Terça feira - 30 de junho de 2015

Ouvir o Evangelho


Evangelho segundo S. Mateus 8, 23-27

Naquele tempo, Jesus subiu para o barco e os discípulos acompanharam-n’O. Entretanto, levantou-se no mar tão grande tormenta que as ondas cobriam o barco. Jesus dormia. Aproximaram-se os discípulos e acordaram-n’O, dizendo: «Salva-nos, Senhor, que estamos perdidos». Disse-lhes Jesus: «Porque temeis, homens de pouca fé?». Então levantou-Se, falou imperiosamente ao vento e ao mar e fez-se grande bonança. Os homens ficaram admirados e disseram: «Quem é este homem, que até o vento e o mar Lhe obedecem?».

Outras leituras do dia: Gen 19, 15-29; Sal 25 (26), 2-3. 9-10. 11-12


[Jesus] falou imperiosamente ao vento e ao mar. (Evangelho)

Teria Jesus que falar «imperiosamente» para ser obedecido? Não bastaria ser quem era? Mas, no texto, «imperiosamente» contrasta bem com a fúria do mar e do vento. Se estivesse escrito «... e Jesus disse ao mar e ao vento que se acalmassem», o texto perderia força. Tal como no texto, na nossa vida também há uma diferença grande entre ouvirmos Jesus dizer-nos e ordenar-nos imperiosamente. Como é que o leitor ouve Cristo? E como é que põe em prática o que ouve? (Com displicência ou imperiosamente?)

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Sodoma e Gomorra serão castigadas
Pelos seus crimes desagradáveis ao Senhor;
Mas Lot, sua esposa e suas filhas amadas
Serão salvos deste castigo de medo e terror.

Conseguem fugir para uma cidade bem pequena;
Essa cidade não será castigada nem destruída;
Por isso se chama Soar, cidade acolhedora, amena,
Onde Lot se salvou e salvou também dos seus a vida.

Jesus salva também os discípulos amedrontados,
Por aquela tempestade em fúria que a todos engolia;
Mestre acorda e amaina estes ventos desencadeados.
E o Mestre surdo, nisto tudo, calmamente dormia.

Com medo os apóstolos julgavam-se perdidos;
Mas Jesus ergue-se e no lago grande bonança…
Pequena a fé desta gente, apesar de escolhidos.
Pensaram o pior; Jesus abre-os à esperança.

Teófilo Minga, fms

Segunda feira - 29 de junho de 2015

Ouvir o Evangelho


Evangelho segundo S. Mateus 16, 13-19

Naquele tempo, Jesus foi para os lados de Cesareia de Filipe e perguntou aos seus discípulos: «Quem dizem os homens que é o Filho do homem?». Eles responderam: «Uns dizem que é João Baptista, outros que é Elias, outros que é Jeremias ou algum dos profetas». Jesus perguntou: «E vós, quem dizeis que Eu sou?». Então, Simão Pedro tomou a palavra e disse: «Tu és o Messias, o Filho de Deus vivo». Jesus respondeu-lhe: «Feliz de ti, Simão, filho de Jonas, porque não foram a carne e o sangue que to revelaram, mas sim meu Pai que está nos Céus. Também Eu te digo: Tu és Pedro; sobre esta pedra edificarei a minha Igreja e as portas do inferno não prevalecerão contra ela. Dar-te-ei as chaves do reino dos Céus: tudo o que ligares na terra será ligado nos Céus, e tudo o que desligares na terra será desligado nos Céus».

Outras leituras do dia: Act 12, 1-11; Sal 33, 2-3. 4-5. 6-7. 8-9; 2 Tim 4, 6-8. 17-18

Santo do dia
S. Pedro e S. Paulo, Apóstolos


E vós, quem dizeis que Eu sou? (Evangelho)

Quem é que Deus tem sido na vida do leitor? Pense nas suas experiências com Deus e veja a que se adequa mais ao momento que está a atravessar. Depois, reviva essa experiência adaptada a esta situação concreta. Pode ser que a ilumine, que a melhore. Ou, então, reviva só essa experiência antiga sob uma perspectiva determinada, explore essa perspectiva e desenvolva-a.

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Herodes mandou matar Tiago à espada
E mandou Pedro, bem seguro, para a prisão;
Mas tanta segurança não valeu de nada;
Estava o Anjo do Senhor para a sua libertação.

Paulo sabe que a sua morte está eminente
E dirige-se a Timóteo seu filho bem-amado;
Prega o Evangelho a corrente e contracorrente,
Como para mim, o Senhor estará a teu lado.

Apóstolos grandes, pilares da Igreja nascente,
Serão martirizados; também viveram sua Cruz,
Quando o Senhor já não estava mais presente;
Mas a Palavra do Senhor era sua força e sua luz.

Tu és o Filho do Deus vivo; Tu és o Messias;
Bem-aventurado és tu, meu apóstolo Simão;
Confissão inabalável de fé ao longo dos dias,
Onde já se desenha a Igreja e sua edificação. .

Teófilo Minga, fms

Domingo - 28 de junho de 2015

Ouvir o Evangelho


DOMINGO XIII DO TEMPO COMUM
IMACULADO CORAÇÃO DA VIRGEM SANTA MARIA

Evangelho segundo S. Marcos 5, 21-43

Naquele tempo, depois de Jesus ter atravessado de barco para a outra margem do lago, reuniu-se uma grande multidão à sua volta, e Ele deteve-se à beira-mar. Chegou então um dos chefes da sinagoga, chamado Jairo. Ao ver Jesus, caiu a seus pés e suplicou-Lhe com insistência: «A minha filha está a morrer. Vem impor-lhe as mãos, para que se salve e viva». Jesus foi com ele, seguido por grande multidão, que O apertava de todos os lados. Ora, certa mulher que tinha um fluxo de sangue havia doze anos, que sofrera muito nas mãos de vários médicos e gastara todos os seus bens, sem ter obtido qualquer resultado, antes piorava cada vez mais, tendo ouvido falar de Jesus, veio por entre a multidão e tocou-Lhe por detrás no manto, dizendo consigo: «Se eu, ao menos, tocar nas suas vestes, ficarei curada». No mesmo instante estancou o fluxo de sangue e sentiu no seu corpo que estava curada da doença. Jesus notou logo que saíra uma força de Si mesmo. Voltou-Se para a multidão e perguntou: «Quem tocou nas minhas vestes?». Os discípulos responderam-Lhe: «Vês a multidão que Te aperta e perguntas: ‘Quem Me tocou?’». Mas Jesus olhou em volta, para ver quem O tinha tocado. A mulher, assustada e a tremer, por saber o que lhe tinha acontecido, veio prostrar-se diante de Jesus e disse-Lhe a verdade. Jesus respondeu-lhe: «Minha filha, a tua fé te salvou». Ainda Ele falava, quando vieram dizer da casa do chefe da sinagoga: «A tua filha morreu. Porque estás ainda a importunar o Mestre?». Mas Jesus, ouvindo estas palavras, disse ao chefe da sinagoga: «Não temas; basta que tenhas fé». E não deixou que ninguém O acompanhasse, a não ser Pedro, Tiago e João, irmão de Tiago. Quando chegaram a casa do chefe da sinagoga, Jesus encontrou grande alvoroço, com gente que chorava e gritava. Ao entrar, perguntou-lhes: «Porquê todo este alarido e tantas lamentações? A menina não morreu; está a dormir». Riram-se d’Ele. Jesus, depois de os ter mandado sair a todos, levando consigo apenas o pai da menina e os que vinham com Ele, entrou no local onde jazia a menina, pegou-lhe na mão e disse: «Talitha Kum», que significa: «Menina, Eu te ordeno: levanta-te». Ela ergueu-se imediatamente e começou a andar, pois já tinha doze anos. Ficaram todos muito maravilhados. Jesus recomendou-lhes insistentemente que ninguém soubesse do caso e mandou dar de comer à menina.

Outras leituras do dia: Sab 1, 13-15: 2, 23-24; Sal 29 (30), 2 e 4. 5-6. 11-12a e 13b; 2 Cor 8, 7. 9. 13-15


A nossa fé tem por base o Deus da vida. Não existimos nem por acaso, nem sem finalidade alguma, mas por Amor e para amar. É nesta lógica que as leituras deste domingo nos vêm falar da vida como uma característica de Deus oferecida à humanidade.
O Livro da Sabedoria recorda que «Deus criou o homem para ser incorruptível e fê-lo à imagem da sua própria natureza». É para alcançar a vida eterna que cada um de nós foi criado e percorre os caminhos da vida humana. Sabemos que há sempre dificuldades a enfrentar, contrariedades a resolver e até experiências de luto a integrar. Mas «não foi Deus Quem fez a morte, nem Ele Se alegra com a perdição dos vivos. Pela criação deu o ser a todas as coisas, e o que nasce no mundo destina-se ao bem», diz ainda o autor deste Livro. A sabedoria do cristão está em saber viver a vida à luz de Cristo ressuscitado, fazendo o bem, promovendo a justiça, ajudando quem mais sofre, visitando os mais abandonados, partilhando o que tem em excesso e por aí adiante. Recriado e renovado, o justo dirá como o salmista: «Eu Vos glorifico, Senhor, porque me salvastes. Vivificastes-me. Senhor, sede Vós o meu auxílio. Vós convertestes em júbilo o meu pranto: Senhor, meu Deus, eu Vos louvarei eternamente».
A mesma experiência de vida é encontrada no relato do Evangelho de S. Marcos que hoje nos é proposto. Jesus é interpelado por Jairo, chefe da sinagoga, cuja filha estava a morrer e que Jesus irá levantar. Logo de seguida, uma mulher que tinha um fluxo de sangue havia doze anos toca-lhe na orla do manto e fica curada. Estamos diante de dois episódios que trazem a marca da vida: Jesus cura; Jesus levanta. O Filho de Deus é o Senhor da vida que vem para libertar a humanidade do mal que faz sofrer, que oprime e, tantas vezes, escraviza. À mulher curada, assustada e a tremer, Jesus diz: «Minha filha, a tua fé te salvou»; a Jairo, suplicante, diz ainda Jesus: «Não temas; basta que tenhas fé». Pela fé somos curados do nosso pecado, dos vícios que nos tiram a liberdade, da intolerância para quem é diferente de nós na forma de pensar e de agir, do reclamar sempre o nosso bem-estar e segurança, da dificuldade em perdoar ou em ser perdoado. Também pela fé somos levantados quando nos sentimos vencidos e derrotados, sem forças e desanimados.
A Segunda Epístola de S. Paulo aos Coríntios completa o discurso com a consciência de que a vida também acontece quando brota da entreajuda e da partilha fraterna. Diz o Apóstolo que é preciso agir de acordo com «a generosidade de Nosso Senhor Jesus Cristo: Ele, que era rico, fez-Se pobre por vossa causa, para vos enriquecer pela sua pobreza. Não se trata de vos sobrecarregar para aliviar os outros, mas sim de procurar a igualdade». Neste domingo somos convidados a ser portadores de vida, a curar quem sofre e a levantar quem está caído à imagem e semelhança de Jesus. É dando que se recebe e é construindo o reino de Deus que se fortalece a fé.

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Deus não fez a morte; criou-nos para a vida;
No início Deus criou o homem à sua imagem,
Para gozar sempre da felicidade sem medida;
É chamado a combater o mal com coragem.

Depois o apóstolo: sede ricos em generosidade,
Tal como Jesus que de rico, por nós se fez pobre;
Não deixeis que aos outros lhes falte na necessidade,
Em tudo e sempre sede gente de coração nobre.

Como foi Jesus ao socorrer sempre as multidões
Ou qualquer pessoa individual que vivia angustiada,
Como aquela mulher que tinha gasto todos os tostões
E de médico em médico, jamais tinha sido curada.

É Jesus que a vai curar; tem confiança minha filha;
Como curara também aquela adolescente, menina.
Quando a fé existe, então em nós outra luz brilha.
Esta é a certeza certa que o Evangelho nos ensina.

Teófilo Minga, fms

Sábado - 27 de junho de 2015

Ouvir o Evangelho


Evangelho segundo S. Mateus 8, 5-17

Naquele tempo, ao entrar Jesus em Cafarnaum, aproximou-se d’Ele um centurião, que Lhe suplicou, dizendo: «Senhor, o meu servo jaz em casa paralítico e sofre horrivelmente». Disse-lhe Jesus: «Eu irei curá-lo». Mas o centurião respondeu-Lhe: «Senhor, eu não sou digno de que entres em minha casa; mas diz uma só palavra e o meu servo ficará curado. Porque eu, que não passo dum subalterno, tenho soldados sob as minhas ordens: digo a um ‘Vai!’ e ele vai; a outro ‘Vem!’ e ele vem; e ao meu servo ‘Faz isto!’ e ele faz». Ao ouvi-lo, Jesus ficou admirado e disse àqueles que O seguiam: «Em verdade vos digo: Não encontrei ninguém em Israel com tão grande fé. Por isso vos digo: Do Oriente e do Ocidente virão muitos sentar-se à mesa, com Abraão, Isaac e Jacob, no reino dos Céus, ao passo que os filhos do reino serão lançados nas trevas exteriores, onde haverá choro e ranger de dentes». Depois Jesus disse ao centurião: «Vai para casa. Seja feito conforme acreditaste». E naquela hora, o servo ficou curado. Quando Jesus entrou na casa de Pedro, viu que a sogra dele estava de cama com febre. Tocou-lhe na mão e a febre deixou-a; ela então levantou-se e começou a servi-los. Ao cair da tarde, trouxeram-Lhe muitos possessos. Jesus expulsou os espíritos com uma palavra e curou todos os doentes. Assim se cumpria o que o profeta Isaías anunciara, dizendo: «Tomou sobre si as nossas enfermidades e suportou as nossas doenças».

Outras leituras do dia: Gen 18, 1-15; Sal Lc 1, 46-48. 49-50. 53-54

Santo do dia
S. Cirilo de Alexandria, bispo e doutor da Igreja


… haverá choro e ranger de dentes. (Evangelho)

Vou dar ao leitor a minha visão do inferno. Porquê? Porque a repulsa pelo mal também nos ajuda a escolher o bem. O choro e ranger de dentes do inferno são próprios de quem escolheu o mal, mas contempla a felicidade que é estar com Deus por toda a eternidade. Por isso, chora de desespero e range os dentes de raiva pela sua situação. O leitor não quer isso por toda a eternidade, pois não?

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Abraão vê junto à tenda três personagens
Pressuroso, vai acolhê-los da melhor maneira.
Como teriam eles chegado àquelas paragens?
Nunca os tinha visto; esta era a vez primeira.

Comem, mas perguntam por Sara. Está na tenda.
Então ouvem a promessa incrível de um filho;
Nos seus anos de velhice seria a melhor prenda;
A sua vida em fim de anos teria outro brilho.

A Deus nada é impossível; sabia-o o Centurião
Que, humilde mas decidido, pede a cura do criado;
Vou curá-lo, quero fazê-lo por minha mão.
Não sou digno que venhas sob o meu telhado.

Mas Jesus vai e fica admirado com tanta fé;
Conforme acreditaste serás agora atendido;
Vai; quando chegares verás teu criado de pé;
Na oração humilde Deus não resiste a um pedido.

Teófilo Minga, fms

Sexta feira - 26 de junho de 2015

Ouvir o Evangelho


Evangelho segundo S. Mateus 8, 1-4

Ao descer Jesus do monte, seguia-O uma grande multidão. Veio então prostrar-se diante d’Ele um leproso, que Lhe disse: «Senhor, se quiseres, podes curar-me». Jesus estendeu a mão e tocou-o, dizendo: «Eu quero: fica curado». E imediatamente ficou curado da lepra. Disse-lhe Jesus: «Não digas nada a ninguém; mas vai mostrar-te ao sacerdote e apresenta a oferta que Moisés ordenou, para que lhes sirva de testemunho».

Outras leituras do dia: Gen 17, 1. 9-10. 15-22; Sal 127 (128), 1-2. 3. 4-5


Eu quero, fica curado. (Evangelho)

Caro leitor, veja o que em si precisa de ser curado e ponha isso no colo de Deus. Veja o que acontece. Quero dizer, veja o que é que Deus faz com isso. E pergunte a Deus o que é que o leitor há-de fazer com isso; com isso que está doente. Pode ser um pecado, um defeito, uma mania, enfim, o leitor é que sabe…

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Quando Abraão já tinha muita idade,
O Senhor lhe aparece e aqui tudo começa;
Na Palavra do Senhor que é total verdade,
Já se desenha o horizonte da promessa.

É a boa notícia que diz respeito a Sara;
Dentro de um ano dar-te-á um filho;
A descendência agora é bênção clara,
A Aliança abraâmica adquire outro brilho

Em Isaac estabelecerei minha Aliança
Que se prolonga para toda a eternidade;
Até aos noventa anos nasce a esperança
De um povo que vai existir de verdade.

É tão claro que para Deus tudo é possível;
Assi foi com aquele leproso a ser curado;
Leproso que parte em alegria indizível,
Algo contida, porque devia ficar calado

Teófilo Minga, fms

Quinta feira - 25 de junho de 2015

Ouvir o Evangelho


Evangelho segundo S. Mateus 7, 21-29

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Nem todo aquele que Me diz ‘Senhor, Senhor’ entrará no reino dos Céus, mas só aquele que faz a vontade de meu Pai que está nos Céus. Muitos Me dirão no dia do Juízo: ‘Senhor, não foi em teu nome que profetizámos e em teu nome que expulsámos demónios e em teu nome que fizemos tantos milagres?’ Então lhes direi bem alto: ‘Nunca vos conheci. Apartai-vos de Mim, vós que praticais a iniquidade’. Todo aquele que ouve as minhas palavras e as põe em prática é como o homem prudente que edificou a sua casa sobre a rocha. Caiu a chuva, vieram as torrentes e sopraram os ventos contra aquela casa; mas ela não caiu, porque estava fundada sobre a rocha. Mas todo aquele que ouve as minhas palavras e não as põe em prática é como o homem insensato que edificou a sua casa sobre a areia. Caiu a chuva, vieram as torrentes e sopraram os ventos contra aquela casa; ela desmoronou-se e foi grande a sua ruína». Quando Jesus acabou de falar, a multidão estava admirada com a sua doutrina, porque a ensinava como quem tem autoridade e não como os escribas.

Outras leituras do dia: Gen 16, 1-12. 15-16 ou Gen 16, 6b-12. 15-16; Sal 105 (106), 1-2. 3-4a. 4b-5


Nunca vos conheci. (Evangelho)

A nossa caridade é muito limitada e, muitas vezes, com uma desproporção enorme em relação ao que gastamos connosco. Talvez pudéssemos fazer este exercício: darmos uma esmola de cada vez que compramos uma coisa supérflua. Querem ver que o leitor só gasta no que é preciso? A noção de supérfluo é uma coisa terrível. Então, quando começamos a falar em livros… Parece que os livros nunca são supérfluos. Mas o leitor lembre-se do que disse o Pessoa: Jesus não tinha biblioteca. (Poema «Liberdade»)

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Sarai, triste, por anos não pôde ser mãe;
Abraão toma então para si a escrava,
Para lhe dar um filho, o maior bem;
Sarai nota que o ventre de Agar gerava.

Agar, em má atitude, despreza Sarai;
Sarai em vingança quer maltratá-la;
Conscientemente maltratá-la vai;
Foge, mas o Anjo do Senhor vai encontrá-la.

Ela volta por ordem do Anjo do Senhor;
Darás um folho a Abraão; será Ismael,
Que foram ouvidos os gritos da tua dor;
Bondade do Senhor para todo o Israel.

Também nós hoje somos convidados
A pôr em prática seus mandamentos;
É construir a casa contra todos os tornados,
Sacramentos de Deus em todos os momentos.

Teófilo Minga, fms

Quarta feira - 24 de junho de 2015

Ouvir o Evangelho


NASCIMENTO DE S. JOÃO BAPTISTA – SOLENIDADE

Evangelho segundo S. Lucas 1, 57-66. 80

Nos dias de Herodes, rei da Judeia, vivia um sacerdote chamado Zacarias, da classe de Abias, cuja esposa era descendente de Aarão e se chamava Isabel. Eram ambos justos aos olhos de Deus e cumpriam irrepreensivelmente todos os mandamentos e leis do Senhor. Não tinham filhos, porque Isabel era estéril e os dois eram de idade avançada. Quando Zacarias exercia as funções sacerdotais diante de Deus, no turno da sua classe, coube-lhe em sorte, segundo o costume sacerdotal, entrar no Santuário do Senhor para oferecer o incenso. Toda a assembleia do povo, durante a oblação do incenso, estava cá fora em oração. Apareceu-lhe então o Anjo do Senhor, de pé, à direita do altar do incenso. Ao vê-lo, Zacarias ficou perturbado e encheu-se de temor. Mas o Anjo disse-lhe: «Não temas, Zacarias, porque a tua súplica foi atendida. Isabel, tua esposa, dar-te-á um filho, ao qual porás o nome de João. Será para ti motivo de grande alegria e muitos hão-de alegrar-se com o seu nascimento, porque será grande aos olhos do Senhor. Não beberá vinho nem bebida alcoólica; será cheio do Espírito Santo desde o seio materno e reconduzirá muitos dos filhos de Israel ao Senhor, seu Deus. Irá à frente do Senhor, com o espírito e o poder de Elias, para fazer voltar os corações dos pais a seus filhos e os rebeldes à sabedoria dos justos, a fim de preparar um povo para o Senhor».

Outras leituras do dia: Is 49, 1-6; Sal 138, 1-3. 13-14ab. 14c-15; Act 13, 22-26


Na verdade, a mão do Senhor estava com ele... (Evangelho

Quando lemos esta frase assimilamos: «a mão do Senhor estava ESPECIALMENTE com ele». E provavelmente é isso que a frase quer dizer. Mas temos que ter em atenção que a mão do Senhor também está connosco. E que é que isso quer dizer? Quer dizer muitas coisas. Mas eu não vou dizer ao leitor aquilo que me parece, vou deixá-lo meditar no assunto. O que significa para o leitor a mão de Deus estar consigo?

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O Senhor me chamou desde o ventre materno,
Ele fez de minha palavra uma espada afiada;
Que o seu sonho sobre mim, santo e eterno,
Seja acolhido em mim, de alma santificada.

Decidido irei restaurar as tribos de Jacob;
Sou seu servo; ele fará de mim luz das nações;
Serei reflexo do seu brilho, nunca estarei só,
Será meu amparo em minhas preocupações.

Como João antes de Jesus ter aparecido;
É o Precursor; ele prepara o Seu caminho;
Jesus vem; é o dom de Deus oferecido
Que apaga na terra a dor de todo o espinho.

João o filho esperado de Isabel e Zacarias
Que traz alegria à terra de Judeia inteira;
Precursor incómodo até ao fim dos seus dias,
Pregando a penitência por toda a eira e beira.

Teófilo Minga, fms

Terça feira - 23 de junho de 2015

Ouvir o Evangelho


Evangelho segundo S. Mateus 7, 6. 12-14

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Não deis aos cães o que é santo, nem lanceis aos porcos as vossas pérolas, não vão eles calcá-las aos pés e voltar-se para vos despedaçarem. Tudo quanto quiserdes que os homens vos façam fazei-o também a eles, pois nisto consiste a Lei e os Profetas. Entrai pela porta estreita, porque larga é a porta e espaçoso o caminho que leva à perdição e muitos são os que seguem por eles. Como é estreita a porta e apertado o caminho que conduz à vida e como são poucos aqueles que os encontram!».

Outras leituras do dia: Gen 13, 2. 5-18; Sal 14 (15), 2-3ab. 3cd-4ab. 5


Como é estreita a porta e apertado o caminho... (Evangelho)

A porta é estreita e o caminho apertado. Mas o caminho só é apertado ao princípio. O caminho do amor abre-se cheio de possibilidades, tornando-se cada vez mais largo. O caminho do pecado tem uma porta muito larga e acolhedora, mas depois estreita-se na angústia, na ansiedade, no vício, no sofrimento. O leitor veja se não é assim.

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Abraão era muito rico em oiro e em prata;
Lot também tinha muitos rebanhos e tendas,
Situação que entre eles, rivalidades desata;
Tempo propício para indesejáveis contendas.

Mas Abraão não quer contendas entre os dois
E dá-lhe a possibilidade de escolher o seu país;
Escolhido, poderá seguir com seus criados depois.
Escolhe a bela planície do Jordão; ali será feliz.

Abraão lança a vista para o sul e para o norte;
Por ali estava a região pelo Senhor prometida.
Pertence-lhe; ali sua descendência será forte;
Em Hebron instala a tenda com fé decidida.

Também nós devemos escolher a um momento
Entre a porta estreita ou a estrada espaçosa;
A porta estreita realiza em nós o portento
De um céu sobre a terra, realidade luminosa.

Teófilo Minga, fms

Segunda feira - 22 de junho de 2015

Ouvir o Evangelho


Evangelho segundo S. Mateus 7, 1-5

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Não julgueis e não sereis julgados. Segundo o julgamento que fizerdes sereis julgados, segundo a medida com que medirdes vos será medido. Porque olhas o argueiro que o teu irmão tem na vista e não reparas na trave que está na tua? Como poderás dizer a teu irmão: ‘Deixa-me tirar o argueiro que tens na vista’, enquanto a trave está na tua? Hipócrita, tira primeiro a trave da tua vista e então verás bem para tirar o argueiro da vista do teu irmão».

Outras leituras do dia: Gen 12, 1-9; Sal 32 (33), 12-13. 18-19. 20 e 22


Tira primeiro a trave da tua vista e então verás bem para tirar o argueiro da vista do teu irmão. (Evangelho)

Temos, pois, que ver bem. Temos, pois, que tirar a trave da nossa vista. Não deve ser difícil, porque é uma trave – é grande. Mas deve ser difícil, porque é uma trave – é pesada. Então, como havemos de fazer? Como é que se levanta uma trave pesada? Com ajuda. Se tu me ajudares a levantar a minha trave pesada, eu posso ajudar-te a tirar o teu argueiro. Mas para isso precisamos de humildade. O leitor tem-na? Reze sobre isso.

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Deixa a tua terra e os teus parentes
E caminha para o país que Eu te indicar;
Serás grande nação em todos os continentes,
Que Eu estou contigo e te hei de abençoar.

Abraão atravessa planícies e desertos;
O Senhor prometera um país à descendência;
Ele caminha; há talvez momentos incertos,
Mas tem fé: o Senhor está na sua existência.

A nós também nos pede algo o Senhor Jesus:
Não julgueis e também não sereis julgados;
Repara em ti mesmo para depois seres luz
E trazer outros por caminhos santificados.

Vês no teu irmão um pequeno argueiro;
Repara antes na trave dentro da tua visão;
Retira pois a trave da tua vista, primeiro
Sê coerente em ti mesmo, no teu coração.

Teófilo Minga, fms

Domingo - 21 de junho de 2015

Ouvir o Evangelho


DOMINGO XII DO TEMPO COMUM

Evangelho segundo S. Mateus 4, 35-41

Naquele dia, ao cair da tarde, Jesus disse aos seus discípulos: «Passemos à outra margem do lago». Eles deixaram a multidão e levaram Jesus consigo na barca em que estava sentado. Iam com Ele outras embarcações. Levantou-se então uma grande tormenta e as ondas eram tão altas que enchiam a barca de água. Jesus, à popa, dormia com a cabeça numa almofada. Eles acordaram-n’O e disseram: «Mestre, não Te importas que pereçamos?». Jesus levantou-Se, falou ao vento imperiosamente e disse ao mar: «Cala-te e está quieto». O vento cessou e fez-se grande bonança. Depois disse aos discípulos: «Porque estais tão assustados? Ainda não tendes fé?». Eles ficaram cheios de temor e diziam uns para os outros: «Quem é este homem, que até o vento e o mar Lhe obedecem?».

Outras leituras do dia: Job 38, 1. 8-11; Sal 106 (107), 23-24. 25-26. 28-29. 30-31; 2 Cor 5, 14-17


Com frequência, temos de enfrentar tempestades na vida, momentos de dificuldade e de dúvida que nos fazem tremer. Nestas alturas, desconfiamos mais das promessas de Jesus e sentimos que vacilamos na fé. A liturgia da Palavra de hoje vem dizer-nos para confiarmos mais em Deus.
A primeira leitura traz-nos um excerto do Livro de Job. Job era o exemplo do homem justo e temente a Deus, cumpridor dos seus deveres sociais e religiosos, atento às necessidades de quem vivia ao seu lado. Inesperadamente, a sua vida é marcada pelo sofrimento, pela perda dos seus bens e pela morte dos seus familiares. Uma tempestade vai abater-se sobre si e Job vai aprender a descobrir Deus até mesmo onde não esperava. O nosso texto recorda isto mesmo quando diz: «O Senhor respondeu a Job do meio da tempestade». A presença de Deus faz-se sentir ali mesmo, onde Job menos espera. Se é mais fácil rezar e ser um bom crente nas facilidades da vida, não quer dizer que Deus Se afasta quando surgem as dificuldades. Como Job, não podemos ceder à tentação do desespero e do desânimo quando tudo parece correr mal. Há que aprender a relativizar os problemas para que não nos tirem a clareza do espírito, a paz ou o sentido para a vida. É preciso confiar e entregar. Muitas vezes, é no meio das tempestades que surge com mais clareza a voz de Deus, que traz a esperança de uma vida nova.
O Evangelho segundo S. Marcos apresenta o episódio da tempestade que faz os Apóstolos vacilar na fé. Ao cair da tarde, Jesus convida os amigos a passar para a outra margem do lago. Na travessia, levanta-se uma grande tormenta com ondas «altas que enchiam a barca de água. Jesus, à popa, dormia com a cabeça numa almofada». Assustados, acordam o Mestre que tranquiliza o mar e lhes diz: «Porque estais tão assustados? Ainda não tendes fé?» Como na experiência de Job, também os discípulos de Jesus temem as adversidades do vento, na tempestade da vida. Mas Jesus está lá com eles, na barca, apesar de nem sempre Se fazer notar. Nunca estamos sozinhos a enfrentar as tempestades que se levantam no mar, ainda que algumas vezes pareça que é assim. Onde está o segredo das pessoas que não perdem a serenidade, quando a vida lhes troca as voltas à harmonia e ao bem-estar? Como podemos viver, também nós, de um modo semelhante, sem deixarmos que a nossa fé vacile nas tribulações? Acolhida em Jesus, a tribulação faz crescer a paciência, a firmeza, a perseverança e a resistência. É o lugar da maturação da relação, a «prova dos nove» que solidifica a fé, a esperança e a abertura ao próximo que vive ao nosso lado.
Por fim, diz S. Paulo na segunda Epístola aos Coríntios: «Se alguém está em Cristo, é uma nova criatura. As coisas antigas passaram: tudo foi renovado». O Apóstolo convida-nos a renovar o nosso estilo de vida a partir da vida do Ressuscitado. É conhecendo Jesus que nos recriamos à sua imagem e semelhança e até das tempestades da vida fazemos oportunidade de crescimento na fé.

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Quem foi que fechou o mar no espaço
E lhe impôs um limite para não ir mais além?
A Criação não é, nunca foi um fracasso.
Tudo o que Eu fiz, está feito muito bem.

A pessoa humana é a obra-prima da Criação;
O amor de Cristo em nós; Ele nos conduz;
Estar em Cristo é, de facto, uma recriação;
O antigo passou; Cristo é farol de outra luz.

Sobre tudo exerce sua força, seu poder;
É um pode que salva e em tudo nos liberta;
O mar revolto deixa os discípulos a tremer,
Mas Jesus intervém no tempo e hora certa.

Jesus à popa dormia sobre a almofada.
Acorda, Mestre, que perecemos todos!
Impõe-se ao mar como se não fosse nada;
Silêncio; o vento serena e há bonança a rodos.

Teófilo Minga, fms

Sábado - 20 de junho de 2015

Ouvir o Evangelho


Evangelho segundo S. Mateus 6, 24-34

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Ninguém pode servir a dois senhores, porque ou há-de odiar um e amar o outro, ou se dedicará a um e desprezará o outro. Vós não podeis servir a Deus e ao dinheiro. Por isso vos digo: «Não vos preocupeis, quanto à vossa vida, com o que haveis de comer, nem, quanto ao vosso corpo, com o que haveis de vestir. Não é a vida mais do que o alimento e o corpo mais do que o vestuário? Olhai para as aves do céu: não semeiam nem ceifam nem recolhem em celeiros; o vosso Pai celeste as sustenta. Não valeis vós muito mais do que elas? Quem de entre vós, por mais que se preocupe, pode acrescentar um só côvado à sua estatura? E porque vos inquietais com o vestuário? Olhai como crescem os lírios do campo: não trabalham nem fiam; mas Eu vos digo: nem Salomão, em toda a sua glória, se vestiu como um deles. Se Deus assim veste a erva do campo, que hoje existe e amanhã é lançada ao forno, não fará muito mais por vós, homens de pouca fé? Não vos inquieteis, dizendo: ‘Que havemos de comer? Que havemos de beber? Que havemos de vestir?’ Os pagãos é que se preocupam com todas estas coisas. Bem sabe o vosso Pai celeste que precisais de tudo isso. Procurai primeiro o reino de Deus e a sua justiça, e tudo o mais vos será dado por acréscimo. Portanto, não vos inquieteis com o dia de amanhã, porque o dia de ama­nhã tratará das suas inquietações. A cada dia basta o seu cuidado».

Outras leituras do dia: 2 Cor 12, 1-10; Sal 33 (34), 8-9. 10-11. 12-13


Procurai primeiro o reino de Deus e a sua justiça, e tudo o mais vos será dado por acréscimo. (Evangelho)

Esta é a chave para não nos preocuparmos com o que havemos de comer. Se todos procurássemos primeiro o reino de Deus e a justiça, a terra daria o suficiente para todos. Temos, pois, que procurar a justiça e o Reino antes de nos preocuparmos com o que havemos de comer. É a inversão destes valores que dá a sofreguidão que esgota recursos. Façamos a nossa parte e rezemos sobre isso.

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Ponho a minha glória nas minhas fraquezas,
Porque quando me sinto fraco, então sou forte,
Em Cristo está a minha força, as minhas certezas;
Em Cristo me glorio; Ele é meu tudo, meu norte.

Escolhido, tive extraordinárias revelações
Nas quais humanamente me poderia gloriar;
Não falaram sequer grandes e celestiais visões
Nas quais eu poderia, com razão, exultar.

A minha glória é e será sempre a humildade
Que na carne me foi posto e sinto um espinho;
É fonte de tanta dor, fonte de tanta dificuldade,
São vigílias de oração na noite do meu caminho.

Rezei três vezes e ouvi: a minha graça te basta;
Então confiei sempre em Jesus, meu Rei e Senhor;
Sei que em mim a tentação do orgulho afasta,
Na dificuldade será sempre meu primeiro amor.

Teófilo Minga, fms

Sexta feira - 19 de junho de 2015

Ouvir o Evangelho


Evangelho segundo S. Mateus 6, 19-23

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Não acumuleis tesouros na terra, onde a traça e a ferrugem os destroem e os ladrões os assaltam e roubam. Acumulai tesouros no Céu, onde a traça e a ferrugem não os destroem e os ladrões não os assaltam nem roubam. Porque onde estiver o teu tesouro, aí estará o teu coração. A lâmpada do teu corpo são os olhos. Se o teu olhar for límpido, todo o teu corpo ficará iluminado. Mas se o teu olhar for mau, todo o teu corpo andará nas trevas. E se a luz que há em ti são trevas, como serão grandes essas trevas!».

Outras leituras do dia: 2 Cor 11, 18. 21b-30; Sal 33 (34), 2-3. 4-5. 6-7


Não acumuleis tesouros na terra. (Evangelho)

Acumular só tem sentido para ser gasto. É justo acumular para depois gastar. Mas agarrarmo-nos aos tesouros e não gastarmos não é justo. Aquilo que acumulamos tem sempre que ter uma função evangélica. Seja o que nós estudamos nas horas livres, seja o dinheiro que acumulamos, seja os empregos ou a reforma que fomos acumulando ao longo dos anos e que agora gozamos. Todo o acumulado tem que ser gasto segundo os valores do Evangelho. O leitor aplica esse valores ao que acumula? Medite sobre isso.

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Muitos se gloriam por motivos naturais;
Também eu, Paulo, me hei de gloriar;
Terei mais motivos que eles; bem mais,
Eles vêm de Deus e me fazem exultar.

São ministros de Cristo; também eu sou,
Mais que eles por trabalhos e vergastadas
Que o meu corpo por cinco vezes levou.
Tantas insónias pelo Evangelho passadas…

Vivi perigos frequentes em rios e mares,
Perigos por parte dos ladrões e dos gentios;
Fiz-lhes frente em todos os tempos e lugares,
Por Cristo aceitei e aceito todos os desafios.

Ele é o meu tesouro; Nele está o meu coração;
Estará sempre; tesouro que resiste a toda a traça;
Pelo Evangelho corri sempre e não foi em vão.
Não fui eu; foi Cristo em mim. Tudo é graça.

Teófilo Minga, fms

Quinta feira - 18 de junho de 2015

Ouvir o Evangelho


Evangelho segundo S. Mateus 6, 7-15

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Quando orardes, não digais muitas palavras, como os pagãos, porque pensam que serão atendidos por falarem muito. Não sejais como eles, porque o vosso Pai bem sabe do que precisais, antes de vós Lho pedirdes. Orai assim: ‘Pai nosso, que estais nos Céus, santificado seja o vosso nome; venha a nós o vosso reino; seja feita a vossa vontade assim na terra como no Céu. O pão nosso de cada dia nos dai hoje; perdoai-nos as nossas ofensas, assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido; e não nos deixeis cair em tentação, mas livrai-nos do mal’. Porque se perdoardes aos homens as suas faltas, também o vosso Pai celeste vos perdoará. Mas se não perdoardes aos homens, também o vosso Pai não vos perdoará as vossas faltas».

Outras leituras do dia: 2 Cor 11, 1-11; Sal 110 (111), 1-2. 3-4. 7-8


… não nos deixeis cair em tentação. (Evangelho)

Como é que na tentação nos podemos agarrar a Deus? Podemos agarrar-nos às pessoas que nos ajudam, podemos agarrar-nos à oração. Podemos agarrar-nos à persistência. E a mais coisas. As manifestações da ajuda de Deus são várias e, às vezes, superar o pecado pode demorar dezenas de anos. Mas para alguma coisa temos fé, não? Caro leitor, medite sobre a qualidade da sua fé a este respeito.

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Suportai um pouco ainda minha insensatez,
Porque sinto por vós uma grande afeição;
Eis, anuncio-vos o Evangelho mais uma vez,
Gratuitamente, com todo o amor do coração.

Se alguém vier e vos pregar outro Jesus
Que não seja Aquele que eu vos preguei,
Que levou a amor até à morte da Cruz,
Não acrediteis; vale o que vos ensinei.

Até entre vós passei algumas privações,
Porque não quis seu um peso para ninguém;
De graças vos ofereci minhas humildes ações,
Meus sofrimentos e minhas alegrias também.

Agora, dai graças comigo, exultai em oração
E rezai, rezai não como rezam os pagãos:
Multiplicam as palavras, isso pode ser vão;
Rezai e amai-vos uns aos outros como irmãos.

Teófilo Minga, fms

Quarta feira - 17 de junho de 2015

Ouvir o Evangelho


Evangelho segundo S. Mateus 6, 1-6. 16-18

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Tende cuidado em não praticar as vossas boas obras diante dos homens, para serdes vistos por eles. Aliás, não tereis nenhuma recompensa do vosso Pai que está nos Céus. Assim, quando deres esmola, não toques a trombeta diante de ti, como fazem os hipócritas, nas sinagogas e nas ruas, para serem louvados pelos homens. Em verdade vos digo: já receberam a sua recompensa. Quando deres esmola, não saiba a tua mão esquerda o que faz a direita, para que a tua esmola fique em segredo; e teu Pai, que vê o que está oculto, te dará a recompensa. Quando rezardes, não sejais como os hipócritas, porque eles gostam de orar de pé, nas sinagogas e nas esquinas das ruas, para serem vistos pelos homens. Em verdade vos digo: já receberam a sua recompensa. Tu, porém, quando rezares, entra no teu quarto, fecha a porta e ora a teu Pai em segredo; e teu Pai, que vê o que está oculto, te dará a recompensa. Quando jejuardes, não tomeis um ar sombrio, como os hipócritas, que desfiguram o rosto, para mostrarem aos homens que jejuam. Em verdade vos digo: já receberam a sua recompensa. Tu, porém, quando jejuares, perfuma a cabeça e lava o rosto, para que os homens não percebam que jejuas, mas apenas o teu Pai, que está presente em segredo; e teu Pai, que vê o que está oculto, te dará a recompensa».

Outras leituras do dia: 2 Cor 9, 6-11; Sal 111 (112), 1-2. 3-4. 5 e 9ab


Tende cuidado em não praticar as vossas boas obras diante dos homens. (Evangelho)

Há boas acções que se fazem não só, mas também, para os outros verem, porque nos dão prestígio, porque está na moda ajudar esta ou aquela causa. Essas acções têm dentro de si uma erva daninha, a do egoísmo, não são verdadeiramente boas acções, não são feitas por um coração convertido. O coração convertido não pratica as suas boas acções em frente aos homens. Pratica as boas acções com o critério do Evangelho. O leitor sabe qual é?

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Não tenhais medo, semeai com largueza
E dai não contrariados, mas na alegria:
Essa é a atitude evangélica, cheia de beleza,
Mostrai-a ante todos, clara, à luz do dia.

Deus não se deixa vencer em generosidade;
Ele multiplicará os frutos da vossa semente;
É assim o coração de Deus, suma bondade,
Exemplo para nós, para nós o melhor presente.

Sejamos sempre assim com humildade,
Sem pretensões de sermos vistos nas praças:
Seria atitude que não corresponde à verdade;
Tu sê verdadeiro em tudo o que faças.

Não saiba a esquerda o que faz a direita;
Ao agir não toqueis trombeta ou clarim;
Na alegria contagiante toda a ação seja feita,
Será prelúdio terrestre de celeste festim.

Teófilo Minga, fms

Terça feira - 16 de junho de 2015

Ouvir o Evangelho


Evangelho segundo S. Mateus 5, 43-48

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Ouvistes que foi dito aos antigos: ‘Amarás o teu próximo e odiarás o teu inimigo’. Eu, porém, digo-vos: Amai os vossos inimigos e orai por aqueles que vos perseguem, para serdes filhos do vosso Pai que está nos Céus; pois Ele faz nascer o sol sobre bons e maus e chover sobre justos e injustos. Se amardes aqueles que vos amam, que recompensa tereis? Não fazem a mesma coisa os publicanos? E se saudardes apenas os vossos irmãos, que fazeis de extraordinário? Não o fazem também os pagãos? Portanto, sede perfeitos, como o vosso Pai celeste é perfeito».

Outras leituras do dia: 2 Cor 8, 1-9; Sal 145 (146), 1-2. 5-6ab. 6c-8ab. 8c-9ab


Amai os vossos inimigos. (Evangelho)

Amar alguém é fazer o que é melhor para esse alguém. E, muitas vezes, o melhor para um inimigo é não se dar connosco. Então, devemos evitar darmo-nos com ele para não criarmos situações de atrito em que os ânimos se exaltem, volte a antiga relação, algumas vezes doentia, ou uma situação em que saiamos ofendidos e humilhados. Amar o inimigo não é conviver com ele. É ver o que mais se adequa à relação com ele.

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Às Igrejas da Macedónia a graça foi concedida;
Igrejas que experimentaram muitas tribulações;
Mesmo assim deram para além de toda a medida,
Generosidade infinita presente em seus corações.

Ao vê-las assim viver em tanta pobreza,
Nem eu quis ajuda para a Igreja de Jerusalém;
Mas não; elas excederam-se em nobreza
Ao saber a necessidade que esta Igreja tem.

Não pratiqueis apenas a doutrina dos antigos:
Amar o meu próximo e depois odiar os inimigos;
Essa é uma doutrina imperfeita de tempos idos,
Sereis muito diferentes se sois meus amigos.

Então, orai por todos os que vos fazem mal;
Amar os que nos amam? Nossos amigos apenas?
Seja o vosso coração tecido em amor universal,
Mesmo se vos perseguem em duras penas.

Teófilo Minga, fms

Segunda feira - 15 de junho de 2015

Ouvir o Evangelho


Evangelho segundo S. Mateus 5, 38-42

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Ouvistes que foi dito aos antigos: ‘Olho por olho e dente por dente’. Eu, porém, digo-vos: Não resistais ao homem mau. Mas se alguém te bater na face direita, oferece-lhe também a esquerda. Se alguém quiser levar-te ao tribunal, para ficar com a tua túnica, deixa-lhe também o manto. Se alguém te obrigar a acompanhá-lo durante uma milha, acompanha-o durante duas. Dá a quem te pedir e não voltes as costas a quem te pede emprestado».

Outras leituras do dia: 2 Cor 6, 1-10; Sal 97 (98), 1. 2-3ab. 3cd-4


Se alguém te bater na face direita, oferece-lhe também a esquerda. (Evangelho)

Nesta passagem, Jesus está a falar em sentido figurado. Está a referir-Se à Lei de Talião e está a dizer que as pessoas não devem resistir odiosamente. Mas não está a fazer a apologia da exploração de um homem por outro. Aliás, quando bateram a Jesus na paixão, Ele não Se deixou ficar (Jo 18, 22). Por outro lado, fala do amor aos inimigos. Mas isso não é dar a cara. É rezar por eles, é não lhes querer mal, é uma atitude de mansidão para com eles. Isso basta.

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Somos de Deus humildes colaboradores;
Não recebamos sua graça e seu amor em vão;
Seja Ele também o nosso amor dos amores,
Aquele que amamos de todo o coração.

Sejamos constantes mesmo nas tribulações,
Como ministros de Deus no espaço do mundo;
Nas angústias, nos açoites ou ainda nas prisões,
Resistamos; nosso apostolado será fecundo.

Consideram-nos impostores, somos verdadeiros;
Somos desprezados, o Senhor é o nosso escudo;
Dizem-nos os últimos, em Deus somos os primeiros
Porque o Senhor é o nosso Deus, é o nosso tudo.

Ouvimos: “Olho por olhos, dente por dente”.
Pois agora eu digo-vos, não resistais ao malvado;
Somos diferentes, em tudo filhos de outra semente:
Não voltemos as costas a quem nos pede emprestado.

Teófilo Minga, fms

Domingo - 14 de junho de 2015

Ouvir o Evangelho


DOMINGO XI DO TEMPO COMUM

Evangelho segundo S. Marcos 4, 26-34

Naquele tempo, disse Jesus à multidão: «O reino de Deus é como um homem que lançou a semente à terra. Dorme e levanta-se, noite e dia, enquanto a semente germina e cresce, sem ele saber como. A terra produz por si, primeiro a planta, depois a espiga, por fim o trigo maduro na espiga. E quando o trigo o permite, logo se mete a foice, porque já chegou o tempo da colheita». Jesus dizia ainda: «A que havemos de comparar o reino de Deus? Em que parábola o havemos de apresentar? É como um grão de mostarda, que, ao ser semeado na terra, é a menor de todas as sementes que há sobre a terra; mas, depois de semeado, começa a crescer e torna-se a maior de todas as plantas da horta, estendendo de tal forma os seus ramos que as aves do céu podem abrigar-se à sua sombra». Jesus pregava-lhes a palavra de Deus com muitas parábolas como estas, conforme eram capazes de entender. E não lhes falava senão em parábolas; mas, em particular, tudo explicava aos seus discípulos.

Outras leituras do dia: Ez 17, 22-24; Sal 91 (92), 2-3. 13-14. 15-16; 2 Cor 5, 6-10


A liturgia da Palavra deste domingo vem falar-nos do reino de Deus através da imagem da semente. Pequenina e aparentemente insignificante, tem em si a capacidade de crescer e de dar muito fruto. Cada um de nós pode colaborar na obra de Deus colocando-se ao serviço do Reino com aquilo que é. Não são precisos muitos dotes nem talentos, basta a abertura à acção de Deus e o compromisso em colaborar com a Igreja de Jesus Cristo.
No Evangelho de S. Marcos, Jesus diz-nos que o reino de Deus é como um homem que lançou a semente à terra. Sem grande esforço da sua parte, a terra produz por si, primeiro a planta, depois a espiga, por fim o trigo maduro na espiga pronto a colher. Jesus diz ainda que se pode comparar o reino de Deus ao grão de mostarda «que, ao ser semeado na terra, é a menor de todas as sementes que há sobre a terra; mas, depois de semeado, começa a crescer, e torna-se a maior de todas as plantas da horta, estendendo de tal forma os seus ramos que as aves do céu podem abrigar-se à sua sombra». São imagens simples, tiradas do quotidiano da vida de quem trabalha a terra. Nas duas parábolas estão alguns ensinamentos que é preciso não perder.
A primeira parábola diz-nos que o dinamismo do crescimento do Reino e da sua consolidação dependem fundamentalmente do Senhor. A semente é um corpo pequenino que contém em si, em potência, a capacidade de ser planta, depois espiga e por fim fruto maduro, num processo lento que acontece a partir da terra; do mesmo modo, pelo baptismo, os cristãos tornam-se terreno fértil capaz de fazer crescer a fé. Na fragilidade do corpo, o crente experimenta a força do Espírito que o diviniza. A este respeito, diz S. Paulo na Epístola aos Coríntios que é na realidade terrena que «caminhamos à luz da fé». O que é preciso fazer para manter este dinamismo em nós é cuidar da relação com Jesus através da oração, de uma vida sacramental regular – na missa semanal e na confissão frequente – e do serviço à comunidade eclesial, nomeadamente junto de quem mais precisa de apoio e companhia. Há que sair da «zona de conforto» e ir até às periferias, como tanto nos tem pedido o Papa Francisco, onde o reino de Deus também deve chegar.
A segunda parábola insiste na força expansiva da pequena semente da mostarda, até se tornar a maior de todas as plantas da horta, de tal forma que os seus ramos podem abrigar à sua sombra as aves. Diz a profecia de Ezequiel, que lemos na primeira leitura, que o Senhor plantará, «na excelsa montanha de Israel», um ramo de um cedro frondoso; «ele lançará ramos e dará frutos e tornar-se-á um cedro majestoso. Nele farão ninho todas as aves, toda a espécie de pássaros habitará à sombra dos seus ramos». O reino de Deus não tem limites, acolhe todos os homens e mulheres de boa vontade, sem condição de raça, cultura ou estrato social. Mas para que chegue a todos é preciso que cada um faça a sua parte, acolha também quem vive ao seu lado, promovendo a paz, a união entre as pessoas, visitando os mais sós, curando os doentes e anunciando a vida de Jesus no meio de nós.

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O Senhor do alto dos céus vem colher um ramo,
Um ramo de cedro, novo para plantar mais além,
Para crescer e crescer em frondosa árvore que amo
E sabe que Eu sou o Senhor, fonte de todo o bem.

Por isso estamos sempre cheios de confiança;
Um dia nos Céus lá estaremos com o Senhor;
Ele é o Rochedo inabalável da nossa esperança;
Pai de bondade, acolhe-nos sempre com amor.

Sejamos nós agora obreiros do Reino dos Céus,
Como um homem que lança à terra uma semente;
Assim é também para nós o Reino de Deus:
Germina: no mundo uma presença que se sente.

Sim, o Reino é como a mostarda e o seu grão;
É a mais pequena de todas as sementes de terra;
Mas vemos: ela cresce em grandiosa dimensão
Que nos surpreende; grande mistério que encerra.

Teófilo Minga, fms

Sábado - 13 de junho de 2015

Ouvir o Evangelho


Evangelho segundo S. Mateus 5, 13-19

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Vós sois o sal da terra. Mas se ele perder a força, com que há-de salgar-se? Não serve para nada, senão para ser lançado fora e pisado pelos homens. Vós sois a luz do mundo. Não se pode esconder uma cidade situada sobre um monte; nem se acende uma lâmpada para a colocar debaixo do alqueire, mas sobre o candelabro, onde brilha para todos os que estão em casa. Assim deve brilhar a vossa luz diante dos homens, para que, vendo as vossas boas obras, glorifiquem o vosso Pai que está nos Céus. Não penseis que vim revogar a Lei ou os Profetas; não vim revogar, mas completar. Em verdade vos digo: Antes que passem o céu e a terra, não passará da Lei a mais pequena letra ou o mais pequeno sinal, sem que tudo se cumpra. Portanto, se alguém transgredir um só destes mandamentos, por mais pequenos que sejam, e ensinar assim aos homens, será o menor no reino dos Céus. Mas aquele que os praticar e ensinar será grande no reino dos Céus».

Outras leituras do dia: Sir 39, 8-14 (gr. 6-11); Sal 18 B (19B), 8. 9. 10. 11

Santo do dia
S. António de Lisboa, presbítero e doutor da Igreja


Mas se ele perder a força, com que há-de salgar-se? (Evangelho)

Muitas vezes, já não temos forças, já estamos sem força, sem imaginação, sem ideias, sem saber o que fazer, exaustos, quase exangues, nem conseguimos rezar. Só queremos desligar do mundo e da oração formal. Não damos mais. E o que é que podemos fazer? Basta que não nos fechemos completamente a Deus e Ele actuará.

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Meditar a lei de Deus é agrado do Senhor,
Aquele que o faz tem o espírito de inteligência,
Abre caminhos de fé para cantar seu louvor,
É reto no julgamento e também na ciência.

Será instrumento da Palavra, luz divina
E fará brilhar sobre os outros a instrução
Que recebeu de Deus e que ilumina
Sua vida, seus pensamentos e coração.

É lâmpada no alto monte irradiando luz,
Iluminando os caminhos que levam ao Pai;
Nas suas obras proclama a obra de Jesus,
Apóstolo e discípulo que pelo mundo vai.

Na sua fragilidade é discreto mensageiro
Dos mandamentos, lei e caminho de vida.
Luz, talvez pequena, no Universo inteiro,
Voz da Palavra no coração acolhida.

Teófilo Minga, fms

Sexta feira - 12 de junho de 2015

Ouvir o Evangelho


SAGRADO CORAÇÃO DE JESUS – SOLENIDADE

Evangelho segundo S. João 19, 31-37

Por ser a Preparação da Páscoa, e para que os corpos não ficassem na cruz durante o sábado – era um grande dia aquele sábado – os judeus pediram a Pilatos que se lhes quebrassem as pernas e fossem retirados. Os soldados vieram e quebraram as pernas ao primeiro, depois ao outro que tinha sido crucificado com ele. Ao chegarem a Jesus, vendo-O já morto, não Lhe quebraram as pernas, mas um dos soldados trespassou-Lhe o lado com uma lança, e logo saiu sangue e água. Aquele que viu é que dá testemunho e o seu testemunho é verdadeiro. Ele sabe que diz a verdade, para que também vós acrediteis. Assim aconteceu para se cumprir a Escritura, que diz: «Nenhum osso lhe será quebrado». Diz ainda outra passagem da Escritura: «Hão-de olhar para Aquele que trespassaram».

Outras leituras do dia: Os 11, 1. 3-4. 8c-9; Is 12, 2. 3. 4bcd. 5-6; Ef 3, 8-12. 14-19


Hão-de olhar para aquele que trespassaram. (Evangelho)

A cruz é-nos tão familiar que se tornou banal e perdeu a sua característica chocante. No entanto, o significado último da cruz também não é a exposição do sofrimento de Cristo, mas a demonstração do amor de Deus. Representa o cume do amor de Deus por nós, o que, em alturas de desalento nosso, é sempre bom lembrar. É sempre bom lembrar o quanto Deus nos ama. Quando estiver desalentado, o leitor não se esqueça. Para isso, hoje reze sobre isto.

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Israel estava na infância e já Eu o amava,
Chamei-o da opressão do Egito e o libertei;
Com humana e terna brandura eu o levava,
Com laços de amor de opressivo jugo os aliviei.

Paulo, mais tarde será arauto desta doutrina
Que dá a conhecer de Deus toda a Sabedoria;
A tempo e contratempo Paulo nos ensina
A força da Palavra em que meditava noite e dia.

Com ele conheceremos o mistério, sua largura
Que atinge os recônditos confins do Universo;
Conheceremos também a profundidade e a altura
Deste mistério de Deus, num mundo tão diverso.

Mistério insondável; passa pela morte de Jesus
Que com outros será no Calvário crucificado
Na ignomínia e no sofrimento do madeiro da Cruz;
Mas não é uma derrota; sairá Ressuscitado.

Teófilo Minga, fms

Quinta feira - 11 de junho de 2015

Ouvir o Evangelho


Evangelho segundo S. Mateus 10, 7-13

Naquele tempo, disse Jesus aos seus Apóstolos: «Ide e proclamai que está próximo o reino dos Céus. Curai os enfermos, ressuscitai os mortos, sarai os leprosos, expulsai os demónios. Recebestes de graça; dai de graça. Não adquirais ouro, prata ou cobre, para guardardes nas vossas bolsas; nem alforge para o caminho, nem duas túnicas, nem sandálias, nem cajado; porque o trabalhador merece o seu sustento. Quando entrardes em alguma cidade ou aldeia, procurai saber de alguém que seja digno e ficai em sua casa até partirdes daquele lugar. Ao entrardes na casa, saudai-a, e se for digna, desça a vossa paz sobre ela; mas se não for digna, volte para vós a vossa paz».

Outras leituras do dia: Act 11, 21b-26; 13, 1-3 (própria); Sal 97 (98), 1. 2-3ab. 3c-4. 5-6

Santo do dia
S. Barnabé, Apóstolo


Se for digna, desça a vossa paz [sobre essa casa]. (Evangelho)

O que será esta dignidade que Jesus exige que uma casa tenha para receber os discípulos? Não é, com certeza, a dignidade que muitas vezes empregamos como um eufemismo para luxo. «Mobilar com dignidade, servir uma refeição com dignidade», etc. O que será a dignidade para Jesus? O que é que os Evangelhos me dizem? Que digno é aquele que precisa da Palavra. Neste caso, da palavra que os discípulos vão pregar. O leitor medita a Palavra, tirando fruto?

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Muitos naqueles dias abraçavam a fé,
Multidões inteiras aderiram ao Senhor;
Jerusalém manda a Antioquia Barnabé
Ver o que fazia Deus e dar-Lhe louvor.

Depois foi a Tarso buscar Paulo, o perseguidor;
Ensinaram ambos em Antioquia um ano inteiro;
A multidão crescia e cada vez com mais amor
Louvam a Deus em Seu Filho, Pascal Cordeiro.

Com os outros apóstolos vão pregar ao mundo,
Está perto o Reino de Deus, aqui ao pé de nós;
Pregai sem medo; seja vosso apostolado fecundo:
Não se canse de proclamar a Deus vossa voz!

Curai os enfermos e também os leprosos,
Ressuscitai os mortos, os demónios expulsai;
Em todo o lado sede desprendidos, corajosos;
Recebestes de graça; agora é tempo: de graça dai.

Teófilo Minga, fms

Quarta feira - 10 de junho de 2015

Ouvir o Evangelho


S. Anjo da Guarda de Portugal

Evangelho segundo S. Lucas 2, 8-14

Naquele tempo, havia naquela região uns pastores que viviam nos campos e guardavam de noite os rebanhos. O Anjo do Senhor aproximou-se deles e a glória do Senhor cercou-os de luz; e eles tiveram grande medo. Disse-lhes o Anjo: «Não temais, porque vos anuncio uma grande alegria para todo o povo: nasceu-vos hoje, na cidade de David, um Salvador, que é Cristo Senhor. Isto vos servirá de sinal: encontrareis um Menino recém-nascido, envolto em panos e deitado numa manjedoura». Imediatamente juntou-se ao Anjo uma multidão do exército celeste, que louvava a Deus, dizendo: «Glória a Deus nas alturas e paz na terra aos homens por Ele amados».

Outras leituras do dia: Dan 10,2a.5-6.12-14ab ou Ex 23,20-23a; Sal 90 (91), 1 e 3. 5b-6. 10-11. 14-15


O Senhor mandará aos seus anjos que te guardem. (Salmo)

Em Portugal temos um anjo que nos protege e que nos lembra que a construção do país é uma tarefa de todos. Todos os católicos são anjos de Portugal. Anjos de luz, não anjos de maledicência, não anjos de braços caídos, não anjos de cabeça baixa. Anjos para nos empenharmos a fundo, para fazermos o nosso papel de anjos de Portugal, sob pena de o anjo Miguel, um dia, nos atirar à cara que teve que lutar contra anjos católicos entregues ao desespero e à inércia.

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E em sonhos também se manifesta Deus,
Para escrever seu projeto de humanidade,
E procurar, aqui e agora, aos filhos seus,
A luz bendita da verdadeira felicidade.

A felicidade oferece-a mandando seu filho,
Em tempos de outrora, noites da Galileia;
Foi numa noite intensa de luz e brilho;
Glória a Deus: cantam os Anjos em voz cheia.

Não tenhais medo, homens simples, pastores.
O anúncio que vos deixo é de grande alegria:
Nasceu hoje para todos o Senhor dos senhores;
Agora desponta para vós a aurora de novo dia.

Encontrareis o Menino Deus recém-nascido,
Envolto em panos e na manjedoura deitado;
Deus em todo o Universo seja, então, louvado:
O homem, em Jesus, é de Deus bem-amado.

Teófilo Minga, fms

Terça feira - 9 de junho de 2015

Ouvir o Evangelho


Evangelho segundo S. Mateus 5, 13-16

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Vós sois o sal da terra. Mas se ele perder a força, com que há-de salgar-se? Não serve para nada, senão para ser lançado fora e pisado pelos homens. Vós sois a luz do mundo. Não se pode esconder uma cidade situada sobre um monte; nem se acende uma lâmpada para a colocar debaixo do alqueire, mas sobre o candelabro, onde brilha para todos os que estão em casa. Assim deve brilhar a vossa luz diante dos homens, para que, vendo as vossas boas obras, glorifiquem o vosso Pai que está nos Céus».

Outras leituras do dia: 2 Cor 1, 18-22; Sal 118 (119), 129 e 130. 131 e 132. 133 e 135


Assim deve brilhar a vossa luz diante dos homens. (Evangelho)

A nossa luz deve brilhar diante dos homens para que os homens possam progredir através do exemplo e para que possam perceber a influência de Deus nas nossas vidas. Não para que nós brilhemos. Não somos nós que brilhamos, é a luz. A luz, é a luz da realização das nossas boas obras, daquilo que somos e do nosso contacto com Deus. Para que os homens se sintam inspirados por nós e pela acção de Deus em nós. Então e aquela questão da mão direita não dever saber o que faz a esquerda? É para termos sempre presente que o que se glorifica é Deus. O leitor brilha?

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Que o nosso sim seja sim e o não, não;
O que há em Jesus é um verdadeiro SIM
Que o levará até ao Calvário em oblação,
Onde morrerá por todos, por ti, por mim.

Digamos também o nosso “ámen” a Deus
A fim de lhe darmos todo o louvor e glória;
Este é o melhor caminho dos filhos seus,
Para acolhermos em nós Sua vitória.

E para nos tornarmos também sal da terra
E a luz brilhante de Deus para o mundo;
O sal não deve perder o sabor que encerra
E a luz saia do coração em reflexo profundo.

A lâmpada deve brilhar no alto da montanha,
É o modo de ser para todos verdadeira luz;
Ser apóstolos é a nossa maior façanha,
O nosso melhor título de discípulos de Jesus.

Teófilo Minga, fms

Segunda feira - 8 de junho de 2015

Ouvir o Evangelho


Evangelho segundo S. Mateus 5, 1-12

Naquele tempo, ao ver as multidão, Jesus subiu ao monte e sentou-Se. Rodearam-n’O os discípulos e Ele começou a ensiná-los, dizendo: «Bem-aventurados os pobres em espírito, porque deles é o reino dos Céus. Bem-aventurados os humildes, porque possuirão a terra. Bem-aventurados os que choram, porque serão consolados. Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque serão saciados. Bem-aventurados os misericordiosos, porque alcançarão misericórdia. Bem-aventurados os puros de coração, porque verão a Deus. Bem-aventurados os que promovem a paz, porque serão chamados filhos de Deus. Bem-aventurados os que sofrem perseguição por amor da justiça, porque deles é o reino dos Céus. Bem-aventurados sereis, quando, por minha causa, vos insultarem, vos perseguirem e, mentindo, disserem todo o mal contra vós. Alegrai-vos e exultai, porque é grande nos Céus a vossa recompensa. Assim perseguiram os profetas que vieram antes de vós».

Outras leituras do dia: 2 Cor 1, 1-7; Sal 33 (34), 2-3. 4-5. 6-7. 8-9


Bem-aventurados os pobres em espírito... (Evangelho)

Um pobre no seu espírito é-o naquela parte de si que se relaciona com Deus. E o que é ser pobre «naquela parte de nós que se relaciona com Deus»? É precisar nessa parte que se relaciona com Deus. E de que é que essa parte mais precisa? De Deus. Logo, um pobre de espírito é uma pessoa que é pobre de Deus. Por isso, é que o reino dos Céus é dela: porque a pessoa, assumindo-se pobre de Deus, deixa-se encher por Deus. O leitor é pobre de espírito?

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Paulo à Igreja de Corinto: paz vos seja dada;
Saúda também os cristãos da Acaia inteira;
A consolação do Senhor é a todos anunciada;
E a salvação é a vontade de Jesus derradeira.

O Senhor nos consola em todas as tribulações;
Consolemos também os que vivem perto de nós;
Na força de Cristo coloquemos nossas ações
E sejamos para o mundo o eco da sua voz.

Voz que nos consola; somos bem-aventurados
Em Jesus somos o povo das bem-aventuranças;
Somos felizes: voz do Senhor por todos os lados,
Voz do Senhor que renova nossas esperanças.

Somos bem-aventurados mesmo no sofrimento,
Quando formos insultados ou perseguidos;
Somos cristãos da nova Aliança, do novo tempo,
Povo liberto de olhos atentos aos Céus erguidos

Teófilo Minga, fms

Domingo - 7 de junho de 2015

Ouvir o Evangelho


DOMINGO X DO TEMPO COMUM
SANTÍSSIMO CORPO E SANGUE DE CRISTO - SOLENIDADE

Evangelho segundo S. Marcos 14, 12-16.22-2

No primeiro dia dos Ázimos, em que se imolava o cordeiro pascal, os discípulos perguntaram a Jesus: «Onde queres que façamos os preparativos para comer a Páscoa?». Jesus enviou dois discípulos e disse-lhes: «Ide à cidade. Virá ao vosso encontro um homem com uma bilha de água. Segui-o e, onde ele entrar, dizei ao dono da casa: «O Mestre pergunta: Onde está a sala, em que hei-de comer a Páscoa com os meus discípulos?». Ele vos mostrará uma grande sala no andar superior, alcatifada e pronta. Preparai-nos lá o que é preciso». Os discípulos partiram e foram à cidade. Encontraram tudo como Jesus lhes tinha dito e prepararam a Páscoa. Enquanto comiam, Jesus tomou o pão, recitou a bênção e partiu-o, deu-o aos discípulos e disse: «Tomai: isto é o meu Corpo». Depois tomou um cálice, deu graças e entregou-lho. E todos beberam dele. Disse Jesus: «Este é o meu Sangue, o Sangue da nova aliança, derramado pela multidão dos homens. Em verdade vos digo: Não voltarei a beber do fruto da videira, até ao dia em que beberei do vinho novo no reino de Deus». Cantaram os salmos e saíram para o monte das Oliveiras.

Outras leituras do dia: Ex 24, 3-8; Sal 115, 12-13. 15 e 16bc. 17-18; Hebr 9, 11-15


A Igreja celebra neste domingo a Solenidade do Santíssimo Corpo e Sangue de Cristo. Jesus está presente do meio de nós de muitas formas, mas sobretudo na Eucaristia. No pão e no vinho consagrados, a presença real de Jesus alimenta a nossa fé, fortalece a nossa esperança e confirma-nos no amor ao próximo.
No Livro do Êxodo, encontramos Moisés a enviar a Deus o sacrifício do povo. No sopé do monte Sinai constrói um altar, oferece alguns novilhos em holocausto como sacrifícios pacíficos ao Senhor. Depois, tomando o Livro da Aliança e aspergindo o povo com o sangue, diz: «Este é o sangue da aliança que o Senhor firmou convosco». No ritual descrito encontramos o gesto de purificação do povo diante de Deus, que deveria acontecer periodicamente. Deus estabelece uma aliança com a humanidade e propõe uma relação baseada na fidelidade, que o povo deve purificar de tempos a tempos. No gesto simbólico de Moisés está a marca da confiança, da comunhão entre Deus e os homens. Se o caminho nem sempre é linear, pelo pecado do povo, não deixa de permanecer a certeza de que só Deus é o autor da vida, é Ele quem a renova e a torna mais plena.
O autor da Epístola aos Hebreu recorda este rito da renovação da Aliança do Antigo Testamento, mas como abertura e preparação da nova relação alicerçada na Eucaristia. Jesus é o mediador da nova Aliança, abre a humanidade a uma forma de comunhão a partir da sua própria vida encarnada. Já não servem os sacrifícios antigos. Cristo é o verdadeiro cordeiro que veio para salvar todos os homens com o derramamento do seu sangue: «se o sangue de cabritos e de toiros e a cinza de vitela, aspergidos sobre os que estão impuros, os santificam em ordem à pureza legal, quanto mais o sangue de Cristo, que pelo Espírito eterno Se ofereceu como vítima sem mancha, nos purificará para servirmos o Deus vivo!». Os primeiros sacrifícios não eram mais que figura do sacrifício de Cristo, anúncio da Boa Nova da salvação. A aliança trazida por Jesus é definitiva, abre a uma vida nova, à participação plena da vida de Deus. Em cada Eucaristia, tornamos actual o sacrifício de Cristo, que nos reconciliou com o Pai, que Se faz presente no meio de nós.
Por fim, no Evangelho de S. Marcos assistimos à instituição da Eucaristia. São-nos relatadas as palavras de Jesus que ainda hoje ouvimos quando celebramos a Missa: «Tomai: isto é o meu corpo» e «Este é o meu sangue, o sangue da nova aliança, derramado pela multidão dos homens». Diante de Jesus que Se reúne com os discípulos, recordamos a solene Missa da Ceia do Senhor, celebrada na Quinta-Feira Santa, em que se lê o relato do lava-pés e se associa o sacrifício de Cristo ao serviço. Repetir os gestos de Jesus é fazer como Ele fez, em atitude de disponibilidade para ir ao encontro de quem mais precisa, alimentando os outros nas suas fragilidades da mesma forma que somos alimentados pelo Corpo e pelo Sangue de Cristo.

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Moisés comunicou as decisões do Senhor,
E o povo inteiro responde a uma só voz:
Tudo isso poremos em prática com ardor,
Vivermos a Aliança entre o Senhor e nós.

Cristo é o Sumo-sacerdote dos futuros bens,
Cordeiro imolado da eterna e nova Aliança,
Cordeiro que nos liberta a nós eternos reféns
De um povo à deriva de perdida esperança.

Um povo resgatado no coração do Cordeiro;
O seu sacrifício não é o dos cabritos antigos;
É o sacrifício último e é também o primeiro,
Onde temos a certeza de que somos redimidos.

“Isto é o meu corpo”, diz ao tomar o pão,
Isto é o meu sangue derramado nesta taça;
Sangue da Aliança derramado pela multidão,
Sacrifício último onde tudo é dom e graça.

Teófilo Minga, fms