Sábado - 31 de janeiro de 2015

Ouvir o Evangelho


Evangelho segundo S. Marcos 4, 35-41

Naquele dia, ao cair da tarde, Jesus disse aos seus discípulos: «Passemos à outra margem do lago». Eles deixaram a multidão e levaram Jesus consigo na barca em que estava sentado. Iam com Ele outras embarcações. Levantou-se então uma grande tormenta e as ondas eram tão altas que enchiam a barca de água. Jesus, à popa, dormia com a cabeça numa almofada. Eles acordaram-n’O e disseram: «Mestre, não Te importas que pereçamos?». Jesus levantou-Se, falou ao vento imperiosamente e disse ao mar: «Cala-te e está quieto». O vento cessou e fez-se grande bonança. Depois disse aos discípulos: «Porque estais tão assustados? Ainda não tendes fé?». Eles ficaram cheios de temor e diziam uns para os outros: «Quem é este homem, que até o vento e o mar Lhe obedecem?».

Outras leituras do dia: Hebr 11, 1-2. 8-19; Sal Lc 1, 69-70. 71-72. 73-75

Santo do dia
S. João Bosco, presbítero


Até o vento e o mar Lhe obedecem. (Evangelho)

Com fé em Jesus não há tempestade que resista. Pode é demorar um bocado mais do que esta do Evangelho de hoje, que acabou assim que os discípulos deram por ela. Mas é a fé que nos segura. E ao mesmo tempo vem a relação com Cristo. Era o que Cristo queria que se tivesse passado na barca. Que os discípulos tivessem tido fé, que essa fé tivesse sido suficiente para acalmar os seus nervos agitados, isso baseado na relação que já tinham com Ele. Peçamos a Jesus que nos dê uma fé à prova de tempestades.

Revista Mensageiro do Coração de Jesus | Secretariado Nacional do Apostolado da Oração | www.apostoladodaoracao.pt


A fé é o fundamento de toda a esperança,
De tudo o que esperamos e ainda não vemos;
Pela fé caminhamos; nela tudo se alcança;
Certeza de ser nosso o céu que ainda não temos.

Acreditar como Abraão; parte na obediência;
É a obediência da fé por rumos ignorados.
Não traz a dúvida, mesmo contra a evidência.
Com Abraão, tantos pela fé foram provados.

Tenhamos fé contra ventos e tempestades;
Jesus está ali connosco; parece dormir,
Mas ao longo do tempo, em todas as idades,
Não nos abandona; n’Ele está nosso devir.

Porque tendes medo? Ainda não tendes fé?
Eu sou maior que as águas desencadeadas.
Cheios de espanto, como quem não crê
Este milagre em mares tão revoltados.

Teófilo Minga, fms

Sexta feira - 30 de janeiro de 2015

Ouvir o Evangelho


Evangelho segundo S. Marcos 4, 26-34

Naquele tempo, disse Jesus à multidão: «O reino de Deus é como um homem que lançou a semente à terra. Dorme e levanta-se, noite e dia, enquanto a semente germina e cresce, sem ele saber como. A terra produz por si, primeiro a planta, depois a espiga, por fim o trigo maduro na espiga. E quando o trigo o permite, logo se mete a foice, porque já chegou o tempo da colheita». Jesus dizia ainda: «A que havemos de comparar o reino de Deus? Em que parábola o havemos de apresentar? É como um grão de mostarda, que, ao ser semeado na terra, é a menor de todas as sementes que há sobre a terra; mas, depois de semeado, começa a crescer e torna-se a maior de todas as plantas da horta, estendendo de tal forma os seus ramos que as aves do céu podem abrigar-se à sua sombra». Jesus pregava-lhes a palavra de Deus com muitas parábolas como estas, conforme eram capazes de entender. E não lhes falava senão em parábolas; mas, em particular, tudo explicava aos seus discípulos.

Outras leituras do dia: Hebr 10, 32-39; Sal 36 (37), 3-4. 5-6. 23-24. 39-40


Enquanto a semente germina e cresce. (Evangelho)

A semente germina dentro de nós. Às vezes, primeiro temos uma visão na nossa cabeça, depois essa visão tem que chegar ao coração. Outras vezes temos uma visão no nosso coração e é a cabeça que lhe tem que dar forma. De qualquer maneira, a semente tem que germinar e crescer até dar fruto. Não pode ser puxada, não pode ser posta a render precipitadamente. Peçamos a Nossa Senhora que a acompanhe dentro de nós. (Que semente? O leitor é que sabe.)

Revista Mensageiro do Coração de Jesus | Secretariado Nacional do Apostolado da Oração | www.apostoladodaoracao.pt


A luz de Cristo não evita o sofrimento;
Devereis suportar a luta, a perseguição;
Os discípulos sofrem a cada momento
Pela coragem da sua escolha, e opção.

Sofrestes e com os que sofreram solidários;
Mas não deixeis quebrar vossa perseverança;
Os sofrimentos serão muitos, serão vários,
Sinal do amor de Cristo onde mora a esperança.

O justo vive pela fé e é do Reino construtor;
Como a semente lançada à terra, espera;
Fazendo apelo à paciência, mesmo à dor,
Sabe que a semente traz nova primavera.

A semente de mostarda, pequena, quase nada,
Sabe crescer em árvore frondosa, tão grande.
Assim cresce o Reino, luz de nova alvorada!
No nosso sacrifício escondido, ele se expande.

Teófilo Minga, fms

Quinta feira - 29 de janeiro de 2015

Ouvir o Evangelho


Evangelho segundo S. Marcos 4, 21-25

Naquele tempo, disse Jesus à multidão: «Quem traz uma lâmpada para a pôr debaixo do alqueire ou debaixo da cama? Não se traz para ser posta no candelabro? Porque nada há escondido que não venha a descobrir-se, nem oculto que não apareça à luz do dia. Se alguém tem ouvidos para ouvir, oiça». Disse-lhes também: «Prestai atenção ao que ouvis: Com a medida com que medirdes vos será medido e ainda vos será acrescentado. Pois àquele que tem dar-se-lhe-á, mas àquele que não tem até o que tem lhe será tirado».

Outras leituras do dia: Hebr 10, 19-25; Sal 23 (24), 1-2. 3-4ab. 5-6


Quem traz uma lâmpada para a pôr debaixo do alqueire? (Evangelho)

Jesus quer dizer que ninguém arranja uma lâmpada para não a usar, mas isso não nos acontecerá às vezes? Será que, às vezes, não teremos que alumiar? Ou teremos sempre coisas de que nos orgulhamos? Ou, por vezes, é precisamente por termos agarrado na lâmpada que percebemos que é melhor não pôr muita luz neste ou naquele sítio. Peçamos a graça de ter uma boa lâmpada.

Revista Mensageiro do Coração de Jesus | Secretariado Nacional do Apostolado da Oração | www.apostoladodaoracao.pt


Entramos no santuário em toda a liberdade,
Porque o sangue de Cristo inaugurou vida nova;
Vida na qual somos consagrados na verdade,
E na qual o mundo continuamente se renova.

Seja viva a profissão da nossa esperança,
Amando-nos e prestando a todos, atenção;
Com o Bem combatamos o mal que avança,
Na Eucaristia, o centro do nosso coração.

Decididos, ide pelo mundo, sede sua luz;
A luz não é para ficar na terra escondida;
O mundo ainda espera a mensagem de Jesus;
Muito vos foi dado; dai agora sem medida!

Vivei em Cristo o encontro com o irmão;
Na alegria proclamai a Palavra do Evangelho;
Apóstolo é o que se dá de alma e coração
E leva a todos a Palavra, sua vida e conselho.

Teófilo Minga, fms

Quarta feira - 28 de janeiro de 2015

Ouvir o Evangelho


Evangelho segundo S. Marcos 4, 1-20

Naquele tempo, Jesus começou a ensinar de novo à beira mar. Veio reunir-se junto d’Ele tão grande multidão que teve de subir para um barco e sentar-Se, enquanto a multidão ficava em terra, junto ao mar. Ensinou-lhes então muitas coisas em parábolas. E dizia-lhes no Seu ensino: «Escutai: Saiu o semeador a semear. Enquanto semeava, uma parte da semente caiu à beira do caminho; vieram as aves e comeram-na. Outra parte caiu em terreno pedregoso, onde não havia muita terra; logo brotou, porque a terra não era funda. Mas, quando o sol nasceu, queimou-se e, como não tinha raiz, secou. Outra parte caiu entre espinhos; os espinhos cresceram e sufocaram-na e não deu fruto. Outras sementes caíram em boa terra e começaram a dar fruto, que vingou e cresceu, produzindo trinta, sessenta e cem por um». E Jesus acrescentava: «Quem tem ouvidos para ouvir, oiça». Quando ficou só, os que O seguiam e os Doze começaram a interrogá-l’O acerca das parábolas. Jesus respondeu-lhes: «A vós foi dado a conhecer o mistério do reino de Deus, mas aos de fora tudo se lhes propõe em parábolas, para que, ao olhar, olhem e não vejam, ao ouvir, oiçam e não compreendam; senão, convertiam-se e seriam perdoados». Disse-lhes ainda: «Se não compreendeis esta parábola, como haveis de compreender as outras parábolas? O semeador semeia a palavra. Os que estão à beira do caminho, onde a palavra foi semeada, são aqueles que a ouvem, mas logo vem Satanás e tira a palavra semeada neles. Os que recebem a semente em terreno pedregoso são aqueles que, ao ouvirem a palavra, logo a recebem com alegria; mas não têm raiz em si próprios, são inconstantes, e, ao chegar a tribulação ou a perseguição por causa da palavra, sucumbem imediatamente. Outros há que recebem a semente entre espinhos. Esses ouvem a palavra, mas os cuidados do mundo, a sedução das riquezas e todas as outras ambições entram neles e sufocam a palavra, que fica sem dar fruto. E os que receberam a palavra em boa terra são aqueles que ouvem a palavra, a aceitam e frutificam, dando trinta, sessenta ou cem por um».

Outras leituras do dia: Hebr 10, 11-18; Sal 109 (110), 1. 2. 3. 4

Santo do dia
S. Tomás de Aquino, presbítero e doutor da Igreja


Veio o sol e como não tinha raiz secou. (Evangelho)

O problema não foi o sol, foi não ter raiz. Podíamos pensar que a culpa tinha sido do sol que secou a plantinha, mas foi da falta de raiz. A semente tinha caído em terreno pedregoso e não tinha criado raiz. E sem raiz estava sujeita às vicissitudes da intempérie. O leitor tem raiz? Em quê?

Revista Mensageiro do Coração de Jesus | Secretariado Nacional do Apostolado da Oração | www.apostoladodaoracao.pt


Sacerdote que celebrava o culto todos os dias,
Sem a capacidade de eliminar todo o pecado
Que destruía o homem em todas as suas vias;
Uma vida sem futuro, o homem abandonado!

Mas eis que vem Cristo, vivo e fulgurante;
Na Ressurreição vence o pecado e a morte.
Sonhamos então outro tempo belo e radiante.
A Cruz é o sinal claro do verdadeiro norte.

Convertei-vos, pois, de coração e mente;
Que o vosso coração esteja sempre à escuta,
Que seja o bom terreno de toda a semente,
Que cresce humilde, mesmo na força da luta,

Contra as forças do mal e pelo Reino de Deus.
A semente é a Palavra em sementeira lançada,
Pelo Senhor que visita a terra e vem lá dos Céus.
Sede terra fecunda, aquela por Deus amada!

Teófilo Minga, fms

Terça feira - 27 de janeiro de 2015

Ouvir o Evangelho


Evangelho segundo S. Marcos 3, 31-35

Naquele tempo, chegaram à casa onde estava Jesus, sua Mãe e seus irmãos, que, ficando fora, O mandaram chamar. A multidão estava sentada em volta d’Ele, quando Lhe disseram: «Tua Mãe e teus irmãos estão lá fora à tua procura». Mas Jesus respondeu-lhes: «Quem é minha Mãe e meus irmãos?» E, olhando para aqueles que estavam à sua volta, disse: «Eis minha Mãe e meus irmãos. Quem fizer a vontade de Deus esse é meu irmão, minha irmã e minha Mãe».

Outras leituras do dia: Hebr 10, 1-10; Sal 39 (40), 2 e 4ab. 7-8a. 10-11


Esse é meu irmão, minha irmã e minha Mãe. (Evangelho)

Devemos ser irmão, irmã, mesmo Mãe de Jesus. Mesmo Mãe? Sim, protegê-Lo. Devemos proteger o amor que Jesus é. (Deus é amor.) E devemos mostrá-Lo – falar d’Ele, dar testemunho d’Ele – como uma Mãe orgulhosa do seu menino. E temos que nos dar com Ele, com amor, como os irmãos, e vê-Lo também dentro dos nossos irmãos. Assim melhor O amaremos e melhor amaremos os nossos irmãos.

Revista Mensageiro do Coração de Jesus | Secretariado Nacional do Apostolado da Oração | www.apostoladodaoracao.pt


Os sacrifícios que ofereceis ano a ano,
Não apagam a realidade do pecado
Que corrompe e tudo o que é humano;
É preciso um sacrifício de outro calado!

Vossos sacrifícios trazem apenas a recordação
Da conduta errante em que tendes vivido;
A vontade de Deus é a grande revelação
Que apaga o pecado, desde sempre cometido!

“Aqui estou para fazer a tua vontade”,
Vontade de Deus que continua na Eucaristia;
Abrem-se horizontes de outra grandiosidade;
Na Palavra de Jesus, o lindo sol de outro dia.

Procuram-te a tua mãe, irmão e irmãs.
Meus amigos, sabeis onde está a verdade?
Não percais o tempo em conjeturas vãs:
Sois minha família ao fazer a minha vontade.

Teófilo Minga, fms

Segunda feira - 26 de janeiro de 2015

Ouvir o Evangelho


Evangelho segundo S. Marcos 3, 22-30

Naquele tempo, os escribas que tinham descido de Jerusalém diziam: «Está possesso de Belzebu», e ainda: «É pelo chefe dos demónios que Ele expulsa os demónios». Mas Jesus chamou-os e começou a falar-lhes em parábolas: «Como pode Satanás expulsar Satanás? Se um reino estiver dividido contra si mesmo, tal reino não pode aguentar-se. E se uma casa estiver dividida contra si mesma, essa casa não pode aguentar-se. Portanto, se Satanás se levanta contra si mesmo e se divide, não pode subsistir: está perdido. Ninguém pode entrar em casa de um homem forte e roubar-lhe os bens, sem primeiro o amarrar: só então poderá saquear a casa. Em verdade vos digo: Tudo será perdoado aos filhos dos homens: os pecados e blasfémias que tiverem proferido; mas quem blasfemar contra o Espírito Santo nunca terá perdão: será réu de pecado eterno». Referia-Se aos que diziam: «Está possesso dum espírito impuro».

Outras leituras do dia: 2 Tim 1, 1-8 ou Tit 1, 1-5; Sal 95, 1-2a. 2b-3. 7-8a. 10


É pelo chefe dos demónios que Ele expulsa os demónios. (Evangelho)

A nossa tendência para julgarmos o que está por trás das intenções dos outros, algumas vezes torna os nossos pensamentos impuros, em vez de deixar as acções das pessoas fluírem no nosso coração e estarmos abertos à acção do Espírito Santo nos nossos irmãos. Porque é dos nossos irmãos que se trata. Hoje falemos com Deus sobre a pureza do nosso coração

Revista Mensageiro do Coração de Jesus | Secretariado Nacional do Apostolado da Oração | www.apostoladodaoracao.pt


Sou Paulo, apóstolo por vontade de Deus;
Eu te saúdo, Timóteo, caríssimo filho;
Comigo proclama também os altos céus,
E traz sobre a terra sedenta, seu brilho.

Estás sempre, na alegria da minha oração;
Quero ver-te outra vez; sinto a nostalgia
Da tua presença que acolho com emoção
E no abraço santo, plenitude da alegria.

Como tu, Jesus escolhe ainda setenta e dois,
Que enviou como mensageiros do divino,
Proclamarem a sua Palavra e logo depois,
Na oração davam graças no canto de um hino.

Ação de graças por tanto bem realizado,
Pelas estradas que foram seu caminho:
De casa em casa o Evangelho é proclamado;
A felicidade dos ouvintes eu adivinho.

Teófilo Minga, fms

Domingo - 25 de janeiro de 2015

Ouvir o Evangelho


DOMINGO III DO TEMPO COMUM

Evangelho segundo S. Marcos 1, 14-20

Depois de João ter sido preso, Jesus partiu para a Galileia e começou a proclamar o Evangelho de Deus, dizendo: «Cumpriu-se o tempo e está próximo o reino de Deus. Arrependei-vos e acreditai no Evangelho». Caminhando junto ao mar da Galileia, viu Simão e seu irmão André, que lançavam as redes ao mar, porque eram pescadores. Disse-lhes Jesus: «Vinde comigo e farei de vós pescadores de homens». Eles deixaram logo as redes e seguiram-n’O. Um pouco mais adiante, viu Tiago, filho de Zebedeu, e seu irmão João, que estavam no barco a consertar as redes; e chamou-os. Eles deixaram logo seu pai Zebedeu no barco com os assalariados e seguiram Jesus.

Outras leituras do dia: Jonas 3, 1-5. 10; Sal 24 (25), 4bc-5ab. 6-7bc. 8-9; 1 Cor 7, 29-31

Santo do dia
Conversão de S. Paulo, Apóstolo


«O Reino de Deus está próximo. Convertei-vos!» é a chave deste Domingo III do Tempo Comum. Semanalmente, juntamo-nos para celebrar o Dia do Senhor, o mistério da Redenção que nos centra na Pessoa e na obra de Jesus Cristo. O tempo não pára e é urgente meter mão à obra, quanto antes, na transformação do nosso coração!
A primeira leitura traz-nos um excerto da Profecia de Jonas, enviado por Deus a proclamar a conversão da cidade de Nínive: «Levanta-te, vai à grande cidade de Nínive e apregoa nela a mensagem que Eu te direi. Daqui a quarenta dias, Nínive será destruída». Jonas levantou-se, foi a Nínive, a população acreditou em Deus e converteu-se. Os seus habitantes proclamaram um jejum e o Senhor desistiu do castigo com que os ameaçara. «Levanta-te e vai; acredita e converte-te», são palavras que Jesus nos continua a dizer. Vivemos muitas vezes paralisados e curvados sobre nós próprios, fechados à graça de Deus e àqueles que nos rodeiam, preocupados com o nosso mundo e os nossos interesses. É preciso sair deste círculo vicioso, levantando os olhos para Deus, disponíveis para caminhar ao seu encontro com confiança.
São Paulo, na Primeira Epístola aos Coríntios acrescenta mais um dado: «o tempo é breve e o cenário deste mundo é passageiro». Estamos sempre a adiar as grandes decisões para um amanhã que nunca vem, uma confissão bem feita diante de um sacerdote que me traga o perdão de Deus, uma frequência mais séria e participativa na Eucaristia, a visita a um familiar doente ou a um amigo distante. «O tempo é breve» e pode não haver uma segunda oportunidade. A que me interpela esta expressão do Apóstolo dos Gentios?
O Evangelho segundo São Marcos, que nos vais acompanhar ao longo dos domingos deste Ano Litúrgico, traz-nos o início da vida pública de Jesus. Depois do baptismo no Jordão e da prisão do primo João, Jesus partiu para a Galileia e começou a proclamar o Evangelho de Deus, dizendo: «Cumpriu-se o tempo e está próximo o Reino de Deus. Arrependei-vos e acreditai no Evangelho». Então, caminhando junto ao mar da Galileia, viu Simão e o seu irmão André, Tiago e o seu irmão João, filhos de Zebedeu, a quem convidou a uma vida nova. Imediatamente deixaram o barco e as redes de pesca e seguiram Jesus. O convite feito a estes homens pescadores continua a fazer-se a cada um de nós. Jesus vem meter-Se na nossa vida, na nossa família e nas nossas ocupações, para nos transformar a partir de dentro em colaboradores do Reino do Pai. Em que medida O sinto presente no meu dia-a-dia? Consigo sentir a voz que soletra o meu nome para dizer: «Vem comigo!».
Deus não nos abandona e está sempre disposto a esquecer-Se das vezes que nos desviamos do seu caminho. Cantemos, por isso, com o salmista o cântico de perdão e de súplica, para que Deus nos conduza pelos seus caminhos: «Mostrai-me, Senhor, os vossos caminhos. Guiai-me na vossa verdade e ensinai-me, porque Vós sois Deus, meu Salvador».

Revista Mensageiro do Coração de Jesus | Secretariado Nacional do Apostolado da Oração | www.apostoladodaoracao.pt


Levanta-te e vai a Nínive, a grande cidade;
Jonas foi a proclamar a Palavra do Senhor.
Aconteceu a conversão em toda a liberdade,
Da má conduta a uma experiência de amor.

Sim, este é o tempo propício da conversão;
O tempo é breve; passa a figura deste mundo!
Os bens nossos não nos corrompam o coração,
Que a nossa vida seja o tempo de Deus, fecundo.

João nos chama ao Evangelho, Palavra de vida;
Chegou o tempo dos tempos, o tempo de Deus.
Acolhamos a Palavra; nossa vida será enriquecida;
Seremos na verdade, filhos que aspiram aos céus!

Como chamou Simão e André, a nós chama;
Deixemos as redes no mar e vamos à descoberta
Do presente de Deus com entusiasmo e chama,
Respondendo ao apelo… nossa vida seja oferta!

Teófilo Minga, fms

Sábado - 24 de janeiro de 2015

Ouvir o Evangelho


Evangelho segundo S. Marcos 3, 13-19

Naquele tempo, Jesus subiu a um monte. Chamou à sua presença aqueles que entendeu e eles aproximaram-se. Escolheu doze, para andarem com Ele e para os enviar a pregar, com poder de expulsar demónios. Escolheu estes doze: Simão, a quem pôs o nome de Pedro; Tiago, filho de Zebedeu, e João, irmão de Tiago, aos quais pôs o nome de Boanerges, isto é, «Filhos do trovão»; André, Filipe, Bartolomeu, Mateus, Tomé, Tiago de Alfeu, Tadeu, Simão o Cananeu e Judas Iscariotes, que depois O traiu.

Outras leituras do dia: Hebr 5, 1-10; Sal 109 (110), 1. 2. 3. 4


Está fora de Si. (Evangelho)

Parece que os parentes de Jesus entendiam que «chegar tanta gente e não terem tempo para comer» era sinónimo de Jesus não estar no seu juízo perfeito. Seja como for, os parentes de Jesus estavam assustados com a sua pregação e foram ter com Ele. O mesmo nos pode acontecer: termos uma intuição divina – uma intuição que nos vem de Deus – e que é mal interpretada pela nossa família/amigos. Cabe-nos ser firmes e estar seguros da origem dessa intuição. Peçamos essa firmeza e esse discernimento.

Revista Mensageiro do Coração de Jesus | Secretariado Nacional do Apostolado da Oração | www.apostoladodaoracao.pt


Foi construída uma tenda, a primeira,
Onde se encontrava o Santo dos Santos;
Mas Jesus vem em tenda mais verdadeira,
Sinal de júbilo, alo na alegria dos cantos.

Aliança antiga e frágil, sangue dos animais,
O sangue de Cristo tem agora bem mais valor;
Valor que nos purifica do pecado e ainda mais,
Dá-nos a santidade de Deus que é Amor.

Na santidade morrem as obras da morte,
Estamos mergulhados no Deus vivente;
Ele nos conduz de novo ao verdadeiro norte,
N’Ele descobrimos um mundo diferente.

Alguns nem sequer compreenderão Jesus,
Porque Jesus não fala para ser aplaudido.
Da Sua boca, unicamente uma Palavra de luz
Que transforma o mundo: mais belo e querido.

Teófilo Minga, fms

Sexta feira - 23 de janeiro de 2015

Ouvir o Evangelho


Evangelho segundo S. Marcos 3, 13-19

Naquele tempo, Jesus subiu a um monte. Chamou à sua presença aqueles que entendeu e eles aproximaram-se. Escolheu doze, para andarem com Ele e para os enviar a pregar, com poder de expulsar demónios. Escolheu estes doze: Simão, a quem pôs o nome de Pedro; Tiago, filho de Zebedeu, e João, irmão de Tiago, aos quais pôs o nome de Boanerges, isto é, «Filhos do trovão»; André, Filipe, Bartolomeu, Mateus, Tomé, Tiago de Alfeu, Tadeu, Simão o Cananeu e Judas Iscariotes, que depois O traiu.

Outras leituras do dia: Hebr 8, 6-13; Sal 84 (85), 8 e 10. 11-12. 13-14


E Judas Iscariotes, que depois O traiu… (Evangelho)

Hoje, peçamos a graça de não trair Jesus. O pecado é uma traição, uma traição ao estado de graça em que vivemos. Com o pecado, esse estado de graça fica quebrado e é refeito pela misericórdia de Deus e pelo nosso arrependimento. Mas muito melhor é que ele não se quebre, não se rompa e que nós andemos de graça em graça maior. Peçamos a Deus esse dom, o dom de crescermos em graça tal como Jesus quando estava a crescer.

Revista Mensageiro do Coração de Jesus | Secretariado Nacional do Apostolado da Oração | www.apostoladodaoracao.pt


Passou o tempo da Antiga Aliança,
O Senhor vem concluir outra. Nova;
É diferente porque traz a esperança,
E nesta esperança o povo se renova.

A minha Lei estará inscrita no seu coração,
E todos assim conhecerão o Deus e Senhor;
Tempo novo onde a palavra é conversão
E onde a Lei é, de facto, apelo ao amor.

Apelo que Doze ouvirão da boca de Jesus;
Chama-os depois de noite inteira, recolhido,
É para estarem com Ele e depois serem luz
Pelos caminhos do mundo, um tanto perdido.

Anunciam ao povo um tempo que já começou;
Chegou com Jesus, agora presente entre nós;
Na pessoa de Jesus a Lei antiga deveras passou
Ele chama-nos para sermos eco da sua voz.

Teófilo Minga, fms

Quinta feira - 22 de janeiro de 2015

Ouvir o Evangelho


Evangelho segundo S. Marcos 3, 7-12

Naquele tempo, Jesus retirou-Se com os seus discípulos a caminho do mar e acompanhou-O uma numerosa multidão que tinha vindo da Galileia. Também da Judeia e de Jerusalém, da Idumeia e da Transjordânia e dos arredores de Tiro e de Sidónia, veio ter com Jesus uma grande multidão, por ouvir contar tudo o que Ele fazia. Disse então aos seus discípulos que Lhe preparassem uma barca, para que a multidão não O apertasse. Como tinha curado muita gente, todos os que sofriam de algum padecimento corriam para Ele, a fim de Lhe tocarem. Os espíritos impuros, quando viam Jesus, caíam a seus pés e gritavam: «Tu és o Filho de Deus». Ele, porém, proibia-lhes severamente que o dessem a conhecer.

Outras leituras do dia: Hebr 7, 25 – 8, 6; Sal 39 (40), 7-8a. 8b-9. 10. 17


Retirou-Se … e acompanhou-O uma numerosa multidão. (Evangelho

As multidões não davam descanso a Jesus. Jesus, agora, já não está numa posição em que tenhamos de ter pena d’Ele. Agora, Jesus não Se cansa, é um espírito puro. Então o leitor aproveite esse facto para não deixar Jesus descansar. Incomode-O, abane-O, chame-O, converse com Ele. Sobre quê? Sobre o que o leitor quiser. Se não tiver tema, diga-Lhe isso: «Ó Jesus, não sei sobre o que é que havemos de conversar» e veja o que acontece.

Revista Mensageiro do Coração de Jesus | Secretariado Nacional do Apostolado da Oração | www.apostoladodaoracao.pt


Cristo sacerdote intercede em nosso favor;
Um sacerdote sem mancha; é um santo;
E é imaculado, é o verdadeiro Senhor;
De uma vez por todas enxuga nosso pranto.

Não é como aqueles sacerdotes humanos,
Homens sujeitos à lei, à humana debilidade;
Oferecem sacrifícios durante anos e anos,
Mas estão longe da plenitude da santidade!

Com Jesus é diferente; acolhe as multidões
Da Judeia, de Jerusalém e de além Jordão;
É sacramento; revela Deus a seus corações:
Ao revelá-lo lhes oferece seu amor e perdão.

Queriam tocá-lo; tinha curado tanta gente,
Porque todos tinham necessidade cura;
Jesus é, de facto, um sacerdote diferente;
Sua presença em nós é indelével; perdura!

Teófilo Minga, fms

Quarta feira - 21 de janeiro de 2015

Ouvir o Evangelho


Evangelho segundo S. Marcos 3, 1-6

Jesus entrou de novo na sinagoga, onde estava um homem com uma das mãos atrofiada. Os fariseus observavam Jesus para verem se Ele ia curá-lo ao sábado e poderem assim acusá-l’O. Jesus disse ao homem que tinha a mão atrofiada: «Levanta-te e vem aqui para o meio». Depois perguntou-lhes: «Será permitido ao sábado fazer bem ou fazer mal, salvar a vida ou tirá-la?». Mas eles ficaram calados. Então, olhando-os com indignação e entristecido com a dureza dos seus corações, disse ao homem: «Estende a mão». Ele estendeu-a e a mão ficou curada. Os fariseus, porém, logo que saíram dali, reuniram-se com os herodianos para deliberarem como haviam de acabar com Ele.

Outras leituras do dia: Hebr 7, 1-3. 15-17; Sal 109 (110), 1. 2. 3. 4


Estava um homem com uma das mãos atrofiada. (Evangelho)

É quando não temos uma coisa que lhe damos mais valor. Neste caso, era uma mão. Aquele doente tinha uma mão atrofiada. E o leitor, o que é que tem atrofiado no seu espírito? O que é que tem que vir cá para fora e desabrochar? Ou o que é que tem, no seu espírito, que tem que ser «desatrofiado» por Jesus? Faça uma introspecção de mãos dadas com uma das pessoas da Santíssima Trindade e peça a Jesus a sua cura.

Revista Mensageiro do Coração de Jesus | Secretariado Nacional do Apostolado da Oração | www.apostoladodaoracao.pt


Melquisedeque é rei de justiça e de paz,
Sem pai e sem mãe e sem genealogia;
Sacerdote para sempre; com isso nos traz
A certeza da presença de Deus, a alegria.

Como Jesus, rei desde sempre, diferente,
Fora de toda a ideologia, de toda a casta;
Mas junto aos que “estão fora” está presente,
Junto aos abandonados e isso lhe basta.

Está presente para fazer sempre o Bem,
Como àquele homem de mão paralisada.
O seu gesto é convite para nós também,
A olharmos ao longe, ao longo da estrada.

Lícito fazer o bem ao Sábado? Ou fazer o mal?
Os fariseus não respondem. Vão-se embora.
Com um projeto absurdo; em conversa sinodal,
Decidem matá-lo; não tinha chegado sua hora.

Teófilo Minga, fms

Terça feira - 20 de janeiro de 2015

Ouvir o Evangelho


Evangelho segundo S. Marcos 2, 23-28

Passava Jesus através das searas num dia de sábado e os discípulos, enquanto caminhavam, começaram a apanhar espigas. Disseram-Lhe então os fariseus: «Vê como eles fazem ao sábado o que não é permitido». Respondeu-lhes Jesus: «Nunca lestes o que fez David, quando teve necessidade e sentiu fome, ele e os seus companheiros? Entrou na casa de Deus, no tempo do sumo sacerdote Abiatar, e comeu dos pães da proposição, que só os sacerdotes podiam comer, e também os deu aos companheiros». E acrescentou: «O sábado foi feito para o homem e não o homem para o sábado. Por isso, o Filho do homem é também Senhor do sábado».

Outras leituras do dia: Hebr 6, 10-20; Sal 110 (111), 1-2. 4-5. 9 e 10c


O sábado foi feito para o homem e não o homem para o sábado. (Evangelho)

Quantas leis nós cumpriremos só porque são leis. Ou não?... Às vezes, até leis impostas por nós a nós próprios. É tempo de arejar as ideias. O leitor veja que «leis» é que cumpre mecanicamente, quais as que precisam de ser refrescadas, mudadas, extintas. Medite sobre isso, reze sobre isso, peça a Jesus inspiração para isso.

Revista Mensageiro do Coração de Jesus | Secretariado Nacional do Apostolado da Oração | www.apostoladodaoracao.pt


As promessas de Deus são irrevogáveis,
Desde a sua promessa ao nosso pai Abraão;
Acreditou além de todos os imponderáveis,
A promessa de Deus acolheu-a no coração.

Como Abraão respondamos também nós
Ao nosso sumo-sacerdote, Cristo Jesus;
Ao longo do tempo não nos deixa sós,
Promessa eterna, mesmo se passa pela Cruz.

Promessa onde o homem é sempre o centro;
Se tem fome, deixá-lo colher as espigas
Que respondem à necessidade do momento:
O homem é superior às tradições antigas.

O Filho do Homem do Sábado é o Senhor;
O sábado é para o homem, eis a verdade;
A verdade: vai de mãos dadas com o amor,
Que é compaixão sem deixar de ser liberdade.

Teófilo Minga, fms

Segunda feira - 19 de janeiro de 2015

Ouvir o Evangelho


Evangelho segundo S. Marcos 2, 18-22

Naquele tempo, os discípulos de João e os fariseus guardavam o jejum. Vieram perguntar a Jesus: «Por que motivo jejuam os discípulos de João e os fariseus e os teus discípulos não jejuam?». Respondeu-lhes Jesus: «Podem os companheiros do noivo jejuar, enquanto o noivo está com eles? Enquanto têm o noivo consigo, não podem jejuar. Dias virão em que o noivo lhes será tirado; nesses dias jejuarão. Ninguém põe remendo de pano novo em vestido velho, porque o remendo novo arranca parte do velho e o rasgão fica maior. E ninguém deita vinho novo em odres velhos, porque o vinho acaba por romper os odres e perdem-se o vinho e os odres. Para vinho novo, odres novos».

Outras leituras do dia: Hebr 5, 1-10; Sal 109 (110), 1. 2. 3. 4


E os discípulos de Jesus não. Muito provavelmente porque Jesus também não guardava o jejum. (Não se está a ver Jesus guardar o jejum e os discípulos não.) O jejum é um meio para um fim. O leitor jejua? Ou faz sacrifícios? Faz aquele tipo de sacrifícios «por amor a Nosso Senhor». E para que é que lhe servem? Com eles fica a amar mais a Deus? Medite para que é que os seus sacrifícios servem.
Revista Mensageiro do Coração de Jesus | Secretariado Nacional do Apostolado da Oração | www.apostoladodaoracao.pt


Oferece sacrifício pelos pecados
O Sumo-sacerdote, cheio de compaixão;
Sacrifício onde somos filhos bem-amados;
Sara-nos as feridas, multiplica-nos o pão.

És meu Filho, hoje te gerei na história;
O Teu sacrifício aprendeste na obediência;
É aí que reside a certeza der toda a vitória
Que traz aos homens a verdadeira existência.

Existência humana a ser vivida na alegria!
Na presença do esposo poderemos jejuar?
Virá o tempo do sacrifício, será outro dia;
Agora, tempo de viver, tempo de celebrar.

Em odres velhos não se pões o vinho novo,
Nem remendo novo fica bem em pano velho.
Em Jesus, certeza da alegria para todo o povo,
Mensagem que tudo transforma é o Evangelho.

Teófilo Minga, fms

Domingo - 18 de janeiro de 2015

Ouvir o Evangelho


DOMINGO II DO TEMPO COMUM

Evangelho segundo S. João 1, 35-42

Naquele tempo, estava João Baptista com dois dos seus discípulos e, vendo Jesus que passava, disse: «Eis o Cordeiro de Deus». Os dois discípulos ouviram-no dizer aquelas palavras e seguiram Jesus. Entretanto, Jesus voltou-Se; e, ao ver que O seguiam, disse-lhes: «Que procurais?» Eles responderam: «Rabi – que quer dizer ‘Mestre’ – onde moras?» Disse-lhes Jesus: «Vinde ver». Eles foram ver onde morava e ficaram com Ele nesse dia. Era por volta das quatro horas da tarde. André, irmão de Simão Pedro, foi um dos que ouviram João e seguiram Jesus. Foi procurar primeiro seu irmão Simão e disse-lhe: «Encontrámos o Messias» – que quer dizer ‘Cristo’ – ; e levou-o a Jesus. Fitando nele os olhos, Jesus disse-lhe: «Tu és Simão, filho de João. Chamar-te-ás Cefas» – que quer dizer ‘Pedro’.

Outras leituras do dia: 1 Sam 3, 3b-10. 19; Sal 39 (40), 2 e 4ab. 7-8a. 8b-9. 10-11; 1 Cor 6, 13c-15a. 17-20


Terminado o período de Natal, entramos no tempo litúrgico chamado “comum”. Ao longo do ano, somos convidados a acompanhar Jesus no dia-a-dia da sua vida pública para que, seguindo-O de perto, possamos cada vez mais amá-Lo e servi-Lo. Como mote a este caminho que iniciamos, a liturgia recorda-nos que Deus está constantemente a chamar-nos a uma vida nova. A primeira leitura narra-nos a história do chamamento à vocação profética de Samuel. Por três vezes o Senhor o chama pelo nome, mas Samuel não sabe que é Deus. Por isso, responde simplesmente «Aqui estou» e dirige-se ao sacerdote Heli, que o ajuda a interpretar os sinais de Deus. Então, diz Samuel: «Falai, Senhor, que o vosso servo escuta». Os elementos fundamentais desta narração identificam a iniciativa de Deus, a relação pessoal e a intercessão de outros homens: Samuel é escolhido por Deus, é chamado pelo nome e descobre a sua vocação a partir da sabedoria de Heli. O Evangelho de São João traz-nos uma narração semelhante: João Baptista conduz os discípulos a Jesus que, por sua vez, tomara a iniciativa de ir àquele lugar. À interpelação que os discípulos Lhe fazem sobre o lugar da sua morada, Jesus responde apenas: «Vinde ver», como quem não Se impõe à liberdade de cada um, mas convida a uma vida nova. Por sua vez, André serve também de ponte para que o seu irmão Simão conheça o Mestre. No final, o pescador da Galileia descobre-se numa nova vocação que o torna muito mais completo: «“Tu és Simão, filho de João. Chamar-te-ás Cefas” – que quer dizer ‘Pedro’». Entre a história de Samuel e o encontro de Jesus com os discípulos identifica-se o nosso percurso de fé. Conhecemos o mistério de Deus pelos nossos pais e catequistas, pela Palavra lida e comentada em cada celebração eucarística, pelos acontecimentos da vida e pela oração. Deus não cessa de nos chamar a uma relação, mas isto não basta se não estamos atentos e disponíveis em seguir Jesus em projectos concretos. Vale a pena parar um pouco e rever a nossa própria história com Deus, as pessoas que nos levaram a Ele, a forma como foi conduzindo a nossa vida para O conhecermos melhor, as vezes em que conseguimos responder em liberdade ao seu apelo e as tantas outras que lhe dissemos “Não!”. Samuel tornou-se profeta, Simão tornou-se Pedra da Igreja; e nós, em que nos temos vindo a transformar como cristãos? Por fim, a Primeira Epístola de São Paulo aos Coríntios traz-nos o convite a viver de forma coerente com o chamamento que Deus nos faz. Somos templo do Espírito Santo e, por isso, como diz o Apóstolo, temos de glorificar a Deus também com o nosso corpo. Somos um todo completo que nos identifica e estrutura. É esse todo, constituído de corpo e alma, que se deve colocar na atitude de disponibilidade de quem repete sem cessar: «Falai, Senhor, que o vosso servo escuta».
Revista Mensageiro do Coração de Jesus | Secretariado Nacional do Apostolado da Oração | www.apostoladodaoracao.pt


Porque ouvi a tua voz, eis-me aqui, Senhor.
Não era Elias quem tinha chamado Samuel.
Mas Samuel está atento, com estupor:
Quem chamava era o Senhor Deus de Israel.

Fala Senhor, o teu servo atento, escuta,
Para responder ao teu convite divino;
No silencia da noite, serei esforço e luta,
Para responder à tua presença que estimo.

Responderei com a força do Espírito Santo
Que santifica este corpo que me foi dado;
Eu quero ser teu mensageiro em cada canto
E proclamar o Evangelho em todo o lado.

Onde moras, Senhor? Vinde e vede vós;
Permanecei comigo na alegria da presença;
Depois pelo mundo além sede a minha voz,
Sede meus apóstolos na seara imensa.

Teófilo Minga, fms

Sábado - 17 de janeiro de 2015

Ouvir o Evangelho


Evangelho segundo S. Marcos 2, 13-17

Naquele tempo, Jesus saiu de novo para a beira-mar. A multidão veio ao seu encontro, e Ele começou a ensinar a todos. Ao passar, viu Levi, filho de Alfeu, sentado no posto de cobrança, e disse-lhe: «Segue-me». Ele levantou-se e seguiu Jesus. Encontrando-Se Jesus à mesa em casa de Levi, muitos publicanos e pecadores estavam também a mesa com Jesus e os seus discípulos, pois eram muitos os que O seguiam. Os escribas do partido dos fariseus, ao verem-n’O comer com os pecadores e os publicanos, diziam aos discipulos: «Por que motivo é que Ele come com publicanos e pecadores?». Jesus ouviu e respondeu-lhes: «Não são os que têm saúde que precisam do médico, mas os que estão doentes. Eu não vim chamar os justos, mas os pecadores».

Outras leituras do dia: Hebr 4, 12-16; Sal 18 B (19), 8. 9. 10. 15


Hoje, propunha ao leitor que rezasse pela Igreja, pela sua capacidade de ensinar a todos (os católicos.) Às vezes, tenho a impressão que não fazemos um esforço suficientemente grande por ensinar a todos, que nos contentamos em nos fazermos entender só por alguns, que a nossa mensagem não chega a algumas camadas… Seja qual for a opinião do leitor, pode sempre rezar por esta intenção: que a Igreja ensine cada vez mais a todos.
Revista Mensageiro do Coração de Jesus | Secretariado Nacional do Apostolado da Oração | www.apostoladodaoracao.pt


A Palavra de Deus é viva e é eficaz;
Penetra em nós. No fundo dos corações.
É Palavra criadora; no mundo tudo faz,
Sabedoria de Deus em todas as dimensões.

D’Ele vem o Sumo-sacerdote que salva,
Apelo a sermos firmes e fortes na fé
Em tempos de cerrada noite ou em clara alva,
Mesmo nas perseguições, permanecer de pé.

Ouçamos o apelo do Senhor que sempre chama,
Como chamou Levi em tempos de outrora;
Sigamo-lo com o coração em ardente chama,
Tornando-o presente no mundo, aqui e agora.

Sem medo de ir contra muitos, contracorrente,
Comendo com os publicanos e os pecadores.
Jesus é claro e ensina assim, tão simplesmente:
Quem precisa de médico? Digam meus senhores.

Teófilo Minga, fms

Sexta feira - 16 de janeiro de 2015

Ouvir o Evangelho


Evangelho segundo S. Marcos 2, 1-12

Quando Jesus entrou de novo em Cafarnaum e se soube que Ele estava em casa, juntaram-se tantas pessoas que já não cabiam sequer em frente da porta; e Jesus começou a pregar lhes a palavra. Trouxeram-Lhe um paralítico, transportado por quatro homens; e, como não podiam levá-lo até junto d’Ele, devido à multidão, descobriram o tecto, por cima do lugar onde Ele Se encontrava e, feita assim uma abertura, desceram a enxerga em que jazia o paralítico. Ao ver a fé daquela gente, Jesus disse ao paralítico: «Filho, os teus pecados estão perdoados». Estavam ali sentados alguns escribas, que assim discorriam em seus corações: «Porque fala Ele deste modo? Está a blasfemar. Não é só Deus que pode perdoar os pecados?». Jesus, percebendo o que eles estavam a pensar, perguntou-lhes: «Porque pensais assim nos vossos corações? Que é mais fácil? Dizer ao paralítico ‘Os teus pecados estão perdoados’ ou dizer ‘Levanta-te, toma a tua enxerga e anda’? Pois bem. Para saberdes que o Filho do homem tem na terra o poder de perdoar os pecados, ‘Eu te ordeno – disse Ele ao paralítico – levanta-te, toma a tua enxerga e vai para casa’». O homem levantou-se, tomou a enxerga e saiu diante de toda a gente, de modo que todos ficaram maravilhados e glorificavam a Deus, dizendo: «Nunca vimos coisa assim».

Outras leituras do dia: Hebr 4, 1-5. 11; Sal 77 (78), 3 e 4bc. 6c-7. 8


Não sabemos que é que aconteceu aos quatro homens depois da cura. Mas não é difícil imaginar que tivessem ficado todos contentes. Assim deve ser também a nossa atitude. Transportar alguém até perto de Cristo e ficar contente com o efeito desse «transporte». Quem é que temos que levar até Cristo? Às vezes, basta que seja nas nossas orações. E às vezes temos que pedir ajuda a outros «três». Será este o caso do leitor, hoje?
Revista Mensageiro do Coração de Jesus | Secretariado Nacional do Apostolado da Oração | www.apostoladodaoracao.pt


Ouvir a Palavra e depois acreditar,
Para entrarmos no repouso de Deus;
Seis dias foram feitos para trabalhar,
Mas também descansa que está nos céus.

Trabalho, mas também tempo para o Senhor,
Como reclama o autor do escrito sagrado.
Entrar no repouso de Deus é sinal de amor;
Repouso bendito para que Deus seja louvado.

Também Jesus repousava em oração,
Depois de tantos milagres no dia-a-dia
Que o cansavam quase até à exaustão:
Aos doentes é preciso dar-lhes alegria.

Depois de um ato de fé que tudo alcança,
O paralítico que desce pelo telhado
É para nós sinal de renovada esperança;
Jesus admira esta fé e apaga todo o pecado

Teófilo Minga, fms

Quinta feira - 15 de janeiro de 2015

Ouvir o Evangelho


Evangelho segundo S. Marcos 1, 40-45

Naquele tempo, veio ter com Jesus um leproso. Prostrou-se de joelhos e suplicou-Lhe: «Se quiseres, podes curar-me». Jesus, compadecido, estendeu a mão, tocou-lhe e disse: «Quero: fica limpo». No mesmo instante o deixou a lepra e ele ficou limpo. Advertindo-o severamente, despediu-o com esta ordem: «Não digas nada a ninguém, mas vai mostrar-te ao sacerdote e oferece pela tua cura o que Moisés ordenou, para lhes servir de testemunho». Ele, porém, logo que partiu, começou a apregoar e a divulgar o que acontecera, e assim, Jesus já não podia entrar abertamente em nenhuma cidade. Ficava fora, em lugares desertos, e vinham ter com Ele de toda a parte.

Outras leituras do dia: Hebr 3, 7-14; Sal 94 (95) (95), 6-7. 8-9. 10-11


Para se perceber bem esta cena é preciso ter em conta que os leprosos viviam isolados, longe da sociedade e que, portanto, um leproso, para se aproximar de Jesus, teve que romper com numerosas barreiras mentais. É o que nos tem que acontecer com os nossos pecados que têm lepra. Temos que os tirar do tugúrio e, com muita desfaçatez, trazê-los a Jesus para que Ele deite a sua graça sobre eles e os transforme num futuro brilhante.
Revista Mensageiro do Coração de Jesus | Secretariado Nacional do Apostolado da Oração | www.apostoladodaoracao.pt


Se hoje ouvirdes a voz do Senhor,
Não endureçais os vossos corações:
Escutai-o atentos e com muito amor,
Deixando de lado vossas rebeliões.

Conheçamos o Senhor e as suas vias,
Para encontrar em tudo o Deus vivente;
Caminho seguro para grandes alegrias,
Deus está connosco, divino presente.

Não tenhamos medo de rezar como o leproso
E dizer: “Senhor, se quiseres torna-me puro”.
Jesus, como sempre, atento e misericordioso:
“Quero, sê purificado”. Começa outro futuro.

Não digas a ninguém este milagre de vida,
Vai apenas aos sacerdotes para cumprir a lei;
Mas como calar a misericórdia desmedida
Que faz dele povo, membro novo da sua grei?

Teófilo Minga, fms

Quarta feira - 14 de janeiro de 2015

Ouvir o Evangelho


Evangelho segundo S. Marcos 1, 29-39

Naquele tempo, Jesus saiu da sinagoga e foi, com Tiago e João, a casa de Simão e André. A sogra de Simão estava de cama com febre e logo Lhe falaram dela. Jesus aproximou-Se, tomou-a pela mão e levantou-a. A febre deixou-a e ela começou a servi-los. Ao cair da tarde, já depois do sol-posto, trouxeram-Lhe todos os doentes e possessos e a cidade inteira ficou reunida diante da porta. Jesus curou muitas pessoas, que eram atormentadas por várias doenças, e expulsou muitos demónios. Mas não deixava que os demónios falassem, porque sabiam quem Ele era. De manhã, muito cedo, levantou-Se e saiu. Retirou-Se para um sítio ermo e aí começou a orar. Simão e os companheiros foram à procura d’Ele e, quando O encontraram, disseram-Lhe: «Todos Te procuram». Ele respondeu-lhes: «Vamos a outros lugares, às povoações vizinhas, a fim de pregar aí também, porque foi para isso que Eu vim». E foi por toda a Galileia, pregando nas sinagogas e expulsando os demónios.

Outras leituras do dia: Hebr 2, 14-18; Sal 104 (105), 1-2. 3-4. 6-7. 8-9


(Registemos que já foi depois do pôr-do-sol.) Algumas vezes, havia de se sentir sufocado com tanto trabalho. (Não confundamos o facto de Jesus não ter pecado com uma serenidade inumana. Jesus era plenamente homem.) Hoje, o leitor pergunte a Jesus como é que Ele lidava com a sensação de estar afundado em trabalho. Peça-Lhe ajuda e conforto para situações como essas.
Revista Mensageiro do Coração de Jesus | Secretariado Nacional do Apostolado da Oração | www.apostoladodaoracao.pt


Jesus participa em tudo na nossa natureza,
Faz-se carne e sangue como todo o mortal;
Solidário com todos nós, temos a certeza
Que, com Ele, jamais seremos presas do mal.

Não pensa nos anjos; redime a estirpe de Abraão;
Isto é, redime na Cruz a humanidade inteira;
Em tudo semelhante a nós; o pecado é exceção;
Ele é o sumo-sacerdote desde a hora primeira.

Livra-nos até de uma febre que nos importuna;
Bem mais importante é livrar-nos do pecado;
Disposto sempre a perdoar, a falhas uma a uma,
E fazer de nós, ser humano, um ser divinizado.

Um ser divinizado que se constrói na oração,
Depois de um dia inteiro, cheio de apostolado;
Jesus com o Pai em absoluta e plena comunhão:
Nessa intimidade nasce um projeto renovado.

Teófilo Minga, fms

Terça feira - 13 de janeiro de 2015

Ouvir o Evangelho


Evangelho segundo S. Marcos 1, 21-28

Jesus chegou a Cafarnaum e quando, no sábado seguinte, entrou na sinagoga e começou a ensinar, todos se maravilhavam com a sua doutrina, porque os ensinava com autoridade e não como os escribas. Encontrava-se na sinagoga um homem com um espírito impuro, que começou a gritar: «Que tens Tu a ver connosco, Jesus Nazareno? Vieste para nos perder? Sei quem Tu és: o Santo de Deus». Jesus repreendeu-o, dizendo: «Cala-te e sai desse homem». O espírito impuro, agitando-o violentamente, soltou um forte grito e saiu dele. Ficaram todos tão admirados, que perguntavam uns aos outros: «Que vem a ser isto? Uma nova doutrina, com tal autoridade, que até manda nos espíritos impuros e eles obedecem-Lhe!». E logo a fama de Jesus se divulgou por toda a parte, em toda a região da Galileia.

Outras leituras do dia: Hebr 2, 5-12; Sal 8, 2a e 5. 6-7. 8-9

Santo do dia
S. Hilário, bispo e doutor da Igreja


Às vezes, os espíritos impuros soltam fortes gritos para saírem de nós. Os pecados estão de tal maneira colados a nós que parece que se nos arranca a pele ao tentarmos distanciar-nos deles. Mas, em vez de arrancarmos a pele, podemos pôr pele boa onde estava aquela a que o pecado estava agarrado. O pecado tem que ser substituído por algo positivo, não pode ser extraído a troco de nada. Meditemos nisso.
Revista Mensageiro do Coração de Jesus | Secretariado Nacional do Apostolado da Oração | www.apostoladodaoracao.pt


Deus coroou o homem de honra e glória
E, na Criação, tudo submeteu a seus pés;
É no mundo que deve realizar a sua vitória,
Será a vitória de Deus, no mundo que fez.

Jesus tornou-o perfeito pelo sofrimento;
Assim o homem é chamado à perfeição,
Recriando o mundo a cada momento,
Tornando-se assim sacramento de salvação.

A salvação ontem e hoje oferecida por Jesus
Que veio e ensina a todos com autoridade;
Ensinamento para todos, plenitude de luz:
No tempo já brilha e assoma a eternidade.

Por isso em Jesus o mal é derrotado:
“Sai desse homem, espírito vil e impuro”,
No mundo outro sonho nunca sonhado,
O sonho que eu trago, verdadeiro futuro.

Teófilo Minga, fms

Segunda feira - 12 de janeiro de 2015

Ouvir o Evangelho


Evangelho segundo S. Marcos 1, 14-20

Depois de João ter sido preso, Jesus partiu para a Galileia e começou a proclamar o Evangelho de Deus, dizendo: «Cumpriu-se o tempo e está próximo o reino de Deus. Arrependei-vos e acreditai no Evangelho». Caminhando junto ao mar da Galileia, viu Simão e seu irmão André, que lançavam as redes ao mar, porque eram pescadores. Disse-lhes Jesus: «Vinde comigo e farei de vós pescadores de homens». Eles deixaram logo as redes e seguiram-n’O. Um pouco mais adiante, viu Tiago, filho de Zebedeu, e seu irmão João, que estavam no barco a consertar as redes; e chamou-os. Eles deixaram logo seu pai Zebedeu no barco com os assalariados e seguiram Jesus.

Outras leituras do dia: Hebr 1, 1-6; Sal 96 (97), 1 e 2b. 6 e 7c. 9


Cumpriu-se o tempo, quer dizer, veio O que estava para vir. E veio para o leitor. O leitor tem um encontro pessoal com Ele. Pessoal quer dizer que é só seu. E com Cristo, o filho de Deus, Aquele que nos vem revelar o Pai, que nos vem revelar que vamos ser perdoados. Imagine todas as pessoas que viveram antes de Cristo e que viram esta promessa cumprida dentro deles. Hoje, o leitor celebre o facto de ter Cristo no coração. Agradeça-Lhe, cante-Lhe, se quiser. Tenha alguma manifestação excepcional, saia do vulgar.
Revista Mensageiro do Coração de Jesus | Secretariado Nacional do Apostolado da Oração | www.apostoladodaoracao.pt


Deus falou pelos profetas nos antigos tempos,
Mas agora fala pelo seu Filho bem-amado,
Presença de Deus em todos os momentos,
Cordeiro de Deus que apaga todo o pecado.

Ele é a irradiação de Deus, da sua glória,
O Universo permanece pela sua Palavra;
Ele é também a certeza de toda a vitória
Lá dos céus mas que em nossa terá lavra.

Em nossa terra cresce, apesar das perseguições;
João é preso e mais tarde será decapitado
Por estupidez humana cheia de ambições;
João morre, mas Jesus assume seu apostolado.

Apostolado que continua ao longo dos tempos;
Jesus chama ainda hoje; tantos ouvem a sua voz;
Apóstolos frágeis, mas fecundam os momentos
De ontem, hoje e amanhã: a Boa-Nova corre veloz.

Teófilo Minga, fms

Domingo - 11 de janeiro de 2015

Ouvir o Evangelho


DOMINGO DO BAPTISMO DO SENHOR

Evangelho segundo S. Marcos 1, 7-11

Naquele tempo, João começou a pregar, dizendo: «Vai chegar depois de mim quem é mais forte do que eu, diante do qual eu não sou digno de me inclinar para desatar as correias das suas sandálias. Eu baptizo na água, mas Ele baptizar-vos-á no Espírito Santo». Sucedeu que, naqueles dias, Jesus veio de Nazaré da Galileia e foi baptizado por João no rio Jordão. Ao subir da água, viu os céus rasgarem-se e o Espírito, como uma pomba, descer sobre Ele. E dos céus ouviu-se uma voz: «Tu és o meu Filho muito amado, em Ti pus toda a minha complacência».

Outras leituras do dia: Is 42, 1-4. 6-7; Sal 28 (29), 1-2. 3ac-4. 3b e 9b-10; Act 10, 34-38


A festa do Baptismo do Senhor, que hoje celebramos, insere-se em três grandes epifanias ou manifestações da divindade de Jesus. A primeira acontece no Natal, com a manifestação do Deus encarnado ao povo escolhido, na imagem dos pastores; depois, a manifestação da chegada do Messias aos povos estrangeiros, longe da história de Israel, simbolizados nos reis Magos; agora, encontramos a manifestação de Jesus como o Filho de Deus muito amado, no momento do Baptismo por João, nas margens do rio Jordão. Para se entender o que estamos a celebrar, temos de começar pela raiz etimológica da palavra: «baptismo» é um substantivo que deriva do verbo grego baptizein, que significa literalmente «mergulho». É isto que nos é apresentado no relato do baptismo de Jesus, que hoje nos chega pela versão do Evangelista São Marcos. O ponto de partida é a pregação de João e o seu baptismo de arrependimento e perdão dos pecados. Este mergulho provocava um esforço de conversão moral para preparar a vinda do Messias, que traria consigo um outro mergulho muito mais completo: «Eu baptizo na água, mas Ele baptizar-vos-á no Espírito Santo». Quando Jesus Se aproxima e imerge nas águas diante de João, transforma o ritual do mergulho numa nova realidade: rasgam-se os céus, coroa-se o Filho pelo Espírito Santo – manifestado sob a forma de uma pomba – e ouve-se a voz do Pai que proclama a sua filiação divina: «Tu és o meu Filho muito amado, em Ti pus toda a minha complacência». Jesus coloca-Se na fila dos pecadores para que, pela água, a humanidade possa ser baptizada no Espírito. Assim, mergulha na condição humana frágil, vulnerável e tentada a viver longe de Deus, para a recriar a partir de dentro, à sua imagem e semelhança. Depois do Pentecostes, o baptismo dos crentes pela Igreja fá-los incorporarem-se na comunidade cristã como filhos de Deus. Bem sabemos que as dificuldades da vida se mantêm depois do baptismo e que a tentação em trocar a relação com Deus por falsos ídolos – o dinheiro, o prazer, o sucesso e o poder – não se anula. Neste sentido, a Primeira Epístola de São João recorda que a fidelidade ao «amor de Deus consiste em guardar os seus mandamentos». Mas se o caminho da vida com Deus pode ser quebrado, também pode sempre recomeçar pela conversão interior e pelo Sacramento da Reconciliação. Neste processo de avanços e recuos, são sempre actuais as palavras de Deus pela boca do profeta Isaías que lemos na primeira leitura: «Todos vós que tendes sede, vinde à nascente das águas. Vós que não tendes dinheiro, vinde, comprai e comei. Prestai-Me ouvidos e vinde a Mim, escutai-me e vivereis». Como avalio a minha vida cristã, o meu mergulho numa vida que me assemelha mais a Jesus? De que forma dou testemunho de ser filho(a) de Deus? E há quanto tempo não procuro um sacerdote para me reconciliar com Deus, para renovar as minhas promessas baptismais?
Revista Mensageiro do Coração de Jesus | Secretariado Nacional do Apostolado da Oração | www.apostoladodaoracao.pt


Vinde todos, vós que tendes sede,
Vinde comprar mesmo sem dinheiro;
Não acreditareis, mas vinde e vede
O “comércio” onde Deus está primeiro.

Farei convosco para sempre uma aliança,
Sereis minhas testemunhas entre as nações,
E no meio dos povos, dareis esperança
A quem procura o Senhor em seus corações.

Deus vos gerou, por isso vencereis o mundo,
Sede fortes na fé que aponta para o futuro,
Trazendo a todos o saber mais profundo,
A certeza de outro tempo, mais divino e puro.

Essa era a certeza do apóstolo e asceta João
Que batizava em batismo de arrependimento,
Era uma voz, um apelo contínuo à conversão,
Caminho para Deus este profético chamamento.

Teófilo Minga, fms

Sábado - 10 de janeiro de 2015

Ouvir o Evangelho


Evangelho segundo S. João 3, 22-30

Naquele tempo, foi Jesus com os seus discípulos para o território da Judeia, onde Se demorou com eles, e começou a baptizar. João baptizava em Enon, perto de Salim, porque ali a água era abundante e aparecia muita gente para se baptizar. João ainda não tinha sido encarcerado. Surgiu uma discussão entre os discípulos de João e um judeu a respeito da purificação. Foram ter com João e disseram-lhe: «Mestre, Aquele que estava contigo na outra margem do Jordão e de quem deste testemunho anda a baptizar e todos vão ter com Ele». João respondeu: «Ninguém pode receber coisa alguma, se não lhe for dada do Céu. Vós próprios sois testemunhas de que eu disse: ‘Não sou o Messias, mas aquele que foi enviado à sua frente’. Quem tem a esposa é o esposo; e o amigo do esposo, que o acompanha e escuta, sente muita alegria ao ouvir a sua voz. Essa é a minha alegria, que agora é completa: Ele deve crescer e eu diminuir».

Outras leituras do dia: 1 Jo 5, 14-21; Sal 149, 1-2. 3-4. 5-6a e 9b


Querido leitor, hoje não lhe vou escrever sobre o que li mas sobre o que pensei ler, que foi: «foi com Jesus um dos seus discípulos». Ora o que eu lhe proponho é que hoje deixe Jesus seguir à sua frente e veja como é que Jesus cumprimenta as pessoas por quem o leitor hoje passa? Como é que Jesus trata essas pessoas? Como é que Jesus lhes fala? Sei bem que uma coisa destas é impossível de fazer durante todo o dia. Mas talvez o possa fazer duas ou três vezes. (Ponha um lembrete no telemóvel…)
Revista Mensageiro do Coração de Jesus | Secretariado Nacional do Apostolado da Oração | www.apostoladodaoracao.pt


Ter em Deus absoluta confiança
É certeza que nossa prece é acolhida;
Prece que nos devolve a esperança,
Deus nos dá para além da medida.

Peçamos tudo conforme à sua vontade,
Atentos estejamos à vida do irmão,
Para que evite o pecado; a verdade
De Deus terá conquistado seu coração.

Estar com Deus será fonte de alegria;
Estar com Ele é acolher o batismo
Que nos oferece a graça à luz do dia:
Livra-nos do pecado, de todo o abismo.

João, ainda livre, batizava por esta alturas,
Mas deixara claro que não era o Messias.
Ele, o Cordeiro, deve crescer em estatura
E eu diminuir… É esta a voz das profecias.

Teófilo Minga, fms

Sexta feira - 9 de janeiro de 2015

Ouvir o Evangelho


Evangelho segundo S. Lucas 5, 12-16

Naquele tempo, estando Jesus em certa cidade, apareceu um homem cheio de lepra. Ao ver Jesus, caiu de rosto por terra e suplicou-Lhe: «Senhor, se quiseres, podes curar-me». Jesus estendeu a mão e tocou-lhe, dizendo: «Eu quero; fica curado». E imediatamente a lepra o deixou. Jesus ordenou-lhe que a ninguém o dissesse, mas acrescentou: «Vai mostrar-te ao sacerdote e oferece pela tua cura o que Moisés ordenou, para lhes servir de testemunho». Cada vez se divulgava mais a fama de Jesus e reuniam-se grandes multidões para O ouvirem e serem curados dos seus males. Mas Jesus costumava retirar-Se em lugares desertos para orar.

Outras leituras do dia: 1 Jo 5, 5-13; Sal 147, 12-13. 14-15. 19-20


Para que Deus Se manifeste em nós, também temos que nos retirar para lugares desertos. Se quisermos deixar entrar um amigo na nossa sala não a podemos ter tão atafulhada que ele não caiba lá. Com Deus é a mesma coisa. Se não tivermos algum deserto, se não O quisermos ouvir, (ver?), Ele não entra. O leitor costuma fazer esse deserto? Costuma dar espaço a Deus para Deus Se manifestar ou, na sua oração, é só o leitor que se manifesta?
Revista Mensageiro do Coração de Jesus | Secretariado Nacional do Apostolado da Oração | www.apostoladodaoracao.pt


Vence o mundo o que acredita em Jesus,
E aquele que acredita que é o Filho de Deus;
Pelo testemunho sejamos no mundo sua luz,
É a melhor maneira de sermos filhos seus.

A água, o sangue e o Espírito Santo,
Os três dão testemunho da verdade;
Seja o testemunho também o nosso canto,
Já que o Filho nos devolveu a liberdade.

Liberta-nos do pecado, lepra espiritual,
Como libertou o leproso que lho pedia:
“Vê jesus sou destruído por este mal…”.
Um mal que pouco a pouco o destruía.

Jesus é contundente: “Quero, sê curado”.
E no mesmo instante a lepra o deixou.
Esperança para nós: Jesus está ao nosso lado,
Sua presença, o melhor regalo que nos deixou.

Teófilo Minga, fms

Quinta feira - 8 de janeiro de 2015

Ouvir o Evangelho


Evangelho segundo S. Lucas 4, 14-22a

Naquele tempo, Jesus voltou para a Galileia, com a força do Espírito, e a sua fama propagou-se por toda a região. Ensinava nas sinagogas e era elogiado por todos. Foi então a Nazaré, onde Se tinha criado. Segundo o seu costume, entrou na sinagoga a um sábado e levantou-Se para fazer a leitura. Entregaram-Lhe o livro do profeta Isaías e, ao abrir o livro, encontrou a passagem em que estava escrito: «O Espírito do Senhor está sobre mim, porque Ele me ungiu para anunciar a boa nova aos pobres; Ele Me enviou a proclamar a redenção aos cativos e a vista aos cegos, a restituir a liberdade aos oprimidos e a proclamar o ano da graça do Senhor». Depois enrolou o livro, entregou-o ao ajudante e sentou-Se. Estavam fixos em Jesus os olhos de toda a sinagoga. Começou então a dizer-lhes: «Cumpriu-se hoje mesmo esta passagem da Escritura que acabais de ouvir». Todos davam testemunho em seu favor e se admiravam da mensagem da graça que saía da sua boca.

Outras leituras do dia: 1 Jo 4, 19 – 5, 4; Sal 71 (72), 2. 14-15bc. 17


Como é que o leitor lida com a fama? Se calhar, não tem uma fama muito grande, mas há-de ter a sua reputação. E o que é que lhe proponho? Que peça a Jesus que esteja consigo quando pensar na sua reputação. Tanto se pode sentir acabrunhado como muito contente (ou normal). Seja como for, Jesus é sempre uma boa companhia. Hoje, dê a mão a Jesus e pense no que os homens dizem (dirão) de si
Revista Mensageiro do Coração de Jesus | Secretariado Nacional do Apostolado da Oração | www.apostoladodaoracao.pt


Sabemos que Deus nos amou primeiro,
Não nos deixemos agora levar pela mentira;
O amor de Deus será um amor verdadeiro
Quando o do irmão estiver na nossa mira.

Amar a Deus significa amar o irmão,
E amá-lo é acolher em nós o que é divino:
Este é o verdadeiro caminho da perfeição,
Que faz da nossa vida o mais perfeito hino.

Um hino que nos consagra, como a Jesus;
Sobre nós vem o Espírito e sua unção;
Em tudo seremos no mundo sua luz,
O Espírito nos consagra para a missão.

E a todos diremos a mensagem da alegria,
Para a qual no Espírito fomos consagrados.
Diremos a todos: refulge a luz de um novo dia,
Deus apagou para sempre os nossos pecados

Teófilo Minga, fms

Quarta feira - 7 de janeiro de 2015

Ouvir o Evangelho


Evangelho segundo S. Marcos 6, 45-52

Depois de ter matado a fome a cinco mil homens, Jesus obrigou os discípulos a subirem para o barco e a seguirem antes d’Ele para a outra margem, em direcção a Betsaida, enquanto Ele despedia a multidão. Depois de a ter despedido, subiu a um monte, para orar. Ao anoitecer, estava o barco no meio do mar e Jesus sozinho em terra. Ao ver os discípulos cansados de remar, porque o vento lhes era contrário, pela quarta vigília da noite foi ter com eles, caminhando sobre o mar, mas ia passar adiante. Ao verem Jesus caminhando sobre o mar, os discípulos julgaram que era um fantasma e começaram a gritar, porque todos O viram e ficaram atemorizados. Mas Jesus falou-lhes logo, dizendo: «Tende confiança. Sou Eu, não temais». Depois subiu para junto deles no barco e o vento amainou. Todos se encheram de espanto, porque o seu coração estava endurecido, e não tinham compreendido a multiplicação dos pães.

Outras leituras do dia: 1 Jo 4, 11-18; Sal 71 (72), 2. 10-11. 12-13


Todos nós temos o coração (um bocado) endurecido. Às vezes, é o cansaço que nos endurece o coração. O nosso coração cansado não nos permite ver Jesus à nossa volta, ver manifestações de Jesus nos outros. Quando estamos muito cansados, estamos muito virados sobre nós. Um bom antídoto é agradecermos tudo o que de bom temos. O leitor podia fazer isso hoje…
Revista Mensageiro do Coração de Jesus | Secretariado Nacional do Apostolado da Oração | www.apostoladodaoracao.pt


Ninguém viu a Deus, mas o amor é um sinal
De que Deus está connosco a cada momento;
A sua presença em nós é um brilho divinal
Somos testemunhas a tempo e contratempo.

Deus é amor, eis a maravilhosa definição:
Somos convidados a entrar neste mundo
Do amor; é o caminho único da perfeição,
Acolhemos de Deus o que há mais profundo.

Com Deus em nós não há que ter medo,
Mesmo quando o mar se revolta, enfurecido;
O amor de Deus é o fim de todo o degredo,
Na tempestade, o mar revolto é vencido.

Depois, na paz serena das nossas almas,
Cessam os ventos que nos lançam ao mar;
Junto a Jesus, no silêncio de todas as calmas,
O nosso coração duro deixar-se-á enfim amar!

Teófilo Minga, fms

Terça feira - 6 de janeiro de 2015

Ouvir o Evangelho


Evangelho segundo S. Marcos 6, 34-44

Naquele tempo, Jesus viu uma grande multidão e compadeceu-se deles, porque eram como ovelhas sem pastor. Começou então a ensiná-los demoradamente. Como a hora ia já muito adiantada, os discípulos aproximaram-se de Jesus e disseram-Lhe: «O local é deserto e a hora já vai adiantada. Manda-os embora, para irem aos casais e aldeias mais próximas comprar de comer». Jesus respondeu-lhes: «Dai-lhes vós mesmos de comer». Disseram-Lhe eles: «Havemos de ir comprar duzentos denários de pão, para lhes darmos de comer?» Jesus perguntou-lhes: «Quantos pães tendes? Ide ver». Eles foram verificar e responderam: «Temos cinco pães e dois peixes». Ordenou-lhes então que os fizessem sentar a todos, por grupos, sobre a verde relva. Eles sentaram-se, repartindo-se em grupos de cem e de cinquenta. Jesus tomou os cinco pães e os dois peixes, ergueu os olhos ao Céu e pronunciou a bênção. Depois partiu os pães e foi-os dando aos discípulos, para que eles os distribuíssem. Repartiu por todos também os peixes. Todos comeram até ficarem saciados; e encheram ainda doze cestos com os pedaços de pão e de peixe. Os que comeram dos pães eram cinco mil homens.

Outras leituras do dia: 1 Jo 4, 7-10; Sal 71 (72), 2. 3-4ab. 7-8


Os indigentes somos nós. Indigentes, de uma pobreza completa quando sem Deus, e a precisar de sermos salvos. Deus gosta dos humildes e dos indigentes. São os que estão mais preparados para receber porque são os que não têm nada. O leitor já reparou que todas as aparições de Nossa Senhora são feitas a pessoas muito humildes e, normalmente, pessoas muito novas? Porque será? Se quer que Deus o salve, torne-se indigente.
Revista Mensageiro do Coração de Jesus | Secretariado Nacional do Apostolado da Oração | www.apostoladodaoracao.pt


Amemo-nos todos, que o amor vem de Deus;
Pelo amor nos reconhecerão como cristãos,
E seremos na terra testemunhas dos céus,
Manifestando o amor, todos como irmãos.

Manifestar o amor em gesto de compaixão,
Como Jesus na barca, olhando em redor
Para toda aquela gente, uma multidão,
Ovelhas abandonadas, perdidas, sem amor.

Os discípulos pensam mandá-los embora,
Para que possam comprar algo de comer!
Não, dai-lhes vós o alimento; é a vossa hora,
O discípulo está sempre atento e sabe ver.

Sabe ver o próximo com suas necessidades;
E sentando-os por grupos na erva verde,
Distribui o pão e o peixe a todas as idades,
E recolhem o resto: com Deus nada se perde.

Teófilo Minga, fms

Segunda feira - 5 de janeiro de 2015

Ouvir o Evangelho


Evangelho segundo S. Mateus 4, 12-17. 23-25

Naquele tempo, quando Jesus ouviu dizer que João Baptista fora preso, retirou-Se para a Galileia. Deixou Nazaré e foi habitar em Cafarnaum, terra à beira-mar, no território de Zabulão e Neftali. Assim se cumpria o que o profeta Isaías anunciara, ao dizer: «Terra de Zabulão e terra de Neftali, estrada do mar, além do Jordão, Galileia dos gentios: o povo que vivia nas trevas viu uma grande luz; para aqueles que habitavam na sombria região da morte uma luz se levantou». Desde então, Jesus começou a pregar: «Arrependei-vos, porque está próximo o reino dos Céus». Depois percorria toda a Galileia, ensinando nas sinagogas, proclamando o Evangelho do reino e curando todas as doenças e enfermidades entre o povo. A sua fama propagou-se por toda a Síria: traziam-Lhe todos os que estavam doentes, atingidos de diversos males e sofrimentos, possessos, epilépticos e paralíticos, e Jesus curava-os. Seguiram-n’O grandes multidões, que tinham vindo da Galileia e da Decápole, de Jerusalém, da Judeia e de Além-Jordão.

Outras leituras do dia: 1 Jo 3, 22 – 4, 6; Sal 2, 7-8. 10-11


De alguma maneira, o Reino dos Céus já está entre nós. Já está entre nós, em construção. «Onde dois ou três se reúnem, Eu estou no meio deles». Onde Jesus está, está o Reino. Daí que seja urgente percebermos de que é que nos temos que arrepender. Não para ficarmos acabrunhados, mas para substituirmos esse hábito por outro. (A maneira de combatermos um pecado não é tanto aplicarmo-nos em deixar de o fazer como substituí-lo por uma coisa positiva.) Hoje, o leitor reze sobre que pecado gostava de substituir e por quê.
Revista Mensageiro do Coração de Jesus | Secretariado Nacional do Apostolado da Oração | www.apostoladodaoracao.pt


De Deus recebemos o que pedimos,
Porque observamos os seus mandamentos;
Isto é o que escutamos; foi o que vimos,
Este é o coração dos seus ensinamentos.

Sabemos que Jesus permanece em nós,
Pelo Espírito de Deus que nos foi dado,
Força da missão: com Ele não estamos sós,
Nos conduz além-fronteiras, ao outro lado.

Como Jesus que nas margens do lago,
Deixa Nazaré da Galileia, para ir mais além
Proclamar a Palavra, não de um modo vago,
Curando os enfermos, sempre fazendo o Bem.

Percorria a Galileia, caminhos e estradas,
Anunciando o Evangelho a todo o povo
E às gentes pelo demónio atormentadas;
Jesus inspira confiança: é um tempo novo

Teófilo Minga, fms