No princípio era o Verbo e o Verbo estava com Deus e o Verbo era Deus. No princípio, Ele estava com Deus. Tudo se fez por meio d’Ele e sem Ele nada foi feito. N’Ele estava a vida e a vida era a luz dos homens. A luz brilha nas trevas e as trevas não a receberam. Apareceu um homem enviado por Deus, chamado João. Veio como testemunha, para dar testemunho da luz, a fim de que todos acreditassem por meio dele. Ele não era a luz, mas veio para dar testemunho da luz. O Verbo era a luz verdadeira, que, vindo ao mundo, ilumina todo o homem. Estava no mundo e o mundo, que foi feito por Ele, não O conheceu. Veio para o que era seu e os seus não O receberam. Mas àqueles que O receberam e acreditaram no seu nome, deu-lhes o poder de se tornarem filhos de Deus. Estes não nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do homem, mas de Deus. E o Verbo fez-Se carne e habitou entre nós. Nós vimos a sua glória, glória que Lhe vem do Pai como Filho Unigénito, cheio de graça e de verdade. João dá testemunho d’Ele, exclamando: «Era deste que eu dizia: ‘O que vem depois de mim passou à minha frente, porque existia antes de mim’». Na verdade, foi da sua plenitude que todos nós recebemos graça sobre graça. Porque, se a Lei foi dada por meio de Moisés, a graça e a verdade vieram por meio de Jesus Cristo. A Deus, nunca ninguém O viu. O Filho Unigénito, que está no seio do Pai, é que O deu a conhecer.
Outras leituras do dia: 1 Jo 2, 18-21; Sal 95 (96), 1-2. 11-12. 13
Estamos no último dia do ano. O Natal deu-nos, no presépio, a
capacidade de admirar, amar e imitar o Filho Unigénito de Maria. O ano
que finda deve merecer um canto de louvor ao trabalho do nosso Deus;
o que começa deve constituir um pretexto para cultivarmos o amor
e o humor, sabermos que Senhor é mais humano que nós e
que a sua ternura tem um prazo dilatado de mais 365 dias!-
«Palavra e Vida 2014» - O Evangelho comentado cada dia - uma iniciativa dos
Missionários Claretianos, ao serviço da evangelização.
Filhinhos, estamos na última hora;
Sabeis, o Anticristo já está entre nós;
Há muitos anticristos por aí, agora,
Vede, é fácil reconhecer à sua voz.
Afinal, não eram da comunidade,
Como vós que acolheis a unção do Santo
Faz-nos viver de mãos dadas com a verdade
E cantar para Deus o melhor canto.
Porque acolhestes também aquele que é a luz,
A luz que brilhou nas trevas, naquela noite santa
E que dias depois recebia um nome: era Jesus…
Para os pastores, para os reis a alegria é tanta.
Agora nós comungamos da sua plenitude;
Por Ele veio para nós a graça e a verdade;
Nele, nós temos a força de toda a virtude,
Ele é para nós semente de eternidade.
Teófilo Minga, fms
Quando os pais de Jesus levaram o Menino a Jerusalém, a fim de O apresentarem ao Senhor, estava no templo uma profetiza, Ana, filha de Fanuel, da tribo de Aser. Era de idade muito avançada e tinha vivido casada sete anos após o tempo de donzela e viúva até aos oitenta e quatro. Não se afastava do templo, servindo a Deus noite e dia, com jejuns e orações. Estando presente na mesma ocasião, começou também a louvar a Deus e a falar acerca do Menino a todos os que esperavam a libertação de Jerusalém. Cumpridas todas as prescrições da Lei do Senhor, voltaram para a Galileia, para a sua cidade de Nazaré. Entretanto, o Menino crescia e tornava-Se robusto, enchendo-Se de sabedoria. E a graça de Deus estava com Ele.
Outras leituras do dia: 1 Jo 2, 12-17; Sal 95 (96), 7-8a. 8b-9. 10
Ana fora casada durante sete anos e viúva até aos oitenta e quatro.
Durante a viuvez, suporta uma solidão aparentemente estéril,
mas nega-se a morrer: também ela está à espera do Consolador
e da libertação de Jerusalém. Parece que todos os dias rejuvenesce.
É feliz, porque não se afasta da Casa de Deus. É uma profetisa,
que aposta na alegria, na felicidade e na graça. De cara engelhada
e portadora de miopia e cataratas, vê o que os outros não enxergam:
descobre a presença do Menino e de seus pais. Entoa um hino de louvor
e agradece o fruto que deu sentido à sua espera. Mostra-nos que,
não obstante as vicissitudes da vida e os achaques físicos, continua a ser
objecto da ternura e da graça de Deus. Diz-nos que só está na hora
de partir para os braços do Pai celeste, quando nos reconciliamos
com o nosso lado bom e menos bom, com o mundo e a época
em que nos foi dado viver. Também o Senhor rejubilou em sua honra
e agradeceu o serviço litúrgico que ela prestava no Templo,
e o doméstico e conjugal dos seus tempos de donzela.
«Palavra e Vida 2014» - O Evangelho comentado cada dia - uma iniciativa dos
Missionários Claretianos, ao serviço da evangelização.
A todos escrevo, filhinhos meus,
Fazendo, no amor, um apelo à vossa fé:
Comportai-vos em tudo como filhos de Deus,
Seguindo o ensinamento de Jesus de Nazaré.
Se a Palavra de Deus permanece em vós,
Vencereis o Diabo, fonte de todo o mal;
O amor do mundo não seja a vossa voz:
Sede perfeitos como vosso Pai celestial.
E cantai como Ana, filha de Fanuel,
Em todo o tempo e circunstância,
Louvando em vossa vida o Deus de Israel,
Que vos chamou desde a vossa infância.
Servi pois a Deus, noite e dia,
Servi-O com jejuns e com orações;
Essa é a maior fonte de alegria:
O louvor a Deus em vossos corações.
Teófilo Minga, fms
Ao chegarem os dias da purificação, segundo a Lei de Moisés, Maria e José levaram Jesus a Jerusalém, para O apresentarem ao Senhor, como está escrito na Lei do Senhor: «Todo o filho primogénito varão será consagrado ao Senhor», e para oferecerem em sacrifício um par de rolas ou duas pombinhas, como se diz na Lei do Senhor. Vivia em Jerusalém um homem chamado Simeão, homem justo e piedoso, que esperava a consolação de Israel; e o Espírito Santo estava nele. O Espírito Santo revelara-lhe que não morreria antes de ver o Messias do Senhor; e veio ao templo, movido pelo Espírito. Quando os pais de Jesus trouxeram o Menino para cumprirem as prescrições da Lei no que lhes dizia respeito, Simeão recebeu-O em seus braços e bendisse a Deus, exclamando: «Agora, Senhor, segundo a vossa palavra, deixareis ir em paz o vosso servo, porque os meus olhos viram a vossa salvação, que pusestes ao alcance de todos os povos: luz para se revelar às nações e glória de Israel, vosso povo». O pai e a mãe do Menino Jesus estavam admirados com o que d’Ele se dizia. Simeão abençoou-os e disse a Maria, sua Mãe: «Este Menino foi estabelecido para que muitos caiam ou se levantem em Israel e para ser sinal de contradição; – e uma espada trespassará a tua alma – assim se revelarão os pensamentos de todos os corações».
Outras leituras do dia: 1 Jo 2, 3-11; Sal 95 (96), 1-2a. 2b-3. 5b-6
Simeão tem a sabedoria que os anos lhe conferem:
um passado cheio de recordações e um presente com prazo de validade
que o mantém vivo – só morrerá quando vir o Messias do Senhor.
O seu nome quer dizer “Deus ouviu-me”. É um homem justo e piedoso,
e cultiva, diariamente no Templo, a familiaridade com o Senhor. Esperava
a consolação de Israel e, quando lhe depõem o Senhor nos braços, confessa:
“Os meus olhos viram a salvação de Deus”. Diz bem do futuro,
mas é um portador de esperança para o tempo presente. Quando partir,
vai louvar o período extra que o Senhor lhe outorgou para viver.
Apesar de criatura, tem a ousadia de pedir a bênção e dar igualmente
a bênção ao Redentor do mundo e a seus pais, Maria e José.
«Palavra e Vida 2014» - O Evangelho comentado cada dia - uma iniciativa dos
Missionários Claretianos, ao serviço da evangelização.
Conhecer o Senhor é amar seus mandamentos,
De outra maneira é viver enganado, na mentira;
Acolhamos pois a Palavra em todos os momentos,
Essa é a atitude que Deus quer, que Deus admira.
Se não amamos e temos ódio ao nosso irmão,
Como poderemos dizer que vivemos na luz?
O que assim vive, vive em completa escuridão,
Nem de longe segue o ensinamento de Jesus.
Como primogénito é consagrado ao Senhor,
Depois da oferta humilde prevista pela Lei.
Simeão acolhe-o nos braços com todo o amor
E profetisa com Ana: Jesus é o Salvador da grei.
Mas não deixará de ser sinal de contradição,
Para muitos que vivem no país da Aliança;
Também Maria sentirá uma espada no coração,
Mas para todos, Jesus é sinal de esperança.
Teófilo Minga, fms
Sagrada Família de Jesus, Maria e José
Evangelho segundo S. Lucas 2, 22-40
Ao chegarem os dias da purificação, segundo a Lei de Moisés, Maria e José levaram Jesus a Jerusalém, para O apresentarem ao Senhor, como está escrito na Lei do Senhor: «Todo o filho primogénito varão será consagrado ao Senhor», e para oferecerem em sacrifício um par de rolas ou duas pombinhas, como se diz na Lei do Senhor. Vivia em Jerusalém um homem chamado Simeão, homem justo e piedoso, que esperava a consolação de Israel; e o Espírito Santo estava nele. O Espírito Santo revelara-lhe que não morreria antes de ver o Messias do Senhor; e veio ao templo, movido pelo Espírito. Quando os pais de Jesus trouxeram o Menino para cumprirem as prescrições da Lei no que lhes dizia respeito, Simeão recebeu-O em seus braços e bendisse a Deus, exclamando: «Agora, Senhor, segundo a vossa palavra, deixareis ir em paz o vosso servo, porque os meus olhos viram a vossa salvação, que pusestes ao alcance de todos os povos: luz para se revelar às nações e glória de Israel, vosso povo». O pai e a mãe do Menino Jesus estavam admirados com o que d’Ele se dizia. Simeão abençoou-os e disse a Maria, sua Mãe: «Este Menino foi estabelecido para que muitos caiam ou se levantem em Israel e para ser sinal de contradição; – e uma espada trespassará a tua alma – assim se revelarão os pensamentos de todos os corações». Havia também uma profetiza, Ana, filha de Fanuel, da tribo de Aser. Era de idade muito avançada e tinha vivido casada sete anos após o tempo de donzela e viúva até aos oitenta e quatro. Não se afastava do templo, servindo a Deus noite e dia, com jejuns e orações. Estando presente na mesma ocasião, começou também a louvar a Deus e a falar acerca do Menino a todos os que esperavam a libertação de Jerusalém. Cumpridas todas as prescrições da Lei do Senhor, voltaram para a Galileia, para a sua cidade de Nazaré. Entretanto, o Menino crescia e tornava-Se robusto, enchendo-Se de sabedoria. E a graça de Deus estava com Ele.
Outras leituras do dia: Sir 3, 3-7. 14-17a (gr. 2-6. 12-14); Sal 127 (128), 1-2. 3. 4-5; Col 3, 12-21
O matrimónio visa a felicidade e a santidade dos dois
cônjuges e a constituição da família. É uma comunidade
de vida e de amor, uma igreja doméstica que recebe,
escuta e vive de acordo com a Palavra de Deus. Como
igreja, deve celebrar o culto, receber os sacramentos,
meditar, cantar e orar, dar esmolas e praticar a caridade.
Fá-lo a primeira família, a Santíssima Trindade;
repete-o a cópia: a família de Nazaré.
«Palavra e Vida 2014» - O Evangelho comentado cada dia - uma iniciativa dos
Missionários Claretianos, ao serviço da evangelização.
Honra e ama o teu pai e a tua mãe;
No amor se apagarão teus pecados;
Ao respeitá-los terás longa vida também;
Na dor que não deixem de ser amados.
Porque sois amados por Deus, seus eleitos:
Vivei pois na misericórdia, na humildade.
Conselho divino: tendei a ser perfeitos,
Acolhei a todos em família, na bondade.
Sede uma cópia da família de Nazaré:
No tempo devido apresentam o Menino
No Templo, respeitando a Lei tal qual é.
Oferecimento ao Senhor, o mais belo hino.
Simeão recebe o Menino nos braços e canta;
Ana, a profetisa, não cala também seu louvor;
De suas vozes um hino de alegria se levanta,
Mas para Maria falam de uma espada de dor.
Teófilo Minga, fms
No primeiro dia da semana, Maria Madalena foi ter com Simão Pedro e com o discípulo predilecto de Jesus e disse-lhes: «Levaram o Senhor do sepulcro e não sabemos onde O puseram». Pedro partiu com o outro discípulo e foram ambos ao sepulcro. Corriam os dois juntos, mas o outro discípulo antecipou-se, correndo mais depressa do que Pedro, e chegou primeiro ao sepulcro. Debruçando-se, viu as ligaduras no chão, mas não entrou. Entretanto, chegou também Simão Pedro, que o seguira. Entrou no sepulcro e viu as ligaduras no chão e o sudário que tinha estado sobre a cabeça de Jesus, não com as ligaduras, mas enrolado à parte. Entrou também o outro discípulo que chegara primeiro ao sepulcro: viu e acreditou.
Outras leituras do dia: 1 Jo 1, 1-4; Sal 96 (97), 1-2. 5-6. 11-12
Santo do dia S. João, Apóstolo e Evangelista
“Viu e acreditou”. Muitos, porém, viram e ouviram o testemunho
dos colegas, e não acreditaram. Só se vê, quando os olhos ficam lavados
da vaidade e de interesses mundanos, e abertos ao que o Senhor
quer mostrar-nos no dia a dia. Há quem tenha olhos e não veja,
e ouvidos e não ouça, como os ídolos, a que alude um salmo.
S. João observa, no princípio do seu Evangelho: “Ele chegou à sua terra,
mas os seus não O acolheram; mas àqueles que acreditaram n’Ele,
deu-lhes a percepção e a certeza de que eram filhos de Deus”
Na passagem evangélica de hoje, a parte institucional, representada
por Simão Pedro, atrasa-se na corrida para o sepulcro, e é a vertente
carismática quem descobre e chega primeiro ao túmulo, mas não entra.
Espera, cede a passagem e recebe a confirmação do chefe dos Apóstolos.
Só depois avança: vê e acredita!
«Palavra e Vida 2014» - O Evangelho comentado cada dia - uma iniciativa dos
Missionários Claretianos, ao serviço da evangelização.
O que vimos com os nossos olhos,
E o que as nossas mãos tocaram,
O proclamamos no meio de tantos escolhos,
Sem medo daqueles que tantos mataram.
Ele é, de facto, o Verbo da Vida,
Da vida eterna que proclamamos;
Ei-la entre nós, em gruta esquecida,
Nós a acolhemos, nós a amamos.
Como Madalena: no primeiro dia da semana
Vai ao sepulcro do Senhor e o encontra vazio.
Teriam roubado aquele que seu coração ama?
Jesus a conquistara para além de todo o desvio.
Os discípulos acorrem, pressurosos, à sepultura.
Chega João e depois chega Pedro, mais cansado;
Veem o sudário, olham para todas as ligaduras.
Então viram e acreditaram: Jesus é o Ressuscitado.
Teófilo Minga, fms
Naquele tempo, disse Jesus aos seus apóstolos: «Tende cuidado com os homens: hão-de entregar-vos aos tribunais e açoitar-vos nas sinagogas. Por minha causa, sereis levados à presença de governadores e reis, para dar testemunho diante deles e das nações. Quando vos entregarem, não vos preocupeis em saber como falar nem com o que dizer, porque nessa altura vos será sugerido o que deveis dizer; porque não sereis vós a falar, mas é o Espírito do vosso Pai que falará em vós. O irmão entregará à morte o irmão e o pai entregará o filho. Os filhos hão-de erguer-se contra os pais e causar-lhes a morte. E sereis odiados por todos por causa do meu nome. Mas aquele que perseverar até ao fim, esse será salvo».
Outras leituras do dia: Act 6, 8-10; 7, 54-59; Sal 30 (31), 3cd-4. 6 e 8ab. 16b-17
Santo do dia S. Estêvão, Primeiro Mártir
Os mártires trouxeram o testemunho de Jesus para a rua.
E fizeram-no com indomável fortaleza. A fidelidade que consagravam a
Cristo deu-lhes força e ânimo nos tormentos e no sacrifício final. Após a
morte de Estêvão, muitos cristãos fugiram de Jerusalém e dispersaram-se
pelo Império, onde continuaram a proclamar a boa notícia da salvação,
sem receio e com grande entusiasmo. Não tinham preparação académica
nem catequética, mas transportavam dentro o poder do Espírito Santo,
que os defendia e acalentava, neutralizando a força dos inimigos. Foi esta
perseverança contínua que os salvou e lhes transmitiu a alegria de sofrerem
por Jesus Cristo, sem se preocuparem com as tribulações, as prisões e o
ódio inveterado que os perseguidores lhes moviam, por causa do nome de
Jesus.
«Palavra e Vida 2014» - O Evangelho comentado cada dia - uma iniciativa dos
Missionários Claretianos, ao serviço da evangelização.
Estêvão era homem cheio de força e graça;
Fazia extraordinários milagres entre o povo;
Nas suas palavras a sabedoria do Espírito passa;
Acolheu Jesus que inaugurou um tempo novo.
No seu discurso ataca os homens de cerviz dura,
Incircuncisos de coração e também de ouvidos.
Mas eis que o querem matar; e ele com bravura
Oferece seu corpo às pedras destes bandidos.
Por Ele, Jesus, também nós seremos perseguidos,
Seremos levados à presença de governadores;
Depois serão tantas ameaças; e nós, destemidos,
Diremos: Jesus é, para nós, o maior dos amores.
Nem será esse tempo, tempo de medo,
Que o Espírito de Deus falará por nós;
Frente à opressão diremos alto nosso credo,
A força do Espírito será a nossa voz.
Teófilo Minga, fms
Naqueles dias, saiu um decreto de César Augusto, para ser recenseada toda a terra. Este primeiro recenseamento efectuou-se quando Quirino era governador da Síria. Todos se foram recensear, cada um à sua cidade. José subiu também da Galileia, da cidade de Nazaré, à Judeia, à cidade de David, chamada Belém, por ser da casa e da descendência de David, a fim de se recensear com Maria, sua esposa, que estava para ser mãe. Enquanto ali se encontravam, chegou o dia de ela dar à luz e teve o seu Filho primogénito. Envolveu-O em panos e deitou-O numa manjedoura, porque não havia lugar para eles na hospedaria. Havia naquela região uns pastores que viviam nos campos e guardavam de noite os rebanhos. O Anjo do Senhor aproximou-se deles e a glória do Senhor cercou-os de luz; e eles tiveram grande medo. Disse-lhes o Anjo: «Não temais, porque vos anuncio uma grande alegria para todo o povo: nasceu-vos hoje, na cidade de David, um Salvador, que é Cristo Senhor. Isto vos servirá de sinal: encontrareis um Menino recém-nascido, envolto em panos e deitado numa manjedoura». Imediatamente juntou-se ao Anjo uma multidão do exército celeste, que louvava a Deus, dizendo: «Glória a Deus nas alturas e paz na terra aos homens por Ele amados».
Outras leituras do dia: Is 9, 1-6; Sal 95 (96), 1-2a. 2b-3. 11-12. 13; Tito 2, 11-14
No princípio era o Verbo e o Verbo estava com Deus e o Verbo era Deus. No princípio, Ele estava com Deus. Tudo se fez por meio d’Ele e sem Ele nada foi feito. N’Ele estava a vida e a vida era a luz dos homens. A luz brilha nas trevas e as trevas não a receberam. Apareceu um homem enviado por Deus, chamado João. Veio como testemunha, para dar testemunho da luz, a fim de que todos acreditassem por meio dele. Ele não era a luz, mas veio para dar testemunho da luz. O Verbo era a luz verdadeira, que, vindo ao mundo, ilumina todo o homem. Estava no mundo e o mundo, que foi feito por Ele, não O conheceu. Veio para o que era seu e os seus não O receberam. Mas àqueles que O receberam e acreditaram no seu nome, deu-lhes o poder de se tornarem filhos de Deus. Estes não nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do homem, mas de Deus. E o Verbo fez-Se carne e habitou entre nós. Nós vimos a sua glória, glória que Lhe vem do Pai como Filho Unigénito, cheio de graça e de verdade. João dá testemunho d’Ele, exclamando: «Era deste que eu dizia: ‘O que vem depois de mim passou à minha frente, porque existia antes de mim’». Na verdade, foi da sua plenitude que todos nós recebemos graça sobre graça. Porque, se a Lei foi dada por meio de Moisés, a graça e a verdade vieram por meio de Jesus Cristo. A Deus, nunca ninguém O viu. O Filho Unigénito, que está no seio do Pai, é que O deu a conhecer.
Outras leituras do dia: Is 52, 7-10; Sal 97 (98), 1. 2-3ab. 3cd-4. 5-6; Hebr 1, 1-6
Vida, luz, amor, verdade, riquezas, bênção, comunhão… são as palavras
que Deus pronuncia para nós através daquele que é a sua Palavra.
Mas essa comunicação de Deus, irradiando luz, destaca-se sobre um fundo
sombrio de escuridão: é o preço de ter escolhido fazer-se fragilidade
humana, exposta à recusa, à falta de reconhecimento. É assim que Deus se
quer aproximar de nós, não a partir do poder ou da imposição,
mas da proximidade. Este é o caminho que devemos seguir na igreja
se queremos ser fiéis ao mistério da Encarnação.
«Palavra e Vida 2014» - O Evangelho comentado cada dia - uma iniciativa dos
Missionários Claretianos, ao serviço da evangelização.
São formosos os pés do mensageiro da paz,
Que apregoam a boa-nova da salvação;
Mensageiro que ao mundo sem esperança traz
A alegria outrora prometida a toda a Sião.
O mensageiro último é Jesus Senhor
Por quem Deus fala nos tempos atuais.
Ele é o Filho, encarnação de divino amor,
Transforma em alegria o peso de nossos ais.
Era o Verbo desde toda a eternidade,
Luz que agora brilha na nossa escuridão.
Deixa os céus e vem a nós na humildade
Da carne, sinal evidente da humana condição.
Muitos dos seus não O receberam, infelizmente;
Mas aqueles que O receberam são filhos de Deus:
Vivem o Natal com Jesus-menino, agora e sempre,
E na escuridão da noite, são luzeiro dos céus.
Teófilo Minga, fms
Naquele tempo, Zacarias, pai de João Baptista, ficou cheio do Espírito Santo e profetizou dizendo: «Bendito seja o Senhor, Deus de Israel, que visitou e redimiu o seu povo e nos deu um salvador poderoso na casa de David, seu servo. Assim prometera desde os tempos antigos, pela boca dos seus santos Profetas, que nos libertaria dos nossos inimigos e das mãos de todos os que nos odeiam; que teria compaixão dos nossos pais, recordando a sua sagrada aliança e o juramento que fizera a Abraão, nosso pai: que nos concederia a graça de O servirmos um dia sem temor, livres das mãos dos nossos inimigos, em santidade e justiça, na sua presença, todos os dias da nossa vida. E tu, menino, serás chamado profeta do Altíssimo, porque irás à sua frente a preparar os seus caminhos, para dar a conhecer ao seu povo a salvação, pela remissão dos pecados; graças ao coração misericordioso do nosso Deus, que das alturas nos visita como sol nascente, para iluminar os que vivem nas trevas e na sombra da morte e dirigir os nossos passos no caminho da paz».
Outras leituras do dia: 2 Sam 7, 1-5. 8b-12. 14a. 16; Sal 88 (89), 2-3. 4-5. 27 e 29
Deus tinha «visitado» as vidas estéreis de Zacarias e Isabel e o hino
do Benedictus expressa o agradecimento pela chegada de uma criança
que anuncia a vinda de alguém maior do que ela. No meio deste tecido
sonoro de palavras humanas, vão-se entrecruzando a graça e a Palavra de
Deus que descem e o louvor que sobe para ele como resposta. Este rumor
avança como por ondas concêntricas e vai contagiando cada vez mais o
povo que rodeava Zacarias naquele dia, e todos aqueles que nos rodeiam a
nós, hoje… juntos continuamos a orar com o seu hino.
«Palavra e Vida 2014» - O Evangelho comentado cada dia - uma iniciativa dos
Missionários Claretianos, ao serviço da evangelização.
Natan fala a David, servo do Senhor:
“Construirás uma casa para eu habitar;
Tirei-te das pastagens onde eras pastor,
O meu povo de Israel hás de governar”.
Mas serei eu a levantar para ti,
Uma casa que é uma descendência:
Tu és meu filho, hoje e sempre, aqui,
Em ti deposito meu poder e clemência.
A tua casa e teu reino permanecerão.
No tempo, da tua dinastia virá Jesus,
Aquele que será anunciado por João,
Aquele que virá ao mundo, radiante luz.
João no caminho e Zacarias canta:
“ Bendito seja o Senhor, Deus de Israel”.
O menino-profeta, pela sua voz levanta
A esperança de um povo, mesmo infiel.
Teófilo Minga, fms
O nascimento de Jesus deu-se do seguinte modo: Maria, sua Mãe, noiva de José, antes de terem vivido em comum, encontrara-se grávida por virtude do Espírito Santo. Mas José, seu esposo, que era justo e não queria difamá-la, resolveu repudiá-la em segredo. Tinha ele assim pensado, quando lhe apareceu num sonho o Anjo do Senhor, que lhe disse: «José, filho de David, não temas receber Maria, tua esposa, pois o que nela se gerou é fruto do Espírito Santo. Ela dará à luz um Filho e tu pôr-Lhe-ás o nome de Jesus, porque Ele salvará o povo dos seus pecados». Tudo isto aconteceu para se cumprir o que o Senhor anunciara por meio do Profeta, que diz: «A Virgem conceberá e dará à luz um Filho, que será chamado ‘Emanuel’, que quer dizer ‘Deus connosco’». Quando despertou do sono, José fez como o Anjo do Senhor lhe ordenara e recebeu sua esposa.
Outras leituras do dia: Is 62, 1-5; Sal 88 (89), 4-5. 16-17. 27 e 29; Act 13, 16-17. 22-25
Naquele tempo, chegou a altura de Isabel ser mãe e deu à luz um filho. Os seus vizinhos e parentes souberam que o Senhor lhe tinha feito tão grande benefício e congratularam-se com ela. Oito dias depois, vieram circuncidar o menino e queriam dar-lhe o nome do pai, Zacarias. Mas a mãe interveio e disse: «Não, ele vai chamar-se João». Disseram-lhe: «Não há ninguém da tua família que tenha esse nome». Perguntaram então ao pai, por meio de sinais, como queria que o menino se chamasse. O pai pediu uma tábua e escreveu: «O seu nome é João». Todos ficaram admirados. Imediatamente se lhe abriu a boca e se lhe soltou a língua e começou a falar, bendizendo a Deus. Todos os vizinhos se encheram de temor e por toda a região montanhosa da Judeia se divulgaram estes factos. Quantos os ouviam contar guardavam-nos em seu coração e diziam: «Quem virá a ser este menino?» Na verdade, a mão do Senhor estava com ele.
Outras leituras do dia: Mal 3, 1-4. 23-24; Sal 24 (25), 4bc-5ab. 8-9. 10 e 14
O Anjo fora peremptório, na mensagem a Zacarias:
«Isabel, tua esposa, vai dar-te um filho, a quem porás o nome de João”.
João quer dizer ‘Deus é favorável’. A criança, expressão da memória
e benevolência de Deus, será consagrada ao Senhor, apelará à conversão
do povo, reconciliará pais e filhos e será arauto da vinda do Messias.
Um salmo afirma que os filhos gerados na juventude são como setas
nas mãos de um guerreiro; aqui, o filho da velhice é causa de alegria
e ocasião de festejos entre todas as povoações das redondezas. Este menino
vai tirar da vergonha e do opróbrio os seus pais, como exclama Isabel.
Deus recordou-se finalmente do casal de idosos. Zacarias ratifica o nome
do filho e recupera a voz. O crente atesta, com a sua vida, o nome excelso
de Deus: Jesus Cristo é o Senhor! Através d’Ele, nos veio a salvação,
e só Ele conduzirá os nossos passos pelas veredas da justiça e da paz.
«Palavra e Vida 2014» - O Evangelho comentado cada dia - uma iniciativa dos
Missionários Claretianos, ao serviço da evangelização.
Eis que vou enviar o meu mensageiro,
Deve preparar o caminho à minha frente;
Encha-se o vale, aplane-se o outeiro,
Vai chegar quem traz alegria a toda a gente.
Mensageiro que será um purificador,
Para os que o escutam, filhos do povo;
Purificados serão ouro e prata para o Senhor;
É com esta gente que começa o tempo novo.
Neste tempo novo o mensageiro é João,
Nome que significa “Deus é favorável”;
Sua voz forte ressoará em todo o coração
E em muitos faz nascer uma fé inabalável.
Todos se perguntam: “Quem será este menino?”
Filho de Isabel e Zacarias, de tal maneira esperado!
Para este casal idoso é o mais belo presente divino;
Vindo de Deus e Deus levará o povo bem-amado.
Teófilo Minga, fms
Naquele tempo, Maria disse: «A minha alma glorifica o Senhor e o meu espírito se alegra em Deus, meu Salvador. Porque pôs os olhos na humildade da sua serva: de hoje em diante me chamarão bem-aventurada todas as gerações. O Todo-poderoso fez em mim maravilhas, Santo é o seu nome. A sua misericórdia se estende de geração em geração sobre aqueles que O temem. Manifestou o poder do seu braço e dispersou os soberbos. Derrubou os poderosos de seus tronos e exaltou os humildes. Aos famintos encheu de bens e aos ricos despediu de mãos vazias. Acolheu a Israel, seu servo, lembrado da sua misericórdia, como tinha prometido a nossos pais, a Abraão e à sua descendência para sempre». Maria ficou junto de Isabel cerca de três meses e depois regressou a sua casa.
Outras leituras do dia: 1 Sam 1, 24-28; Sal 1 Sam 2, 1. 4-5. 6-7. 8abcd
Maria dá graças e faz um brinde em honra de Deus.
Quase não encontra palavras para agradecer ao Senhor toda a bondade
de que fora objecto. Louva-o pelas obras maravilhosas que realizara
em prol do seu povo, sublinha a sua misericórdia que se perpetuou
ao longo de gerações, exalta o poder do seu braço e o lugar
de proeminência que concede aos humildes. Os famintos têm n’Ele
um benfeitor e os ricos vão continuar de celeiros vazios.
O que prometera ao povo de Israel, consumara-o na geração presente.
Maria prolonga, durante três meses, as congratulações mútuas
à prima Isabel, a quem Deus mostrara também a sua bondade
e misericórdia, e, em seguida, regressa a sua casa.
«Palavra e Vida 2014» - O Evangelho comentado cada dia - uma iniciativa dos
Missionários Claretianos, ao serviço da evangelização.
Elcana conheceu Ana, sua mulher;
O Senhor lembrou-se de Ana que rezava
A Deus por um filho que gostaria de ter:
Oração de súplica a Deus que amava.
Mais tarde ao templo, levam o menino:
Querem oferecê-lo a Deus por Eli.
A criança é Samuel, o mais belo hino,
Pela qual tanto rezei, tanto pedi.
Um milagre como mais tarde Jesus,
Que já desponta no seio de Maria;
Também será oferecido a Deus; será luz
Para o mundo inteiro que nas trevas jazia.
Milagre maior que faz Maria cantar;
Sua alma glorifica em tudo o Senhor;
São palavras inspiradas, alegria a extravasar,
Num coração que canta em notas de amor.
Teófilo Minga, fms
Naquele tempo, o Anjo Gabriel foi enviado por Deus a uma cidade da Galileia chamada Nazaré, a uma Virgem desposada com um homem chamado José, que era descendente de David. O nome da Virgem era Maria. Tendo entrado onde ela estava, disse o Anjo: «Ave, cheia de graça, o Senhor está contigo». Ela ficou perturbada com estas palavras e pensava que saudação seria aquela. Disse-lhe o Anjo: «Não temas, Maria, porque encontraste graça diante de Deus. Conceberás e darás à luz um Filho, a quem porás o nome de Jesus. Ele será grande e chamar-Se-á Filho do Altíssimo. O Senhor Deus Lhe dará o trono de seu pai David; reinará eternamente sobre a casa de Jacob e o seu reinado não terá fim». Maria disse ao Anjo: «Como será isto, se eu não conheço homem?». O Anjo respondeu-lhe: «O Espírito Santo virá sobre ti e a força do Altíssimo te cobrirá com a sua sombra. Por isso o Santo que vai nascer será chamado Filho de Deus. E a tua parenta Isabel concebeu também um filho na sua velhice e este é o sexto mês daquela a quem chamavam estéril; porque a Deus nada é impossível». Maria disse então: «Eis a escrava do Senhor; faça-se em mim segundo a tua palavra».
Outras leituras do dia: 2 Sam 7, 1-5. 8b-12. 14a. 16; Sal 88 (89), 2-3. 4-5. 27 e 29; Rom 16, 25-27
A Deus nada é impossível, asseverara o arcanjo Gabriel.
O mistério da Encarnação do Verbo confirma as palavras
do mensageiro celeste. O Menino que vai nascer
será Deus e homem perfeito. Brota da representante
da nossa raça, a quem o Senhor achara graça e enchera
de graça. Será fruto do Espírito Santo e contará com a
anuência e o beneplácito desta donzela, em cujo ventre
encontra refúgio. Reinará como senhor e príncipe
do amor, da elegância e da harmonia, e o seu reinado
será eterno.
«Palavra e Vida 2014» - O Evangelho comentado cada dia - uma iniciativa dos
Missionários Claretianos, ao serviço da evangelização.
Serás tu a fazer um palácio para eu residir?
Eu, Senhor, chamei-te da guarda dos rebanhos,
Para fazer de ti rei do meu povo em devir,
E conduzires esse povo, ao longo dos anos.
Eu, o Senhor, te criei com grande amor;
O teu nome será grande em toda a terra;
Os teus inimigos fugirão com grande pavor,
Comigo vejo-te a vencer qualquer guerra.
É Deus que nos torna firmes pelo Evangelho,
Agora que a revelação do mistério é feita luz;
Luz que fecunda tanto o que novo como velho,
Luz irradiante que tem um nome: JESUS!
Jesus que aparece no tempo graças a Maria,
Donzela escondida do povoado de Nazaré!
Já não temo; confio e digo SIM, na alegria!
Vede, meus filhos; sou vossa irmã na fé.
Teófilo Minga, fms
Naquele tempo, o Anjo Gabriel foi enviado por Deus a uma cidade da Galileia chamada Nazaré, a uma Virgem desposada com um homem chamado José, da descendência de David. O nome da Virgem era Maria. Tendo entrado onde ela estava, disse o Anjo: «Ave, cheia de graça, o Senhor está contigo». Ela ficou perturbada com estas palavras e pensava que saudação seria aquela. Disse-lhe o Anjo: «Não temas, Maria, porque encontraste graça diante de Deus. Conceberás e darás à luz um Filho, a quem porás o nome de Jesus. Ele será grande e chamar-Se-á Filho do Altíssimo. O Senhor Deus Lhe dará o trono de seu pai David; reinará eternamente sobre a casa de Jacob e o seu reinado não terá fim». Maria disse ao Anjo: «Como será isto, se eu não conheço homem?» O Anjo respondeu-lhe: «O Espírito Santo virá sobre ti e a força do Altíssimo te cobrirá com a sua sombra. Por isso o Santo que vai nascer será chamado Filho de Deus. E a tua parenta Isabel concebeu também um filho na sua velhice e este é o sexto mês daquela a quem chamavam estéril; porque a Deus nada é impossível». Maria disse então: «Eis a escrava do Senhor; faça-se em mim segundo a tua palavra».
Outras leituras do dia: Is 7, 10-14; Sal 23 (24), 1-2. 3-4ab. 5-6
Toda a humanidade está dependente do sim de Maria. Ela admira-se
do que vê e ouve da boca do Anjo: “fica perturbada”. O temor passa,
quando é esclarecida e toma consciência de que Deus a abençoou
com a sua graça. Permanece em paz, porque vai conceber e dar à luz
o Filho de Deus, benévolo e reconciliador. Guarda, então, as palavras
do Arcanjo no íntimo do seu coração e, graças ao Espírito Santo,
discerne-as e assimila-as. Dá-se conta de que Deus a vai continuar a saudar,
a abençoar e a emitir sinais que a orientem. O seu ‘sim’ final está todo ele
feito de fé, de confiança e de aposta radical no seu Deus e Senhor.
«Palavra e Vida 2014» - O Evangelho comentado cada dia - uma iniciativa dos
Missionários Claretianos, ao serviço da evangelização.
Pede um sinal ao teu Deus, rei Acaz,
No profundo abismo ou lá nas alturas;
Pede um sinal para onde quer que vás,
Vivas feliz ou na maior das agruras.
Não pedirei um sinal; não porei à prova
O meu Senhor, o meu Rei e o meu Deus.
Justo? Não! Falta de confiança que renova
A nossa relação com o Senhor dos Céus.
Confiança que terá uma jovem menina,
A quem o Senhor envia o Anjo Gabriel.
Traz mensagem que vem da esfera divina,
Mensagem de salvação: Deus é fiel!
Deus tudo pode, não tenhas medo Maria:
De ti nascerá o filho de Deus, três vezes santo;
O povo, nas trevas, terá uma grande alegria!
Contigo nos alegramos; para ti o nosso canto.
Teófilo Minga, fms
Nos dias de Herodes, rei da Judeia, vivia um sacerdote chamado Zacarias, da classe de Abias, cuja esposa era descendente de Aarão e se chamava Isabel. Eram ambos justos aos olhos de Deus e cumpriam irrepreensivelmente todos os mandamentos e leis do Senhor. Não tinham filhos, porque Isabel era estéril e os dois eram de idade avançada. Quando Zacarias exercia as funções sacerdotais diante de Deus, no turno da sua classe, coube-lhe em sorte, segundo o costume sacerdotal, entrar no Santuário do Senhor para oferecer o incenso. Toda a assembleia do povo, durante a oblação do incenso, estava cá fora em oração. Apareceu-lhe então o Anjo do Senhor, de pé, à direita do altar do incenso. Ao vê-lo, Zacarias ficou perturbado e encheu-se de temor. Mas o Anjo disse lhe: «Não temas, Zacarias, porque a tua súplica foi atendida. Isabel, tua esposa, dar-te-á um filho, ao qual porás o nome de João. Será para ti motivo de grande alegria e muitos hão-de alegrar-se com o seu nascimento, porque será grande aos olhos do Senhor. Não beberá vinho nem bebida alcoólica; será cheio do Espírito Santo desde o seio materno e reconduzirá muitos dos filhos de Israel ao Senhor, seu Deus. Irá à frente do Senhor, com o espírito e o poder de Elias, para fazer voltar os corações dos pais a seus filhos e os rebeldes à sabedoria dos justos, a fim de preparar um povo para o Senhor». Zacarias disse ao Anjo: «Como hei-de saber que é assim, se eu estou velho e a minha esposa de idade avançada?». O Anjo respondeu-lhe: «Eu sou Gabriel, que assisto na presença de Deus e fui enviado para te anunciar esta boa nova. Mas tu vais guardar silêncio, sem poder falar, até ao dia em que tudo isto aconteça, por não teres acreditado nas minhas palavras, que se cumprirão a seu tempo. Entretanto, o povo esperava por Zacarias e admirava-se por ele se demorar no Santuário. Quando ele saiu, não lhes podia falar e então compreenderam que tinha tido uma visão no Santuário. Ele fazia-lhes sinais e continuava mudo. Ao terminarem os seus dias de serviço, Zacarias voltou para casa. Algum tempo depois, Isabel, sua esposa, concebeu e permaneceu oculta durante cinco meses, dizendo: «Assim procedeu o Senhor para comigo nos dias em que Se dignou livrar-me desta desonra diante dos homens».
Outras leituras do dia: Jz 13, 2-7. 24-25a; Sal 70 (71), 3-4a. 5-6ab. 16-17
O modo de actuar de Deus emudece Zacarias. Fica estupefacto
e sem palavras. Para entrar na história humana, Deus escolhe o caminho
aparentemente impossível: uma mulher estéril e um homem velho.
Este é o seu modo de actuar. Quando já nada temos a esperar,
quando tudo parece impossível,… Deus irrompe com força e transforma tudo.
Abramos o nosso coração a essa esperança.
«Palavra e Vida 2014» - O Evangelho comentado cada dia - uma iniciativa dos
Missionários Claretianos, ao serviço da evangelização.
O Anjo do Senhor disse: terás um filho,
Ele salvará Israel da mão dos Filisteus;
Será como astro de fulgurante brilho;
Teu filho, mas sobretudo filho de Deus.
A mulher teve um filho de nome Sansão;
A história se repete mais tarde com Isabel:
Em tudo, a natureza, a idade dizia que NÃO;
Mas nada é impossível ao Deus de Israel.
Sim, perante o Anjo Zacarias tem medo!
Não temas, Zacarias, tua esposa dará à luz;
Esta é a mensagem divina, o segredo,
Anúncio de outro mais admirável: Jesus!
O seu filho será cheio do Espírito Santo;
Será o percursor nos caminhos do deserto:
A sua voz firme ecoará em cada canto:
É o anúncio do Deus-Menino; está perto!
Teófilo Minga, fms
O nascimento de Jesus deu-se do seguinte modo: Maria, sua Mãe, noiva de José, antes de terem vivido em comum, encontrara-se grávida por virtude do Espírito Santo. Mas José, seu esposo, que era justo e não queria difamá-la, resolveu repudiá-la em segredo. Tinha ele assim pensado, quando lhe apareceu num sonho o Anjo do Senhor, que lhe disse: «José, filho de David, não temas receber Maria, tua esposa, pois o que nela se gerou é fruto do Espírito Santo. Ela dará à luz um Filho e tu pôr-Lhe-ás o nome de Jesus, porque Ele salvará o povo dos seus pecados». Tudo isto aconteceu para se cumprir o que o Senhor anunciara por meio do Profeta, que diz: «A Virgem conceberá e dará à luz um Filho, que será chamado ‘Emanuel’, que quer dizer ‘Deus connosco’». Quando despertou do sono, José fez como o Anjo do Senhor lhe ordenara e recebeu sua esposa.
Outras leituras do dia: Jer 23, 5-8; Sal 71 (72), 2. 12-13. 18-19
Cada cristão tem uma função a cumprir na vida.
O mistério da salvação estará plenamente concluído e revelado,
com a presença do Emanuel, o Deus connosco. Entre tantas figuras,
sobressaem José e Maria, que primam pela aceitação e fidelidade ao plano
salvífico de Deus, pela entrega mútua e incondicional um ao outro,
através do seu matrimónio, e pelo amor sem medida que consagram
a seu filho, o Menino Deus. Por alguma razão, apelidamos o dia de hoje
de festa da Senhora da Esperança. Através d’Ela, o Filho de Deus
desceu à terra, nela acampou e nunca mais a abandonou.
«Palavra e Vida 2014» - O Evangelho comentado cada dia - uma iniciativa dos
Missionários Claretianos, ao serviço da evangelização.
Surgirá para David um justo rebento;
Verdadeiro rei, agirá com sabedoria;
Na justiça acabará com todo o lamento,
A sua presença é sinal de um novo dia.
Então Israel viverá em segurança;
Tempos novos assomam no horizonte;
Vivemos o tempo de toda a esperança:
No mundo, todo o bem, hoje desponte.
Deu-se o milagre de um nascimento
De modo completamente sobrenatural;
Jesus chegou e com Ele muda o tempo:
Na terra das nações entra o divinal.
Mas entre em tudo com rosto humano;
O sonho divino faz de José esposo de Maria;
Também nós dia após dia, ano após ano
Demos Jesus ao mundo: suprema alegria!
Teófilo Minga, fms
Genealogia de Jesus Cristo, Filho de David, Filho de Abraão: Abraão gerou Isaac; Isaac gerou Jacob; Jacob gerou Judá e seus irmãos. Judá gerou, de Tamar, Farés e Zara; Farés gerou Esrom; Esrom gerou Arão; Arão gerou Aminadab; Aminadab gerou Naasson; Naasson gerou Salmon; Salmon gerou, de Raab, Booz; Booz gerou, de Rute, Obed; Obed gerou Jessé; Jessé gerou o rei David. David, da mulher de Urias, gerou Salomão; Salomão gerou Roboão; Roboão gerou Abias; Abias gerou Asa; Asa gerou Josafat; Josafat gerou Jorão; Jorão gerou Ozias; Ozias gerou Joatão; Joatão gerou Acaz; Acaz gerou Ezequias; Ezequias gerou Manassés; Manassés gerou Amon; Amon gerou Josias; Josias gerou Jeconias e seus irmãos, ao tempo do desterro de Babilónia. Depois do desterro de Babilónia, Jeconias gerou Salatiel; Salatiel gerou Zorobabel; Zorobabel gerou Abiud; Abiud gerou Eliacim; Eliacim gerou Azor; Azor gerou Sadoc; Sadoc gerou Aquim; Aquim gerou Eliud; Eliud gerou Eleazar; Eleazar gerou Matã; Matã gerou Jacob; Jacob gerou José, esposo de Maria, da qual nasceu Jesus, chamado Cristo. Assim, todas estas gerações são: de Abraão a David, catorze gerações; de David ao desterro de Babilónia, catorze gerações; do desterro de Babilónia até Cristo, catorze gerações.
Outras leituras do dia: Gen 49, 2. 8-10; Sal 71 (72), 2. 3-4ab. 7-8. 17
É consolador saber que Cristo assumiu a nossa carne.
O evangelista vai desfiando os representantes da árvore genealógica
de Jesus, e cada personagem que integra essa lista compõe e realiza
uma longa profecia messiânica, que irá desaguar, em plenitude,
no Filho de Maria, a Mãe de Deus. “Jesus chegou até nós,
no ocaso dos tempos; com a sua vinda, deu-se início à hora grande
e decisiva da história da humanidade” (Bento XVI).
«Palavra e Vida 2014» - O Evangelho comentado cada dia - uma iniciativa dos
Missionários Claretianos, ao serviço da evangelização.
Juntai-vos e escutai, meus filhos;
A palavra do pai Jacob era assim;
Queria falar-lhes de Judá e seus brilhos
Que desafiam os tempos sem fim.
Os inimigos curvar-se-ão diante de Judá;
Judá é, de facto, como um leão novo;
O cetro da sua força e seu poder virá:
Ei-los que aparecem, é um tempo novo.
Chega porque o tempo trouxe Jesus,
Através de gerações e mais gerações;
Este é o tempo novo de irradiante luz,
Luz serena, vai conquistar os corações.
Jacob gerou José, esposo de Maria
Do qual nasceu Jesus, chamado Cristo;
Esperança antiga, rosto de um novo dia,
Milagre tão grande, nunca antes visto.
Teófilo Minga, fms
Naquele tempo, disse Jesus aos príncipes dos sacerdotes e aos anciãos do povo: «Que vos parece? Um homem tinha dois filhos. Foi ter com o primeiro e disse-lhe: ‘Filho, vai hoje trabalhar na vinha’. Mas ele respondeu-lhe: ‘Não quero’. Depois, porém, arrependeu-se e foi. O homem dirigiu-se ao segundo filho e falou-lhe do mesmo modo. Ele respondeu: ‘Eu vou, Senhor’. Mas de facto não foi. Qual dos dois fez a vontade ao pai?». Eles responderam-Lhe: «O primeiro». Jesus disse-lhes: «Em verdade vos digo: Os publicanos e as mulheres de má vida irão diante de vós para o reino de Deus. João Baptista veio até vós, ensinando-vos o caminho da justiça, e não acreditastes nele; mas os publicanos e as mulheres de má vida acreditaram. E vós, que bem o vistes, não vos arrependestes, acreditando nele».
Outras leituras do dia: Sof 3, 1-2. 9-13; Sal 33 (34), 2-3. 6-7. 17-18. 19 e 23
Definimo-nos pela liberdade e pela coerência. Deus não força ninguém:
propõe somente. Cada cristão vai agir, de acordo com a sua própria
identidade. As palavras e as obras têm de rimar e de condizer
umas com as outras. O mesmo deverá acontecer na vertente do amor
a Deus e ao próximo. É o Senhor que escolhe e chama,
através da vocação cristã. O homem escuta livremente a palavra
de Deus, faz a sua opção, e pode sempre transformar um inicial ‘não’
num posterior ‘sim’, personalizado e permanente. João Baptista
conseguiu que os publicanos e as mulheres de má vida fizessem essa
inflexão difícil e começassem a palmilhar o caminho da justiça e do bem.
«Palavra e Vida 2014» - O Evangelho comentado cada dia - uma iniciativa dos
Missionários Claretianos, ao serviço da evangelização.
Ai da cidade rebelde e violenta
Que não tem confiança no Senhor;
Não se aproxima de Deus e tenta,
Ou fere em tudo a lei do amor.
Mas o povo há de invocar o Senhor Deus,
O Senhor clemente que perdoou o pecado;
Povo livre enfim, poderá olhar os Céus;
Povo humilde e modesto será exaltado.
É um apelo à liberdade e à coerência,
Em nossas palavras, ações e atitudes,
Deixando de lado toda a violência:
Nosso caminho é o caminho das virtudes.
As mulheres de má vida e os publicanos
Preceder-vos-ão no reino da felicidade;
De um não inicial ao longo dos anos,
Chegaram ao sim que acolhe a verdade.
Teófilo Minga, fms
Naquele tempo, Jesus foi ao templo e, enquanto ensinava, aproximaram-se d’Ele os príncipes dos sacerdotes e os anciãos do povo, que Lhe perguntaram: «Com que autoridade fazes tudo isto? Quem Te deu tal direito?» Jesus respondeu-lhes: «Vou fazer-vos também uma pergunta e, se Me responderdes a ela, dir-vos-ei com que autoridade faço isto. Donde era o baptismo de João? Do Céu ou dos homens?» Mas eles começaram a deliberar, dizendo entre si: «Se respondermos que é do Céu, vai dizer-nos: ‘Porque não lhe destes crédito?’ E se respondermos que é dos homens, ficamos com receio da multidão, pois todos consideram João como profeta». E responderam a Jesus: «Não sabemos». Ele por sua vez disse-lhes: «Então não vos digo com que autoridade faço isto».
Outras leituras do dia: Num 24, 2-7. 15-17a; Sal 24 (25), 4bc-5ab. 6-7bc. 8-9
Deus é autoridade, não só porque tem poder, mas porque nos ajuda
a crescer e a amar, e respeita o ritmo e o desenvolvimento das qualidades
que depôs no coração de cada filho. O baptismo de João Baptista
e o nosso brotaram do céu, porque através dele nos foi passada a certidão
e a credencial de filhos de Deus, e entramos na árvore genealógica
da família cristã, tornando-nos irmãos dos apóstolos, dos mártires
e de todos os santos. Os demais sacramentos desenvolveram em nós
a estatura de Cristo e a arte de nos assemelharmos aos irmãos,
que sobressaíram na caminhada fiel e regular da santidade.
«Palavra e Vida 2014» - O Evangelho comentado cada dia - uma iniciativa dos
Missionários Claretianos, ao serviço da evangelização.
Palavra firme de Balaão, filho de Beor,
Palavra de homem de olhar penetrante;
Olhando ao longe, para descobrir o melhor,
E com Deus pelos caminhos seguir adiante.
Palavra de quem ouve as revelações
E contempla as visões do omnipotente;
No horizonte surge um Astro-Rei; clarões
De luz que iluminam o futuro e o presente.
Astro-rei que aparecerá na história;
Surpreende a todos por sua autoridade;
Para todos é a certeza certa da vitória,
Onde o BEM triunfa sobre toda a maldade.
Dizei-me: de onde era o batismo de João?
Deliberaram entre eles e ficaram calados.
Gente de má-fé, sacerdotes e anciãos.
Eliminar Jesus: estão mal-intencionados!
Teófilo Minga, fms
Apareceu um homem enviado por Deus, chamado João. Veio como testemunha, para dar testemunho da luz, a fim de que todos acreditassem por meio dele. Ele não era a luz, mas veio para dar testemunho da luz. Foi este o testemunho de João, quando os judeus lhe enviaram, de Jerusalém, sacerdotes e levitas, para lhe perguntarem: «Quem és tu?». Ele confessou a verdade e não negou; ele confessou: «Eu não sou o Messias». Eles perguntaram-lhe: «Então, quem és tu? És Elias?». «Não sou», respondeu ele. «És o Profeta?». Ele respondeu: «Não». Disseram-lhe então: «Quem és tu? Para podermos dar uma resposta àqueles que nos enviaram, que dizes de ti mesmo?». Ele declarou: «Eu sou a voz do que clama no deserto: ‘Endireitai o caminho do Senhor’, como disse o profeta Isaías». Entre os enviados havia fariseus que lhe perguntaram: «Então, porque baptizas, se não és o Messias, nem Elias, nem o Profeta?». João respondeu-lhes: «Eu baptizo na água, mas no meio de vós está Alguém que não conheceis: Aquele que vem depois de mim, a quem eu não sou digno de desatar a correia das sandálias». Tudo isto se passou em Betânia, além do Jordão, onde João estava a baptizar.
Outras leituras do dia: Is 61, 1-2a. 10-11; Sal Lc 1, 46b-48. 49-50. 53-54; 1 Tes 5, 16-24
Santo do dia S. João da Cruz, presbítero e doutor da Igreja
Quem é Deus para cada um de nós e quem somos nós
para Deus? Ele é a Boa Nova, que devo anunciar aos
pobres e o Mestre que me educa e me prescreve o que
devo fazer para entrar na vida eterna. Nós somos seus
filhos e a sua mansão, pessoas que não são dignas
de lhe apertar os atacadores do calçado, mas a quem
Ele baptizou, ou seja, deu a vida, atribuiu um nome,
ajudou a crescer em sabedoria e graça, reproduziu em
nós as feições divinas e, desde a criação do mundo, nos
reservou um lugar de honra, a seu lado.
«Palavra e Vida 2014» - O Evangelho comentado cada dia - uma iniciativa dos
Missionários Claretianos, ao serviço da evangelização.
Sobre mim está o Espírito do Senhor,
Ele me ungiu para a anunciar a Boa-Nova;
Aos que precisam olhar sempre com amor
E ajudá-los em toda e qualquer prova.
Por isso exulto e vivo sempre na alegria;
Ouço o apelo a dar graças em todo o tempo:
Este era o modo como Jesus de Nazaré fazia;
Para nós, cristão, este é o mais belo exemplo.
João era apenas a voz que brada no deserto:
“Endireitai os caminhos, aplanai as montanhas”.
Este é o eco que ainda hoje ouvimos tão perto!
Por Jesus, sejamos capazes de todas as façanhas.
Teófilo Minga, fms
Ao descerem do monte, os discípulos perguntaram a Jesus: «Porque dizem os escribas que Elias tem de vir primeiro?» Jesus respondeu-lhes: «Certamente Elias há-de vir para restaurar todas as coisas. Eu vos digo, porém, que Elias já veio; mas, em vez de o reconhecerem, fizeram-lhe tudo o que quiseram. Assim também o Filho do homem será maltratado por eles». Então os discípulos compreenderam que Jesus lhes falava de João Baptista.
Outras leituras do dia: Sir 48, 1-4. 9-11; Sal 79 (80), 2ac e 3b. 15-16. 18-19
Santo do dia S. Luzia, virgem e mártir
O Advento apela à conversão, e converter-se é dizer bem de Deus,
apreciar os irmãos e gostar de si próprio. O cristão tem de proclamar
a sua vida como uma boa notícia, ou seja, evangelizar a sua vocação,
sentir-se feliz porque Deus o ama, saber que Deus nunca lhe retira
o estatuto de filho, fazer-se diariamente admirador e apreciador
das maravilhas que o Pai celeste leva a efeito, dentro dele. Pode passar
por provações, que o Senhor vai louvá-lo e canonizá-lo sempre,
como Deus fez com Elias e Jesus com João Baptista.
«Palavra e Vida 2014» - O Evangelho comentado cada dia - uma iniciativa dos
Missionários Claretianos, ao serviço da evangelização.
Vós que vos orgulhais do nome de Israel,
E vós que jurais pelo nome do Senhor,
Vejo, sinto que o vosso coração não é fiel,
Vossos lábios mentem, não dizem o amor.
Dou-me conta que sois um povo obstinado,
Com tendão de ferro e vossa cabeça dura;
EU, Deus, fiel, poderia ter-vos aniquilado,
Mas a minha misericórdia sempre perdura.
Passei-vos pelo cadinho como a prata
E provei-vos no crisol da tribulação;
É tempo para abandonardes o que mata
E abrirdes a porta da alma à conversão.
Não o reconhecestes e Elias já veio;
Maltratastes apenas esse profeta de Deus;
Este é o tempo da plenitude, tempo cheio:
O divino aparece na terra, lá dos céus.
Teófilo Minga, fms
Naquele tempo, disse Jesus à multidão: «A quem poderei comparar esta geração? É como os meninos sentados nas praças, que se interpelam uns aos outros, dizendo: ‘Tocámos flauta e não dançastes; entoámos lamentações e não chorastes’. Veio João Baptista, que não comia nem bebia, e dizem que tinha o demónio com ele. Veio o Filho do homem, que come e bebe, e dizem: ‘É um glutão e um ébrio, amigo de publicanos e pecadores’. Mas a sabedoria foi justificada pelas suas obras».
Outras leituras do dia: Is 48, 17-19; Sal 1, 1-2. 3. 4 e 6
Se parece contrastante o comportamento de Jesus e o de João,
sê-lo-á muito mais o dos membros da geração que os ouve e segue.
As autoridades religiosas judaicas não sabem por onde e por quem devem
optar. Têm dificuldade em aceitar o rosto de um Deus diferente.
Não afinam nem conseguem apanhar o tom certo da música.
Contudo, a fé do cristão consiste precisamente em remar contra a maré,
em ser uma voz incómoda, insólita e impopular, mas que se pauta
pelo diapasão de Deus. Proclama valores que a sociedade considera
caducos e ultrapassados, mas que transportam vida, fidelidade,
fecundidade e felicidade. Só os que receberam a sabedoria de Deus
são capazes de decifrar estes sinais e de se deixarem nortear por eles.
«Palavra e Vida 2014» - O Evangelho comentado cada dia - uma iniciativa dos
Missionários Claretianos, ao serviço da evangelização.
Eu teu Deus, dei-te lições para o teu bem
Conduzo-te pelo caminho que deves seguir,
Estarei contigo na hora difícil também,
Na minha Palavra, a certeza do teu devir.
Mas não seguiste o que eu te mandava;
A tua felicidade perdeu-se nas ondas do mar,
A tua geração que nas ondas desabrochava,
Perdeu-se na tua infidelidade sem par.
Jesus também comentou a falta de atenção
Das autoridades judaicas do seu tempo.
“A que poderei comparar esta geração?”
Pergunta Jesus entre a dúvida e o desalento.
Tocámos flauta e eis que não dançastes;
Dizeis que João Batista não comia nem bebia!
Entoámos lamentações e não chorastes.
Mas afinal onde está a vossa sabedoria?
Teófilo Minga, fms
Naquele tempo, disse Jesus à multidão: «Em verdade vos digo que, entre os nascidos de mulher, não apareceu ninguém maior do que João Baptista. Mas o mais pequeno no reino dos Céus é maior do que ele. Desde os dias de João Baptista até agora, o reino dos Céus sofre violência e são os violentos que se apoderam dele. Porque todos os profetas e a Lei profetizaram até João. É ele, se quiserdes compreender, o Elias que estava para vir. Quem tem ouvidos oiça».
Outras leituras do dia: Is 41, 13-20; Sal 144 (145), 1 e 9. 10-11. 12-13ab
João Baptista é o maior profeta, porque fecha o ciclo
do Antigo Testamento e cabe-lhe preparar pessoalmente a chegada
do seu primo, Jesus Cristo. É um homem de contrastes: corre à frente,
a abrir caminho e a fazer publicidade do seu Senhor. O importante é que
o Messias cresça e apareça, e que ele diminua. Intitula-se apenas
“uma voz que clama e ecoa no deserto”. Não se dá ares de protagonista
ou se ornamenta de noivo: contenta-se apenas em saber e sentir que Ele
é seu amigo. Finalmente, alia ao testemunho da palavra, de anúncio
e de denúncia, o da doação da própria vida, vertendo o sangue
em favor do seu amigo íntimo, Jesus Cristo Senhor.
«Palavra e Vida 2014» - O Evangelho comentado cada dia - uma iniciativa dos
Missionários Claretianos, ao serviço da evangelização.
Sou o Senhor teu Deus, tomo-te pela mão;
Não tenhas medo Jacob; eu te ajudarei,
Nem tu Israel: por ti será minha ação;
Teu Deus e teu Redentor: sempre o serei.
Mesmo os pobres e os mais necessitados,
Que têm sede e fome ao longo do tempo,
Também de mim nunca serão olvidados,
Não os abandonarei na dor do seu lamento.
Desafio aos falsos deuses, como o de João
A trazer ao de cima o Reino e suas exigências;
A todos a verdade de autêntica conversão,
Sua palavra pode ferir na sua veemência.
Mas não se pode calar jamais a verdade;
Assim fizeram também os profetas antigos;
Morreram à espada, exigência de fidelidade:
A palavra profética pode gerar tantos inimigos!
Teófilo Minga, fms
Naquele tempo, Jesus exclamou: «Vinde a Mim, todos os que andais cansados e oprimidos, e Eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei de Mim, que sou manso e humilde de coração, e encontrareis descanso para as vossas almas. Porque o meu jugo é suave e a minha carga é leve».
Outras leituras do dia: Is 40, 25-31; Sal 102 (103), 1-2. 3-4. 8 e 10
Só a humildade e a paz geram a verdadeira quietude.
A mansidão do coração de Cristo pacifica e serena o modo de ser
e a santidade do cristão. Este tem apenas uma forma de transportar
a carga e suportar o jugo, inerente ao seguimento do Mestre:
amar como Jesus amou, perdoar como só Ele sabe perdoar
e ter para com todos um coração vivo, terno e compassivo.
Todos vivemos diariamente das migalhas que caem da mesa do amor
de Deus. O Senhor toca nas nossas feridas, para que contemplemos,
com o nosso olhar, o seu rosto bondoso de médico. Deus é
um hábil cirurgião: nunca pega num filho pela parte dorida,
mas pelo lado são; deita-nos, na ferida, uma boa dose de azeite,
e aapenas umas minguadas gotas de vinagre. Tem consciência de que
o pecado nunca conseguirá estragar a relação profunda que Ele mantém
com cada filho, porque o seu amor e o seu perdão são incomensuráveis.
«Palavra e Vida 2014» - O Evangelho comentado cada dia - uma iniciativa dos
Missionários Claretianos, ao serviço da evangelização.
Há porventura alguém, igual a mim?
Levantai-vos, vede a obra das minhas mãos;
Maravilhas por todo lado, belas, sem fim,
Deixai então de lado todos os sonhos vãos.
Porque falas, Judá, porque murmuras Israel?
Não fui EU quem criou os céus e a terra?
Harmonia, oposto de todas as torres de Babel,
Mundo para a paz, longe de toda a guerra.
Por isso convido os cansados e oprimidos:
Eu os livrarei a todos do seu sofrimento;
Vinde a Mim todos que vos sentis feridos:
Serei vosso alívio, hoje e a todo o momento.
Tomai sobre vós o meu jugo: vereis, é suave;
Eu sou manso, eu sou humilde de coração,
Darei paz às vossas almas: eis aqui a chave
Para todas e qualquer grande transformação.
Teófilo Minga, fms
