Quarta feira - 30 de setembro de 2015

Ouvir o Evangelho


Evangelho segundo S. Lucas 9, 57-62

Naquele tempo, Jesus e os seus discípulos iam a caminho de Jerusalém, quando alguém Lhe disse: «Seguir-Te-ei para onde quer que fores». Jesus respondeu-lhe: «As raposas têm as suas tocas e as aves do céu os seus ninhos; mas o Filho do homem não tem onde reclinar a cabeça». Depois disse a outro: «Segue-Me». Ele respondeu: «Senhor, deixa-me ir primeiro sepultar meu pai». Disse-lhe Jesus: «Deixa que os mortos sepultem os seus mortos; tu, vai anunciar o reino de Deus». Disse-Lhe ainda outro: «Seguir-Te-ei, Senhor; mas deixa-me ir primeiro despedir-me da minha família». Jesus respondeu-lhe: «Quem tiver lançado as mãos ao arado e olhar para trás não serve para o reino de Deus».

Outras leituras do dia: Ne 2, 1-8; Sal 136 /137), 1-2. 3. 4-5. 6

Santo do dia
S. Jerónimo, presbítero e doutor da Igreja


... o Filho do homem não tem onde reclinar a cabeça. (Evangelho)

Há uma passagem, no Evangelho de S. Marcos, em que Jesus atravessa um lago, dormindo numa embarcação, com a cabeça apoiada numa almofada(!). Neste Evangelho, lemos que «o Filho do homem não tem onde reclinar a cabeça». Parece que, entre um e outro, Jesus perdeu a almofada. É evidente que o sentido da frase em causa é metafórico. É que a construção do Reino de Deus não permite descanso, nem que olhemos para trás. O leitor olha?

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O copeiro-mor serviu o vinho ao rei;
Mas apareceu triste na sua presença;
Fisionomia pálida fora de toda a lei,
Que traduzia, de facto, dor imensa.

Tanto assim que o rei ficou admirado:
“Tão triste, mesmo se não estás doente?”
Deves ter o coração deveras amargurado…
Que posso eu fazer para ver-te contente?

A razão era simples: estava o copeiro real
Preocupado com o túmulo dos antepassados!
Estavam destruídos. Como aquilo lhe fazia mal!
E lhe desfazia o coração por todos os lados!

Preocupação igual, devem ter também
Todos os que seguem o caminho de Jesus;
Lançar as mãos ao arado é um grande bem;
Mas não voltar atrás por algum ouro que reluz!

Teófilo Minga, fms

Terça feira - 29 de setembro de 2015

Ouvir o Evangelho


Evangelho segundo S. João 1, 47-51

Naquele tempo, Jesus viu Natanael, que vinha ao seu encontro, e disse: «Eis um verdadeiro israelita, em quem não há fingimento». Perguntou-lhe Natanael: «De onde me conheces?». Jesus respondeu-lhe: «Antes que Filipe te chamasse, Eu vi-te quando estavas debaixo da figueira». Disse-lhe Natanael: «Mestre, Tu és o Filho de Deus, Tu és o Rei de Israel!». Jesus respondeu: «Porque te disse: ‘Eu vi-te debaixo da figueira’, acreditas. Verás coisas maiores do que estas». E acrescentou: «Em verdade, em verdade vos digo: Vereis o Céu aberto e os Anjos de Deus subindo e descendo sobre o Filho do homem».

Outras leituras do dia: Dan 7, 9-10. 13-14 ou Ap 12, 7-12a; Sal 137, 1-2a. 2b-3. 4-5

Santo do dia
S. Miguel, S. Gabriel e S. Rafael, Arcanjos


Aumentastes a fortaleza da minha alma. (Salmo)

O salmo de hoje não louva o Senhor por Ele ter concedido alguma vitória ou algum bem material, como é tantas vezes o caso no Antigo Testamento, mas por Ele ter aumentado a fortaleza de alma do salmista. Muitas vezes, precisamos de fortaleza de alma e esquecemo-nos de a pedir a Deus. O leitor precisa? E depois também nos esquecemos de agradecer. O leitor agradece?

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Em trono excelso o Ancião divino
Veio sentar-se; com vestes imaculadas,
O seu trono era de fogo, como um hino
De chamas de lume vivo, quase sagradas.

Um Filho de Homem desce do Céu
E dirige-se para junto do Ancião;
Todos os povos são domínio seu,
Esta cena foi a minha grande visão.

Foi-lhe entregue a majestade e a realeza;
Todos os povos o serviam com diligência;
Era um domínio eterno, cheio de beleza,
Não de força, muito menos de violência.

Visão que lembra o diálogo de Jesus
Com o verdadeiro Israelita, Natanael;
Será apóstolo chamado a ser sal e luz:
O Filho do Homem não é só para Israel.

Teófilo Minga, fms

Segunda feira - 28 de setembro de 2015

Ouvir o Evangelho


Evangelho segundo S. Lucas 9, 46-50

Naquele tempo, houve uma discussão entre os discípulos sobre qual deles seria o maior. Mas Jesus, que lhes conhecia os sentimentos íntimos, tomou uma criança, colocou-a junto de Si e disse-lhes: «Quem acolher em meu nome uma criança como esta acolhe-Me a Mim; e quem Me acolher acolhe Aquele que Me enviou. Na verdade, quem for o mais pequeno entre vós esse é que será o maior». João tomou a palavra e disse: «Mestre, vimos um homem expulsar os demónios em teu nome e quisemos impedi-lo, porque ele não anda connosco». Mas Jesus respondeu-lhe: «Não lho proibais, pois quem não é contra vós é por vós».

Outras leituras do dia: Zac 8, 1-8; Sal 101 (102), 16-18. 19-21. 29 e 22-23


Quem for o mais pequenino. (Evangelho)

O mais pequenino não é saliente, não domina, está onde é preciso, não trepa, não procura o poder, não se insinua. O mais pequenino está atento e tem tempo para estar atento. O mais pequenino numa mesa, muitas vezes não fala. O mais pequenino serve. O mais pequenino é o que não se impõe. O mais pequenino é o que não atropela o outro. O leitor a que grupo pertence?

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Sinto por Sião grande zelo e simpatia;
Jerusalém chamar-se-á “cidade fiel”;
Voltará a ser para mim fonte de alegria,
Será a cidade das cidades em Israel.

Retirarei são e salvo o meu povo,
Das terras de Poente como de Nascente;
Saberão que Eu, o Senhor, faço sempre “novo”
Que já desponta no coração de tanta gente.

Serei o vosso Deus na justiça e na fidelidade;
Não vos preocupeis quem de vós será o maior;
Crescei antes em gestos de serviço na humildade,
Dando a todos o exemplo de um verdadeiro amor.

É maior aquele que acolhe uma criança
E a faz crescer nos caminhos de Deus,
Trazendo ao mundo a maior esperança,
De um futuro diferente para os filhos seus.

Teófilo Minga, fms

Domingo - 27 de setembro de 2015

Ouvir o Evangelho


DOMINGO XXVI DO TEMPO COMUM

Evangelho segundo S. Marcos 9, 38-43.45.47-48

Naquele tempo, João disse a Jesus: «Mestre, nós vimos um homem a expulsar os demónios em teu nome e procurámos impedir-lho, porque ele não anda connosco». Jesus respondeu: «Não o proibais; porque ninguém pode fazer um milagre em meu nome e depois dizer mal de Mim. Quem não é contra nós é por nós. Quem vos der a beber um copo de água, por serdes de Cristo, em verdade vos digo que não perderá a sua recompensa. Se alguém escandalizar algum destes pequeninos que crêem em Mim, melhor seria para ele que lhe atassem ao pescoço uma dessas mós movidas por um jumento e o lançassem ao mar. Se a tua mão é para ti ocasião de escândalo, corta-a; porque é melhor entrar mutilado na vida do que ter as duas mãos e ir para a Geena, para esse fogo que não se apaga. E se o teu pé é para ti ocasião de escândalo, corta-o; porque é melhor entrar coxo na vida do que ter os dois pés e ser lançado na Geena. E se um dos teus olhos é para ti ocasião de escândalo, deita-o fora; porque é melhor entrar no reino de Deus só com um dos olhos do que ter os dois olhos e ser lançado na Geena, onde o verme não morre e o fogo nunca se apaga».

Outras leituras do dia: Num 11, 25-29; Sal 18 (19), 8. 10. 12-13. 14; Tg 5, 1-6

Santo do dia
S. Vicente de Paulo, presbítero


Um dos problemas das comunidades cristãs é ficarem fechadas sobre si mesmas, convencidas de serem auto-suficientes no caminho da fé, pouco abertas à novidade do que vem de outros carismas e espiritualidades que compõem a diversidade da Igreja. A liturgia da Palavra deste dia vem alertar-nos para este perigo.
A primeira leitura, retirada do Livro dos Números, traz-nos um episódio da caminhada do Povo de Israel, saído da escravidão do Egipto, a caminho da Terra Prometida. Através do seu Espírito, Deus multiplica o carisma profético por alguns elementos do Povo, setenta anciãos escolhidos, mas aparecem outros que recebem os mesmos dons da profecia. Desconfiado, o povo começa a murmurar contra a atitude de quem, aparentemente, não fazia parte do grupo designado para esta missão. De coração aberto à novidade da acção de Deus, Moisés não toma uma atitude defensiva, acolhe o carisma que estes homens receberam e dirige-se à multidão dizendo: «Quem dera que todo o povo do Senhor fosse profeta e que o Senhor infundisse o seu Espírito sobre eles!» À semelhança de Moisés, estamos nós abertos à acção e à manifestação do Espírito Santo no coração daqueles com quem nos relacionamos? Não estaremos, muitas vezes, por preconceitos, a impedir que Deus Se revele por quem menos esperamos?
O excerto do Evangelho segundo S. Marcos, que nos é proposto, continua o discurso de Moisés. Indignados, os discípulos vão ter com Jesus porque anda alguém a actuar em seu nome, expulsando demónios. Dizem ainda que procuraram impedi-lo de exercer essa missão porque ele não anda com eles nem faz parte do grupo escolhido. Jesus surpreende-os com uma atitude diferente, conhecedor do modo de agir de Deus sobre o coração dos homens: «Não o proibais; porque ninguém pode fazer um milagre em meu nome e depois dizer mal de Mim. Quem não é contra nós é por nós». Não podemos ser intolerantes no que respeita à acção do Espírito Santo no seio da Igreja. Provavelmente, sentimo-nos incorporados na comunidade eclesial a partir de uma espiritualidade própria, de uma forma de rezar e de expressar culturalmente a fé. Mas temos de reconhecer que a nossa visão não deve ser absoluta e sectária, como se a diferença fosse negativa. Absoluto é só Jesus Cristo e a sua mensagem e um critério de autenticidade e pertença é a fidelidade ao Magistério da Igreja e ao Santo Padre. De resto, as diferenças só acentuam a capacidade de Deus chegar a mundos culturais e sociais diferentes do nosso. Foi o que aconteceu no Pentecostes, quando a comunidade cristã se constituiu e se estruturou a partir dos carismas concedidos a cada um.
Esta acção de Deus continua ainda hoje no seio da Igreja. Se a negamos ou nos fechamos à diversidade, perdemos a ligação a Cristo, Cabeça do corpo que compõe a Comunidade. E arriscamo-nos, como diz a Epístola de S. Tiago, a acumular riquezas de orgulho e de vaidade que nos afastam da lógica da misericórdia de Deus.

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O Senhor desceu e falou com Moisés;
Partilharás o Espírito com os 72 anciãos;
Sejam mensageiros no caminhar de seus pés
Proclamem ao mundo, um mundo de irmãos.

Um mundo em que os ricos prestem atenção,
Eles que exploram os pobres e os desgraçados;
As vossas riquezas roídas pela traça estão,
Sois pessoas de corações desumanizados.

Privais os trabalhadores dos seus salários;
Levais uma vida de luxo, regalada e libertina;
É tempo de discernir e de fazer o contrário
Do que fazeis em mente que não ilumina.

Convertei-vos, sede pessoas de coração aberto;
Não esqueçais: quem faz milagres não é contra Mim;
Pode não ser um dos nossos, mas pode estar certo
E pode fazer maravilhas em todo o tempo sem fim.

Teófilo Minga, fms

Sábado - 26 de setembro de 2015

Ouvir o Evangelho


Evangelho segundo S. Lucas 9, 43b-45

Naquele tempo, estavam todos admirados com tudo o que Jesus fazia. Então Ele disse aos discípulos: «Escutai bem o que vou dizer-vos. O Filho do homem vai ser entregue às mãos dos homens». Eles, porém, não compreendiam aquelas palavras; eram misteriosas para eles e não as entendiam. Mas tinham medo de O interrogar sobre tal assunto.

Outras leituras do dia: Zac 2, 5-9. 14-15a; Sal Jer 31, 10. 11-12ab. 13

Santo do dia
S. Cosme e S. Damião, mártires


Tinham medo. (Evangelho)

Os discípulos tinham medo de esclarecer as dúvidas sobre a paixão. Deviam ter medo do que iam ouvir. Isso também nos pode acontecer. Ou connosco ou nas nossas conversas com Deus. Mas adiar os nossos medos não serve de nada. Mais vale enfrentá-los desde logo. O leitor anda a fugir de alguma coisa? Não responda de repente. Veja isso frente a Deus.

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Levantei os olhos e tive uma visão;
Quis saber o que era aquele evento:
Um homem tinha um cordel na mão:
Queria de Jerusalém o comprimento.

Jerusalém devia ser uma cidade aberta,
Capaz de acolher em tudo a glória do Senhor:
O Senhor era para ela proteção certa
Que a fazia exultar em cântico de louvor.

Sim, o Senhor estava no meio da cidade;
A cidade tornara-se toda inteira o seu povo;
Devia caminhar em caminhos de santidade,
Era a nova aliança, começa um tempo novo.

Tempo novo que não iria sem o sofrimento:
O Filho do Homem entregue a assassinas mãos.
Os discípulos nada entendiam naquele momento.
Caminho aberto para a Paixão; na dor eram irmãos.

Teófilo Minga, fms

Sexta feira - 25 de setembro de 2015

Ouvir o Evangelho


Evangelho segundo S. Lucas 9, 18-22

Um dia, Jesus orava sozinho, estando com Ele apenas os discípulos. Então perguntou-lhes: «Quem dizem as multidões que Eu sou?». Eles responderam: «Uns, João Baptista; outros, que és Elias; e outros, que és um dos antigos profetas que ressuscitou». Disse-lhes Jesus: «E vós, quem dizeis que Eu sou?». Pedro tomou a palavra e respondeu: «És o Messias de Deus». Ele, porém, proibiu-lhes severamente de o dizerem fosse a quem fosse e acrescentou: «O Filho do homem tem de sofrer muito, ser rejeitado pelos anciãos, pelos príncipes dos sacerdotes e pelos escribas; tem de ser morto e ressuscitar ao terceiro dia».

Outras leituras do dia: Ag 1, 15b – 2, 9; Sal 42 (43), 1. 2. 3. 4


Jesus orava sozinho. (Evangelho)

Esta especificação quer dizer que Jesus também rezava acompanhado. Pelo menos, em duas ocasiões temos a certeza de o ter feito. Na paixão e quando ensinou o Pai-Nosso aos discípulos. Noutra ocasião, queria rezar acompanhado mas os apóstolos adormeceram: no horto. Parece-me que podemos, pois, não só rezar a Jesus, mas também pedir-Lhe para rezar connosco.

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Quem viu do Templo a glória primitiva?
E em que estado vedes o Templo agora?
Mãos à obra para que a minha glória viva
Outra vez no meio de vós. É a vossa hora.

Não esqueço o meu compromisso, diz o Senhor.
Eu tirei-vos do Egito para a terra da liberdade;
O meu Espírito está no meio de vós; é o amor
Que em vós faz nascer o desejo de santidade.

Também o meu Filho estará no meio de vós.
Quem é Ele? Se perguntarão as multidões.
“Ele é o Messias de Deus”, Pedro levanta a voz,
Mas falava em nome de todos os corações.

O Filho do Homem vai sofrer e ser rejeitado
Pelos escribas, pelos sacerdotes e anciãos.
Vós, fiéis, permanecei sempre a meu lado!
Ressuscitarei! Vossos sonhos não serão vãos.

Teófilo Minga, fms

Quinta feira - 24 de setembro de 2015

Ouvir o Evangelho


Evangelho segundo S. Lucas 9, 7-9

Naquele tempo, o tetrarca Herodes ouviu dizer tudo o que Jesus fazia e andava perplexo, porque alguns diziam: «É João Baptista que ressuscitou dos mortos». Outros diziam: «E Elias que reapareceu». E outros diziam ainda: «É um dos antigos profetas que ressuscitou». Mas Herodes disse: «A João mandei-o eu decapitar. Mas quem é este homem, de quem oiço dizer tais coisas?». E procurava ver Jesus.

Outras leituras do dia: Ag 1, 1-8; Sal 149, 1-2. 3-4. 5-6a e 9b


Quem é este homem? (Evangelho)

Quem diz o leitor que Cristo é? Já sabemos que é Deus. Que, ao mesmo tempo, e na mesma pessoa, foi uma pessoa humana. Mas quem é Jesus Cristo para si? Como é que se relaciona com Ele e quem diz aos outros que Ele é? Claro que não anda a dizer às pessoas quem Jesus Cristo é, mas como é que a sua maneira de estar o expressa?

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Prestai atenção à vossa maneira de proceder;
Muito foi o semeado, mas pouco o colhido;
Depois, sem vos saciardes foi o vosso comer
E não vos matou a sede o que tendes bebido.

Vós, reconstruí agora o meu Templo sagrado;
Trazei madeira, trazei pedra e subi ao monte;
O vosso sacrifício será grande e do meu agrado
E o vosso futuro será hino de outro horizonte.

Aprendei, meus filhos, a viver na liberdade
E não como Herodes, essa raposa, governador,
Que continuamente vivia em grande ansiedade,
Porque matara João Batista, o meu precursor!

Agora queria saber e ver quem era Jesus,
Que tantas coisas belas dele ouvia dizer.
Mas a sua mente perversa não acolhia a luz
Que vinha do alto. De que serviria então ver?

Teófilo Minga, fms

Quarta feira - 23 de setembro de 2015

Ouvir o Evangelho


Evangelho segundo S. Lucas 9, 1-6

Naquele tempo, Jesus chamou os doze Apóstolos e deu-lhes poder e autoridade sobre todos os demónios e para curarem todas as doenças. Depois enviou-os a proclamar o reino de Deus e a curar os enfermos. E disse-lhes: «Não leveis nada para o caminho: nem cajado, nem alforge, nem pão, nem dinheiro, e não leveis duas túnicas. Quando entrardes em alguma casa, ficai nela até partirdes dali. Se alguns não vos receberem, ao sair dessa cidade, sacudi o pó dos vossos pés, como testemunho contra eles». Os Apóstolos partiram e foram de terra em terra a anunciar a boa nova e a realizar curas por toda a parte.

Outras leituras do dia: Esdr 9, 5-9; Sal Tob 13, 2. 3-4a. 4bcd. 5. 8


Deu-lhes autoridade sobre todos os demónios. (Evangelho)

Temos nós autoridade sobre os nosso demónios? Vamos por partes. Sabemos quais são os nossos demónios? Depois, ou temos autoridade sobre os nossos demónios ou podemos entregá-los a Deus. Alguns são muito difíceis de expulsar. É por isso que são demónios, aquilo que nos atormenta há muito (ou pouco) tempo. Temos que ter coragem de o(s) olhar de frente e entregar a Deus. Reze, hoje, sobre isso.

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Meu Deus, temos vergonha e confusão
Pelo peso de tantos dos nossos pecados,
Senhor, acolhe nossa súplica do coração,
Ouve o grito de nossos corações angustiados.

O Senhor Deus deixou um resto de sobreviventes;
Acolheu-os e deu-lhes um lugar no Templo Santo;
A oração sentida e a fé daqueles corações crentes
Chega a Deus e secam as lágrimas do seu pranto.

Secam no coração de Deus Todo misericordioso.
Jesus dará aos apóstolos poder e autoridade
De curar doenças; pede-lhes um coração bondoso,
Ensina-lhes o desprendimento, a simplicidade.

Não levar nada para o caminho; nem dinheiro,
Nem saco, nem mesmo pão, nem sequer cajado.
Confiança total em Deus é o que deve ser primeiro:
Esta é a pérola, é a alma de todo o apostolado.

Teófilo Minga, fms

Terça feira - 22 de setembro de 2015

Ouvir o Evangelho


Evangelho segundo S. Lucas 8, 19-21

Naquele tempo, vieram ter com Jesus sua Mãe e seus irmãos, mas não podiam chegar junto d’Ele por causa da multidão. Então disseram-Lhe: «Tua Mãe e teus irmãos estão lá fora e querem ver-Te». Mas Jesus respondeu-lhes: «Minha mãe e meus irmãos são aqueles que ouvem a palavra de Deus e a põem em prática».

Outras leituras do dia: Esdr 6, 7-8. 12b. 14-20; Sal 121 (122), 1-2. 3-4a. 4b-5


Mas não podiam chegar junto d’Ele. (Evangelho)

Alguns de nós quereríamos furar no meio da multidão porque, afinal, éramos a Mãe de Jesus. Outros quereríamos abrir caminho para a mãe de Jesus, cheios de importância por nos darmos com a mãe de uma personalidade. Em qualquer dos casos, a nossa importância viria de outrem. Muita da nossa importância vem das nossas relações. Enquanto for assim, esquecemos a relação com Deus. Hoje, o leitor reze sobre as suas relações.

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De novo o Templo de Deus é erguido,
Para acolher os anciãos dos judeus;
A não o fazer, talvez, ficaria ao olvido
A relação deste povo com seus Deus.

Os deportados antigos voltam à terra,
Celebram este grande acontecimento;
É tempo de dizer fim a toda a guerra
À violência que nasce a cada momento.

Celebram a Páscoa, outra vez, de novo;
Oferecem em sacrifício um cordeiro pascal;
É outra vez nova vida; agora é outro povo,
Seguindo a Lei de Deus, longe de todo o mal.

Um povo, onde além da carne há laços de fé.
Quem é a minha mãe? Quem, os meus irmãos?
Todo aquele que faz a vontade de Deus, o é;
Deixemos para trás tantos sonhos inúteis e vãos.

Teófilo Minga, fms

Segunda feira - 21 de setembro de 2015

Ouvir o Evangelho


Evangelho segundo S. Mateus 9, 9-13

Naquele tempo, Jesus ia a passar, quando viu um homem chamado Mateus, sentado no posto de cobrança dos impostos, e disse-lhe: «Segue-Me». Ele levantou-se e seguiu Jesus. Um dia em que Jesus estava à mesa em casa de Mateus, muitos publicanos e pecadores vieram sentar-se com Ele e os seus discípulos. Vendo isto, os fariseus diziam aos discípulos: «Por que motivo é que o vosso Mestre come com os publicanos e os pecadores?».Jesus ouviu-os e respondeu: «Não são os que têm saúde que precisam do médico, mas sim os doentes. Ide aprender o que significa: ‘Prefiro a misericórdia ao sacrifício’. Porque Eu não vim chamar os justos, mas os pecadores».

Outras leituras do dia: Ef 4, 1-7. 11-13; Sal 18 A, 2-3. 4-5

Santo do dia
S. Mateus, Apóstolo e Evangelista


Muitos publicanos e pecadores... (Evangelho)

Jesus atraía os pecadores e os desprezados pelas outras pessoas, que eram os publicanos. Tinha uma mensagem de esperança na salvação, uma mensagem de misericórdia, uma mensagem que falava do amor de Deus, carinho, paizinho (abba). (Sentido que nós perdemos… Não soubemos que fazer com isso.) Com que olhos o leitor olha para o seu irmão?

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Estou na prisão por causa do Senhor;
Agora todos vós vivei como cristãos;
Procedei com toda a humildade e amor,
Amai-vos uns aos outros como irmãos.

Há um só Espírito e uma só esperança;
Há um só batismo, um só Deus para nós
Que nos criou e chama em confiança;
Somos Igreja, Ele nunca nos deixa sós.

Por Ele somos constantemente chamados,
Como um dia, ao passar, chamou Mateus;
Chama os publicanos e os demais olvidados
Das contas dos homens, mas filhos de Deus.

Mas ali estavam os fariseus à espreita:
“O vosso mestre come com os pecadores?”
E aquela gente, acima de toda a suspeita,
Não sabe que um médico é para os sofredores.

Teófilo Minga, fms

Domingo - 20 de setembro de 2015

Ouvir o Evangelho


DOMINGO XXV DO TEMPO COMUM

Evangelho segundo S. Marcos 9, 30-37

Naquele tempo, Jesus e os seus discípulos caminhavam através da Galileia, mas Ele não queria que ninguém o soubesse; porque ensinava os discípulos, dizendo-lhes: «O Filho do homem vai ser entregue às mãos dos homens e eles vão matá-l’O; mas Ele, três dias depois de morto, ressuscitará». Os discípulos não compreendiam aquelas palavras e tinham medo de O interrogar. Quando chegaram a Cafarnaum e já estavam em casa, Jesus perguntou-lhes: «Que discutíeis no caminho?». Eles ficaram calados, porque tinham discutido uns com os outros sobre qual deles era o maior. Então, Jesus sentou-Se, chamou os Doze e disse-lhes: «Quem quiser ser o primeiro será o último de todos e o servo de todos». E, tomando uma criança, colocou-a no meio deles, abraçou-a e disse-lhes: «Quem receber uma destas crianças em meu nome é a Mim que recebe; e quem Me receber não Me recebe a Mim, mas Àquele que Me enviou».

Outras leituras do dia: Sab 2, 12. 17-20; Sal 53 (54), 3-4. 5. 6 e 8; Tg 3, 16 – 4, 3


A liturgia da Palava deste dia faz o elogio da sabedoria de Deus e recorda que a sabedoria humana nem sempre se rege pelos mesmos valores. Como cristãos, inseridos no mundo em que vivemos, temos de ser testemunhas do modo de ser e de agir de Cristo.
O Livro da Sabedoria traz-nos a reflexão dos ímpios que desafiam a fidelidade dos homens justos e piedosos. Estamos no século I a.C., num mundo judaico muito tentado pela cultura grega. Numa lógica de vida e de valores bem diferentes dos do Povo de Israel, o mundo helenizado atreve-se mesmo a sugerir: «Vejamos se as suas palavras são verdadeiras, observemos como é a sua morte. Porque, se o justo é filho de Deus, Deus o protegerá e o livrará das mãos dos seus adversários». Em continuidade com este texto, a Epístola de S. Tiago observa que «a sabedoria que vem do alto é pura, pacífica, compreensiva e generosa, cheia de misericórdia e de boas obras, imparcial e sem hipocrisia». Por seu lado, «onde há inveja e rivalidade, também há desordem e toda a espécie de más acções». A sabedoria é o conhecimento de Deus, Criador de todas as coisas, o entendimento do mistério da Encarnação de Cristo. Só tem valor se é impregnada da caridade, pelo que o verdadeiro Sábio não é só o que sabe as coisas de Deus, mas também o que as experimenta e vive com sentido de missão. Iluminado por este dom, o cristão sabe aperceber-se interiormente de Deus nas realidades do mundo e faz da sua vida uma dádiva para quem vive ao seu lado. Como vamos educando a nossa sabedoria sobre as coisas de Deus?
O Evangelho segundo S. Marcos segue o quadro da liturgia da Palavra, aplicando os critérios da sabedoria a Jesus e aos seus discípulos. Jesus anuncia a sua Paixão e morte como o sábio caminho de liberdade de quem se orienta pela vontade do Pai: «O Filho do homem vai ser entregue às mãos dos homens e eles vão matá-Lo; mas Ele, três dias depois de morto, ressuscitará». Por seu lado, os discípulos continuam fechados na sabedoria do mundo, orientada pelo poder e pelo prestígio, discutindo entre si sobre quem seria o maior. O contraste é evidente entre o amor de Jesus, preocupado em salvar todos os homens dos laços da escravidão e do pecado, e o amor pouco purificado dos discípulos, interessados em adquirir um posto privilegiado junto do Mestre. Jesus é muito claro quando afirma: «Quem quiser ser o primeiro será o último de todos e o servo de todos». Nem sempre é fácil compreender estas palavras. Jesus não está a dizer para sermos ingénuos nem que devemos condescender em tudo o que nos dizem; muito pelo contrário, temos de ser audazes no anúncio da Boa Nova. Mas, no que toca ao serviço, somos desafiados a colocar-nos numa atitude de entrega, de quem promove o outro e é capaz de se baixar para lhe lavar os pés, como Cristo na Última Ceia. É na medida em que nos damos que nos enriquecemos; quanto mais nos virarmos para fora, ao encontro de quem sofre e vive marginalizado, mais nos sentimos protegidos por Deus. Então, todos juntos, cantaremos como o salmista: «Deus vem em meu auxílio, o Senhor sustenta a minha vida».

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Ao justo que nos incomoda armemos ciladas,
Ele que se opõe a nós e ainda nos censura;
Deus o livrará de nossas mãos manchadas,
Mas experimentemo-lo com ultrajes e tortura.

Não é esta a atitude que Tiago pede aos seus,
Quando ali vê desordem e ações viciosas;
Critica comportamentos dúbios e fariseus;
Olhar ao alto e acolher virtudes preciosas.

Meu filho, tenhamos retas intenções,
Vivamos aqui e agora sem hipocrisia;
A verdade esteja sempre em nossas ações,
Guie nossos passos Deus e a sua sabedoria.

Não queiramos a todo o custo o primeiro lugar,
Como os discípulos que discutiam na estrada;
No serviço a nossa grandeza se há de mostrar;
Esta é a grandeza grande por Deus abençoada.

Teófilo Minga, fms

Sábado - 19 de setembro de 2015

Ouvir o Evangelho


Evangelho segundo S. Lucas 8, 4-15

Naquele tempo, reuniu-se uma grande multidão, que vinha ter com Jesus de todas as cidades, e Ele falou-lhes por meio da seguinte parábola: «O semeador saiu para semear a sua semente. Quando semeava, uma parte da semente caiu à beira do caminho: foi calcada e as aves do céu comeram-na. Outra parte caiu em terreno pedregoso: depois de ter nascido, secou por falta de humidade. Outra parte caiu entre espinhos: os espinhos cresceram com ela e sufocaram-na. Outra parte caiu em boa terra: nasceu e deu fruto cem por um». Dito isto, exclamou: «Quem tem ouvidos para ouvir, oiça». Os discípulos perguntaram a Jesus o que significava aquela parábola e Ele respondeu: «A vós foi concedido conhecer os mistérios do reino de Deus, mas aos outros serão apresentados só em parábolas, para que, ao olharem, não vejam, e, ao ouvirem, não entendam. É este o sentido da parábola: A semente é a palavra de Deus. Os que estão à beira do caminho são aqueles que ouvem, mas depois vem o diabo tirar-lhes a palavra do coração, para que não acreditem e se salvem. Os que estão em terreno pedregoso são aqueles que, ao ouvirem, acolhem a palavra com alegria, mas, como não têm raiz, acreditam por algum tempo e afastam-se quando chega a provação. A semente que caiu entre espinhos são aqueles que ouviram, mas, sob o peso dos cuidados, da riqueza e dos prazeres da vida, sentem-se sufocados e não chegam a amadurecer. A semente que caiu em boa terra são aqueles que ouviram a palavra com um coração nobre e generoso, a conservam e dão fruto pela sua perseverança».

Outras leituras do dia: 1 Tim 6, 13-16; Sal 99 (100), 2. 3. 4. 5


Sob o peso... (Evangelho)

Reparemos que, neste texto, o Senhor não nos diz que a riqueza material e os cuidados da vida são coisas más em si. O problema é quando estamos obcecados pela riqueza e pelos cuidados. A riqueza pode embebedar e dar uma sensação de segurança que é falsa porque exclui Deus. Os cuidados da vida podem obcecar e fazer esquecer tudo. É preciso conseguirmos manter a cabeça fora da água e isso consegue-se através da oração. O leitor faça um esforço.

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Conserva, meu filho, as normas da fé,
Conserva-as acima de toda a censura;
Conserva a Palavra de Jesus de Nazaré,
Na sua integridade, límpida e pura.

Que ela seja sempre a boa semente
Que sai da tua boca para as multidões;
Nela, o coração dos crentes se alimente,
Será assim rio e fonte de tantas boas ações.

Conheces a história daquele semeador
Que lança a semente em gesto pelos ares;
Semear é já em si um gesto de amor;
A semente cai nos mais diversos lugares.

Peço-te: sê tu e os teus ouvinte a boa terra;
A semente caia em vosso coração reto e bom.
Vereis então: cada semente em si encerra
O fruto que será cem por um… tamanho dom!

Teófilo Minga, fms

Sexta feira - 18 de setembro de 2015

Ouvir o Evangelho


Evangelho segundo S. Lucas 8, 1-3

Naquele tempo, Jesus ia caminhando por cidades e aldeias, a pregar e a anunciar a boa nova do reino de Deus. Acompanhavam-n’O os Doze, bem como algumas mulheres que tinham sido curadas de espíritos malignos e de enfermidades. Eram Maria, chamada Madalena, de quem tinham saído sete demónios, Joana, mulher de Cusa, administrador de Herodes, Susana e muitas outras, que serviam Jesus e os discípulos com os seus bens.

Outras leituras do dia: 1 Tim 6, 2c-12; Sal 48 (49), 6-7. 8-10. 17-18. 19-20


... mulher de Cusa, administrador de Herodes. (Evangelho)

As mulheres, que se adivinha ricas, serviam os discípulos com os seus bens. Estavam agradecidas. Antes, as pessoas sentiam-se obrigadas a contribuir para o sustento do seu padre, o sustento do edifício da sua igreja. Hoje em dia, vai-se perdendo a ideia da comunidade sustentar o seu padre. Será preciso encontrar novas fórmulas, mas entretanto o leitor não se esqueça que o seu pároco não vive do ar e que aquela moedinha que põe todos os domingos no cestinho talvez não chegue. Já rezou sobre isso?

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Que todos sigam as palavras sãs,
A doutrina verdadeira de Jesus;
Não vos deixeis levar por palavras vãs;
São escuridão e apagam toda a luz.

Nem vos deixeis levar pelo amor ao dinheiro,
Contentai-vos com o que tendes, na humildade;
Toda a virtude seja em todos vós o primeiro
Amor, aderindo ao Evangelho e sua verdade.

Timóteo, meu filho, foge de toda a vanglória;
Segue em tudo a constância e a mansidão;
A caridade seja sempre a tua maior vitória,
A justiça e a piedade também no teu coração.

Depois, como Jesus, prega sempre a Boa-Nova.
Acompanhado dos Doze e de tantas mulheres
Ele proclama a Palavra, a única que nos renova
E nos converte em outras pessoas, novos seres.

Teófilo Minga, fms

Quinta feira - 17 de setembro de 2015

Ouvir o Evangelho


Evangelho segundo S. Lucas 7, 36-50

Naquele tempo, um fariseu convidou Jesus para comer com ele. Jesus entrou em casa do fariseu e tomou lugar à mesa. Então, uma mulher – uma pecadora que vivia na cidade – ao saber que Ele estava à mesa em casa do fariseu, trouxe um vaso de alabastro com perfume; pôs-se atrás de Jesus e, chorando muito, banhava-Lhe os pés com as lágrimas e enxugava-lhos com os cabelos, beijava-os e ungia-os com o perfume. Ao ver isto, o fariseu que tinha convidado Jesus pensou consigo: «Se este homem fosse profeta, saberia que a mulher que O toca é uma pecadora». Jesus tomou a palavra e disse-lhe: «Simão, tenho uma coisa a dizer-te». Ele respondeu: «Fala, Mestre». Jesus continuou: «Certo credor tinha dois devedores: um devia-lhe quinhentos denários e o outro cinquenta. Como não tinham com que pagar, perdoou a ambos. Qual deles ficará mais seu amigo?». Respondeu Simão: «Aquele – suponho eu – a quem mais perdoou». Disse-lhe Jesus: «Julgaste bem». E voltando-Se para a mulher, disse a Simão: «Vês esta mulher? Entrei em tua casa e não Me deste água para os pés; mas ela banhou-Me os pés com as lágrimas e enxugou-os com os cabelos. Não Me deste o ósculo; mas ela, desde que entrei, não cessou de beijar-Me os pés. Não Me derramaste óleo na cabeça; mas ela ungiu-Me os pés com perfume. Por isso te digo: São-lhe perdoados os seus muitos pecados, porque muito amou; mas aquele a quem pouco se perdoa, pouco ama». Depois disse à mulher: «Os teus pecados estão perdoados». Então os convivas começaram a dizer entre si: «Quem é este homem, que até perdoa os pecados?». Mas Jesus disse à mulher: «A tua fé te salvou. Vai em paz».

Outras leituras do dia: 1 Tim 4, 12-16; Sal 110 (111), 7. 8. 9-10


... porque muito amou. (Evangelho)

Neste texto, Jesus diz sobre uma mulher: «Ser-lhe-ão perdoados os seus muitos pecados porque muito amou». E depois diz a essa mulher: «a tua fé te salvou». São os ingredientes essenciais da nossa religião: acreditar e amar. Se acreditarmos e amarmos teremos os nossos pecados perdoados e seremos salvos. Quanto mais amarmos, mais seremos perdoados. Daí que nunca possamos julgar o próximo… Hoje, o leitor dê graças por alguém.

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Que ninguém despreze a tua juventude;
Sê antes para todos, verdadeiro modelo;
Prega sempre a Palavra que não ilude,
A tempo e contratempo diz o Evangelho.

Este foi o dom que te foi confiado,
Pela profecia e a imposição das mãos;
Por Deus e por nós, foste abençoado,
Pata agora, tu abençoares os irmãos.

Abençoa sempre e perdoa também,
Como Jesus perdoou aquela pecadora;
Era a misericórdia de Jesus que vem
Lá do fundo e nos renova a cada hora.

Não compreendeu Simão o gesto de Jesus…
Se Ele soubesse quem o toca, esta mulher…
E eis que com uma história o Mestre faz luz:
A tua fé te salvou; hoje, de novo, és outro ser.

Teófilo Minga, fms

Quarta feira - 16 de setembro de 2015

Ouvir o Evangelho


Evangelho segundo S. Lucas 7, 31-35

Naquele tempo, disse Jesus à multidão: «A quem hei-de comparar os homens desta geração? Com quem se parecem? São como as crianças, que, sentadas na praça, falam umas com as outras, dizendo: ‘Tocámos flauta para vós e não dançastes, entoámos lamentações e não chorastes’. Porque veio João Baptista, que não comia nem bebia vinho, e vós dizeis: ‘Tem o demónio com ele’. Veio o Filho do homem, que come e bebe, e vós dizeis: ‘É um glutão e um ébrio, amigo de publicanos e pecadores’. Mas a Sabedoria é justificada por todos os seus filhos».

Outras leituras do dia: 1 Tim 3, 14-16; Sal 110 (111), 1-2. 3-4. 5-6


A sabedoria é justificada por todos os seus filhos. (Evangelho)

Justifiquemos, então, a sabedoria. Não só a nossa, mas a dos nossos irmãos. Acolhamos a sabedoria do que os nossos irmãos dizem, o que implica ouvi-los, coisa que nem sempre estamos dispostos a fazer. Ouvindo-os, justificamos a sabedoria. Ouvindo a nossa voz interior, justificamos a nossa sabedoria. Hoje, peçamos a graça da sabedoria.

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Timóteo, meu filho espiritual,
Escrevo-te estas palavras amigas,
Como se fossem de um missal,
Para que tu também as digas.

Ama a Igreja do Deus vivo,
Deus coluna e apoio da verdade;
Proclama a Palavra sem seres altivo,
Grande é o mistério da piedade.

Não sejas como os desta geração,
Geração má, talvez depravada;
Não sabem escutar com o coração,
A Palavra parece não dizer-lhes nada.

De João dizem que está possesso:
“Não bebe vinho e não come pão!”.
Gente de má vontade, em excesso:
Veem no Filho do Homem um glutão. .

Teófilo Minga, fms

Terça feira - 15 de setembro de 2015

Ouvir o Evangelho


Nossa Senhora das Dores

Evangelho segundo S. João 19, 25-27

Naquele tempo, estavam junto à cruz de Jesus sua Mãe, a irmã de sua Mãe, Maria, mulher de Cléofas, e Maria Madalena. Ao ver sua Mãe e o discípulo predilecto, Jesus disse a sua Mãe: «Mulher, eis o teu filho». Depois disse ao discípulo: «Eis a tua Mãe». E a partir daquela hora, o discípulo recebeu-a em sua casa.

Outras leituras do dia:1 Tim 3, 1-13; Sal 100 (101), 1-2ab. 2cd-3ab. 5. 6 ou Hebr 5, 7-9; Sal 30, 2-3ab. 3cd-4. 5-6. 15-16ab. 20


Para ser sinal de contradição... (Evangelho Lc 2, 33-35)

Deus põe em relevo as contradições presentes no nosso espírito. Jesus trá-las ao de cima. Mas nós temos a capacidade de abafar essas contradições. A isso chama-se não querer ouvir a consciência. Deixemos que Jesus nos interpele, que seja sinal de contradição. Medite sobre isto.

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Nos dias da sua vida mortal,
Em forte brado Jesus rezou:
“Livra-Me á Pai de todo o mal!”.
No seu sofrimento a todos amou.

Como sofreu Maria, sua mãe,
Que junto à Cruz, cheia de dor,
Participa no mistério também,
Mistério do seu Filho, só amor!

Ali estava ela ao pé da Cruz,
Junto a João e às outras Marias;
Derradeiros instantes de Jesus…
Morte que ao mundo alumias!

Naquela hora grande, derradeira,
João ouve uma palavra de alento;
Maternidade espiritual, por inteira,
Também para nós, a cada momento.

Teófilo Minga, fms

Segunda feira - 14 de setembro de 2015

Ouvir o Evangelho


EXALTAÇÃO DA SANTA CRUZ

Evangelho segundo S. João 3, 13-17

Naquele tempo, disse Jesus a Nicodemos: «Ninguém subiu ao Céu senão Aquele que desceu do Céu: o Filho do homem. Assim como Moisés elevou a serpente no deserto, também o Filho do homem será elevado, para que todo aquele que acredita tenha n’Ele a vida eterna. Deus amou tanto o mundo que entregou o seu Filho Unigénito, para que todo o homem que acredita n’Ele não pereça, mas tenha a vida eterna. Porque Deus não enviou o seu Filho ao mundo para condenar o mundo, mas para que o mundo seja salvo por Ele».

Outras leituras do dia: Num 21, 4b-9 ou Filip 2, 6-11; Sal 77 (78), 1-2. 34-35. 36-37. 38


Deus amou tanto o mundo que entregou o seu Filho. (Evangelho)

O dia da Exaltação da Santa Cruz não deve ser um dia triste, mas um dia alegre. A Igreja comemora o amor no seu grau máximo e, mais do que isso, a revelação do amor de Deus. Este dia simboliza a revelação de que o amor de Deus por nós não tem limites. Jesus, sendo a encarnação de Deus, amou infinitamente. Não podia ser de outra maneira. Que hoje a oração do leitor seja uma contemplação deste maravilhoso mistério.

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O povo de Israel perdeu a paciência
E depois falou contra Deus e Moisés;
Estavam desesperados da existência:
Serpentes os mordiam até aos pés.

Moisés reza pelo povo ao Senhor;
Depois vai construir uma serpente,
Protótipo da Cruz, sinal de amor,
Para consolação daquela gente.

Aquele que era de condição divina,
O Filho de Deus, chamado Jesus,
Vem dos Céus; nossa condição ilumina
Na obediência, no sofrimento da Cruz.

A antiga serpente do deserto
Lembra o Filho, agora elevado
Na Cruz; de nós todos tão perto:
Sinal onde todo o homem é amado.

Teófilo Minga, fms

Domingo - 13 de setembro de 2015

Ouvir o Evangelho


DOMINGO XXIV DO TEMPO COMUM

Evangelho segundo S. Marcos 8, 27-35

Naquele tempo, Jesus partiu com os seus discípulos para as povoações de Cesareia de Filipe. No caminho, fez-lhes esta pergunta: «Quem dizem os homens que Eu sou?». Eles responderam: «Uns dizem João Baptista; outros, Elias; e outros, um dos profetas». Jesus então perguntou-lhes: «E vós, quem dizeis que Eu sou?». Pedro tomou a palavra e respondeu: «Tu és o Messias». Ordenou-lhes então severamente que não falassem d’Ele a ninguém. Depois, começou a ensinar-lhes que o Filho do homem tinha de sofrer muito, de ser rejeitado pelos anciãos, pelos sumos sacerdotes e pelos escribas; de ser morto e ressuscitar três dias depois. E Jesus dizia-lhes claramente estas coisas. Então, Pedro tomou-O à parte e começou a contestá-l’O. Mas Jesus, voltando-Se e olhando para os discípulos, repreendeu Pedro, dizendo: «Vai-te, Satanás, porque não compreendes as coisas de Deus, mas só as dos homens». E, chamando a multidão com os seus discípulos, disse-lhes: «Se alguém quiser seguir-Me, renuncie a si mesmo, tome a sua cruz e siga-Me. Na verdade, quem quiser salvar a sua vida perdê-la-á; mas quem perder a vida, por causa de Mim e do Evangelho, salvá-la-á».

Outras leituras do dia: Is 50, 5-9a; Sal 114 (115), 1-2. 3-4. 5-6. 8-9; Tg 2, 14-18

Santo do dia
S. João Crisóstomo, bispo e doutor da Igreja


Muitas vezes lemos nos Evangelhos o convite de Jesus: «Vem e segue-Me». Responder com prontidão a este desafio é algo sempre actual, em cada momento da nossa vida. Quais são as condições para seguir Jesus? Como fazê-lo nas pequenas coisas do dia-a-dia? A liturgia da Palavra deste domingo traz-nos algumas luzes.
Começamos com a Epístola de S. Tiago, que lemos na segunda leitura. Afirma o Apóstolo que a fé, sem obras, de nada vale. O Apóstolo chega mesmo a dizer que «a fé sem obras está completamente morta». São palavras exigentes e directas, que não deixam lugar para dúvidas. De nada vale saber muito sobre o mistério de Deus, se depois o agir quotidiano não está em sintonia com a fé que acredita. No final dos Exercícios Espirituais, encontramos algo de semelhante a esta relação entre a fé e a vida, quando Santo Inácio de Loiola apresenta a chamada «Contemplação para alcançar amor». Como nota à oração, diz que, em primeiro lugar, o amor se deve pôr mais nas obras que nas palavras; depois, que o amor consiste na comunhão recíproca, ou seja, é dar e receber. «Uma fé que não dá fruto em obras não é fé», diz o Papa Francisco. Esta é uma primeira condição do seguimento, que os gestos que praticamos de amor para com o próximo sejam imagem e semelhança de Cristo.
O Livro de Isaías leva-nos mais longe. Na imagem profética do chamado “servo sofredor” encontramos Jesus que deu a vida pela salvação da humanidade: «Apresentei as costas àqueles que me batiam e a face aos que me arrancavam a barba; não desviei o meu rosto dos que me insultavam e cuspiam. Mas o Senhor Deus veio em meu auxílio». O relato projecta-nos na Paixão e nos sentimentos de Cristo: misericórdia diante dos perseguidores, aceitação do sofrimento como caminho redentor, confiança no auxílio que vem do Pai. Seguir Jesus é, então, colocar-se inteiro nas mãos de Deus, mais pronto a construir um caminho de comunhão que a reclamar das desgraças da vida. Deus providencia nas horas de maior dificuldade, se Lhe formos fiéis e verdadeiros.
Jesus, de facto, cumpriu em plenitude esta profecia. No Evangelho de S. Marcos, encontramos hoje o primeiro anúncio da Paixão, que nos fala da atitude com que o cristão deve seguir o seu Senhor: «Se alguém quiser seguir-Me, renuncie a si mesmo, tome a sua cruz e siga-Me. Na verdade, quem quiser salvar a sua vida perdê-la-á; mas quem perder a vida, por causa de Mim e do Evangelho, salvá-la-á». O mistério da cruz não nos deve meter medo, mas dar esperança, na certeza de que Deus vela por cada um de nós. A acompanhar esta atitude, o Evangelho oferece-nos ainda a confissão messiânica de Pedro. À interpelação de Jesus: «Quem dizeis que Eu sou?», Pedro responde: «Tu és o Messias». Jesus continua hoje a fazer-nos a mesma pergunta. O que sabemos dizer sobre Jesus? Quem é Cristo para cada um de nós? Que lugar ocupa Ele na nossa vida?

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O Senhor meu Deus abriu-me o ouvido;
Frente ao sofrimento não recuei um passo,
Mas o Senhor não me deixou desiludido;
Sempre me assistiu e me deu Seu abraço.

As vossas obras sejam fruto da vossa fé,
Pois sabeis, a fé sem obras é letra morta;
Seguir seriamente a Jesus de Nazaré
É escutá-lo, é entrar pela sua porta.

Entrar mesmo sabendo o sofrimento,
Que seguindo o Mestre podemos esperar;
Não tenhais medo sequer um momento,
Que o bem, finalmente, há de triunfar.

Pedro quer ainda arrancá-lo a esta sorte,
De um Jesus que é rejeitado pelos anciãos;
Perante o sofrimento o amor é mais forte
E crucificado, Ele faz de todos nós irmãos.

Teófilo Minga, fms

Sábado - 12 de setembro de 2015

Ouvir o Evangelho


Santíssimo Nome de Maria

Evangelho segundo S. Lucas 6, 43-49

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Não há árvore boa que dê mau fruto, nem árvore má que dê bom fruto. Cada árvore conhece-se pelo seu fruto: não se colhem figos dos espinheiros, nem se apanham uvas das sarças. O homem bom, do bom tesouro do seu coração tira o bem; e o homem mau, da sua maldade tira o mal; pois a boca fala do que transborda do coração. Porque Me chamais ‘Senhor! Senhor!’, mas não fazeis o que vos digo? Vou mostrar-vos a quem se assemelha todo aquele que vem ter comigo, ouve as minhas palavras e as põe em prática. É semelhante a um homem, que, para construir a casa, escavou, aprofundou e assentou os alicerces sobre a rocha. Quando veio uma cheia, a torrente irrompeu contra aquela casa, mas não a pôde abalar, porque estava bem construída. Mas aquele que ouve as minhas palavras e não as põe em prática é semelhante a um homem que construiu a casa sobre a terra, sem alicerces. A torrente irrompeu contra aquela casa, que imediatamente desabou; e foi grande a sua ruína».

Outras leituras do dia: 1 Tim 1, 15-17; Sal 112 (113), 1-2. 3-4. 5a e 6-7


A boca fala do que transborda do coração. (Evangelho)

Portanto, o que nós dizemos reflecte o que temos no coração. Assim, as nossas falas são uma espécie de “exame de consciencio-cardiograma”, se o leitor quiser. É uma questão de estar atento ao que se diz. Ora, passe a estar atento. O leitor reze para o Espírito Santo o iluminar sobre como fazer isto.

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A Palavra de Cristo é digna de aceitação;
Ele veio ao mundo para salvar os pecadores;
Eu sou o primeiro deles que uma perseguição
Desencadeei contra Jesus e seus seguidores.

Jesus Cristo em mim mostrou sua paciência;
Agora quero sempre Sua Palavra proclamar;
O caminho de Damasco mudou minha existência,
Agora sou o Apóstolo dos Gentios, sem parar.

Quero a todo o momento dar bom fruto,
Ser a boa árvore e não algum espinheiro;
Por isso em todo o tempo sem medo luto,
Serei apóstolo aqui e agora a atempo inteiro.

A todos proclamarei a Palavra de Jesus,
Pedindo sempre o máximo de coerência:
Praticar as boas obras para irradiar luz;
O Evangelho para mim é uma exigência.

Teófilo Minga, fms

Sexta feira - 11 de setembro de 2015

Ouvir o Evangelho


Evangelho segundo S. Lucas 6, 39-42

Naquele tempo, disse Jesus aos discípulos a seguinte parábola: «Poderá um cego guiar outro cego? Não cairão os dois nalguma cova? O discípulo não é superior ao mestre, mas todo o discípulo perfeito deverá ser como o seu mestre. Porque vês o argueiro que o teu irmão tem na vista e não reparas na trave que está na tua? Como podes dizer a teu irmão: ‘Irmão, deixa-me tirar o argueiro que tens na vista’, se tu não vês a trave que está na tua? Hipócrita, tira primeiro a trave da tua vista e então verás bem para tirar o argueiro da vista do teu irmão».

Outras leituras do dia:1 Tim 1, 1-2. 12-14; Sal 15 (16), 1-2a e 5. 7-8. 11


Tira primeiro a trave da tua vista... (Evangelho)

Às vezes, já tirámos a trave da nossa vista. Jesus não nos diz que só existe a trave na nossa vista e que o nosso irmão não tem argueiro. Manda-nos tirar a trave primeiro. Mas uma vez tirada, podemos tirar o argueiro. Tirar a trave quer dizer desbloquear a capacidade de amar com um grande amor. Só com um grande amor é que podemos tirar o argueiro do olho do nosso irmão sem o magoar. O leitor é capaz? (Do grande amor.)

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Sou apóstolo por graça do Salvador;
Eu te saúdo, Timóteo, meu filho na fé;
Sou digno de confiança, mas fui perseguidor
De todos os que seguiam Jesus de Nazaré.

Fui perseguidor, simplesmente por ignorância,
Mas a misericórdia do Senhor eu alcancei;
Logo depois com todo o afinco e confiança,
Eis todo o meu amor ao serviço da sua grei.

A todos quis levar a Palavra, sua riqueza;
Que ela vos conduza sempre na verdade;
A Palavra de Deus é a de maior beleza
Para vos mostrar o caminho da santidade.

Sede bondosos e não olheis o argueiro
Que pode estar no olho do vosso irmão;
Olhai sim para o vosso interior, primeiro
E depois abri-lhe de par em par o coração.

Teófilo Minga, fms

Quinta feira - 10 de setembro de 2015

Ouvir o Evangelho


Evangelho segundo S. Lucas 6, 27-38

Naquele tempo, Jesus falou aos seus discípulos, dizendo: «Digo-vos a vós que Me escutais: Amai os vossos inimigos, fazei bem aos que vos odeiam. Abençoai os que vos amaldiçoam, orai por aqueles que vos injuriam. A quem te bater numa face, apresenta-lhe também a outra; e a quem te levar a capa, deixa-lhe também a túnica. Dá a todo aquele que te pedir e ao que levar o que é teu, não o reclames. Como quereis que os outros vos façam, fazei-lho vós também. Se amais aqueles que vos amam, que agradecimento mereceis? Também os pecadores amam aqueles que os amam. Se fazeis bem aos que vos fazem bem, que agradecimento mereceis? Também os pecadores fazem o mesmo. E se emprestais àqueles de quem esperais receber, que agradecimento mereceis? Também os pecadores emprestam aos pecadores, a fim de receberem outro tanto. Vós, porém, amai os vossos inimigos, fazei o bem e emprestai, sem nada esperar em troca. Então será grande a vossa recompensa e sereis filhos do Altíssimo, que é bom até para os ingratos e os maus. Sede misericordiosos, como o vosso Pai é misericordioso. Não julgueis e não sereis julgados. Não condeneis e não sereis condenados. Perdoai e sereis perdoados. Dai e dar-se-vos-á: deitar-vos-ão no regaço uma boa medida, calcada, sacudida, a transbordar. A medida que usardes com os outros será usada também convosco».

Outras leituras do dia: Col 3, 12-17; Sal 150, 1-2. 3-4. 5-6


Orai por aqueles que vos injuriam. (Evangelho)

É difícil rezarmos por aqueles que nos insultam, porque o que nós queremos é ver as pessoas pelas costas, pois a lembrança dessas pessoas aviva o insulto. Mas temos que fazer um esforço por rezar por essas pessoas. É um passo para as perdoarmos. O problema é se o insulto é permanente. Devemos, então, se possível, afastarmo-nos da pessoa. E aí rezar por ela torna-se muito difícil. Nessa altura, cultivemos o desejo de rezar por ela.

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Meus irmãos, sois de Deus os eleitos;
Revesti-vos de sentimentos de bondade;
Vós sois seus prediletos; sede perfeitos,
Ajudai-vos uns outros com humildade.

E haja entre vós atitudes de perdão,
Inspirados no perdão grande do Senhor;
A caridade que é o vínculo da perfeição
Seja entre vós marca de um grande amor.

Reine entre vós Cristo e reine a sua paz;
Depois, mostrai-vos sempre agradecidos;
Não façais apenas o que qualquer pagão faz;
Eu vos digo pois: amai os vossos inimigos.

Sois, porventura, aqui e agora maltratados?
Não respondais nunca da mesma maneira;
Assim fazem até os pecadores mais renegados.
Perdoai sempre para além de toda a fronteira.

Teófilo Minga, fms

Quarta feira - 9 de setembro de 2015

Ouvir o Evangelho


Evangelho segundo S. Lucas 6, 20-26

Naquele tempo, Jesus, erguendo os olhos para os discípulos, disse: «Bem-aventurados vós, os pobres, porque é vosso o reino de Deus. Bem-aventurados vós, que agora tendes fome, porque sereis saciados. Bem-aventurados vós, que agora chorais, porque haveis de rir. Bem-aventurados sereis, quando os homens vos odiarem, quando vos rejeitarem e insultarem e proscreverem o vosso nome como infame, por causa do Filho do homem. Alegrai-vos e exultai nesse dia, porque é grande no Céu a vossa recompensa. Era assim que os seus antepassados tratavam os profetas. Mas ai de vós, os ricos, porque já recebestes a vossa consolação! Ai de vós, que agora estais saciados, porque haveis de ter fome! Ai de vós, que rides agora, porque haveis de entristecer-vos e chorar! Ai de vós, quando todos os homens vos elogiarem! Era assim que os seus antepassados tratavam os falsos profetas».

Outras leituras do dia: Col 3, 1-11; Sal 144 (145), 2-3. 10-11. 12-13ab


Bem-aventurados vós, que agora tendes fome... (Evangelho)

Esta fome não é de pão, mas de Deus. Onde é que nisto está a bem-aventurança? Está na consciência da necessidade. A fome é o sentir a necessidade de alimento. Ter fome de Deus é fundamental para nos abrirmos a Ele. Esta fome tem que ser renovada por nós. A fome física surge espontaneamente. Esta, está nas nossas mãos fomentá-la, para que Deus possa entrar sempre cada vez mais em nós. Hoje, o leitor peça a Deus que lhe envie o seu Espírito e que este o penetre profundamente.

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Meus irmãos, em Cristo estais ressuscitados;
Aspirai pois às coisas do Céu, não às da terra,
No seu precioso sangue fostes renovados,
Contra toda a espécie de mal parti em guerra.

Com Cristo nos manifestaremos na glória;
Deixemos de lado tudo o que é terreno:
Imoralidade, impureza, toda a vanglória;
Maus desejos não tenham o menor aceno.

Já não sois o homem de anteriormente,
Mas o homem novo à imagem do Criador;
De coração renovado e renovada mente,
Aspirai às coisas do alto, ao verdadeiro amor.

E vivei a beleza única das bem-aventuranças;
Alegrai-vos mesmo se vos perseguem por MIM.
Poderão matar-vos; permanecem as esperanças
Que o vosso coração acolhe; felizes sereis sem fim.

Teófilo Minga, fms

Terça feira - 8 de setembro de 2015

Ouvir o Evangelho


NATIVIDADE DA VIRGEM SANTA MARIA

Evangelho segundo S. Mateus 1, 1-16.18-23

Genealogia de Jesus Cristo, Filho de David, Filho de Abraão: Abraão gerou Isaac; Isaac gerou Jacob; Jacob gerou Judá e seus irmãos. Judá gerou, de Tamar, Farés e Zara; Farés gerou Esrom; Esrom gerou Arão; Arão gerou Aminadab; Aminadab gerou Naasson; Naasson gerou Salmon; Salmon gerou, de Raab, Booz; Booz gerou, de Rute, Obed; Obed gerou Jessé; Jessé gerou o rei David. David, da mulher de Urias, gerou Salomão; Salomão gerou Roboão; Roboão gerou Abias; Abias gerou Asa; Asa gerou Josafat; Josafat gerou Jorão; Jorão gerou Ozias; Ozias gerou Joatão; Joatão gerou Acaz; Acaz gerou Ezequias; Ezequias gerou Manassés; Manassés gerou Amon; Amon gerou Josias; Josias gerou Jeconias e seus irmãos, ao tempo do desterro de Babilónia. Depois do desterro de Babilónia, Jeconias gerou Salatiel; Salatiel gerou Zorobabel; Zorobabel gerou Abiud; Abiud gerou Eliacim; Eliacim gerou Azor; Azor gerou Sadoc; Sadoc gerou Aquim; Aquim gerou Eliud; Eliud gerou Eleazar; Eleazar gerou Matã; Matã gerou Jacob; Jacob gerou José, esposo de Maria, da qual nasceu Jesus, chamado Cristo. O nascimento de Jesus deu-se do seguinte modo: Maria, sua Mãe, noiva de José, antes de terem vivido em comum, encontrara-se grávida por virtude do Espírito Santo.

Outras leituras do dia: Miq 5, 1-4a ou Rom 8, 28-30; Sal 12, 6ab. 6cd


Resolveu repudiá-la em segredo. (Evangelho)

Quando queremos fazer bem, arranjamos sempre ocasião. S. José tinha aqui uma boa ocasião de tornar o seu repúdio público, porque mais tarde ou mais cedo ele seria manifesto. Mas fez o que estava nas suas mãos para fazer o bem possível. É isso que o leitor faz?

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Nasce Maria, a mãe do Senhor;
Amanhece na terra nova aurora,
No tempo já se anuncia o Salvador;
É outro tempo a partir de agora.

O Salvador virá de Belém, cidade modesta,
Quando for mãe a que deve ser mãe;
O nascimento de Maria é já uma festa,
É a certeza de um mundo novo também.

Bem-vinda sejas ao mundo, mãe Maria;
Caminhas connosco, és nossa irmã na fé;
No horizonte é a certeza de um novo dia,
Que em ti tomará carne, Jesus de Nazaré.

Tomará carne de forma única, misteriosa;
Maria mãe está comprometida com José;
Mas é o Espírito que fará dela mãe gloriosa;
Milagre dos milagres que acolhemos na fé.

Teófilo Minga, fms

Segunda feira - 7 de setembro de 2015

Ouvir o Evangelho


Evangelho segundo S. Lucas 6, 6-11

Naquele tempo, Jesus entrou numa sinagoga a um sábado e começou a ensinar. Estava lá um homem com a mão direita paralítica. Os escribas e fariseus observavam Jesus, para verem se Ele ia curar ao sábado e encontrarem assim um pretexto para O acusarem. Mas Jesus, conhecendo os seus pensamentos, disse ao homem que tinha a mão paralítica: «Levanta-te e põe-te de pé, aí no meio». O homem levantou-se e ficou de pé. Depois Jesus disse-lhes: «Eu pergunto-vos se é permitido ao sábado fazer bem ou fazer mal, salvar a vida ou tirá-la». Então olhou para todos à sua volta e disse ao homem: «Estende a mão». Ele assim fez e a mão ficou curada. Os escribas e fariseus ficaram furiosos e começaram a falar entre si do que haviam de fazer a Jesus.

Outras leituras do dia: Col 1, 24 – 2, 3; Sal 61 (62), 6-7. 9


Para verem se Ele ia curar ao sábado e encontrarem assim um pretexto para O acusarem. (Evangelho)

Se queremos denegrir alguém, todos os pretextos são bons, mesmo as boas coisas que a pessoa faz. Já tenho visto isso várias vezes. A questão é o que temos no nosso coração. Se odiamos o nosso irmão, tudo o que ele faz é mal feito. E nem sequer é preciso haver ódio. Longe disso. Basta que ele nos irrite levemente e já estamos sempre a implicar com ele. Como é que o leitor reage? O que é que tem lá no fundo do coração?

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Sou ministro para revelar o mistério escondido;
Escondido desde os tempos mais remotos, antigos;
Agora é proclamado; que seja por todos acolhido;
Mistério de Cristo que derruba os muros inimigos.

O mistério é também proclamado aos Gentios,
Para que também eles atinjam a perfeição
Ao acolher o Evangelho e os seus desafios,
Ao acolhê-lo devidamente em seu coração.

O Evangelho que vai além de todas as fronteiras
E é capaz de romper com leis pouco humanas;
Rompe do mesmo modo com todas as barreiras
Que matam o homem, porque duras e insanas.

Jesus é livre e cura o pobre ali abandonado.
Não tenhas medo; levanta-te e fica de pé!
O homem obedece e eis, fica deslumbrado!
Outros querem eliminar Jesus de Nazaré.

Teófilo Minga, fms

Domingo - 6 de setembro de 2015

Ouvir o Evangelho


DOMINGO XXIII DO TEMPO COMUM

Evangelho segundo S. Marcos 7, 31-37

Naquele tempo, Jesus deixou de novo a região de Tiro e, passando por Sidónia, veio para o mar da Galileia, atravessando o território da Decápole. Trouxeram-Lhe então um surdo que mal podia falar e suplicaram-Lhe que impusesse as mãos sobre ele. Jesus, afastando-Se com ele da multidão, meteu-lhe os dedos nos ouvidos e com saliva tocou-lhe a língua. Depois, erguendo os olhos ao Céu, suspirou e disse-lhe: «Effathá», que quer dizer «Abre-te». Imediatamente se abriram os ouvidos do homem, soltou-se-lhe a prisão da língua e começou a falar correctamente. Jesus recomendou que não contassem nada a ninguém. Mas, quanto mais lho recomendava, tanto mais intensamente eles o apregoavam. Cheios de assombro, diziam: «Tudo o que faz é admirável: faz que os surdos oiçam e que os mudos falem».

Outras leituras do dia: Is 35, 4-7a; Sal 145 (146), 7. 8-9a. 9bc-10; Tg 2, 1-5


Este domingo somos convidados a colocar-nos na lógica de Deus que vem para nos salvar. Actuante ao longo da história da humanidade, continuamos ainda hoje a ser interpelados para nos comprometermos no projecto da construção do Reino de Deus.
O Livro de Isaías traz-nos uma das mais belas profecias do Messias esperado. Há-de vir para aliviar os corações perturbados, para os serenar no momento do sofrimento, para os acompanhar na dor e na desilusão. Diz o Profeta: «Tende coragem, não temais. Aí está o vosso Deus; vem para fazer justiça e dar a recompensa; Ele próprio vem salvar-nos». Deus envia o seu Filho como Salvador e Redentor da humanidade. Não é um simples mensageiro que vem em nosso socorro, é o Filho Unigénito que Se faz um de nós. Encarnado, conhece em profundidade o mistério da vida humana sujeita às tentações, às dificuldades em manter-se fiel, ferida pelo pecado e pela morte. Na expectativa dessa vinda, anuncia Isaías que «se abrirão os olhos dos cegos e se desimpedirão os ouvidos dos surdos. Então o coxo saltará como um veado e a língua do mudo cantará de alegria». Na imagem dos cegos que recuperam a vista, dos surdos que readquirem a audição, do coxo que se torna ágil como o veado e do mudo que canta de alegria está prefigurada a vida nova, transformada e revigorada, que Cristo traz com a sua vinda.
Todos temos as nossas cegueiras na vida, quando parece que só há noite nos nossos dias; experimentamos a surdez quando não somos capazes de ouvir a voz de Deus que nos acalenta, em tantas horas de oração passadas mais em aridez que na desejada consolação; cambaleamos quando nos sentimos tentados e nos faltam as forças para nos mantermos fiéis ao Senhor; por fim, sentimos a mudez que nos impede de falar com clareza quando nada corre bem. Foi por nós, por tudo o que vivemos, que Jesus Se fez homem. Diante desta constatação, não podemos perder a confiança e o optimismo. Se há dias mais mal passados, outros virão cheios de alegria e entusiasmo.
Vivemos já nos tempos messiânicos da vinda definitiva do Salvador. Somos, de certa forma, como o surdo que mal podia falar e que é levado a Jesus. No Evangelho de S. Marcos, encontramos este extraordinário encontro no qual Jesus diz com voz imperiosa: «Effathá», que quer dizer «Abre-te». E o texto continua observando que «imediatamente se abriram os ouvidos do homem, soltou-se-lhe a prisão da língua e começou a falar correctamente». Ouçamos a voz de Cristo libertador, que nos continua a dizer «Abre-te à minha novidade, vira-te para fora, coloca-te ao serviço dos outros e nada te faltará».
A Epístola de S. Tiago recorda, por fim, que «a fé em Nosso Senhor Jesus Cristo não deve admitir acepção de pessoas». Se o dom da salvação nos é dado gratuitamente, não podemos proceder de outra forma com o nosso semelhante. Se recebemos de graça, temos de dar de graça a vida renovada a quem mais sofre.

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Não vos assusteis, corações perturbados;
Tende coragem que aí está o vosso Deus;
Vem estabelecer a justiça em todos os lados;
Vem salvar-nos; todos somos filhos seus.

Saltará o coxo perfeitamente curado
E a língua do mudo cantará de alegria;
Caminho de fé para o homem abençoado,
Que olha a todos em Deus: que sabedoria!

Preferir o rico e deixar o pobre abandonado?
Esse é um modo de estabelecer distinções;
É um modo pouco reto, é mesmo errado;
Mau caminho, se por aí vão vossos corações.

Vede o que Jesus fazia em terras de Galileia;
Cura o surdo; falava com grande dificuldade;
Desfez-se a prisão da língua e de alma cheia
Por aí vai proclamando a Deus e sua bondade.

Teófilo Minga, fms

Sábado - 5 de setembro de 2015

Ouvir o Evangelho


Evangelho segundo S. Lucas 6, 1-5

Passava Jesus através das searas num dia de sábado e os discípulos apanhavam e comiam as espigas, debulhando-as com as mãos. Alguns fariseus disseram «Porque fazeis o que não é permitido ao sábado?». Respondeu-lhes Jesus: «Não lestes o que fez David, quando ele e os seus companheiros sentiram fome? Entrou na casa de Deus, tomou e comeu os pães da proposição, que só aos sacerdotes era permitido comer, e também os deu aos companheiros». E acrescentou; «O Filho do homem é senhor do sábado».

Outras leituras do dia: Col 1, 21-23; Slm 53 (54), 3-4.6.8


O Filho do homem é senhor do sábado. (Evangelho)

E nós somos irmãos do Filho do homem. Nós somos senhores das leis, e em nome das leis pode fazer-se muitas coisas ilegítimas. A lei última é a nossa consciência e o descanso na lei pode ser uma forma de preguiça moral, uma maneira de não aplicarmos a nossa consciência como, no fundo, achávamos que devíamos. O leitor medite e veja por que lei se rege. Se pela do coração, se pela exterior. (Não diga as duas. É uma resposta muito fácil.)

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Éreis estranhos a Deus nos tempos antigos,
Estáveis longe d’Ele pelas vossas más ações;
Na mente e coração éreis seus inimigos;
Deus em Cristo reconcilia vossos corações.

Assim diante d’Ele somos já santificados,
Pessoas santas, irrepreensíveis e puras;
Portadoras da sua imagem em todos os lados;
Morreu o homem velho; somos novas criaturas.

Tão novas que às leis não ficam agarradas;
Também em sábado se podem comer as espigas;
O sábado não é para nos deixar de mãos algemadas,
Mas para o bem, para além de todas as medidas.

Mas…tudo isso ao sábado não é permitido;
Sois mentes muito rapidamente esquecidas!
Não lestes o que fez David no tempo antigo?
Mais que toda a Lei, o importante é a vida!

Teófilo Minga, fms

Sexta feira - 4 de setembro de 2015

Ouvir o Evangelho


Evangelho segundo S. Lucas 5, 33-39

Naquele tempo, os fariseus e os escribas disseram a Jesus: «Os discípulos de João Baptista e os fariseus jejuam muitas vezes e recitam orações. Mas os teus discípulos comem e bebem». Jesus respondeu-lhes: «Quereis vós obrigar a jejuar os companheiros do noivo, enquanto o noivo está com eles? Dias virão em que o noivo lhes será tirado; nesses dias jejuarão». Disse-lhes também esta parábola: «Ninguém corta um remendo de um vestido novo, para o deitar num vestido velho, porque não só rasga o vestido novo, como também o remendo não se ajustará ao velho. E ninguém deita vinho novo em odres velhos, porque o vinho novo acaba por romper os odres, derramar-se-á e os odres ficarão perdidos. Mas deve deitar-se vinho novo em odres novos. Quem beber do vinho velho não quer do novo, pois diz: ‘O velho é que é bom’».

Outras leituras do dia: Col 1, 15-20; Slm 99 (100), 2-5


Os teus discípulos comem e bebem. (Evangelho)

Jesus veio revogar as leis do Antigo Testamento com uma lei nova: «que vos ameis uns aos outros como Eu vos amei». Esta lei, o primeiro e o segundo mandamentos, era tudo o que interessava reter quanto a leis. Os discípulos de Jesus já não estavam amarrados às leis do Antigo Testamento, como depois S. Paulo explicará. O critério será a lei do amor. (Só que amar é muito difícil.) Qual é a lei do leitor? A exterior, que lhe apazigua a consciência, ou a interior, que o desafia?

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Cristo é a imagem do Deus invisível,
E tem a primazia sobre todas as criaturas;
N’Ele Deus chega até nós de modo visível;
Feito homem desce à terra lá das alturas.

N’Ele reside a plenitude de todos os bens;
Estabeleceu a paz pelo Sangue derramado;
Precioso sangue pelo qual eu tenho, tu tens,
E todos temos na terra o Céu ao nosso lado.

Temos também a alegria que Ele nos traz;
A alegrai que também é comida e bebida;
Mas é mais; Ele estabeleceu a nossa paz
E tira do pecado a humanidade ferida.

Convite de ontem, de sempre à renovação;
Em vestido novo não pomos remendo velho.
Transformai-vos de mente e de coração:
Eis a mensagem centro de todo o Evangelho.

Teófilo Minga, fms