, rico em bondade e em fidelidade.
A revelação de Deus culmina com a encarnação do Verbo. Jesus é a Palavra do Pai. Por Jesus, completa-Se a manifestação de Deus. O Evangelho segundo S. Mateus traz-nos a despedida de Jesus, depois da ressurreição, no momento da Ascensão aos Céus. Parte para junto do Pai e deixa aos discípulos uma missão: «Todo o poder Me foi dado no Céu e na terra. Ide e fazei discípulos de todas as nações, baptizando-as em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo, ensinando-as a cumprir tudo o que vos mandei. Eu estou sempre convosco até ao fim dos tempos». Assim, Jesus revela definitivamente as três Pessoas da Santíssima Trindade e pede-nos para continuarmos a missão de incorporar a humanidade na comunidade de Deus, através do baptismo, e de anunciar a Boa-Nova a todos os povos da terra. Como cumpro esta missão, no testemunho de uma vida coerente e alicerçada no Evangelho?
Depois da morte e ressurreição de Jesus, dá-se a efusão do Espírito Santo e nasce a Igreja. O Apóstolo S. Paulo é exemplo de um homem transformado e renovado a partir da acção do Espírito Santo no coração dos homens. De perseguidor dos cristãos tornou-se seu aliado, deixou-se converter pelo amor de Deus e assumiu a sua parte na missão de servir Jesus Cristo, guiado pelo Espírito. Como ele, também nós podemos gerar vida de Deus à nossa volta. Podemos ser instrumentos do Pai que cria e recria, de Jesus que salva, do Espírito Santo que santifica. Neste sentido, diz o Apóstolo na Epístola aos Romanos: «Todos os que são conduzidos pelo Espírito de Deus são filhos de Deus». Nele recebemos «o Espírito de adopção filial, pelo qual exclamamos: “Abba, Pai”». E, se «somos filhos, também somos herdeiros, herdeiros de Deus e herdeiros com Cristo».

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Moisés dirigiu-se ao povo; chamou-o a atenção:
Consultai os tempos e vede se há algo semelhante
Ao que a minha Palavra fez em toda a Criação:
Algo sublime que admirais instante após instante.

Também de vós fiz meu povo santo, bem-amado,
Arrancando-vos com força ao país da escravidão:
Liberdade, o melhor bem que vos poderia ter dado,
Foi para a liberdade que vos criei, minha nação.

Deixai-vos agora ser conduzidos pelo Espírito de Deus;
Já não sois escravos; não haja em vós algum temor;
Não caminheis por caminhos diferentes dos meus,
Aprendei a viver e agir por amor, só por amor.

Agora este é o meu mandato para o vosso futuro:
Ide e fazei discípulos no meio de todas as nações;
Que o meu Reino se estenda como sonho maduro
Por todo o mundo, graças à vossa palavra e ações.

Teófilo Minga, fms

Sábado - 30 de maio de 2015

Ouvir o Evangelho


Evangelho segundo S. Marcos 11, 27-33

Naquele tempo, Jesus e os discípulos foram de novo a Jerusalém. Quando Ele andava no templo, aproximaram-se os príncipes dos sacerdotes, os escribas e os anciãos, que Lhe perguntaram: «Com que autoridade fazes isto? Quem Te deu autoridade para o fazeres?». Jesus respondeu: «Vou fazer-vos só uma pergunta. Respondei-Me e Eu vos direi com que autoridade faço isto. O baptismo de João era do Céu ou dos homens? Respondei-Me». Eles começaram a discorrer, dizendo entre si: «Se dissermos: ‘É do Céu’, Ele dirá: ‘Então porque não acreditastes nele?’ Vamos dizer-Lhe que é dos homens?». Mas eles temiam a multidão, pois todos pensavam que João era realmente um profeta. Então responderam: «Não sabemos». Disse-lhes Jesus: «Também Eu não vos digo com que autoridade faço isto».

Outras leituras do dia: Sir 51, 17-27 (gr. 12-20); Sal 18 B (19), 8. 9. 10. 11


Jesus e os seus discípulos foram de novo a Jerusalém. (Evangelho)

Para os judeus, Jerusalém era (é) um local de peregrinação muito especial. Ir lá «de novo» é uma demonstração da sua piedade. Muitas vezes, vamos a um sítio «de novo» para reviver experiências passadas e também para viver experiências novas. Na oração, este movimento é muito importante. Hoje, o leitor relembre alguma experiência de oração que o tenha marcado e reviva-a, saboreie-a outra vez e talvez também tenha alguma experiência nova com Deus.

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Celebro-Te, ó Deus, pelo dom da Sabedoria;
Bendir-Te-ei por tempos e idades, Ó Senhor,
Nos seus caminhos eu caminho todo o dia,
O meu coração pôs nela todo o seu amor.

Segui-la é avançar por caminho direito,
Sempre e em toda a parte observar Tua Lei;
A minha oração torna-se o maior preito
Ao Teu poder amoroso que amo e amarei.

Sem a arrogância daqueles escribas e anciãos
Que Te perguntam: “Porque fazes tudo isto?”
Pobre gente que se perde em raciocínios vãos
Longe de ver em Ti o ungido de Deus, o Cristo.

Dizei-me antes de responder à vossa curiosidade:
Era do Céu ou dos homens o batismo de João?
Aquela gente fica calada. Vê-se, era só maldade
Que estava bem aninhada em seu coração.

Teófilo Minga, fms

Sexta feira - 29 de maio de 2015

Ouvir o Evangelho


Evangelho segundo S. Marcos 11, 11-26

Naquele tempo, Jesus, depois de ser aclamado pela multidão, entrou em Jerusalém e foi ao templo. Observou tudo à sua volta e, como já era tarde, saiu para Betânia com os Doze. No dia seguinte, quando saíam de Betânia, Jesus sentiu fome. Viu então de longe uma figueira com folhas e foi ver se encontraria nela algum fruto. Mas, ao chegar junto dela, nada encontrou senão folhas, pois não era tempo de figos. Então, dirigindo-Se à figueira, disse: «Nunca mais alguém coma do teu fruto». E os discípulos escutavam. Chegaram a Jerusalém. Quando Jesus entrou no templo, começou a expulsar os que ali vendiam e compravam: derrubou as mesas dos cambistas e os bancos dos vendedores de pombas e não deixava ninguém levar nada através do templo. E ensinava-os, dizendo: «Não está escrito: ‘A minha casa será chamada casa de oração para todos os povos’? E vós fizestes dela um covil de ladrões». Os príncipes dos sacerdotes e os escribas souberam disto e procuravam maneira de o fazer morrer. Mas temiam Jesus, porque toda a multidão andava entusiasmada com a sua doutrina. Ao cair da noite, Jesus e os discípulos saíram da cidade. Na manhã seguinte, ao passarem perto da figueira, os discípulos viram-na seca até às raízes. Pedro recordou-se do que tinha acontecido na véspera e disse a Jesus: «Olha, Mestre. A figueira que amaldiçoaste secou». Jesus respondeu: «Tende fé em Deus. Em verdade vos digo: Se alguém disser a este monte: ‘Tira-te daí e lança-te no mar’, e não hesitar em seu coração, mas acreditar que se vai cumprir o que diz, assim acontecerá. Por isso vos digo: Tudo o que pedirdes na oração, acreditai que já o recebestes e assim sucederá. E quando estiverdes a orar, se tiverdes alguma coisa contra alguém, perdoai, para que o vosso Pai que está nos Céus vos perdoe também as vossas faltas».

Outras leituras do dia: Sir 44, 1. 9-13; Sal 149, 1-2. 3-4. 5-6a e 9b


Observou tudo à sua volta. (Evangelho)

O Evangelho de hoje diz-nos que Jesus «observou tudo à sua volta». Hoje, o leitor também podia ver um Jesus perto de si, a observar tudo à sua volta, consigo. O leitor experimente andar com Jesus hoje, um Jesus que observa o que faz e com quem o leitor fala. Veja o que acontece. Nas azáfamas do dia, talvez o leitor se esqueça que anda com Jesus. Ponha uns lembretes no telemóvel a dizer: «Jesus está comigo».

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Celebremos os homens da nossa história,
Cantemos hoje e para sempre seus louvores;
A sua vitória é também a nossa vitória,
Eles que fizeram de Deus o amor dos amores.

As suas boas obras jamais serão esquecidas;
Na sua descendência permanece sua herança;
Suas boas obras por nós serão ao alto erguidas,
Foi o que melhor deixaram à nossa esperança.

Foram bem diferentes daqueles vendilhões
Que converteram em negócio a casa santa;
Sem escrúpulos, negócio que quer milhões,
Enriquecer a toda a custa; a ganância é tanta!

Mas caem as bancas e mesas por terra;
Esta casa santa é uma casa de oração;
Contra a vossa ganância, toda a guerra,
Ainda que manso e humilde de coração.

Teófilo Minga, fms

Quinta feira - 28 de maio de 2015

Ouvir o Evangelho


Evangelho segundo S. Marcos 10, 46-52

Naquele tempo, quando Jesus ia a sair de Jericó com os discípulos e uma grande multidão, estava um cego, chamado Bartimeu, filho de Timeu, a pedir esmola à beira do caminho. Ao ouvir dizer que era Jesus de Nazaré que passava, começou a gritar: «Jesus, Filho de David, tem piedade de mim». Muitos repreendiam-no para que se calasse. Mas ele gritava cada vez mais: «Filho de David, tem piedade de mim». Jesus parou e disse: «Chamai-o». Chamaram então o cego e disseram-lhe: «Coragem! Levanta-te, que Ele está a chamar-te». O cego atirou fora a capa, deu um salto e foi ter com Jesus. Jesus perguntou-lhe: «Que queres que Eu te faça?». O cego respondeu-Lhe: «Mestre, que eu veja». Jesus disse-lhe: «Vai: a tua fé te salvou». Logo ele recuperou a vista e seguiu Jesus pelo caminho.

Outras leituras do dia: Sir 42, 15-26 (gr. 15-25); Sal 32 (33), 2-3. 4-5. 6-7. 8-9


Jesus, filho de David, tem piedade de mim. (Evangelho)

Também nós podíamos gritar uma coisa semelhante do fundo da nossa dor, e também podíamos gritar «Jesus, filho de David, alegra-te comigo». Mas o grito vem mais do coração angustiado do que da grande alegria. O grito de quem chama. O leitor tem alguma coisa por que “gritar”? Faça-o hoje. (Pode não ser da sua vida, mas da vida de alguém que conheça…)

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Recordarei as obras do Senhor,
Ao longo da vida sempre o louvarei;
Fez tudo com glória e esplendor,
O mundo é obra-prima da sua Lei.

Estabeleceu com solidez todo o Universo;
Esse é o grande milagre da toda a criação;
Mil maravilhas onde tudo é tão diverso,
Ação de graças só pode ser a nossa oração.

O Senhor pensa também na sua criatura.
Eis o milagre quando Jesus saía de Jericó:
Bartimeu é cego; sofrimento que perdura,
Mas Jesus passa, olha, contempla e tem dó.

Jesus, Filho de David, tem piedade de mim;
Livrai-me Jesus desta impiedosa cegueira.
O cego, vou curá-lo. Foi para isso que vim:
Dar aos pobres a esperança de outra beira.

Teófilo Minga, fms

Quarta feira - 27 de maio de 2015

Ouvir o Evangelho


Evangelho segundo S. Marcos 10, 32-45

Naquele tempo, Jesus e os discípulos subiam a caminho de Jerusalém. Jesus ia à sua frente. Os discípulos estavam preocupados e aqueles que os acompanhavam iam com medo. Jesus tomou então novamente os Doze consigo e começou a dizer-lhes o que Lhe ia acontecer: «Vede que subimos para Jerusalém e o Filho do homem será entregue aos príncipes dos sacerdotes e aos escribas. Vão condená-l’O à morte e entregá-l’O aos gentios; hão-de escarnecê-l’O, cuspir-Lhe, açoitá-l’O e dar-Lhe a morte. Mas ao terceiro dia ressuscitará». Tiago e João, filhos de Zebedeu, aproximaram-se de Jesus e disseram-Lhe: «Mestre, nós queremos que nos faças o que Te vamos pedir». Jesus respondeu-lhes: «Que quereis que vos faça?». Eles responderam: «Concede-nos que, na tua glória, nos sentemos um à tua direita e outro à tua esquerda». Disse-lhes Jesus: «Não sabeis o que pedis. Podeis beber o cálice que Eu vou beber e receber o baptismo com que Eu vou ser baptizado?». Eles responderam-Lhe: «Podemos». Então Jesus disse-lhes: «Bebereis o cálice que Eu vou beber e sereis baptizados com o baptismo com que Eu vou ser baptizado. Mas sentar-se à minha direita ou à minha esquerda não Me pertence a Mim concedê-lo; é para aqueles a quem está reservado». Os outros dez, ouvindo isto, começaram a indignar-se contra Tiago e João. Jesus chamou-os e disse-lhes: «Sabeis que os que são considerados como chefes das nações exercem domínio sobre elas e os grandes fazem sentir sobre elas o seu poder. Não deve ser assim entre vós: quem entre vós quiser tornar-se grande, será vosso servo, e quem quiser entre vós ser o primeiro, será escravo de todos; porque o Filho do homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a vida pela redenção de todos».

Outras leituras do dia: Sir 36, 1-2a. 5-6. 13-19 (gr. 1.4-15a.10-17); Sal 78 (79), 8. 9. 11. 13


... um à tua direita e o outro à tua esquerda. (Evangelho)

Tiago e João estavam tão obcecados com aquela ideia de ser grandes que nem tinham tempo para grandes tristezas pela morte de que Jesus tinha acabado de falar. Saltaram logo do momento presente para a outra vida, para a glória de Jesus, em que queriam nada mais nada menos do que os lugares principais. A ganância não lhes permitiu ver o que tinham à frente. Quantas vezes não passamos nós por cima do nosso próximo, na pressa de chegar a algum sítio?

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Senhor Deus do Universo, olhai-nos com bondade;
Fazei quer vos temam todos os povos e nações,
Que acolham docilmente vossa santa vontade
E a prática do bem seja o caminho de suas ações.

Tende misericórdia também de vossa cidade santa,
Jerusalém, a cidade das cidades, a eterna Sião;
Jesus, mais tarde, aí deixará mensagem que encanta,
Palavra do Céu que nos visita e nos enche o coração.

Acolhê-la não significa apagar o sofrimento
Em nossas vidas; também assim na vida de Jesus.
Chamou os Doze e os instruiu sobre o momento
Em que seria entregue. Aos seus olhos há mais luz.

Em meio destas palavras tão sérias e responsáveis,
Alguns discípulos entretêm-se à glória pequena,
De estar à direita e à esquerda de Jesus! Censuráveis.
Não sabeis o que pedis. Só uma alma grande vale a pena.

Teófilo Minga, fms

Terça feira - 26 de maio de 2015

Ouvir o Evangelho


Evangelho segundo S. Marcos 10, 28-31

Naquele tempo, Pedro começou a dizer a Jesus: «Vê como nós deixámos tudo para Te seguir». Jesus respondeu: «Em verdade vos digo: Todo aquele que tiver deixado casa, irmãos, irmãs, mãe, pai, filhos ou terras, por minha causa e por causa do Evangelho, receberá cem vezes mais, já neste mundo, em casas, irmãos, irmãs, mães, filhos e terras, juntamente com perseguições, e, no mundo futuro, a vida eterna. Muitos dos primeiros serão os últimos e muitos dos últimos serão os primeiros».

Outras leituras do dia: Sir 35, 1-15 (gr. 1-12); Sal 49 (50), 5-6. 7-8. 14 e 23


Todo aquele que tiver deixado (...) receberá cem vezes mais. (Evangelho)

Deixarmos coisas ou pessoas ou situações, por Deus, pode custar--nos muito mas esse não pode ser o sentimento definitivo. Se assim for, alguma coisa está mal, porque a relação com Deus é sempre consoladora, se bem que possa não o ser a nível sensível. Mas do ponto de vista espiritual, no mais fundo de nós mesmos, é consoladora. Se nos sentimos destruídos é porque há qualquer coisa que não é Deus aí pelo meio. Quando foi a última vez que surgiu na sua vida uma escolha por Deus e como é que reagiu?

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Cumprir a Lei equivale a muitas oferendas,
Dar graças é uma oblação de flor de farinha.
Agradece, pois, ao Senhor; em nada o ofendas,
Ele aceita a verdadeira oração: a tua, a minha.

Agradar ao Senhor é afastar-se de todo o mal;
O sacrifício feito pelo Senhor não será esquecido
Que nos acolherá em seu Templo celestial.
Todo o bem nos será ao cêntuplo retribuído.

Não sejas como Pedro que perguntava a Jesus:
Que receberemos, nós que tudo deixamos por TI?
Jesus responde dando aos olhos de Pedro tanta luz:
Tudo o que deixastes não será por mim esquecido.

É uma promessa já para os tempos atuais.
Os primeiros serão os últimos; estes os primeiros!
Recebereis irmãos, irmãs, mães cem vezes mais
E da plenitude dos Céus sereis meus herdeiros.

Teófilo Minga, fms

Segunda feira - 25 de maio de 2015

Ouvir o Evangelho


Evangelho segundo S. Marcos 10, 17-27

Naquele tempo, ia Jesus pôr-Se a caminho, quando um homem se aproximou correndo, ajoelhou diante d’Ele e Lhe perguntou: «Bom Mestre, que hei-de fazer para alcançar a vida eterna?». Jesus respondeu: «Porque Me chamas bom? Ninguém é bom senão Deus. Tu sabes os mandamentos: ‘Não mates; não cometas adultério; não roubes; não levantes falso testemunho; não cometas fraudes; honra pai e mãe’». O homem disse a Jesus: «Mestre, tudo isso tenho eu cumprido desde a juventude». Jesus olhou para ele com simpatia e respondeu: «Falta-te uma coisa: vai vender o que tens, dá o dinheiro aos pobres e terás um tesouro no Céu. Depois, vem e segue-Me». Ao ouvir estas palavras, o homem ficou abatido e retirou-se pesaroso, porque era muito rico. Então Jesus, olhando à sua volta, disse aos discípulos: «Como será difícil para os que têm riquezas entrar no reino de Deus!». Os discípulos ficaram admirados com estas palavras. Mas Jesus afirmou-lhes de novo: «Meus filhos, como é difícil entrar no reino de Deus! É mais fácil passar um camelo pelo fundo de uma agulha do que um rico entrar no reino de Deus». Eles admiraram-se ainda mais e diziam uns aos outros: «Quem pode então salvar-se?». Fitando neles os olhos, Jesus respondeu: «Aos homens é impossível, mas não a Deus, porque a Deus tudo é possível».

Outras leituras do dia: Sir 17, 20-28 (gr. 24-29); Sal 31 (32), 1-2. 5. 6. 7


Os discípulos ficaram admirados com estas palavras. (Evangelho)

A admiração é uma coisa boa. E pode ser a génese de muitas conversões ou de muitos saltos qualitativos. Porque a admiração pode levar a uma reflexão mais profunda que também toque o coração, que por sua vez toque a vontade. Rezemos hoje para não perdermos o sentido da admiração, a frescura da captação da novidade, a capacidade de extrairmos coisas novas da palavra de Deus.

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Converte-te ao Senhor e abandona o pecado;
O Senhor a todos conforta e dá Seu perdão;
Nele o pecador arrependido é reconfortado,
Acolhido no Seu seio com carinho e atenção.

Com o regresso não deixes de louvar o Senhor;
O Senhor é BOM, quer que todo o pecador viva;
Grande é a sua clemência, grande o seu amor,
Não quer que ninguém se perca por aí à deriva.

Pode até convidar-te a segui-lO mais de perto,
Como convidou o jovem que dele se abeirou;
Queria saber como possuir o Céu de modo certo;
Era um jovem rico que a Lei sempre praticou.

Vende os teus bens e terás um tesouro
Na Pátria celeste que com ânsia demandas;
É o que procuras; vale mais que todo o ouro.
O jovem era rico; preferiu ir para outras bandas.

Teófilo Minga, fms

Domingo - 24 de maio de 2015

Ouvir o Evangelho


DOMINGO DE PENTECOSTES

Evangelho segundo S. João 20, 19-23

Na tarde daquele dia, o primeiro da semana, estando fechadas as portas da casa onde os discípulos se encontravam, com medo dos judeus, veio Jesus, apresentou-Se no meio deles e disse-lhes: «A paz esteja convosco». Dito isto, mostrou-lhes as mãos e o lado. Os discípulos ficaram cheios de alegria ao verem o Senhor. Jesus disse-lhes de novo: «A paz esteja convosco. Assim como o Pai Me enviou, também Eu vos envio a vós». Dito isto, soprou sobre eles e disse-lhes: «Recebei o Espírito Santo: àqueles a quem perdoardes os pecados ser-lhes-ão perdoados; e àqueles a quem os retiverdes ser-lhes-ão retidos».

Outras leituras do dia: Act 2, 1-11; Sal 103 (104), 1ab e 24ac. 29bc-30. 31 e 34; 1 Cor 12, 3b-7. 12-13 ou Gal 5, 16-25


Encerramos o Tempo Pascal com a Solenidade do Pentecostes. Passaram os cinquenta dias festivos do anúncio da ressurreição, recordaram-se os grandes momentos do nascimento da Igreja e do anúncio da Boa-Nova. Agora é tempo de celebrar o envio do Espírito Santo, que vem animar a Igreja no cumprimento da sua missão.
O Livro dos Actos dos Apóstolos traz-nos a narração do envio e da manifestação do Espírito Santo. Estando os discípulos reunidos no cenáculo, «fez-se ouvir, vindo do Céu, um rumor semelhante a uma rajada de vento, que encheu toda a casa onde se encontravam». Como «línguas de fogo», ficaram cheios do Espírito Santo e começaram a falar várias línguas. Uma narração semelhante, com alguns matizes diferentes, é ainda descrita no Evangelho de S. João: no «primeiro dia da semana» (aqui nasce o Domingo), estando os discípulos fechados no cenáculo com medo de serem presos, são surpreendidos com a presença do Ressuscitado. Jesus diz-lhes «a paz esteja convosco» e, de seguida, soprando sobre eles, acrescenta: «Recebei o Espírito Santo».
“Espírito”, do grego “pneuma”, evoca o hebraico “Ruah”, sempre associado ao sopro e à respiração. É com um sopro que Adão recebe a vida; é com o mesmo sopro de Jesus que a Igreja ganha vida e os discípulos se renovam e se recriam interiormente. Os primeiros companheiros de Jesus recebem agora a graça dos dons do Espírito Santo e começam a anunciar ao mundo, já sem medo, a vinda definitiva do Messias esperado. Nas línguas de fogo e nos diversos idiomas que começam a falar está representada a certeza de que a vida de Jesus pode ser entendida por todos os povos, de todos os tempos, de todas as raças e culturas. Também nós fazemos parte deste povo escolhido! Como recebemos e acolhemos a mensagem da Boa-Nova? Como a transmitimos com o exemplo das nossas vidas?
S. Paulo, na carta que escreve à comunidade cristã da Galácia, recorda os frutos do Espírito Santo: «caridade, alegria, paz, paciência, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão, temperança». Ao percorrer este elenco de palavras, vale a pena meditar na forma como a nossa vida é capaz de dar frutos semelhantes. Se, de alguma forma, ainda nos sentimos longe destes sentimentos, é porque ainda não deixamos que o Espírito Santo actue verdadeiramente em nós. Ao evocarmos o seu envio sobre a comunidade cristã primitiva, tomamos consciência desta Presença actuante em toda a história da Igreja.
Ainda hoje somos fortalecidos pelo mesmo Espírito, somos constantemente renovados a partir da vida do Ressuscitado. É pelo poder do Espírito Santo que se conhece o sentido das Escrituras, que se fortalece a relação com Deus na oração, que se recebe o ânimo para testemunhar uma vida cristã séria e comprometida até nas adversidades do mundo, que se é capaz de amar como Jesus amou. É ainda pelo mesmo Espírito que cada um participa na Igreja com os seus carismas, os seus dons e talentos e que, ao serviço da Comunidade, fortalece o inteiro Corpo Místico de Cristo.

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Os apóstolos estavam todos reunidos,
Quando se ouviu forte rajada de vento;
Entra pela casa em todos os sentidos;
Que acontecerá naquele momento?

Todos ficaram cheios do Espírito Santo;
A sua pregação a todos deixava admirados;
Ao mesmo tempo o júbilo era tanto
De tanta gente ali; gente de todos os lados.

É o Espírito Santo que nos faz dizer:
Para todos nós, “Jesus é o Senhor”.
É a nossa força para o mundo percorrer
E proclamar a todos seu grande amor.

Jesus vem e aos apóstolos deseja a paz;
Entre eles nasce uma verdadeira alegria.
O Espírito: presente único que Deus nos traz,
Nossa força nos caminhos dia a dia.

Teófilo Minga, fms

Sábado - 23 de maio de 2015

Ouvir o Evangelho


Evangelho segundo S. João 21, 20-25

Naquele tempo, Pedro, ao voltar-se, viu que o seguia o discípulo predilecto de Jesus, aquele que, na Ceia, se tinha reclinado sobre o seu peito e Lhe tinha perguntado: «Senhor, quem é que Te vai entregar?» Ao vê-lo, Pedro disse a Jesus: «Senhor, que será deste?». Jesus respondeu-lhe: «Se Eu quiser que ele fique até que Eu venha, que te importa? Tu, segue-Me». Divulgou-se então entre os irmãos o boato de que aquele discípulo não morreria. Jesus, porém, não disse a Pedro que ele não morreria, mas sim: «Se Eu quiser que ele fique até que Eu venha, que te importa?» É este o discípulo que dá testemunho destes factos e foi quem os escreveu; e nós sabemos que o seu testemunho é verdadeiro. Jesus realizou muitas outras coisas. Se elas fossem escritas uma a uma, penso que nem caberiam no mundo inteiro os livros que era preciso escrever.

Outras leituras do dia: Act 28, 16-20. 30-31; Sal 10 (11), 4. 5 e 7


... viu que o seguia o discípulo predilecto de Jesus. (Evangelho)

Parece que na terra Jesus tinha predilectos. Mas no Céu todos somos predilectos, porque cada um de nós recebe Deus completamente, à medida da sua capacidade. E aqui na terra todos temos que dar à medida da nossa capacidade. Capacidade que se vai desembrulhando à medida do nosso andar e das solicitações que vão surgindo. O leitor pense nas de ontem e como lhes correspondeu.

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Por este tempo Paulo é prisioneiro
Em Roma; não foi condenado em Jerusalém.
Com desassombro continua a ser o primeiro
A proclamar o Evangelho, fonte de todo o Bem.

Apelou para César para ser julgado;
Continua a proclamar a Jesus, não a meias,
Mas com entusiasmo e um saber acumulado
Que livre partilha, mesmo se está em cadeias.

Por dois anos inteiros fica na capital,
Acolhendo a todos aqueles que o procuravam;
Não tem medo; está isento de todo o mal…
Os cristãos de Roma… como o amavam.

Paulo esse apóstolo a tempo inteiro;
Jesus tinha conquistado seu coração;
Como o discípulo cujo testemunho é verdadeiro
Paulo é amigo de Jesus: intimidade e oração.

Teófilo Minga, fms

Sexta feira - 22 de maio de 2015

Ouvir o Evangelho


Evangelho segundo S. João 21, 15-19

Quando Jesus Se manifestou aos seus discípulos junto ao mar de Tiberíades, depois de comerem, perguntou a Simão Pedro: «Simão, filho de João, amas-Me tu mais do que estes?». Ele respondeu-Lhe: «Sim, Senhor, Tu sabes que Te amo». Disse-lhe Jesus: «Apascenta os meus cordeiros». Voltou a perguntar-lhe segunda vez: «Simão, filho de João, tu amas-Me?». Ele respondeu-Lhe: «Sim, Senhor, Tu sabes que Te amo». Disse-lhe Jesus: «Apascenta as minhas ovelhas». Perguntou-lhe pela terceira vez: «Simão, filho de João, tu amas-Me?». Pedro entristeceu-se por Jesus lhe ter perguntado pela terceira vez se O amava e respondeu-Lhe: «Senhor, Tu sabes tudo, bem sabes que Te amo». Disse-lhe Jesus: «Apascenta as minhas ovelhas. Em verdade, em verdade te digo: Quando eras mais novo, tu mesmo te cingias e andavas por onde querias; mas quando fores mais velho, estenderás a mão e outro te cingirá e te levará para onde não queres». Jesus disse isto para indicar o género de morte com que Pedro havia de dar glória a Deus. Dito isto, acrescentou: «Segue-Me».

Outras leituras do dia: Act 25, 13b-21; Sal 102 (103), 1-2. 11-12. 19-20ab

Santo do dia
S. Rita de Cássia, religiosa


Amas-Me tu mais do que estes? (Evangelho)

Qual seria o sentido da pergunta de Jesus? Jesus pergunta-lhe isto no contexto mais geral de Pedro ser a pedra sobre a qual se edificará o edifício, e de ser aquele que apascentará as ovelhas. Para isso, tem que amar mais do que os outros. Se com Pedro isto se passa a nível institucional, connosco passa-se a nível pessoal. Todos temos que amar «mais que os outros», porque todos somos pedras fundamentais e todos temos ovelhas para apascentar. Hoje, o leitor reze por elas.

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Festo conta ao rei Agripa, ali, em Cesareia,
O caso de Paulo; pregava, sem parar, ainda;
A sua pregação sobre Jesus a discórdia semeia,
E entre todos a sua palavra não é bem-vinda.

Não havia contra ele acusações que eu suspeitava;
Falavam apenas de umas pequenas coisas de religião;
Para mim era muito claro que eu não o julgava;
São coisas vossas e eu não digo sim, nem não.

Já para n norte, junto a Tiberíade e o seu mar,
A história de outro apóstolo bem mais interessante;
É um lindo diálogo todo centrado no verbo amar,
Joga-se na história da Igreja algo de importante.

Pedro, entristecido, responde que ama o Senhor;
Já o tinha demonstrado tantas vezes, dias a fio;
Agora, por mais três, Jesus quer a plenitude do amor.
Apascenta o meu rebanho: és Pedro, em ti confio.

Teófilo Minga, fms

Quinta feira - 21 de maio de 2015

Ouvir o Evangelho


Evangelho segundo S. João 17, 20-26

Naquele tempo, Jesus ergueu os olhos ao Céu e disse: «Pai santo, não peço somente por eles, mas também por aqueles que vão acreditar em Mim por meio da sua palavra, para que eles sejam todos um, como Tu, Pai, o és em Mim e Eu em Ti, para que também eles sejam um em Nós e o mundo acredite que Tu Me enviaste. Eu dei-lhes a glória que Tu Me deste, para que sejam um, como Nós somos um: Eu neles e Tu em Mim, para que sejam consumados na unidade e o mundo reconheça que Tu Me enviaste e que os amaste como a Mim. Pai, quero que onde Eu estou, também estejam comigo os que Me deste, para que vejam a minha glória, a glória que Me deste, por Me teres amado antes da criação do mundo. Pai justo, o mundo não Te conheceu, mas Eu conheci-Te e estes reconheceram que Tu Me enviaste. Dei-lhes a conhecer o teu nome e dá-lo-ei a conhecer, para que o amor com que Me amaste esteja neles e Eu esteja neles».

Outras leituras do dia: Act 22, 30: 23, 6-11; Sal 15 (16), 1-2a e 5. 7-8. 9-10. 11


... para que eles sejam todos um. (Evangelho)

Por um lado, temos divisões e dissenções, zangas e ódios. Paz podre e indiferenças. Por outro, fazemos coisas em comum, concretizamos projectos extraordinários. Está nas nossas mãos ir construindo a unidade aos poucos para termos um só coração, como Jesus e o Pai. Esta unidade só atingirá a sua plenitude no Céu, mas já começa (e faz um grande caminho) aqui. Rezemos por ela.

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O comandante romano quis informações
Sobre Paulo, naquele tempo preso e algemado;
Eram muitas da parte dos judeus as acusações
Contra o Apóstolo: pregava decidido e ousado.

Paulo, sem medo, se declara fariseu.
Isto gerou na Assembleia tal discussão
Que até violência entre eles aconteceu
Houve enorme gritaria; grande era a divisão.

O comandante protege Paulo com clareza;
Jesus, mais tarde, pelos discípulos rezava:
Haverá perseguições; precisam da fortaleza
Do Espírito; fortaleza que os reconfortava.

“Que sejam um só”. Esta é a oração de Jesus.
Que os discípulos vivam em perfeita unidade!
Só assim serão no mundo reflexo da minha luz
E testemunhos coerentes da minha verdade.

Teófilo Minga, fms

Quarta feira - 20 de maio de 2015

Ouvir o Evangelho


Evangelho segundo S. João 17, 11b-19

Naquele tempo, Jesus ergueu os olhos ao Céu e orou deste modo: «Pai santo, guarda-os em teu nome, o nome que Me deste, para que sejam um, como Nós. Quando Eu estava com eles, guardava-os em teu nome, o nome que Me deste. Guardei-os e nenhum deles se perdeu, a não ser o filho da perdição; e assim se cumpriu a Escritura. Mas agora vou para Ti; e digo isto no mundo, para que eles tenham em si mesmos a plenitude da minha alegria. Dei-lhes a tua palavra e o mundo odiou-os, por não serem do mundo, como Eu não sou do mundo. Não peço que os tires do mundo, mas que os livres do mal. Eles não são do mundo, como Eu não sou do mundo. Consagra-os na verdade. A tua palavra é a verdade. Assim como Tu Me enviaste ao mundo, também Eu os enviei ao mundo. Eu consagro-Me por eles, para que também eles sejam consagrados na verdade».

Outras leituras do dia: Act 20, 28-38; Sal 67 (68), 29-30. 33-35a. 35b-36c


Guardei-os e nenhum deles se perdeu. (Evangelho)

É uma frase muito bonita e muito consoladora. Jesus não perdeu nenhum dos seus discípulos e não perde nenhum de nós. Igualmente, não deixa que nenhum de nós se perca. Podemos ter essa certeza e, de certa forma, descansar nela. Descansar no sentido de não ficarmos ansiosos com a nossa salvação. Não para cruzarmos os braços. Temos que fazer a nossa parte. E qual é a parte do leitor para hoje?

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O Espírito Santo vos constitui vigilantes
Do rebanho que formei com tanto cuidado;
Vigiai e estai prontos a todos os instantes
De dar a vida pelo rebanho a vós confiado.

Sabeis, queridos amigos, estou de partida;
Depois de eu partir virão lobos violentos
A destruir a comunidade, sem medida;
Vigiai pois, não deixeis de estar atentos.

Depois, dai um valor especial à oração,
Como Jesus também, na hora do adeus.
Tinha os discípulos todos no Seu coração,
A todos, com ternura, confiava a Deus.

Quero que tenham a plenitude da alegria,
Mesmo se odiados e feridos pelo mundo;
Consagrei-os na verdade; seja esta a profecia
Que torna o seu apostolado rico e profundo.

Teófilo Minga, fms

Terça feira - 19 de maio de 2015

Ouvir o Evangelho


Evangelho segundo S. João 17, 1-11a

Naquele tempo, Jesus ergueu os olhos ao Céu e disse: «Pai, chegou a hora. Glorifica o teu Filho, para que o teu Filho Te glorifique e, pelo poder que Lhe deste sobre toda a criatura, Ele dê a vida eterna a todos os que Lhe confiaste. É esta a vida eterna: que Te conheçam a Ti, único Deus verdadeiro, e Aquele que enviaste, Jesus Cristo. Eu glorifiquei-Te sobre a terra, consumando a obra que Me encarregaste de realizar. E agora, Pai, glorifica-Me junto de Ti mesmo com aquela glória que tinha em Ti, antes que houvesse mundo. Manifestei o teu nome aos homens que do mundo Me deste. Eram teus e Tu mos deste e eles guardam a tua palavra. Agora sabem que tudo quanto Me deste vem de Ti, porque lhes comuniquei as palavras que Me confiaste e eles receberam-nas: reconheceram verdadeiramente que saí de Ti e acreditaram que Me enviaste. É por eles que Eu rogo; não pelo mundo, mas por aqueles que Me deste, porque são teus. Tudo o que é meu é teu e tudo o que é teu é meu; e neles sou glorificado. Eu já não estou no mundo, mas eles estão no mundo, enquanto Eu vou para Ti».

Outras leituras do dia: Act 20, 17-27; Sal 67 (68), 10-11. 20-21


Glorifica o teu Filho, para que o teu Filho Te glorifique. (Evangelho)

E o que é a glória de Deus? É a glória da cruz, que foi a passagem para a ressurreição. As nossas glórias têm que servir o amor a Deus e às vezes são a cruz. E é a isso que, em linguagem divina – a única que nos interessa –, se chama glória. É uma inversão tão grande dos nossos valores normais que temos que treinar para ela. E rezar para que consigamos assimilar essa inversão de valores…

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Paulo encontra em Éfeso os anciãos da Igreja:
A todos quer dizer as lágrimas e as provações
Que sofreu para que a comunidade cristã esteja
Implantada e firme em todos os corações.

Pregou publicamente e de casa em casa;
Paulo é um missionário com todo o ardor;
No seu peito o amor de Deus o abrasa,
Não pode calar este fogo, este amor.

Proclama Jesus que reza: “Pai chegou a hora”.
Chegou a hora em que o Pai glorifica o Filho
E o Filho glorifica o Pai sempre, aqui e agora,
Para deixar no mundo as marcas do seu brilho.

Reza pelos discípulos; não pelo mundo,
Mas por todos os que o Pai lhe tinha dado;
Este é um gesto de amor único, profundo.
Com a sorte dos seus fica assim preocupado.

Teófilo Minga, fms

Segunda feira - 18 de maio de 2015

Ouvir o Evangelho


Evangelho segundo S. João 16, 29-33

Naquele tempo, disseram os discípulos a Jesus: «De facto agora falas abertamente, sem enigmas. Agora vemos que sabes tudo e não precisas que ninguém Te faça perguntas. Por isso acreditamos que saíste de Deus». Respondeu-lhes Jesus: «Agora acreditais? Vai chegar a hora – e já chegou – em que sereis dispersos, cada um para seu lado, e Me deixareis só; mas Eu não estou só, porque o Pai está comigo. Digo-vos isto, para que em Mim tenhais a paz. No mundo sofrereis tribulações. Mas tende confiança: Eu venci o mundo».

Outras leituras do dia: Act 19, 1-8; Sal 67 (68), 2-3. 4-5ac. 6-7ab


Eu não estou só, porque o Pai está Comigo. (Evangelho)

É bom termos a consciência de que nunca estamos sós. O Pai está connosco. E o que é que isto nos traz? Podia dizer várias coisas ao leitor, mas o leitor veja o que é que a companhia do Pai lhe traz. Compare situações em que se sente com o Pai ou sem o Pai. Ou, se não tem relação com o Pai, pense porquê e veja se não quererá ter. Converse com o Pai sobre isso.

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Apolo pregava em Corinto, grande cidade,
Paulo estava em Éfeso e suas altas regiões;
Por aí andam os dois a proclamar a verdade
Do Evangelho, acolhido em seus corações.

Já recebestes, meus amigos, o Espírito Santo,
No momento mesmo em que abraçáveis a fé?
Mas eles ficam admirados, cheios de espanto.
De tal Espírito não ouvimos falar. Afinal, quem é?

Paulo vai depois batizá-los em nome de Jesus;
No mesmo instante receberão o Espírito Santo;
Falam línguas e na sua vida tudo se torna luz;
Louvam a Deus em alegria e em jubiloso canto.

Acreditaram; mais tarde os discípulos acreditarão.
Tempos virão em que cada qual será dispersado
E me deixareis sozinho com a minha solidão;
Sofrereis, mas tende coragem! Estou a vosso lado.

Teófilo Minga, fms

Domingo - 17 de maio de 2015

Ouvir o Evangelho


DOMINGO VII DA PÁSCOA
ASCENSÃO DO SENHOR – SOLENIDADE

Evangelho segundo S. Marcos 16, 15-20

Naquele tempo, Jesus apareceu aos onze Apóstolos e disse-lhes: «Ide por todo o mundo e pregai o Evangelho a toda a criatura. Quem acreditar e for baptizado será salvo; mas quem não acreditar será condenado. Eis os milagres que acompanharão os que acreditarem: expulsarão os demónios em meu nome; falarão novas línguas; se pegarem em serpentes ou beberem veneno, não sofrerão nenhum mal; e quando impuserem as mãos sobre os doentes, eles ficarão curados». E assim o Senhor Jesus, depois de ter falado com eles, foi elevado ao Céu e sentou-Se à direita de Deus. Eles partiram a pregar por toda a parte e o Senhor cooperava com eles, confirmando a sua palavra com os milagres que a acompanhavam.

Outras leituras do dia: Act 1, 1-11; Sal 46 (47), 2-3. 6-7. 8-9; Ef 1, 17-23 ou Ef 4, 1-13


Aproximando-se o final do Tempo Pascal, a Igreja convida-nos hoje a celebrar a Solenidade da Ascensão do Senhor. Na despedida terrena de Jesus, é dada aos discípulos a missão de continuarem no mundo a obra começada pelo Mestre.
A primeira leitura traz-nos o início do livro dos Actos dos Apóstolos. Depois de se recordar brevemente a actividade apostólica de Jesus, é narrado o momento da Ascensão aos Céus. Jesus consola os seus discípulos, no momento da despedida, com a esperança de não os deixar sós. «Um dia em que estava com eles à mesa» (nota-se aqui o contexto eucarístico) diz-lhes: «recebereis a força do Espírito Santo, que descerá sobre vós, e sereis minhas testemunhas em Jerusalém e em toda a Judeia e na Samaria e até aos confins da terra». Estamos a assistir aos primeiros passos da vida da Igreja, que nasce na esperança da assistência do Espírito Santo, guia e força no caminho a percorrer. Tudo acontece à mesa, na fracção do Pão, onde se abre uma nova etapa da história da salvação: a missão de anunciar a boa-nova do Reino de Deus já presente entre os homens. Em que medida a Eucaristia nos confirma a missão de testemunharmos Cristo Ressuscitado no mundo em que vivemos? Que importância tem este Sacramento no fortalecer a fé?
O Evangelho de S. Marcos segue a mesma linha dos Actos dos Apóstolos. Jesus aparece aos Doze e diz-lhes: «Ide por todo o mundo e pregai o Evangelho a toda a criatura». No último encontro com o Ressuscitado, conclui o Evangelista que «Eles partiram a pregar por toda a parte e o Senhor cooperava com eles, confirmando a sua palavra com os milagres que a acompanhavam». É definida a missão dos discípulos no momento em que Jesus regressa definitivamente ao encontro do Pai: ir por toda a parte, sem fazer acepção de pessoas, de raças, de culturas e de grupos sociais. Ninguém deve ficar de fora deste anúncio. Também é dito que os crentes serão assistidos por sinais da presença do Ressuscitado, que acompanharão aqueles que acreditarem e se comprometerem na missão universal da Igreja. Os discípulos partem agora ao encontro do mundo com confiança e cada um de nós é herdeiro desta missão. Como é que hoje a podemos concretizar? A comunidade cristã deve ir ao encontro dos excluídos da sociedade, daqueles que vivem mais sós e abandonados. Deve ser ponte que reconcilia relações desfeitas, que traz a paz aos corações feridos, que une culturas diferentes, que é voz profética no anúncio da presença de Jesus entre os homens. O projecto de salvação que Jesus veio trazer continua, agora, nas mãos da Igreja, animada pelo Espírito.
Para cumprirmos a nossa missão, peçamos, com a Carta aos Efésios, a graça de um espírito de sabedoria e de luz para conhecermos plenamente o mistério de Deus em nós, para que Ele ilumine os olhos do nosso coração, para compreendermos a esperança a que fomos chamados. Cristo, «Cabeça de toda a Igreja, que é o seu Corpo», não nos faltará nos momentos decisivos

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Tantas coisas que Jesus fez e ensinou,
Num primeiro livro estão consignadas;
Agora, Teófilo, continuo e ainda vou
Escrever tantas outras, todas inspiradas.

Nem tudo terminou na dolorosa Paixão;
Ressuscitou; muitos já nada esperavam;
Até os discípulos, perdidos na confusão
De coisas que de boca a boca passavam.

Hoje sobe aos Céus, mas, cabeça da Igreja,
Está acima de Dominações e de Potestades;
Agora pelo mundo que a nossa vida seja
Hino de amor ao Senhor de todas as idades.

Há um mandamento divino a nosso respeito:
Ide por todo o mundo! Proclamai a Boa-Nova!
Que o Evangelho esteja inscrito no nosso peito,
Na certeza de que nele a humanidade se renova.

Teófilo Minga, fms

Sábado - 16 de maio de 2015

Ouvir o Evangelho


Evangelho segundo S. João 16, 23b-28

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Em verdade, em verdade vos digo: Tudo o que pedirdes ao Pai em meu nome, Ele vo-lo dará. Até agora não pedistes nada em meu nome: pedi e recebereis, para que a vossa alegria seja completa. Tenho-vos dito tudo isto em parábolas mas vai chegar a hora em que não vos falarei mais em parábolas: falar-vos-ei claramente do Pai. Nesse dia pedireis em meu nome; e não vos digo que rogarei por vós ao Pai, pois o próprio Pai vos ama, porque vós Me amastes e acreditastes que Eu saí de Deus. Saí de Deus e vim ao mundo. Agora deixo o mundo e vou para o Pai».

Outras leituras do dia: Act 18, 23-28; Sal 46 (47), 2-3. 8-9. 10


Pedi e recebereis. (Evangelho)

Devemos pedir para a nossa alegria ser completa. E a nossa alegria será “completa” quando os nossos pedidos coincidirem com os desejos do Pai. É uma sintonia que se vai adquirindo na relação com o Pai, na conquista de uma sensibilidade que nos vai aproximando do Pai cada vez mais. Temos que ir crescendo nessa empatia. Peçamo-la ao Pai.

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Depois de ter passado em Antioquia,
Paulo vai a pregar ainda mais além,
Lugares onde a comunidade se fortalecia
No escutar da Palavra, na prática do Bem.

Também Apolo era versado nas Escrituras,
Homem de palavra eloquente, homem de fé.
Então Paulo o toma para suas andaduras;
Mais um discípulo a anunciar Jesus de Nazaré.

Também Jesus de Nazaré continua a ensinar:
Pedi ao Pai em meu nome: vos há de atender;
Não tenhais medo de pedir ao Pai sem cessar;
Sabe do que precisais, conhece vosso sofrer.

O Pai vos ama porque me tivestes amor;
Acreditastes em mim que saí de Deus;
Vossa fé grande aos olhos do Senhor;
O Pai vos acolhe nos braços, filhos seus.

Teófilo Minga, fms

Sexta feira - 15 de maio de 2015

Ouvir o Evangelho


Evangelho segundo S. João 16, 20-23a

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Em verdade, em verdade vos digo: Chorareis e lamentar-vos-eis, enquanto o mundo se alegrará. Estareis tristes, mas a vossa tristeza converter-se-á em alegria. A mulher, quando está para ser mãe, sente angústia, porque chegou a sua hora. Mas depois que deu à luz um filho, já não se lembra do sofrimento, pela alegria de ter dado um homem ao mundo. Também vós agora estais tristes; mas Eu hei-de ver-vos de novo e o vosso coração se alegrará e ninguém vos poderá tirar a vossa alegria. Nesse dia, não Me fareis nenhuma pergunta».

Outras leituras do dia: Act 18, 9-18; Sal 46 (47), 2-3. 4-5. 6-7


Depois que deu à luz um filho, já não se lembra do sofrimento... (Evangelho)

É sempre bom lembrarmo-nos disto se estamos a fazer algum esforço pelo Reino. E com certeza estamos. Amando, estamos a fazer um esforço pelo Reino, porque amar envolve esforço. Pode ser um amor que implique fazermos o nosso dever, pode ser um amor a nós, um amor a Deus, um amor ao outro. Seja como for, envolve esforço. E é esse esforço que devemos fazer com os olhos nas alegrias futuras. Alegrias que o Reino traz.

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Em Corinto Paulo teve uma visão;
O Senhor lhe dizia para não ter receio.
Proclama a Palavra com todo o coração,
Eu estou contigo; estou no vosso meio.

Levantam-se contra Paulo os judeus,
Porque, diziam, fala à margem da Lei;
Galião não embarca nos pedidos seus:
O que quiserdes fazer contra ele, fazei.

Paulo, outros discípulos haviam de sofrer.
“Chorareis quando o mundo se alegrará”.
Mas o vosso sofrimento alegria há de ser.
Como a que dá à luz: sua dor se apagará.

Depois da criança ter nascido é a alegria,
Nasceu mais um homem para o mundo.
Assim também convosco, amigos, dia a dia
O vosso sofrimento será júbilo profundo.

Teófilo Minga, fms

Quinta feira - 14 de maio de 2015

Ouvir o Evangelho


Evangelho segundo S. João 15, 9-17

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Assim como o Pai Me amou, também Eu vos amei. Permanecei no meu amor. Se guardardes os meus mandamentos, permanecereis no meu amor, assim como Eu tenho guardado os mandamentos de meu Pai e permaneço no seu amor. Disse-vos estas coisas, para que a minha alegria esteja em vós e a vossa alegria seja completa. É este o meu mandamento: que vos ameis uns aos outros, como Eu vos amei. Ninguém tem maior amor do que aquele que dá a vida pelos amigos. Vós sois meus amigos, se fizerdes o que Eu vos mando. Já não vos chamo servos, porque o servo não sabe o que faz o seu senhor; mas chamo-vos amigos, porque vos dei a conhecer tudo o que ouvi a meu Pai. Não fostes vós que Me escolhestes; fui Eu que vos escolhi e destinei, para que vades e deis fruto e o vosso fruto permaneça. E assim, tudo quanto pedirdes ao Pai em meu nome, Ele vo-lo concederá. O que vos mando é que vos ameis uns aos outros».

Outras leituras do dia: Act 1, 15-17. 20-26; Sal 112 (113), 1-2. 3-4. 5-6. 7-8

Santo do dia
S. Matias, Apóstolo


É este o meu mandamento: que vos ameis uns aos outros, como Eu vos amei. (Evangelho)

Amarmo-nos como Jesus nos ama é completamente impossível. Então porque é que Jesus nos diz coisas destas? Para nos fazer querer sempre mais. Pôr-Se a Si próprio como o nosso ideal é dar-nos um ideal, naturalmente inatingível, mas que nos permite progredir infinitamente, tal como o ideal é infinito. Caminhemos para esse ideal, caminhemos para o amor aos outros como Jesus nos amou.

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Pedro levantou-se no meio do povo,
Falando sobre passos das Escrituras;
Menciona Judas e agora o tempo novo,
O seu gesto, suas intenções obscuras.

Outro receba o seu cargo no nosso colégio;
O nosso grupo será outra vez em totalidade;
Outro que nos ajude a construir o florilégio
De proclamar ao mundo toda a verdade.

Matias, novo testemunho da Ressurreição;
Ele como os outros é amado do Senhor;
Vai agora dizer a Palavra, distribuir o Pão,
Proclamar ao mundo Deus e o Seu amor.

É Deus que ainda hoje continua a escolher;
Amemo-nos uns aos outros como Ele nos amou;
Somos seus amigos; o melhor que pode acontecer,
Não podemos calar a voz daquele que nos salvou.

Teófilo Minga, fms

Quarta feira - 13 de maio de 2015

Ouvir o Evangelho


Nossa Senhora de Fátima – FESTA

Evangelho segundo S. João 19, 25-27

Naquele tempo, estavam junto à cruz de Jesus sua Mãe, a irmã de sua Mãe, Maria, mulher de Cléofas, e Maria Madalena. Ao ver sua Mãe e o discípulo predilecto, Jesus disse a sua Mãe: «Mulher, eis o teu filho». Depois disse ao discípulo: «Eis a tua Mãe». E a partir daquela hora, o discípulo recebeu-a em sua casa.

Outras leituras do dia: Ap 21, 1-5a; Sal Judite 13, 18bcde.19


Estavam junto à cruz de Jesus sua Mãe… (Evangelho)

Sua Mãe estava junto à cruz e agora é a cruz que está junto de nós. Com efeito, agora, é aquela cruz que nos conforta porque temos um Deus que passou pela cruz, que conheceu os nossos sofrimentos ou mais ainda. Assim, já não temos a tentação de achar que o nosso Deus Se mantém lá no alto enquanto nós, cá em baixo, sofremos. Não, o nosso Deus quis sofrer connosco e por isso é um amparo para o nosso sofrimento. Aproveitemo-nos disso.

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Vi um novo Céu e uma terra nova,
Pois os primeiros tinham desaparecido;
Outro tempo, convite que se renova
Que nos traz os Céus e a ser acolhido.

“Vou renovar todas as coisas”. É verdade.
O cume de toda a renovação é a mulher;
Ao pé da Cruz, na dor grande da saudade,
Oferece o filho, entranhas do seu ser.

Jesus olha o discípulo ali presente,
E olha ainda a mãe desfeita em dor;
Aí está o teu filho, quando eu ausente;
Na história humana continua o teu amor

Teófilo Minga, fms

Terça feira - 12 de maio de 2015

Ouvir o Evangelho


Evangelho segundo S. João 16, 5-11

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Agora vou para Aquele que Me enviou e nenhum de vós Me pergunta: ‘Para onde vais?’. Mas por Eu vos ter dito estas coisas, o vosso coração encheu-se de tristeza. No entanto, Eu digo-vos a verdade: É do vosso interesse que Eu vá. Se Eu não for, o Paráclito não virá a vós; mas se Eu for, Eu vo-l’O enviarei. Quando Ele vier, convencerá o mundo do pecado, da justiça e do julgamento: do pecado, porque não acreditam em Mim; da justiça, porque vou para o Pai e não Me vereis mais; do julgamento, porque o príncipe deste mundo já está condenado».

Outras leituras do dia: Act 16, 22-34; Sal 137 (138), 1-2a. 2bc-3. 7c-8


Quando Ele vier, convencerá o mundo... (Evangelho)

Este «vier» tem dois sentidos: o sentido escatológico, quer dizer, a vinda no «fim dos tempos», e a vinda que nós concretizamos. E como é que concretizamos esta vinda? Através das nossas acções, das nossas atitudes, das nossas palavras, dos nossos pensamentos. Através da relação que vamos construindo com Cristo. Estabelecer Cristo entre nós é uma coisa maravilhosa, é estabelecer o amor universal, uma civilização de paz e de amor. Tentemos com força, rezemos sobre isso.

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Paulo e Silas são açoitados,
Depois metem-nos na cadeia;
Ao carcereiro pedem todos os cuidados;
Ei-los ali sem a luz de uma candeia.

Tudo é escuro; permanecem em oração,
Louvando a Deus; estão atentos os presos;
Um tremor de terra leva os alicerces da prisão,
Mas os condenados saem todos ilesos.

Quer então suicidar-se o carcereiro;
Mas Paulo brada com voz forte:
Não te faças mal, que neste caseiro
Ninguém fugiu e escapámos à morte.

Converte-se o carcereiro e todos os seus,
Jesus terá partido para enviar o Defensor;
Aumentam em número os filhos de Deus,
Num mundo culpado, tão longe do Amor.

Teófilo Minga, fms

Segunda feira - 11 de maio de 2015

Ouvir o Evangelho


Evangelho segundo S. João 15, 26 – 16, 4a

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Quando vier o Paráclito, que Eu vos enviarei de junto do Pai, o Espírito da verdade, que procede do Pai, Ele dará testemunho de Mim. E vós também dareis testemunho, porque estais comigo desde o princípio. Disse-vos estas palavras para não sucumbirdes. Hão-de expulsar-vos das sinagogas; e mais ainda, aproxima-se a hora em que todo aquele que vos matar julgará que presta culto a Deus. Procederão assim por não terem conhecido o Pai, nem Me terem conhecido a Mim. Mas Eu disse-vos isto, para que, ao chegar a hora, vos lembreis de que vo-lo tinha dito».

Outras leituras do dia: Act 16, 11-15; Sal 149, 1-2. 3-4. 5-6a e 9b


Ele dará testemunho de Mim. (Evangelho)

O Espírito Santo dará testemunho de Cristo dentro de nós. Como? Não dá testemunho do nada. Dá testemunho de alguma coisa, dá testemunho da palavra de Cristo que apreendemos mas que podemos não perceber em profundidade. Então, o Espírito Santo tem uma função clarificadora e enraizadora da palavra que ouvimos/lemos. Mas, para isso, temos que nos pôr em consonância com Ele, temos que O invocar e esperar que actue. Temos que Lhe ser dóceis. Hoje, peçamos essa docilidade.

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Paulo e companheiros são evangelizadores
E continuam a pregar para além fronteiras;
O Evangelho é para eles o amor dos amores,
Devem proclamá-lo em todas as beiras.

Era sábado, calmamente saem pela cidade,
Mas ei-los de repente à falar às mulheres
Que vinham para escutar a voz da verdade
Sem medo de partilharem os seus haveres.

Lídia, negociante, vem também escutar;
Na força da Palavra abre-se-lhe o coração;
Depois é o batismo e a aventura do amor,
Convida os apóstolos a vir à sua mansão.

Mais tarde os apóstolos serão perseguidos;
Mas já estão de sobreaviso pelo Senhor.
Sereis expulsos; mas sede sempre destemidos;
Até ao fim deixai-vos conquistar pelo amor.

Teófilo Minga, fms

Domingo - 10 de maio de 2015

Ouvir o Evangelho


DOMINGO VI DA PÁSCOA

Evangelho segundo S. João 15, 9-17

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Assim como o Pai Me amou, também Eu vos amei. Permanecei no meu amor. Se guardardes os meus mandamentos, permanecereis no meu amor, assim como Eu tenho guardado os mandamentos de meu Pai e permaneço no seu amor. Disse-vos estas coisas, para que a minha alegria esteja em vós e a vossa alegria seja completa. É este o meu mandamento: que vos ameis uns aos outros, como Eu vos amei. Ninguém tem maior amor do que aquele que dá a vida pelos amigos. Vós sois meus amigos, se fizerdes o que Eu vos mando. Já não vos chamo servos, porque o servo não sabe o que faz o seu senhor; mas chamo-vos amigos, porque vos dei a conhecer tudo o que ouvi a meu Pai. Não fostes vós que Me escolhestes; fui Eu que vos escolhi e destinei, para que vades e deis fruto e o vosso fruto permaneça. E assim, tudo quanto pedirdes ao Pai em meu nome, Ele vo-lo concederá. O que vos mando é que vos ameis uns aos outros».

Outras leituras do dia: Act 10, 25-26. 34-35. 44-48; Sal 97 (98), 1. 2-3ab. 3cd-4; 1 Jo 4, 7-10 ou 1 Jo 4, 11-16


O Tempo Pascal vai longo e aproxima-se do fim. Neste percurso até ao Pentecostes, a Liturgia da Palavra traz-nos o essencial da fé cristã. Hoje, de forma particular, a Igreja lembra que Deus é amor e que no amor ao próximo se faz a experiência da ressurreição de Cristo.
O livro dos Actos dos Apóstolos traz-nos o encontro de S. Pedro com Cornélio, um centurião romano, piedoso e temente a Deus, que dava largas esmolas ao povo e orava continuamente. Inicialmente, S. Pedro e a comunidade cristã primitiva viam com desconfiança a abertura da fé aos pagãos, longe da história da salvação manifestada ao povo de Israel. Quando visita a casa de Cornélio e se dá a efusão do Espírito sobre toda a família, o Apóstolo compreende que Deus oferece a salvação sem qualquer excepção de pessoas, povos ou raças. Maravilhado com os frutos da ressurreição de Jesus, baptiza o centurião e afirma: «Na verdade, eu reconheço que Deus não faz acepção de pessoas, mas, em qualquer nação, aquele que O teme e pratica a justiça é-Lhe agradável». O anúncio de Jesus e a sua mensagem de salvação têm de chegar à terra inteira. Para isso, tem de começar pela conversão do lado “pagão” que trazemos dentro de nós, onde mais temos resistência a deixar que entre a graça do Ressuscitado.
O Apóstolo e Evangelista S. João segue a narração da abertura da fé a Cornélio com a sua Primeira Epístola e com o seu Evangelho. A temática justifica a acção de Deus em benefício de todos os povos: «Deus é amor». E o amor, na sua gratuidade, não tem razões para justificar o querer dar-se em plenitude. «Nisto consiste o amor», diz S. João: «não fomos nós que amámos a Deus, mas foi Ele que nos amou e enviou o seu Filho como vítima de expiação pelos nossos pecados». Tudo parte da iniciativa de Deus de vir ao encontro da humanidade sofredora, fazendo-Se igual a ela excepto no pecado, para a resgatar a partir de dentro.
Como resposta a este amor, o que nos é pedido é para fazermos o mesmo: «Amemo-nos uns aos outros, porque o amor vem de Deus e todo aquele que ama nasceu de Deus e conhece a Deus. Deus é amor». A experiência cristã tem de ter no amor ao próximo o critério do seu agir. Viver no amor para com Cristo tem de ressoar e ecoar no amor para com quem nos rodeia. Como é que estas palavras se concretizam nas nossas vidas? Como nos identificam no mundo, no ambiente em que vivemos, como cristãos? Ou estaremos ainda muito longe do ideal do bom cristão, pouco sintonizados com os gestos de Jesus? Há que ouvir a sua voz imperativa que diz: «Permanecei no meu amor. É este o meu mandamento: que vos ameis uns aos outros, como Eu vos amei».
Jesus fala ainda, no Evangelho, dos discípulos como “os amigos” escolhidos para colaborarem na sua missão. E conclui: «Disse-vos estas coisas, para que a minha alegria esteja em vós e a vossa alegria seja completa». Há mais alegria em dar que em receber, em fazer do mundo um lugar onde todos se possam sentir verdadeiramente amados e salvos em Cristo ressuscitado.

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Pedro foi à casa de Cornélio, naqueles dias;
Sabia que Deus não faz aceção de pessoas;
Pedro mensageiro da Palavra, gera alegrias,
Como Jesus é apelo constante a ações boas.

Tantos ouvintes da Palavra são enriquecidos,
Porque todos ficaram cheios do Espírito Santo;
É a força que fará deles apóstolos destemidos,
Levarão o Evangelho aos longes de cada canto.

Evangelho que proclama que Deus é amor,
Pelo Seu Filho que enviou para nos salvar;
Salvar-nos-á pela sua Paixão, terrível dor;
Mas para além de toda a dor, vai ressuscitar.

Depois o ensino: “Amai-vos como eu vos amei”
Não me escolhestes a mim; Eu escolhi todos vós
Para irdes agora pelo mundo por onde andei;
Para além de todas a fronteiras, sede a minha voz.

Teófilo Minga, fms

Sábado - 9 de maio de 2015

Ouvir o Evangelho


Evangelho segundo S. João 15, 18-21

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Se o mundo vos odeia, sabei que primeiro Me odiou a Mim. Se fôsseis do mundo, o mundo amaria o que era seu. Mas porque não sois do mundo, pois a minha escolha vos separou do mundo, é por isso que o mundo vos odeia. Lembrai-vos das palavras que Eu vos disse: ‘O servo não é mais do que o seu senhor’. Se Me perseguiram a Mim, também vos perseguirão a vós. Se guardaram a minha palavra, também guardarão a vossa. Mas tudo isto vos farão por causa do meu nome, porque não conhecem Aquele que Me enviou».

Outras leituras do dia: Act 16, 1-10; Sal 99 (100), 2. 3. 5


Servi o Senhor com alegria. (Salmo)

Podíamos mesmo dizer «servi o Senhor com humor». O humor faz imensa falta, mas nem todos temos grande sentido de humor. Saibamos ao menos rir-nos de nós próprios. Rir-nos de nós próprios é um óptimo sinal de humildade. Só uma pessoa humilde é que é capaz de se rir de si. E rir-nos de nós é uma grande ajuda para a nossa (contínua) conversão. Hoje, o leitor escolha alguma coisa de si para se rir e ria-se à grande com Deus.

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Timóteo, novo discípulo, é escolhido;
Acompanhará Paulo nas suas caminhadas;
Também proclama o Evangelho a ser ouvido,
Em todo o tempo e em todas as estradas.

Nas igrejas os cristãos são confirmados na fé;
Os amigos de Jesus crescem dia após dia;
Jubilosos, acolhiam o carpinteiro de Nazaré,
Seu Deus que lhes dava profunda alegria.

Os discípulos não têm medo da violência;
O Mestre preveniu: fui odiado, também vós!
O sofrimento dará sentido à vossa existência:
Olhai a minha Cruz: nunca vos deixarei sós.

O servo não é maior do que o Senhor;
Sereis odiados porque não sois do mundo;
No sofrimento direis ainda um amor maior,
Eu acolherei esse Sim, vosso amor profundo.

Teófilo Minga, fms

Sexta feira - 8 de maio de 2015

Ouvir o Evangelho


Evangelho segundo S. João 15, 12-17

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «É este o meu mandamento: que vos ameis uns aos outros, como Eu vos amei. Ninguém tem maior amor do que aquele que dá a vida pelos amigos. Vós sois meus amigos, se fizerdes o que Eu vos mando. Já não vos chamo servos, porque o servo não sabe o que faz o seu senhor; mas chamo-vos amigos, porque vos dei a conhecer tudo o que ouvi a meu Pai. Não fostes vós que Me escolhestes; fui Eu que vos escolhi e destinei, para que vades e deis fruto e o vosso fruto permaneça. E assim, tudo quanto pedirdes ao Pai em meu nome, Ele vo-lo concederá. O que vos mando é que vos ameis uns aos outros».

Outras leituras do dia: Act 15, 22-31; Sal 56 (57), 8-9. 10-11


... fui Eu que vos escolhi e destinei para que vades e deis fruto. (Evangelho)

E assim, não tenhamos medo de pôr os nossos talentos a render. Não tenhamos medo de falhar. Não tenhamos medo de não ser capazes. Não tenhamos medo de não ser dignos. Não nos achemos fracos. Foi Jesus que nos destinou. O nosso trabalho, a nossa missão não foram inventados por nós. Jesus é que pôs o talento dentro de nós e está atrás de nós a empurrar-nos. Deixemo-nos empurrar por Ele e dêmos o peito ao que vem lá.

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Perante tantas e tantas conversões
É bom acolher os irmão convertidos,
Sem lhes pedir descabidas imposições,
De velhos hábitos a ser esquecidos.

Mandam Barsabás e Silas a Antioquia
Para serenar alguns corações perturbados;
É preciso que em todos reine a alegria
Abertos à novidade, de corações renovados.

Voltam sempre à mesma doutrina
Que parte da profundidade do amor;
Propõem o que o Evangelho ensina,
Eco profundo da Palavra do Senhor.

Maior amor é dar a vida pelos amigos,
De Jesus, eis o ensinamento verdadeiro;
Amai até ao fim, mesmo os inimigos;
O amor é indiscutível, sempre primeiro.

Teófilo Minga, fms

Quinta feira - 7 de maio de 2015

Ouvir o Evangelho


Evangelho segundo S. João 15, 9-11

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Assim como o Pai Me amou, também Eu vos amei. Permanecei no meu amor. Se guardardes os meus mandamentos, permanecereis no meu amor, assim como Eu tenho guardado os mandamentos de meu Pai e permaneço no seu amor. Disse-vos estas coisas, para que a minha alegria esteja em vós e a vossa alegria seja completa».

Outras leituras do dia: Act 15, 7-21; Sal 95 (96), 1-2a. 2b-3. 10


... e a vossa alegria seja completa. (Evangelho)

O que será uma alegria completa? Alegria completa é a alegria de Jesus. E como é que podemos ter em nós a alegria de Jesus? Permanecendo no seu amor. E como é que permanecemos no seu amor? Cumprindo os seus mandamentos. Mas como não conseguimos cumprir os seus mandamentos completamente também não temos o seu amor em plenitude. No entanto, caminhamos cada vez mais para essa realidade. Com os altos e baixos que nos são próprios. Peçamos coragem.

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Vive-se ainda o problema da circuncisão,
Problema antigo que divide a comunidade,
Os apóstolos ao problema prestam atenção,
Querem resolvê-lo na descoberta da verdade.

Deus concedeu o Espírito Santo aos pagãos;
Deixemos os ritos que nos prendem ao passado,
Que os gentios em tudo são nossos irmãos,
Abramos-lhes o nosso coração de lado a lado.

Também Tiago defende esta posição;
O Evangelho fecunda todas as culturas;
O que importa é uma atitude de coração,
Atenta aos tempos que pedem novas aberturas.

Que respeitam sempre o mandamento maior
Que Jesus em tempos aos discípulos ensinou:
Em tudo e sempre permanecei unidos no amor,
Depois amai o mundo como Jesus o amou.

Teófilo Minga, fms

Quarta feira - 6 de maio de 2015

Ouvir o Evangelho


Evangelho segundo S. João 15, 1-8

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Eu sou a verdadeira vide e meu Pai é o agricultor. Ele corta todo o ramo que está em Mim e não dá fruto e limpa todo aquele que dá fruto, para que dê ainda mais fruto. Vós já estais limpos, por causa da palavra que vos anunciei. Permanecei em Mim e Eu permanecerei em vós. Como o ramo não pode dar fruto por si mesmo, se não permanecer na videira, assim também vós, se não permanecerdes em Mim. Eu sou a videira, vós sois os ramos. Se alguém permanece em Mim e Eu nele, esse dá muito fruto, porque sem Mim nada podeis fazer. Se alguém não permanece em Mim, será lançado fora, como o ramo, e secará. Esses ramos, apanham-nos, lançam-nos ao fogo e eles ardem. Se permanecerdes em Mim e as minhas palavras permanecerem em vós, pedireis o que quiserdes e ser-vos-á concedido. A glória de meu Pai é que deis muito fruto. Então vos tornareis meus discípulos».

Outras leituras do dia: Act 15, 1-6; Sal 121 (122), 1-2. 3-4a. 4b-5


Eu sou a verdadeira vide. (Evangelho)

O Pai é o agricultor e nós somos os ramos. Se Jesus diz que é a verdadeira vide é porque há outras coisas que parecem vides ou que nós consideramos vides. Seja como for, há outras coisas a que corremos o risco de estar ligados. São coisas más que parecem boas. Algumas vezes, são mais atraentes que Jesus. Mas ainda bem que temos a lucidez suficiente para perceber isso, para perceber que a verdadeira vide existe e nós só estamos bem quando estamos ligados e ela. Agradeçamos isso ao agricultor.

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Homens da Judeia defendem a circuncisão,
Bem ao contrário de Paulo e Barnabé;
Tradições que são fonte de viva discussão,
Mas tal não é necessário para viver a fé.

Paulo e Barnabé vão mesmo a Jerusalém,
É preciso resolver depressa esta questão;
Na confusão pode morrer a prática do Bem,
A fé não é um rito, é uma questão de coração.

É uma questão de estar unido a Jesus,
A verdadeira cepa que nos dá força e vida;
Se Ele é a pessoa que sempre nos seduz,
O nosso coração encher-se-á da sua medida.

Então podemos ir sem medo pelo mundo;
A graça que pedirmos ser-nos-á concedida:
Compromisso de Jesus muito profundo,
Certeza de fé que renova a nossa vida.

Teófilo Minga, fms