Segunda feira - 30 de novembro de 2015

Ouvir o Evangelho


Evangelho segundo S. Mateus 4, 18-22

Caminhando Jesus ao longo do mar da Galileia, viu dois irmãos: Simão, chamado Pedro, e seu irmão André, que lançavam as redes ao mar, pois eram pescadores. Disse-lhes Jesus: «Vinde e segui-Me e farei de vós pescadores de homens». Eles deixaram logo as redes e seguiram-n’O. Um pouco mais adiante, viu outros dois irmãos: Tiago, filho de Zebedeu, e seu irmão João, que estavam no barco, na companhia de seu pai Zebedeu, a consertar as redes. Jesus chamou-os e eles, deixando o barco e o pai, seguiram-n’O.

Outras leituras do dia: Rom 10, 9-18; Sal 18 A, 2-3. 4-5

Santo do dia
S. André, Apóstolo


Eles deixaram logo as redes e seguiram-No. (Evangelho)

Este seguimento um pouco ingénuo e muito entusiasta não existiu com certeza. Este relato é um resumo muito resumido. Tanto Jesus já devia conhecer os dois irmãos como eles já conheceriam Jesus. Nós devemos pôr-nos a pau contra os arroubos de entusiasmo no seguimento de Cristo. Os arroubos de entusiasmo devem sempre ser secundados pela oração e por uma reflexão séria. Para outros, o problema é a (in)decisão. O leitor veja do que é que padece e reze sobre isso.

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Crer com o coração leva a ser justificado,
E confessar com os lábios leva à salvação.
Esteja então a fé sempre do nosso lado,
Abramos-lhe de par em par nosso coração.

Acreditar no Evangelho é não ser confundido;
Para tal, deve ser anunciado, proclamado;
Por todo o mundo seja o Evangelho ouvido:
É o dever primeiro do nosso apostolado.

Sejamos pois apóstolos a tempo inteiro,
Os escolhidos de hoje; como João e Tiago,
Como André e Simão que foi o primeiro,
Naquele encontro vocacional junto ao lago.

Apóstolos, deixemos tudo e sigamos Jesus;
O mundo inteiro seja então a nossa casa.
Pelo mundo levemos o Evangelho e sua luz,
Com um coração em fogo, tal que abrasa

Teófilo Minga, fms

Domingo - 29 de novembro de 2015

Ouvir o Evangelho


DOMINGO I DO ADVENTO

Evangelho segundo S. Lucas 21, 25-28.34-36

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Haverá sinais no sol, na lua e nas estrelas e, na terra, angústia entre as nações, aterradas com o rugido e a agitação do mar. Os homens morrerão de pavor, na expectativa do que vai suceder ao universo, pois as forças celestes serão abaladas. Então, hão-de ver o Filho do homem vir numa nuvem, com grande poder e glória. Quando estas coisas começarem a acontecer, erguei-vos e levantai a cabeça, porque a vossa libertação está próxima. Tende cuidado convosco, não suceda que os vossos corações se tornem pesados pela intemperança, a embriaguez e as preocupações da vida, e esse dia não vos surpreenda subitamente como uma armadilha, pois ele atingirá todos os que habitam a face da terra. Portanto, vigiai e orai em todo o tempo, para que possais livrar-vos de tudo o que vai acontecer e comparecer diante do Filho do homem».

Outras leituras do dia: Jer 33, 14, 16; Sal 24 (25), 4bc-5ab. 8-9. 10 e 14; 1 Tes 3, 12 – 4, 2


Começa hoje um novo ano litúrgico com o início do tempo do Advento. Assim, a Igreja propõe-nos um caminho de preparação para acolher o Senhor que encarna. Este primeiro Domingo é marcado pelo anúncio da vinda gloriosa de Cristo. Este é, na verdade, o advento para o qual todos somos convidados a preparar o coração. Este tempo litúrgico de preparação para o Natal do Senhor não é uma preparação para a celebração do seu aniversário, mas é verdadeiramente uma preparação para o recebermos no nosso íntimo.
O Senhor é Aquele que vem. Desde sempre está a vir ao nosso encontro. Neste domingo, a liturgia propõe-nos, usando um estilo apocalítico, que meditemos sobre a finalidade da nossa peregrinação sobre esta terra: receber e acolher o Senhor. O texto do Evangelho fala de guerras, devastações, catástrofes naturais e da destruição do mundo, mas não o faz para nos meter medo. Na verdade, este é um modo de nos transmitir a paz de quem sabe que Jesus Cristo é o Senhor de toda a criação e que diante d’Ele tudo assume um novo significado. Ele é o Senhor do Universo: todas as coisas passarão. Só Ele não passa.
Na nossa vida, damo-nos conta que acontecem tantas coisas que não são boas. Temos muitas vezes a consciência de que as nossas fraquezas e infidelidades são mais fortes do que nós. Medos, desilusões, experiências difíceis que nos impedem de confiar nos outros e de viver felizes e em paz. Mas Jesus Cristo garantiu-nos a sua presença até ao fim dos tempos e a Palavra de Deus deste domingo dá-nos a certeza de que Ele nunca nos faltará. Não existe condição de escravidão e de pecado ou de dor que seja mais forte do que Deus.
Na primeira leitura, é Deus Quem garante ao profeta Jeremias que cumprirá a sua promessa e que não abandonará o seu povo, e no Evangelho vemos essa promessa cumprida: Jesus que nos convida a levantar a cabeça, não tanto para o Juízo final, mas para a Libertação final que é Ele próprio.
Viver o Advento significa esperar a vinda de Jesus Cristo na nossa vida concreta. Somos convidados a viver preparando-nos, a cada dia, para um encontro, sempre novo, com o Senhor. Por isso, o Evangelho, depois de nos exortar a levantar a cabeça para podermos acolher a nossa libertação, dá-nos indicações de como preparar a vinda de Jesus Cristo na nossa vida.
Diz-nos S. Lucas para estarmos atentos ao nosso coração, para que este não se torne pesado e insensível ao que acontece à nossa volta. Somos exortados a estar atentos e vigilantes para não perder o desejo vital do encontro com o Senhor. E não são só as coisas negativas que nos podem tornar insensíveis à voz do Senhor: também as normais preocupações do dia a dia podem ser perigosas se lhes damos demasiada importância e perdemos de vista a meta da nossa vida. Por isso, o convite à vigilância é acompanhado pelo convite à oração. Se perdemos o sentido da própria existência e vivemos como se aqui, sobre esta terra, tivéssemos a nossa morada definitiva, caímos na armadilha que nos leva a um coração fechado que não espera a libertação do Senhor. Rezando, mantemos vivo dentro de nós o olhar virado para o Futuro, que espera e prepara o encontro definitivo e libertador com Jesus Cristo, fonte e plenitude da nossa vida.

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Dias virão em que hei de cumprir a promessa
Feita à casa de Israel e também à casa de Judá,
Anuncia-se um novo tempo em que se regressa
Ao tempo belo das origens de que memória há.

Judá será salvo; Jerusalém viverá na esperança,
Porque de David virá um rebento, o Salvador
Que destruiu o medo e devolveu a confiança
Àqueles que esperam a salvação do Senhor.

Vivamos então na abundância da caridade
Uns para com os outros, todos como irmãos;
Em nossos corações, irrepreensível santidade
Onde todos somos um e nos damos as mãos.

Haverá sinais no Sol, na Lua e nas estrelas;
Podeis então, na angústia, ficar perturbados.
A libertação e a salvação haveis de vê-las,
O Senhor toma sobre si os vossos cuidados.

Teófilo Minga, fms

Sábado - 28 de novembro de 2015

Ouvir o Evangelho


Evangelho segundo S. Lucas 21, 34-36

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Tende cuidado convosco, não suceda que os vossos corações se tornem pesados com a intemperança, a embriaguês e as preocupações da vida e esse dia não vos surpreenda subitamente como uma armadilha; porque ele atingirá todos os que habitam sobre a face da terra. Portanto, vigiai e orai em todo o tempo, para que possais livrar-vos de tudo isto que está para acontecer e comparecer sem temor diante do Filho do homem».

Outras leituras do dia: Dan 7, 15-27; Sal Dan 3, 82. 83. 84. 85. 86. 87


A intemperança, a embriaguez, as preocupações da vida... (Evangelho

O leitor tem ou arranja muitas preocupações? E não percebeu que isso é um pecado grave? Já temos o leitor dividido e perplexo. Pois não é que toda a gente – que se preze – tem muitas preocupações? Repare que nosso Senhor as põe ao nível da intemperança e da embriaguez, não acha nada que seja sinal de vida de sucesso. O sucesso de Deus não é o sucesso dos homens. Caro leitor, faça alguma coisa por não ter preocupações. Primeiro reze.

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Daniel ficou com o espírito perturbado,
Por causa daquelas estranhas visões;
Impaciente e ansioso é o seu estado,
Por isso a um presente pede explicações.

Esses animais estranhos são reinos da terra;
Hão de perecer perante o Reino dos santos;
Aqueles serão destruídos em violentas guerras,
Este, causa de alegria em todos os cantos.

Este reino santo será um reino eterno,
A quem todas as potestades hão de servir;
O seu rei será forte, mas de um poder terno:
Acolhe no Amor todos os que a Ele hão vir.

Venhamos a Ele sem corações pesados
Com a intemperança ou preocupações da vida;
Venhamos antes com cânticos inspirados,
Em Liturgia santa que ao Rei é sempre devida.

Teófilo Minga, fms

Sexta feira - 27 de novembro de 2015

Ouvir o Evangelho


Evangelho segundo S. Lucas 21, 29-33

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos a seguinte parábola: «Olhai a figueira e as outras árvores: Quando vedes que já têm rebentos, sabeis que o Verão está próximo. Assim também, quando virdes acontecer estas coisas, sabei que está próximo o reino de Deus. Em verdade vos digo: Não passará esta geração sem que tudo aconteça. Passará o céu e a terra, mas as minhas palavras não passarão».

Outras leituras do dia: Dan 7, 2-14; Sal Dan 3, 75. 76. 77. 78. 79. 80. 81


Passará o céu e a terra mas as minhas palavras não passarão. (Evangelho)

As palavras de Cristo não passam porque Cristo tem palavras de vida eterna, que devem fazer efeito dentro de nós por toda a eternidade. Nesta terra somos nós que as levamos onde queremos. Cristo planta a semente, mas compete-nos fazê-la crescer. Fazê-la crescer dentro de nós e à nossa volta. Fazer crescer a palavra é realizá-la, concretizá-la, dar-lhe forma, não é achá-la muito bonita. Que palavra é que o leitor concretiza?

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Visões noturnas de estranhos animais,
Quando os ventos sacodem o grande mar;
A admiração vai crescendo mais e mais;
Outra visão que surpreende o meu olhar.

Visão mais interessante de um Ancião,
Em trono de fogo com rodas de lume vivo;
Milhares e milhares o serviam com atenção;
Os animais morriam votados ao olvido.

Um Filho de Homem junto do Ancião divino;
Foi-lhe entregue toda a realeza e majestade;
A sua realeza e poder serão um eterno hino,
Onde se conjugam bem o amor e a verdade.

O Filho é Jesus: conta histórias de figueira.
Os rebentos chegam: está próximo o Verão.
Assim com o Reino de importância primeira:
Há sinais: as suas palavras não passarão.

Teófilo Minga, fms

Quinta feira - 26 de novembro de 2015

Ouvir o Evangelho


Evangelho segundo S. Lucas 21, 20-28

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Quando virdes Jerusalém cercada por exércitos, sabei que está próxima a sua devastação. Então, os que estiverem na Judeia fujam para os montes, os que estiverem dentro da cidade saiam para fora e os que estiverem nos campos não entrem na cidade. Porque serão dias de castigo, nos quais deverá cumprir-se tudo o que está escrito. Ai daquelas que estiverem para ser mães e das que andarem a amamentar nesses dias, porque haverá grande angústia na terra e indignação contra este povo. Cairão ao fio da espada, irão cativos para todas as nações, e Jerusalém será calcada pelos pagãos, até que aos pagãos chegue a sua hora. Haverá sinais no sol, na lua e nas estrelas e, na terra, angústia entre as nações, aterradas com o rugido e a agitação do mar. Os homens morrerão de pavor, na expectativa do que vai suceder ao universo, pois as forças celestes serão abaladas. Então hão-de ver o Filho do homem vir numa nuvem, com grande poder e glória. Quando estas coisas começarem a acontecer, erguei-vos e levantai a cabeça, porque a vossa libertação está próxima».

Outras leituras do dia: Dan 6, 12-28; Sal Dan 3, 68.69. 70. 71. 72. 73. 74


Quando estas coisas começarem a acontecer... a vossa libertação está próxima. (Evangelho)

Muitas vezes, a libertação vem depois de uma explosão. Neste caso, a libertação sucedia-se a uma série de desgraças. Se aguentarmos as desgraças, se nós aguentarmos a tensão, depois vem a explosão libertadora. Se desistirmos a meio da desgraça, se aliviarmos a tensão antes do tempo, não teremos nenhuma explosão, não teremos nenhuma libertação. É preciso aguentar a tensão com Deus para o próprio Deus nos libertar. Reze, o leitor, sobre esta sua capacidade.

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Certos homens encontraram Daniel
A invocar o seu Deus, o Deus verdadeiro;
De espírito tacanho e coração cheio de fel,
Querem este jovem, sacrificado cordeiro.

Ao rei dizem que nenhuma lei é mudada;
Com pear o rei o manda à cova dos leões;
Contentes estes homens de alma malvada,
Mas o rei não dorme; é noite de orações.

Daniel é salvo pelo Deus vivo; alegria!
Maravilha; está contente este fraco rei.
Agora em seu império será outro dia:
Respeitar o Deus de Israel, será lei.

Não foi assim a sorte de Jerusalém,
Calcada até ao fim pelo mundo pagão;
Ao contrário de Daniel não praticou o bem.
O fim está próximo, mas a libertação também.

Teófilo Minga, fms

Quarta feira - 25 de novembro de 2015

Ouvir o Evangelho


Evangelho segundo S. Lucas 21, 12-19

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Deitar-vos-ão as mãos e hão-de perseguir-vos, entregando-vos às sinagogas e às prisões, conduzindo-vos à presença de reis e governadores, por causa do meu nome. Assim tereis ocasião de dar testemunho. Tende presente em vossos corações que não deveis preparar a vossa defesa. Eu vos darei língua e sabedoria a que nenhum dos vossos adversários poderá resistir ou contradizer. Sereis entregues até pelos vossos pais, irmãos, parentes e amigos. Causarão a morte a alguns de vós e todos vos odiarão por causa do meu nome; mas nenhum cabelo da vossa cabeça se perderá. Pela vossa perseverança salvareis as vossas almas».

Outras leituras do dia: Dan 5, 1-6. 13-14. 16-17. 23-28; Sal Dan 3,62.63.64.65.66.67


Causarão a morte a alguns de vós... mas nem um só cabelo... se perderá. (Evangelho)

Eu talvez preferisse que me caísse o cabelo e que Nosso Senhor não permitisse que me matassem... O importante é salvar a alma, se for preciso, em detrimento do corpo. O corpo é um veículo transmissor de Deus. E quando Deus Se manifesta de tal maneira que o nosso corpo explode, deixemos ir o corpo. Não o queiramos segurar se para isso perdermos a alma. (Segurar o corpo pode ser não querer sair de um sofá confortável.) (Perder a alma pode ser pecar.)

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Baltasar cometeu a iniquidade
Aos olhos do Senhor dos senhores;
Comeu e bebeu à saciedade
E aos deuses de nada cantou louvores.

Nisto aparece uma estranha mão,
Escrevendo algo que não compreendia;
Ao rei apavora-se-lhe o coração;
Chama Daniel para dizer o que sabia.

Daniel não quis os dons e prebendas
Que o rei apavorado lhe oferecia.
“Vou ler-te o segredo para que entendas
O que esta mão estranha escrevia”.

E assim lhe revelou o segredo.
Mais tarde Jesus aos seus dizia:
“Sereis perseguidos, não tenhais medo;
Para a defesa eu vos darei sabedoria”

Teófilo Minga, fms

Terça feira - 24 de novembro de 2015

Ouvir o Evangelho


Evangelho segundo S. Lucas 21, 5-11

Naquele tempo, comentavam alguns que o templo estava ornado com belas pedras e piedosas ofertas. Jesus disse-lhes: «Dias virão em que, de tudo o que estais a ver, não ficará pedra sobre pedra: tudo será destruído». Eles perguntaram-Lhe: «Mestre, quando sucederá isto? Que sinal haverá de que está para acontecer?». Jesus respondeu: «Tende cuidado; não vos deixeis enganar, pois muitos virão em meu nome e dirão: ‘Sou eu’; e ainda: ‘O tempo está próximo’. Não os sigais. Quando ouvirdes falar de guerras e revoltas, não vos alarmeis: é preciso que estas coisas aconteçam primeiro, mas não será logo o fim». Disse-lhes ainda: «Há-de erguer-se povo contra povo e reino contra reino. Haverá grandes terramotos e, em diversos lugares, fomes e epidemias. Haverá fenómenos espantosos e grandes sinais no céu».

Outras leituras do dia: Dan 2, 31-45; Sal Dan 3, 57. 58. 59. 60. 61


Obras do Senhor, bendizei o Senhor. (Salmo)

Faça, o leitor, com que as suas obras bendigam o Senhor. Não de uma forma lírica, poética, alegórica, mas de uma forma prosaica, concreta e terra a terra. Amando. O leitor ame em cada obra que faz e as suas obras já estão a bendizer o Senhor. Há muitas maneiras de fazer as coisas. Uma delas é amando. Pensando não só na obra mas nas pessoas para quem se faz. Pensando nas pessoas ao começo. No meio e no fim. O leitor ame. Ame e reze.

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E o rei teve ainda uma visão
De uma estátua multifacetada.
Que significaria esta situação
Que deixava a alma angustiada?

Estátua de cabeça de fino ouro;
De prata eram o peito e os braços;
Grande imagem, como um tesouro,
Mas pés de barro para seus passos.

Imagem de reinos e reinos ainda,
Uns a outros em tudo dominando,
Às vezes em opressão que não finda,
Uns povos a outros povos subjugando.

Mas haverá um reino, nunca destruído,
Imagem diferente do Templo famoso;
Pedra por pedra, ei-lo totalmente caído,
Grandes sinais com um fim pavoroso.

Teófilo Minga, fms

Segunda feira - 23 de novembro de 2015

Ouvir o Evangelho


Evangelho segundo S. Lucas 21, 1-4

Naquele tempo, Jesus levantou os olhos e viu os ricos deitarem na arca do Tesouro as suas ofertas. Viu também uma viúva muito pobre deitar duas pequenas moedas. Então Jesus disse: «Em verdade vos digo: Esta viúva pobre deu mais do que todos os outros. Todos eles deram do que lhes sobrava; mas ela, na sua penúria, ofereceu tudo o que possuía para viver».

Outras leituras do dia: Dan 1, 1-6. 8-20; Sal Dan 3, 52. 53 e 54. 55 e 56


Ela, na sua penúria, ofereceu tudo o que possuía para viver. (Evangelho)

Aquela viúva podia, por vergonha, não dar nada. Mas deu tudo o que tinha, o que mesmo assim era muito pouco. Era muito pouco e era muito, porque era tudo o que tinha. Tenhamos nós também essa coragem: dêmos tudo o que temos. Pode não ser muito, podemos não ser grande coisa (sobretudo aos nossos olhos), mas dêmos tudo isso a Deus, que nos vai devolver cem vezes mais. Reze, o leitor, sobre isto.

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O rei da Babilónia invadiu Jerusalém,
Mas escolhe alguns filhos de Israel,
De família nobre, para o servirem bem:
Ananias, Azarias, Misael e Daniel.

Não quiserem manchar-se com a comida,
Com o alimento do rei e o vinho que bebia…
Mas foi o rei que fixou o alimento e a bebida,
E o chefe dos eunucos perante o rei respondia.

Decidem tomar legumes e água para beber;
Os seus rostos não ficaram nada abatidos;
A proteção do Senhor era tão fácil de ver:
Melhor fisionomia e estavam mais nutridos

Que os alimentados por alimento real.
Deus vê por dentro, no centro dos corações.
Viu aquela viúva pobre, vivendo talvez mal:
Deus mais, embora não mostrasse cifrões.

Teófilo Minga, fms

Domingo - 22 de novembro de 2015

Ouvir o Evangelho


DOMINGO XXXIV DO TEMPO COMUM
SOLENIDADE DE NOSSO SENHOR JESUS CRISTO, REI DO UNIVERSO

Evangelho segundo S. João 18, 33b-37

Naquele tempo, disse Pilatos a Jesus: «Tu és o Rei dos Judeus?». Jesus respondeu-lhe: «É por ti que o dizes, ou foram outros que to disseram de Mim?». Disse-Lhe Pilatos: «Porventura eu sou judeu? O teu povo e os sumos sacerdotes é que Te entregaram a mim. Que fizeste?». Jesus respondeu: «O meu reino não é deste mundo. Se o meu reino fosse deste mundo, os meus guardas lutariam para que Eu não fosse entregue aos judeus. Mas o meu reino não é daqui». Disse-Lhe Pilatos: «Então, Tu és Rei?». Jesus respondeu-lhe: «É como dizes: sou Rei. Para isso nasci e vim ao mundo, a fim de dar testemunho da verdade. Todo aquele que é da verdade escuta a minha voz».

Outras leituras do dia: Dan 7, 13-14; Sal 92 (93), 1ab. 1c-2. 5; Ap 1, 5-8

Santo do dia
S. Cecília, virgem e mártir


Com a Solenidade de Nosso Senhor Jesus Cristo, Rei do Universo, concluímos mais um Ano Litúrgico. Continuamos, como no domingo passado, com o género literário apocalíptico. Na sua simbologia, a alternância dos verbos nos tempos passado, presente e futuro diz-nos que o reino de Deus, instaurado por Jesus, é alguma coisa que já aconteceu com a sua vida (a encarnação, a morte e a ressurreição), que continua a construir-se ainda hoje e que terá a sua plenitude na eternidade.
A liturgia da Palavra deste dia percorre a história da salvação do Antigo ao Novo Testamento, identificando os traços essenciais do Reino que Jesus vem trazer à terra. Na primeira leitura, o Profeta Daniel contempla a visão da glória do Messias esperado, que vem «sobre as nuvens do céu». Simbolicamente, Daniel antevê o poder triunfante com que Jesus Se revela vitorioso sobre a morte. Na verdade, depois da ressurreição e da aparição aos discípulos, Jesus ascende aos Céus e deixa a promessa do envio do Espírito Santo. Sobe para junto do Pai, mas fica presente no nascimento da Igreja. A morte não foi o seu fim, mas o início de uma nova era da humanidade. É com esta confiança que os cristãos continuam a acreditar na força do poder de Jesus e na certeza da vida eterna. O próprio Daniel, na sua visão, diz que «o seu poder é eterno, não passará jamais, e o seu reino não será destruído».
No Evangelho de S. João encontramos o diálogo de Jesus com Pilatos momentos antes de ser entregue à morte. Pilatos interroga Jesus se é, de facto, o Rei dos Judeus e este, pronto para dar a vida pela salvação de toda a humanidade, responde: «O meu reino não é deste mundo. Sou Rei. Para isso nasci e vim ao mundo, a fim de dar testemunho da verdade». É o próprio Cristo Quem nos apresenta a sua realeza, bem diferente dos poderes de quem governa na terra. A missão de Jesus é dar a vida para que outros a tenham em abundância, é libertar da morte quem anda preso a vidas escravizadas pela tirania do mal, é salvar os corações despedaçados pela dor da solidão, do abandono e da miséria. Diante deste Rei, somos interpelados na forma como agimos no dia a dia. Que tipo de cristãos somos no meio em que vivemos? Que testemunho damos na família, no emprego, entre os amigos? Como colaboramos na obra de implementação do reino de Deus que Jesus veio oferecer? São perguntas que nos devem levar a um exame da forma como fomos vivendo este ano litúrgico que agora termina.
O Livro do Apocalipse completa o discurso lembrando que Jesus Cristo é «o Príncipe dos reis da terra», foi Ele que «fez de nós um reino de sacerdotes para Deus seu Pai». Jesus é «o Alfa e o Ómega», «Aquele que é, que era e que há de vir, o Senhor do Universo». O Rei que hoje celebramos não tem uma coroa de pedras preciosas, nem veio sentado num trono de madeiras exóticas. A coroa de Jesus é feita de espinhos e o seu trono é a vitória da cruz. Ainda hoje nos admira a forma como Jesus veio instaurar o reino de Deus: acolhendo todos os povos, sem distinção de raça ou cultura, protegendo os pobres e indefesos, curando os doentes e oprimidos, libertando do mal os pecadores que se convertem. As histórias que os Evangelhos nos contam, vividas há dois mil anos, continuam hoje a acontecer de forma surpreendente.

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Eu olhava de noite, e tive uma visão
De alguém que vinha lá do alto Céu:
Dirigia-se para junto do divino Ancião:
Onde a entrega do Reino aconteceu.

É um reino que não passa jamais,
A Sua realeza não será destruída.
Como Jesus, Rei único entre os demais;
Um rei diferente, realeza amada e querida.

Realeza que também traz problemas,
Mesmo a Pilatos: “És Rei dos Judeus?”
Jesus responde com palavras amenas,
Mas diz: “O meu Reino é lá dos Céus”.

Sim, o meu Reino não é deste mundo;
Se assim fosse os meus me defenderiam;
É um Reino Outro, bem mais profundo,
De verdade e não o que por aí diziam.

Teófilo Minga, fms

Sábado - 21 de novembro de 2015

Ouvir o Evangelho


APRESENTAÇÃO DA VIRGEM SANTA MARIA

Evangelho segundo S. Lucas 20, 27-40

Naquele tempo, aproximaram-se de Jesus alguns saduceus – que negam a ressurreição – e fizeram-lhe a seguinte pergunta: «Mestre, Moisés deixou-nos escrito: ‘Se morrer a alguém um irmão, que deixe mulher, mas sem filhos, esse homem deve casar com a viúva, para dar descendência a seu irmão’. Ora havia sete irmãos. O primeiro casou-se e morreu sem filhos. O segundo e depois o terceiro desposaram a viúva; e o mesmo sucedeu aos sete, que morreram e não deixaram filhos. Por fim, morreu também a mulher. De qual destes será ela esposa na ressurreição, uma vez que os sete a tiveram por mulher?». Disse-lhes Jesus: «Os filhos deste mundo casam-se e dão-se em casamento. Mas aqueles que forem dignos de tomar parte na vida futura e na ressurreição dos mortos, nem se casam nem se dão em casamento. Na verdade, já não podem morrer, pois são como os Anjos, e, porque nasceram da ressurreição, são filhos de Deus. E que os mortos ressuscitam, até Moisés o deu a entender no episódio da sarça ardente, quando chama ao Senhor ‘o Deus de Abraão, o Deus de Isaac e o Deus de Jacob’. Não é um Deus de mortos, mas de vivos, porque para Ele todos estão vivos». Então alguns escribas tomaram a palavra e disseram: «Falaste bem, Mestre». E ninguém mais se atrevia a fazer-Lhe qualquer pergunta.

Outras leituras do dia: 1 Mac 6,1-13; Sal 9 A (9), 2-3.4 e 6.16 e 19


Para Ele todos estão vivos. (Evangelho)

Para Deus, mesmo a morte é ressurreição. Não há dor nossa que nos tire a vida se nos encostarmos a Deus. Temos aquelas dores fininhas subtis que se metem entre as juntas dos nossos ossos, ou as dores brutais que nos partem o esqueleto, mas nada disso nos traz a morte se conhecemos a Deus. E a dor junta-nos a Ele, junta--nos a todos os que sofrem. Em Deus, dor dá vida. O leitor reze…

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Antíoco, rei, vai chegando ao fim;
A sua obra desaparece agora, vencida;
O rei treme de pasmo e assim
Cai de cama em mágoa adoecida.

Angústia extrema é o seu estado;
Já não é agora o todo-poderoso;
Já nem sequer é mesmo estimado!
Caiu; e ei-lo em estado vergonhoso.

Por isso vai morrer em terra estrangeira.
Mais tarde os saduceus vêm a Jesus,
Porque o amam? É antes, uma ratoeira
Para o destruir; querem-no na Cruz.

E vêm com a história de casamentos;
Tinham sido sete, para a pobre mulher;
Foram maridos de todos os momentos,
A quem pois vai esta senhora pertencer?

Teófilo Minga, fms

Sexta feira - 20 de novembro de 2015

Ouvir o Evangelho


Evangelho segundo S. Lucas 19, 45-48

Naquele tempo, Jesus entrou no templo e começou a expulsar os vendedores, dizendo-lhes: «Está escrito: ‘A minha casa é casa de oração’; e vós fizestes dela ‘um covil de ladrões’». Jesus ensinava todos os dias no templo. Os príncipes dos sacerdotes, os escribas e os chefes do povo procuravam dar Lhe a morte, mas não encontravam o modo de o fazer, porque todo o povo ficava maravilhado quando O ouvia.

Outras leituras do dia: 1 Mac 4, 36-37. 52-59; Sal 1 Cr 29, 10. 11ab. 11cd e 12ab. 12cd e 13


E deu graças ao Céu por lhes ter dado tão feliz sucesso. (1ª Leitura)

Foi instituído um ritual sagrado para agradecer e celebrar um sucesso. Que comparação terá a nossa alegria pela ressurreição de Jesus com a de Maria Madalena ou os discípulos? Será que lá podemos chegar? Mas a celebração da ressurreição de Cristo, a «missa», não tem sentido enquanto não sentirmos por dentro a alegria de Jesus estar vivo. (Até lá, a alegria da missa será o coro, o padre, a igreja, as pessoas que vão ou a distância de nossa casa.)

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Eis que os pagãos se foram embora;
É tempo de purificar o Lugar Santo.
A vinte e cinco do nono mês… é a hora,
Fazer a purificação entre júbilo e canto.

Anos depois de ter sido profanado,
No dia aniversário é a adoração;
O Templo fica assim abençoado,
De novo volta a ser casa de oração.

Mas o povo se esqueceu e Jesus
Expulsa agora aqueles vendedores;
No Templo comércio em vez de luz,
Fizeram dele “um antro de salteadores”.

Jesus ensinava no Templo às claras;
Mas já procuravam dar-lhe a morte;
Sacerdotes e escribas e outras caras
Matá-lo-ão mesmo… gentes sem norte!

Teófilo Minga, fms

Quinta feira - 19 de novembro de 2015

Ouvir o Evangelho


Evangelho segundo S. Lucas 19, 41-44

Naquele tempo, quando Jesus Se aproximou de Jerusalém, ao ver a cidade, chorou sobre ela e disse: «Se ao menos hoje conhecesses o que te pode dar a paz! Mas não. Está escondido a teus olhos. Dias virão para ti, em que os teus inimigos te rodearão de trincheiras e te apertarão de todos os lados. Esmagar-te-ão a ti e aos teus filhos e não deixarão em ti pedra sobre pedra, por não teres reconhecido o tempo em que foste visitada».

Outras leituras do dia: 1 Mac 2, 15-29; Sal 49 (50), 1-2. 5-6. 14-15


Esmagar-te-ão... por não teres reconhecido o tempo em que foste visitada [pela paz]. (Evangelho)

Jesus refere-Se com muita tristeza à destruição de Jerusalém. A insubordinação judaica ia contra a paz romana e por isso destruíram Jerusalém. Se tivessem acolhido a paz de Cristo, talvez Jerusalém não tivesse sido destruída. Mas o interesse imediato prevaleceu. Temos que evitar esta espécie de pecado na nossa vida: sacrificar o médio prazo ao prazer do presente. O leitor reze sobre isto.

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Ainda Antíoco quer fazer apostatar,
Pedindo sacrifícios a deuses estrangeiros;
Matatias e os filhos respeitam o altar,
Se tiverem que sofrer, serão os primeiros.

Podem as nações obedecer ao rei,
Eu e meus filhos seguiremos a Aliança,
Para nós a verdadeira e única lei;
Nela depositamos nossa esperança.

O decreto real não passa em Modin;
Matatias, preso de justa indignação,
Clama: só para o Senhor é o nosso sim,
Não deixemos perverter nosso coração.

Não foi assim com Jerusalém
Que não reconheceu Deus Salvador;
Afastou-se da prática do todo o bem,
Nada quis com seu Rei e Senhor.

Teófilo Minga, fms

Quarta feira - 18 de novembro de 2015

Ouvir o Evangelho


Dedicação das Basílicas de S. Pedro e de S. Paulo, Apóstolos

Evangelho segundo S. Mateus 14, 22-33

Depois de ter saciado a fome à multidão, Jesus obrigou os discípulos a subir para o barco e a esperá-l’O na outra margem, enquanto Ele despedia a multidão. Logo que a despediu, subiu a um monte, para orar a sós. Ao cair da tarde, estava ali sozinho. O barco ia já no meio do mar, açoitado pelas ondas, pois o vento era contrário. Na quarta vigília da noite, Jesus foi ter com eles, caminhando sobre o mar. Os discípulos, vendo-O a caminhar sobre o mar, assustaram-se, pensando que fosse um fantasma. E gritaram cheios de medo. Mas logo Jesus lhes dirigiu a palavra, dizendo: «Tende confiança. Sou Eu. Não temais». Respondeu-Lhe Pedro: «Se és Tu, Senhor, manda-me ir ter contigo sobre as águas». «Vem!» – disse Jesus. Então, Pedro desceu do barco e caminhou sobre as águas, para ir ter com Jesus. Mas, sentindo a violência do vento e começando a afundar-se, gritou: «Salva-me, Senhor!» Jesus estendeu-lhe logo a mão e segurou-o. Depois disse-lhe: «Homem de pouca fé, porque duvidaste?». Logo que subiram para o barco, o vento amainou. Então, os que estavam no barco prostraram-se diante de Jesus e disseram-Lhe: «Tu és verdadeiramente o Filho de Deus».

Outras leituras do dia: Act 28, 11-16. 30-31; Sal 97, 1. 2-3ab. 3cd-4. 5-6


Tu és verdadeiramente o Filho de Deus. (Evangelho)

Aqui os discípulos acreditaram por causa do que Jesus tinha acabado de fazer, mas só haveriam de acreditar realmente pela ação do Espírito Santo, quando este converteu os seus corações. Connosco é a mesma coisa, temos que estar abertos ao Espírito Santo. Todos os dias, porque a conversão é diária e o estímulo para ela vem das maneiras mais inesperadas. Temos que estar atentos. O leitor esteja e hoje reze por isso.

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Paulo viaja meses até chegar a Malta
E mais tarde fica com os cristãos de Roma
Que o acolhem, lhe dão tudo e nada lhe falta;
Pela cidade diz a Palavra, sem vergonha.

Prega com todo o desassombro e coragem,
Dando graças a Deus por tal acolhimento,
Depois de tantas tribulações na viagem…
Agora, proclamar a Cristo sem impedimento.

Mesmo se a barca da Igreja é fustigada,
Por águas em fúria, que aprece afundar.
Jesus pede confiança, pela oração animada,
Ele está aí, caminha connosco em pleno mar.

Mesmo na tempestade não tenhais medo;
Estou aqui para em tudo vos dar a mão.
Estou convosco e este é o melhor segredo
Para viver a fé, com amor no coração.

Teófilo Minga, fms

Terça feira - 17 de novembro de 2015

Ouvir o Evangelho


Evangelho segundo S. Lucas 19, 1-10

Naquele tempo, Jesus entrou em Jericó e começou a atravessar a cidade. Vivia ali um homem rico chamado Zaqueu, que era chefe de publicanos. Procurava ver quem era Jesus, mas, devido à multidão, não podia vê-l’O, porque era de pequena estatura. Então correu mais à frente e subiu a um sicómoro, para ver Jesus, que havia de passar por ali. Quando Jesus chegou ao local, olhou para cima e disse-lhe: «Zaqueu, desce depressa, que Eu hoje devo ficar em tua casa». Ele desceu rapidamente e recebeu Jesus com alegria. Ao verem isto, todos murmuravam, dizendo: «Foi hospedar-Se em casa dum pecador». Entretanto, Zaqueu apresentou-se ao Senhor, dizendo: «Senhor, vou dar aos pobres metade dos meus bens e, se causei qualquer prejuízo a alguém, restituirei quatro vezes mais». Disse-lhe Jesus: «Hoje entrou a salvação nesta casa, porque Zaqueu também é filho de Abraão. Com efeito, o Filho do homem veio procurar e salvar o que estava perdido».

Outras leituras do dia: 2 Mac 6, 18-31; Sal 3, 2-3. 4-5. 6-7

Santo do dia
S. Isabel da Hungria, religiosa


O Filho do homem veio procurar e salvar o que estava perdido. (Evangelho)

O Evangelho mostra-nos que Jesus veio sobretudo para quem estava perdido. E salvou quem quis ser salvo. Nós, enquanto pecadores, também estamos perdidos. Enquanto cristãos, partilhamos da promessa da salvação, mas ainda não a temos garantida. O que é que nos falta? Falta-nos acolhermo-nos nos braços do Pai todos os dias que nos faltam para o abraço eterno. Falta-nos ir todos os dias ao encontro daquele que nos procura. Parece-lhe que vai? (Fora das suas orações.)

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Eleazar, grande doutor da lei,
Não quer faltar à Lei do Senhor;
Melhor ser exemplo para toda a grei,
Sem medo do suplício e da dor.

Afasta as palavras de corrupção,
Mesmo de amigos de longa data;
Prefere entregar a Deus o coração;
Matam o corpo; a alma quem a mata?

Exemplo sublime daquele ancião,
Como mais tarde o de Zaqueu;
Na alegria do Senhor que conversão,
Que belo exemplo a todos deu.

Como é belo querer ver o Senhor!
O Senhor mesmo vem a tua casa.
Uns dizem que tu és pecador,
Não sabem o fogo que te abrasa.

Teófilo Minga, fms

Segunda feira - 16 de novembro de 2015

Ouvir o Evangelho


Evangelho segundo S. Lucas 18, 35-43

Naquele tempo, quando Jesus Se aproximava de Jericó, estava um cego a pedir esmola, sentado à beira do caminho. Quando ele ouviu passar a multidão, perguntou o que era aquilo. Disseram-lhe que era Jesus Nazareno que passava. Então ele começou a gritar: «Jesus, filho de David, tem piedade de mim». Os que vinham à frente repreendiam-no, para que se calasse, mas ele gritava ainda mais: «Filho de David, tem piedade de mim». Jesus parou e mandou que Lho trouxessem. Quando ele se aproximou, perguntou-lhe: «Que queres que Eu te faça?». Ele respondeu-Lhe: «Senhor, que eu veja». Disse-lhe Jesus: «Vê. A tua fé te salvou». No mesmo instante ele recuperou a vista e seguiu Jesus, glorificando a Deus. Ao ver o sucedido, todo o povo deu louvores a Deus.

Outras leituras do dia: 1 Mac 1,10-15.41-43.54-57.62-64; Sal 118 (119),53 e 61.134.150.155.158


Ao ver o sucedido, todo o povo deu louvores a Deus. (Evangelho)

Notemos que o texto diz que as pessoas deram louvores a Deus e não diz que as pessoas vieram agradecer a Jesus. É muito importante termos a noção prática de que Deus atua através dos nossos irmãos para não ficarmos agarrados a esses irmãos. Isto acontece muito com padres que «falam muito bem». (Leia-se: «escrevem.») O nosso apego deve ser a Deus e não a eles. Eles são instrumentos que levam tesouros em vasos de barro. Termos noção disto pode poupar-nos muitas desilusões. Rezemos por eles.

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Antíoco Epifanes foi um governador perverso;
Apareceu em Israel gente que renegou a fé;
Afastaram-se da Lei, em caminho tão diverso
Que só podia levar à ruína do que aquele povo é.

Foram ter com o rei para seguirem os pagãos,
Os seus costumes e tantas outras atrocidades,
Nem dava a impressão que eram povo de irmãos,
Povo do Senhor desde todos os tempos e idades,

Venderam-se por completo à prática do mal
E renunciaram à prática de suas tradições;
Profanaram o sábado e tudo o que era essencial,
Na sua história era o “horror das devastações”.

Tornou-se gente que não queria ver a sua história,
Bem diferente daquele pobre cego do Evangelho.
Que queres? Quero ver Senhor para a tua glória
E deixar para trás um mundo antigo, mundo velho.

Teófilo Minga, fms

Domingo - 15 de novembro de 2015

Ouvir o Evangelho


DOMINGO XXXIII DO TEMPO COMUM

Evangelho segundo S. Marcos 13, 24-32

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Naqueles dias, depois de uma grande aflição, o sol escurecerá e a lua não dará a sua claridade; as estrelas cairão do céu e as forças que há nos céus serão abaladas. Então, hão-de ver o Filho do homem vir sobre as nuvens, com grande poder e glória. Ele mandará os Anjos, para reunir os seus eleitos dos quatro pontos cardeais, da extremidade da terra à extremidade do céu. Aprendei a parábola da figueira: quando os seus ramos ficam tenros e brotam as folhas, sabeis que o Verão está próximo. Assim também, quando virdes acontecer estas coisas, sabei que o Filho do homem está perto, está mesmo à porta. Em verdade vos digo: Não passará esta geração sem que tudo isto aconteça. Passará o céu e a terra, mas as minhas palavras não passarão. Quanto a esse dia e a essa hora, ninguém os conhece: nem os Anjos do Céu, nem o Filho; só o Pai».

Outras leituras do dia: Dan 12, 1-3; Sal 15 (16), 5 e 8. 9-10. 11; Hebr 10, 11-14. 18

Santo do dia
S. Alberto Magno, bispo e doutor da Igreja


Aproximamo-nos do final de mais um Ano Litúrgico. Despedimo-nos hoje do Evangelista S. Marcos, que fomos lendo ao longo dos domingos deste Ano. Para a semana terminamos este ciclo com a Solenidade de Jesus Cristo, Rei do Universo. De seguida, entramos no Advento e damos voz ao Evangelista S. Lucas. Para já, em tempo de conclusão, as leituras adquirem um tom apocalíptico, simbólico e enigmático, convidando-nos a refletir sobre a confiança em Deus e a esperança num futuro mais pleno, sempre marcado pela salvação definitiva que Cristo nos veio trazer.
A Profecia de Daniel anuncia o tempo da ação salvadora de Deus em favor do seu povo. Ainda que o presente seja marcado por dificuldades, é a esperança no futuro que dá ânimo a Israel. «Nesse tempo, virá a salvação para o teu povo», diz Daniel, completando que «os que tiverem ensinado a muitos o caminho da justiça brilharão como estrelas por toda a eternidade».
O Evangelho de S. Marcos leva-nos por uma estrada semelhante. Jesus fala aos seus discípulos do fim dos tempos, desse futuro que há de vir como a plenitude da vinda do Senhor. «Esse dia e a essa hora, ninguém os conhece», diz Jesus, mas deixa-nos a certeza de ser marcado pelo selo de Deus. Cristo virá novamente ao encontro dos homens, manifestar-Se-á na sua glória e congregará em Si a humanidade redimida.
Também a nós são dirigidas estas palavras simbólicas sobre o fim dos tempos. A vida seria muito reduzida se começasse e terminasse aqui na terra. Sabemos que nascemos, mas que não morreremos. Os dias vão passando, o corpo acabará por desaparecer, mas a vida continua em Cristo. É na certeza da Ressurreição que somos animados a perseverar nos valores que nos identificam como cristãos. Por isso, mesmo que haja dificuldades, fragilidades a curar, relações a perdoar, mortes a pacificar, fica sempre a certeza de que somos criados para «louvar, reverenciar e servir a Deus nosso Senhor», como nos ensina Santo Inácio de Loiola no “Princípio e Fundamento” dos seus Exercícios Espirituais. Nós não existimos nem por acaso, nem sem finalidade alguma, mas por amor e para amar. Somos criados a cada instante por puro amor, para amar a Deus como Ele nos amou. É essa a nossa finalidade e só assim nos realizamos. A prioridade da ação salvadora vem de Deus, que tem um projeto que é bom para a humanidade e que a conduz a um fim preciso, a comunhão no amor de Deus. Nós existimos em função desse projeto de amor, do qual formamos parte, mesmo que não saibamos concretizar muito bem o que nos espera. Vale a pena tomar consciência que, neste preciso momento, estamos a ser criados, a receber vida, a ser amados.
A Epístola aos Hebreus diz-nos que «Cristo, tendo oferecido pelos pecados um único sacrifício, sentou-Se para sempre à direita de Deus». Ele é o Caminho que nos conduz à vida eterna, é a Porta estreita que nos abre de novo as portas do Paraíso. Caminhemos n’Ele escutando a Palavra que nos salva, agindo como Ele nos ensinou, fazendo da nossa missão uma forma de amor sem distinção de pessoas, colaborando, deste modo, na obra criadora e santificadora de Deus.

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Naquele tempo virá a salvação para o povo;
Pode ser um tempo de angústia entre as nações;
Mas é o tempo último, tempo onde algo de novo
Acontecerá por entre dramáticas situações.

Os sábios brilharão com o esplendor do firmamento
E os justos terão o brilho das estrelas pela eternidade;
São excelsos pelo que fizeram em cada momento,
Por terem vivido longe do pecado, na verdade.

Valeu-lhes o sacrifício de Cristo que apaga o pecado
E deixou Seus inimigos vencidos debaixo dos pés;
Na Cruz do Seu sacrifício todo o homem é santificado,
O mundo inteiro é renovado, é redimido de lés a lés.

Os discípulos de Jesus irão além de toda a aflição,
Nestes tempos últimos de transformação total.
Não temais: o Filho do Homem traz a salvação,
Ela nos é oferecida: é o dom mais essencial.

Teófilo Minga, fms

Sábado - 14 de novembro de 2015

Ouvir o Evangelho


Evangelho segundo S. Lucas 18, 1-8

Naquele tempo, Jesus disse aos seus discípulos uma parábola sobre a necessidade de orar sempre sem desanimar: «Em certa cidade vivia um juiz que não temia a Deus nem respeitava os homens. Havia naquela cidade uma viúva que vinha ter com ele e lhe dizia: ‘Faz-me justiça contra o meu adversário’. Durante muito tempo ele não quis atendê-la. Mas depois disse consigo: ‘É certo que eu não temo a Deus nem respeito os homens; mas, porque esta viúva me importuna, vou fazer-lhe justiça, para que não venha incomodar-me indefinidamente’». E o Senhor acrescentou: «Escutai o que diz o juiz iníquo!... E Deus não havia de fazer justiça aos seus eleitos, que por Ele clamam dia e noite, e iria fazê-los esperar muito tempo? Eu vos digo que lhes fará justiça bem depressa. Mas quando voltar o Filho do homem, encontrará fé sobre a terra?»

Outras leituras do dia: Sab 18, 14-16 – 19, 6-9; Sal 104 (105), 2-3. 36-37. 42-43


É certo que eu não temo a Deus nem respeito os homens... (Evangelho)

Nós teoricamente tememos a Deus e respeitamos os homens. Eu acho que o verdadeiro temor a Deus e respeito pelos homens se nota quando se tira o medo. Quando interagimos com Deus e com os homens sem medo. Imaginemos que não havia polícia. Será que cumpríamos as regras de trânsito? Imaginemos que não havia vigilância. Quantas pessoas chegariam a horas ao emprego? Portanto, quantas pessoas respeitariam o próximo se não houvesse medo? O leitor de que lado está?

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A palavra do Senhor, Palavra omnipotente,
Deixou os Céus, deixou ainda seu trono real;
Veio fazer sua morada no meio da gente
E torna-se a força que nos faz esquecer o mal.

Depois nos empurra para a prática do bem;
Palavra que nos conforma na Sua maneira de ser;
Palavra que nos orienta para ir sempre mais além,
Sabendo-nos um só povo que Deus há de proteger.

Deus que nos escuta em todo o tempo e lugar,
Não como aquele juiz que não temia a Deus.
Há necessidade de orar sempre sem desanimar,
Este é o grande preceito para todos os filhos Seus.

O juiz ouvirá a viúva que, insistentemente,
O vinha chamar; não quer ser incomodado.
Deus, bem ao contrário, continuamente,
Nos ouve na oração; está sempre a nosso lado.

Teófilo Minga, fms

Sexta feira - 13 de novembro de 2015

Ouvir o Evangelho


Evangelho segundo S. Lucas 17, 26-37

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Como sucedeu nos dias de Noé, assim será também nos dias do Filho do homem: Comiam e bebiam, casavam e davam-se em casamento, até ao dia em que Noé entrou na arca. Então veio o dilúvio, que os fez perecer a todos. Do mesmo modo sucedeu nos dias de Lot: Comiam e bebiam, compravam e vendiam, plantavam e construiam. Mas no dia em que Lot saiu de Sodoma, Deus mandou do céu uma chuva de fogo e enxofre, que os fez perecer a todos. Assim será no dia em que Se manifestar o Filho do homem. Nesse dia, quem estiver no terraço e tiver coisas em casa não desça para as tirar; e quem estiver no campo não volte atrás. Lembrai-vos da mulher de Lot. Quem procurar salvar a vida há-de perdê-la e quem a perder há-de salvá-la. Eu vos digo que, nessa noite, estarão dois num leito: um será tomado e o outro deixado; estarão duas mulheres a moer juntamente: uma será tomada e a outra deixada». Então os discípulos perguntaram a Jesus: «Senhor, onde será isto?». Ele respondeu-lhes: «Onde estiver o corpo, aí se juntarão os abutres».

Outras leituras do dia: Sab 13, 1-9; Sal 18 A (19), 2-3. 4-5


Nesse dia, quem estiver no terraço... não desça. (Evangelho)

Nesse dia, quem estiver no terraço não desça porque chegou o momento do encontro com o Pai. Não fuja. Não tenha medo. Lembre-se da parábola do filho pródigo, da parábola da ovelha perdida e espere pelo Pai, confiadamente, quaisquer que forem as suas circunstâncias. Atire-se para os braços do Pai. E pode fazer isso hoje. Mesmo já nesta terra.

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Veem as obras de Deus e vivem na ignorância;
É a história de tantos que não conhecem o Criador.
Como ignorar o Criador se em cada circunstância
Vemos à nossa volta as obras todas do seu amor?

Diziam o fogo e a água como senhores do mundo,
E também a esfera das estrelas, o ar ligeiro e o vento.
Como não chegam então a um ver mais profundo?
Na superficialidade parece ficar seu pensamento.

Todo o mundo revela a Deus e Sua grande beleza;
Investiguem mais fundo e deixem pois a aparência,
Encontrarão o Autor do Universo com toda a certeza:
A Criação, espelho de Deus em toda a transparência.

Estai pois atentos, também o Filho se revelará,
Exatamente como nos tempos da arca de Noé:
Quem procurar preservar a vida, perdê-la-á;
Quem a perder, conservá-la-á, diz Jesus de Nazaré.

Teófilo Minga, fms

Quinta feira - 12 de novembro de 2015

Ouvir o Evangelho


Evangelho segundo S. Lucas 17, 20-25

Naquele tempo, os fariseus perguntaram a Jesus quando viria o reino de Deus e Ele respondeu-lhes, dizendo: «O reino de Deus não vem de maneira visível, nem se dirá: ‘Está aqui ou ali’; porque o reino de Deus está no meio de vós». Depois disse aos seus discípulos: «Dias virão em que desejareis ver um dia do Filho do homem e não o vereis. Hão-de dizer-vos: ‘Está ali’, ou ‘Está aqui’. Não queirais ir nem os sigais. Pois assim como o relâmpago, que faísca dum lado do horizonte e brilha até ao lado oposto, assim será o Filho do homem no seu dia. Mas primeiro tem de sofrer muito e ser rejeitado por esta geração».

Outras leituras do dia: Sab 7, 22 – 8, 1; Sal 118 (119), 89. 90. 91. 130. 135. 175


O reino de Deus não vem de maneira visível. (Evangelho)

O reino de Deus não vem de maneira visível. Não tem terra, não tem rei, não tem súbditos. Dele fazem parte muitas pessoas de diversos reinos e países. É um reino em construção, baseado na boa vontade dos seus membros e no facto de Deus estar dentro de cada um; e dentro da cada um, não tem nenhum poder militar e tem pouco poder económico (a Igreja). O leitor tem o reino de Deus dentro de si?

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Na Sabedoria há um espírito inteligente,
Santo, subtil, sem mancha e perspicaz;
Nela, no mais alto grau tudo é excelente,
Só pode ser maravilhoso tudo o que faz.

A Sabedoria penetra tudo graças à sua pureza,
Sopro do poder de Deus, glória do Omnipotente;
Lúcida e firme, nela encontramos a maior beleza,
Se estamos com Deus, em nós está presente.

A Sabedoria é serena, o esplendor da eterna luz,
Espelho de Deus, imagem sublime da Sua bondade.
No tempo é caminho e se concentra em Jesus,
Deus entre os homens, na Sua humanidade.

Pela Sabedoria o Reino de Deus está entre nós;
O Filho de Deus é entre nós a Sabedoria encarnada,
Imagem vida de Deus, nele ouvimos a voz da sua voz,
Voz de profeta na Cruz, por momentos, silenciada,

Teófilo Minga, fms

Quarta feira - 11 de novembro de 2015

Ouvir o Evangelho


Evangelho segundo S. Lucas 17, 11-19

Naquele tempo, indo Jesus a caminho de Jerusalém, passava entre a Samaria e a Galileia. Ao entrar numa povoação, vieram ao seu encontro dez leprosos. Conservando-se a distância, disseram em alta voz: «Jesus, Mestre, tem compaixão de nós». Ao vê-los, Jesus disse-lhes: «Ide mostrar-vos aos sacerdotes». E sucedeu que no caminho ficaram limpos da lepra. Um deles, ao ver-se curado, voltou atrás, glorificando a Deus em alta voz, e prostrou-se de rosto em terra aos pés de Jesus, para Lhe agradecer. Era um samaritano. Jesus, tomando a palavra, disse: «Não foram dez os que ficaram curados? Onde estão os outros nove? Não se encontrou quem voltasse para dar glória a Deus senão este estrangeiro?». E disse ao homem: «Levanta-te e segue o teu caminho; a tua fé te salvou».

Outras leituras do dia: Sab 6, 1-11; Sal 81 (82), 3-4. 6-7

Santo do dia
S. Martinho de Tours, bispo


Os que nelas [palavras de Deus] se tiverem instruído encontrarão segura defesa. (1ª Leitura)

A palavra de Deus é uma luz para o nosso caminho, ao mesmo tempo que uma segurança e um apoio. Um apoio porque nos encoraja quando estamos em perigo de desfalecer. E um apoio no nosso caminho para a vida eterna porque nos ajuda a adquirir as condições necessárias para irmos para o Céu. É, pois, fundamental o seu conhecimento pelo nosso interior. (Repare, pelo nosso interior, não só pela nossa cabeça.) Hoje, o leitor medite nisto.

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De terras longínquas sois os governantes;
Vos orgulhais da imensidão dos vossos povos,
Mas ignorais a Sabedoria em todos os instantes,
Vosso comportamento não é dos tempos novos,

Sendo ministros não governais com retidão;
Vos afastastes de Deus e de Sua vontade;
Longe dele se encontra o vosso coração,
Esquecestes o Seu amor, a Sua fidelidade.

Como esquecestes também de dar graças
Pela Palavra ainda e também pela Sabedoria
Que vem de Deus… é a maior das desgraças.
Acolhei-as no coração e vivei depois na alegria.

Assim aconteceu com aqueles leprosos curados;
Esqueceram-se de voltar atrás para agradecer;
Estranho: apenas um estrangeiro de outros lados
Deu em si e disse: fui curado, sinto que devo volver.

Teófilo Minga, fms

Terça feira - 10 de novembro de 2015

Ouvir o Evangelho


Evangelho segundo S. Lucas 17, 7-10

Naquele tempo, disse o Senhor: «Quem de vós, tendo um servo a lavrar ou a guardar gado, lhe dirá quando ele volta do campo: ‘Vem depressa sentar-te à mesa’? Não lhe dirá antes: ‘Prepara-me o jantar e cinge-te para me servires, até que eu tenha comido e bebido. Depois comerás e beberás tu’. Terá de agradecer ao servo por lhe ter feito o que mandou? Assim também vós, quando tiverdes feito tudo o que vos foi ordenado, dizei: ‘Somos inúteis servos: fizemos o que devíamos fazer’».

Outras leituras do dia: Sab 2, 23 – 3, 9; Sal 33 (34), 2-3. 16-17. 18-19

Santo do dia
S. Leão Magno, papa e doutor da Igreja


Somos inúteis servos; fizemos o que devíamos fazer. (Evangelho)

Ao fazermos o nosso dever, somos todos igualmente inúteis ou úteis: estamos todos no mesmo pé de igualdade. A nossa utilidade começa no desenvolvimento das nossas potencialidades originais. E a potencialidade maior é o amor e a maior originalidade a maneira específica como o leitor ama. Hoje, o leitor veja o que é que o seu amor tem de específico. O que é que o seu olhar sobre os outros terá de específico. Reze sobre isso.

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Pelo Demónio entrou no mundo a morte,
Mas as almas dos justos estão na mão de Deus;
Foi em Deus eu encontraram o seu norte,
Com Ele descansam ternamente lá nos Céus.

Não foram de modo nenhum castigados;
A sua grande esperança era a imortalidade.
Agora brilham junto a Deus e iluminados
Testemunham no mundo Jesus e Sua bondade.

Foram fiéis e permaneceram no amor.
O resultado da sua absoluta confiança
É saberem que Jesus Cristo é Rei e Senhor
E que jamais desiludiu a sua esperança.

São os servos que fizeram o que deviam fazer;
São os servos inúteis na linguagem do Evangelho,
Esta é a melhor maneira de compreender
A nossa relação com Deus, o que tem de mais belo.

Teófilo Minga, fms

Segunda feira - 9 de novembro de 2015

Ouvir o Evangelho


DEDICAÇÃO DA BASÍLICA DE LATRÃO

Evangelho segundo S. João 2, 13-22

Estava próxima a Páscoa dos judeus e Jesus subiu a Jerusalém. Encontrou no templo os vendedores de bois, de ovelhas e de pombas e os cambistas sentados às bancas. Fez então um chicote de cordas e expulsou-os a todos do templo, com as ovelhas e os bois; deitou por terra o dinheiro dos cambistas e derrubou-lhes as mesas; e disse aos que vendiam pombas: «Tirai tudo isto daqui; não façais da casa de meu Pai casa de comércio». Os discípulos recordaram-se do que estava escrito: «Devora-me o zelo pela tua casa». Então os judeus tomaram a palavra e perguntaram-Lhe: «Que sinal nos dás de que podes proceder deste modo?». Jesus respondeu-lhes: «Destruí este templo e em três dias o levantarei». Disseram os judeus: «Foram precisos quarenta e seis anos para construir este templo e Tu vais levantá-lo em três dias?». Jesus, porém, falava do templo do seu Corpo. Por isso, quando Ele ressuscitou dos mortos, os discípulos lembraram-se do que tinha dito e acreditaram na Escritura e na palavra de Jesus.

Outras leituras do dia: Ez 47, 1-2. 8-9. 12 ou 1 Cor 3, 9c-11. 16-17; Sal 45, 2-3. 5-6. 8-9


Devora-me o zelo pela tua casa. (Evangelho)

Jesus referia-Se ao templo. O nosso corpo também é templo do Espírito Santo. E temos que tratar dele. E muitas vezes é uma grande maçada. Amar este corpo que temos pode ser uma grande maçada. Irmos ao médico, fazermos exercício, fazermos meditação são coisas que nos podem parecer muito pouco atraentes. Mas cada um sabe aquilo de que o seu corpo precisa, cada um sabe como é que o tem que amar. Hoje, o leitor ofereça o seu corpo a Deus.

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Águas que correm para fecundar a terra;
Ao seu passo todo o ser vivo tem novo alento;
Águas do santuário que uma riqueza encerra,
Frutos novos eu se tornam alimento,

Também nós somos o Templo de Deus,
Templo cujo alicerce é Cristo Jesus;
Pedra a pedra, todos os filhos seus
São templo onde brilha Deus e sua luz.

O Espírito de Deus habita em nós,
Somos templo com o selo divino,
Templo que revela no eco da sua voz,
A presença de Deus no mundo peregrino.

Templo a ser respeitado pelos vendedores;
Mas há outro tempo que será levantado
Em três dias... Ressurreição: é dizer os alvores
De um mundo novo totalmente transformado.

Teófilo Minga, fms

Domingo - 8 de novembro de 2015

Ouvir o Evangelho


DOMINGO XXXII DO TEMPO COMUM

Evangelho segundo S. Marcos 12, 38-44

Naquele tempo, Jesus ensinava a multidão, dizendo: «Acautelai-vos dos escribas, que gostam de exibir longas vestes, de receber cumprimentos nas praças, de ocupar os primeiros assentos nas sinagogas e os primeiros lugares nos banquetes. Devoram as casas das viúvas, com pretexto de fazerem longas rezas. Estes receberão uma sentença mais severa». Jesus sentou-Se em frente da arca do tesouro a observar como a multidão deitava o dinheiro na caixa. Muitos ricos deitavam quantias avultadas. Veio uma pobre viúva e deitou duas pequenas moedas, isto é, um quadrante. Jesus chamou os discípulos e disse-lhes: «Em verdade vos digo: Esta pobre viúva deitou na caixa mais do que todos os outros. Eles deitaram do que lhes sobrava, mas ela, na sua pobreza, ofereceu tudo o que tinha, tudo o que possuía para viver».

Outras leituras do dia: 1 Reis 17, 10-16; Sal 145 (146), 7b-8a. 8bcd. 9. 10; Hebr 9, 24-2


Somos hoje desafiados a avaliar a nossa generosidade. Ao nosso lado existem pessoas que não têm realmente nada. Os migrantes que chegam à nossa velha Europa são exemplo disso mesmo. Para fugir da guerra, da fome e do desespero, chegam às nossas portas a pedir um pouco de dignidade. A Liturgia da Palavra deste domingo interpela-nos a uma vida mais virada para fora.
O Primeiro Livro dos Reis põe-nos diante de um episódio do Profeta Elias, numa época em que Israel vivia um longo período de seca extrema. Elias encontra uma pobre viúva oriunda de Sarepta e, cansado da viagem, pede-lhe água para beber e um pedaço de pão. Em tempo de seca, a mulher dá ao Profeta, na sua pobreza, o que lhe resta para a sobrevivência com o filho. Elias diz: «Não temas. Assim fala o Senhor, Deus de Israel: “Não se esgotará a panela da farinha, nem se esvaziará a almotolia do azeite, até ao dia em que o Senhor mandar chuva sobre a face da terra”». Porque a viúva de Sarepta acolhe Elias com o pouco que tem, Deus vai recompensá-la com a abundância do alimento. Na nossa vida sucede algo semelhante: quando damos do que temos, parece que nunca nos falta o essencial para uma vida feliz; pelo contrário, se nos fechamos em nós mesmos e acumulamos tesouros só para nós, tornamo-nos avarentos e desconfiamos de tudo e de todos.
O Evangelho de S. Marcos completa o quadro da leitura do Antigo Testamento. Sentado em frente da arca do tesouro, Jesus observa como a multidão dos crentes deixa o dinheiro na caixa. Os ricos vão ao Templo e sobressaem pelas quantias avultadas que deixam, muitas delas para fazer espetáculo e mostrar o quanto têm. No meio de tanta confusão, o olhar de Jesus prende-se numa pobre viúva que deita apenas duas pequenas moedas de pouco valor. Comovido com a sua generosidade, o Mestre chama a Si os discípulos para dizer: «Em verdade vos digo: Esta pobre viúva deitou na caixa mais do que todos os outros. Eles deitaram do que lhes sobrava, mas ela, na sua pobreza, ofereceu tudo o que tinha, tudo o que possuía para viver». Antes mesmo desta cena, o Evangelho lembrava a censura do Senhor ao modo de proceder dos escribas, sempre a exibir poder e riqueza à custa de quem mais sofre. No contraste destes dois mundos é aparente a insignificância da oferta da pobre viúva. O que dá vale efetivamente pouco, mas, aos olhos de Deus, é aquilo que a torna sagrada. Desprendimento e sacrifício são, assim, gestos que agradam a Deus. Mais uma vez, somos interpelados pela generosidade com que nos damos aos outros como missão recebida de Jesus.
Exercer a caridade deve ser a máxima de todo o bom cristão. E sem fazer grandes cálculos, quando se trata de ajudar o outro. Porque Jesus fez o mesmo, ao dar a vida por cada um de nós. Como nos recorda a Epístola aos Hebreus: «Cristo manifestou-Se uma só vez, na plenitude dos tempos, para destruir o pecado pelo sacrifício de Si mesmo, para dar a salvação àqueles que O esperam».

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Elias chegou às portas da cidade
E pede a uma viúva água e pão;
Era um grande gesto de bondade
Daquela viúva… um gesto do coração.

Fala a viúva de penúria
E lá em casa de tanta pobreza;
Não era, de facto, uma lamúria,
Era a realidade, uma certeza.

A mulher obedece ao profeta;
Vai mudar toda a situação;
Tudo se transforma em festa,
Multiplica-se o azeite e o pão.

Foi um sacrifício como o de Jesus,
Mas este infinitamente maior.
A esmola da viúva não reluz,
Mas o que importa é o amor.

Teófilo Minga, fms

Sábado - 7 de novembro de 2015

Ouvir o Evangelho


Evangelho segundo S. Lucas 16, 9-15

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Arranjai amigos com o vil dinheiro, para que, quando este vier a faltar, eles vos recebam nas moradas eternas. Quem é fiel nas coisas pequenas também é fiel nas grandes; e quem é injusto nas coisas pequenas, também é injusto nas grandes. Se não fostes fiéis no que se refere ao vil dinheiro, quem vos confiará o verdadeiro bem? E se não fostes fiéis no bem alheio, quem vos entregará o que é vosso? Nenhum servo pode servir a dois senhores, porque, ou não gosta de um deles e estima o outro, ou se dedicará a um e desprezará o outro. Não podeis servir a Deus e ao dinheiro». Os fariseus, que eram amigos de dinheiro, ouviam tudo isto e escarneciam de Jesus. Então Jesus disse-lhes: «Vós quereis passar por justos aos olhos dos homens, mas Deus conhece os vossos corações. O que vale muito para os homens nada vale aos olhos de Deus».

Outras leituras do dia: Rom 16, 3-9. 16. 22-27; Sal 144 (145), 2-3. 4-5. 10-11


Quereis passar por justos aos olhos dos homens. (Evangelho)

O comum dos cidadãos tem uma fama um bocado morna: nem um excessivo exemplo de virtudes nem uns defeitos escandalosos. Mas claro que todos querem passar por justos. O problema é o interior e a desproporção que possa haver entre os vícios privados e as virtudes que gostamos de patentear. Essa desproporção é que tem que estar sempre a diminuir, quer dizer, o interior a melhorar. O interior do leitor está a ficar mais límpido?

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Saudamos agora todos os amigos,
Arriscaram a cabeça por minha vida;
Eu sei que correram tantos perigos,
A Igreja também lhe está agradecida.

Saudai-vos com o ósculo santo,
Sinal e fruto em vós do amor
Que traz a alegria em cada canto
Com que louvais ao Senhor.

O mistério agora manifestado,
Levamo-lo a judeus e gentios;
É o ministério que nos foi dado,
Muito belo, mas cheio de desafios.

Connosco servi também vós a Jesus;
Ninguém pode servir a dois senhores;
Seja o Evangelho sempre a vossa luz;
Entre vós seja o amor dos amores.

Teófilo Minga, fms

Sexta feira - 6 de novembro de 2015

Ouvir o Evangelho


Evangelho segundo S. Lucas 16, 1-8

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Um homem rico tinha um administrador que foi denunciado por andar a desperdiçar os seus bens. Mandou chamá-lo e disse-lhe: ‘Que é isto que ouço dizer de ti? Presta contas da tua administração, porque já não podes continuar a administrar’. O administrador disse consigo: ‘Que hei-de fazer, agora que o meu senhor me vai tirar a administração? Para cavar não tenho forças, de mendigar tenho vergonha. Já sei o que hei-de fazer, para que, ao ser despedido da administração, alguém me receba em sua casa’. Mandou chamar um por um os devedores do seu senhor e disse ao primeiro: ‘Quanto deves ao meu senhor?’. Ele respondeu: ‘Cem talhas de azeite’. O administrador disse-lhe: ‘Toma a tua conta: senta-te depressa e escreve cinquenta’. A seguir disse a outro: ‘E tu quanto deves?’ Ele respondeu: ‘Cem medidas de trigo’. Disse-lhe o administrador: ‘Toma a tua conta e escreve oitenta’. E o senhor elogiou o administrador desonesto, por ter procedido com esperteza. De facto, os filhos deste mundo são mais espertos do que os filhos da luz, no trato com os seus semelhantes».

Outras leituras do dia: Rom 15, 14-21; Sal 97 (98), 1. 2-3ab. 3cd-4


Os filhos deste mundo são mais espertos... no trato com os seus semelhantes. (Evangelho)

Na nossa vida damo-nos completamente ao nosso trabalho. Depois, aos nossos filhos. E amiúde Deus é um apêndice. É à família e ao trabalho que dedicamos o principal das nossas vidas. Para aumentarmos a vida de Deus em nós não pomos – nunca pusemos – nem de longe nem de perto, tanta energia. A nossa sagacidade esgotou-se lá fora. Porquê? Porquê essa falta de sagacidade, meu caro leitor? Reze sobre isso.

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Escrevo-vos com ousadia,
Para reavivar a vossa memória
Da grande, divina sabedoria
Que conduz a Deus, à Sua glória.

Sou ministro de Jesus,
Que Ele próprio me escolheu;
Para irradiar no mundo sua luz
O dom da Sabedoria me deu.

Glorio-me apenas no seu serviço,
Tudo o mais, eu deito a perder;
Só o que é de Jesus, não desperdiço,
Quero-o a cem por um a render.

Para ser um bom administrador,
Do Evangelho que me foi confiado.
Deus confiou-me este labor:
Ser apóstolo por Ele chamado.

Teófilo Minga, fms

Quinta feira - 5 de novembro de 2015

Ouvir o Evangelho


Evangelho segundo S. Lucas 15, 1-10

Naquele tempo, os publicanos e os pecadores aproximavam-se todos de Jesus, para O ouvirem. Mas os fariseus e os escribas murmuravam entre si, dizendo: «Este homem acolhe os pecadores e come com eles». Jesus disse-lhes então a seguinte parábola: «Quem de vós, que possua cem ovelhas e tenha perdido uma delas, não deixa as outras noventa e nove no deserto, para ir à procura da que anda perdida, até a encontrar? Quando a encontra, põe-na alegremente aos ombros e, ao chegar a casa, chama os amigos e vizinhos e diz-lhes: ‘Alegrai-vos comigo, porque encontrei a minha ovelha perdida’. Eu vos digo: Assim haverá mais alegria no Céu por um só pecador que se arrependa, do que por noventa e nove justos, que não precisam de arrependimento. Ou então, qual é a mulher que, possuindo dez dracmas e tendo perdido uma, não acende uma lâmpada, varre a casa e procura cuidadosamente a moeda até a encontrar? Quando a encontra, chama as amigas e vizinhas e diz-lhes: ‘Alegrai-vos comigo, porque encontrei a dracma perdida’. Eu vos digo: Assim haverá alegria entre os Anjos de Deus por um só pecador que se arrependa».

Outras leituras do dia: Rom 14, 7-12; Sal 26 (27), 1. 4. 13-14


Assim haverá alegria... (Evangelho)

A alegria a que o texto se refere é pelo pecador que se arrepende. Mas há outra alegria: das pessoas que já não vão ser vítimas do pecado futuro do pecador por ele já se ter arrependido. Então, como já se arrependeu, há uma série de gente que já não vai ser vítima do seu pecado. E com certeza que os anjos também se vão alegrar por isso. Hoje, o leitor arrependa-se de algum pecado, e reze pelas pessoas que magoa com o seu pecado.

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Se vivemos, vivemos para o Senhor,
E se morremos, é para Ele também;
É uma caminhada toda feita de amor,
Onde em tudo praticamos o bem.

Como Jesus que comia com os pecadores.
Escribas e fariseus então murmuravam;
Julgavam-se eles grandes doutores,
Com a “pobre gente” não se misturavam.

Jesus aproveita a ocasião e ensina
Aquela gente que pensava que sabia;
Palavra simples que a todos ilumina,
Doutrina como esta, não se ouvia.

Um homem tinha cem ovelhas…a história
Alcançava aquelas almas empedernidas.
Eles veem por onde vai Deus e Sua glória…
Talvez estas palavras sejam entendidas.

Teófilo Minga, fms