Segunda feira - 31 de março de 2014

Ouvir o Evangelho


Evangelho segundo S. João 4, 43-54

Naquele tempo, Jesus saiu da Samaria e foi para a Galileia. Ele próprio tinha declarado que um profeta nunca era apreciado na sua terra. Ao chegar à Galileia, foi recebido pelos galileus, porque tinham visto quanto Ele fizera em Jerusalém, por ocasião da festa, a que também eles tinham assistido. Jesus voltou novamente a Caná da Galileia, onde convertera a água em vinho. Havia em Cafarnaum um funcionário real cujo filho se encontrava doente. Quando ouviu dizer que Jesus viera da Judeia para a Galileia, foi ter com Ele e pediu-Lhe que descesse a curar o seu filho, que estava a morrer. Jesus disse-lhe: «Se não virdes sinais e prodígios, não acreditareis». O funcionário insistiu: «Senhor, desce, antes que meu filho morra». Jesus respondeu-lhe: «Vai, que o teu filho vive». O homem acreditou nas palavras que Jesus lhe tinha dito e pôs-se a caminho. Já ele descia, quando os servos vieram ao seu encontro e lhe disseram que o filho vivia. Perguntou-lhes então a que horas tinha melhorado. Eles responderam-lhe: «Foi ontem à uma da tarde que a febre o deixou». Então o pai verificou que àquela hora Jesus lhe tinha dito: «O teu filho vive». E acreditou, ele e todos os de sua casa. Foi este o segundo milagre que Jesus realizou, ao voltar da Judeia para a Galileia.

Outras leituras do dia: Is 65, 17-21; Sal 29 (30), 2 e 4. 5-6. 11-12a e 13b


O homem acreditou no que Jesus lhe disse, e foi o bastante para que se operasse o milagre. Os milagres aparecem, só depois da confissão de fé em Jesus Cristo. Sucede o contrário do que o racionalismo exige: ele requer ver e comprovar primeiro e sensivelmente. Crer não consiste apenas na aceitação de certos princípios, mas na adesão total e no seguimento fiel à pessoa de Cristo.
«Palavra e Vida 2014» - O Evangelho comentado cada dia - uma iniciativa dos Missionários Claretianos, ao serviço da evangelização.


Vou criar novos céus e nova terra;
Não recordareis mais o passado,
Passado de injustiças, de guerra;
É outro tempo na alegria celebrado.

Alegria para Jerusalém e todo o povo;
É o tempo de Deus que se alarga em dias;
É o começo de outro tempo, tempo novo;
Não há pranto; o sorriso de tantas alegrias.

Como a alegria deste pai que Jesus escuta:
Vai na confiança: o teu filho está curado;
E o funcionário real, homem de luta,
Parte em ondas de alegria, extasiado!

O teu filho vive; não há sinais de doença.
“Foi ontem à tarde que a febre o deixou”.
Era o tempo de Jesus, a hora da sua sentença.
E na casa do funcionário real, tudo mudou!

Teófilo Minga, fms

Domingo - 30 de março de 2014

Ouvir o Evangelho


DOMINGO IV DA QUARESMA

Evangelho segundo S. João 9, 1-41

Naquele tempo, Jesus encontrou no seu caminho um cego de nascença. Os discípulos perguntaram-Lhe: «Mestre, quem é que pecou para ele nascer cego? Ele ou os seus pais?». Jesus respondeu-lhes: «Isso não tem nada que ver com os pecados dele ou dos pais; mas aconteceu assim para se manifestarem nele as obras de Deus. É preciso trabalhar, enquanto é dia, nas obras d’Aquele que Me enviou. Vai chegar a noite, em que ninguém pode trabalhar. Enquanto Eu estou no mundo, sou a luz do mundo». Dito isto, cuspiu em terra, fez com a saliva um pouco de lodo e ungiu os olhos do cego. Depois disse-lhe: «Vai lavar-te à piscina de Siloé»; Siloé quer dizer «Enviado». Ele foi, lavou-se e ficou a ver. Entretanto, perguntavam os vizinhos e os que antes o viam a mendigar: «Não é este o que costumava estar sentado a pedir esmola?». Uns diziam: «É ele». Outros afirmavam: «Não é. É parecido com ele». Mas ele próprio dizia: «Sou eu». Perguntaram-lhe então: «Como foi que se abriram os teus olhos?». Ele respondeu: «Esse homem, que se chama Jesus, fez um pouco de lodo, ungiu-me os olhos e disse-me: ‘Vai lavar-te à piscina de Siloé’. Eu fui, lavei-me e comecei a ver». Perguntaram-lhe ainda: «Onde está Ele?». O homem respondeu: «Não sei». Levaram aos fariseus o que tinha sido cego. Era sábado esse dia em que Jesus fizera lodo e lhe tinha aberto os olhos. Por isso, os fariseus perguntaram ao homem como tinha recuperado a vista. Ele declarou-lhes: «Jesus pôs-me lodo nos olhos; depois fui lavar-me e agora vejo». Diziam alguns dos fariseus: «Esse homem não vem de Deus, porque não guarda o sábado». Outros observavam: «Como pode um pecador fazer tais milagres?». E havia desacordo entre eles. Perguntaram então novamente ao cego: «Tu que dizes d’Aquele que te deu a vista?». O homem respondeu: «É um profeta». Os judeus não quiseram acreditar que ele tinha sido cego e começara a ver. Chamaram então os pais dele e perguntaram-lhes: «É este o vosso filho? É verdade que nasceu cego? Como é que ele agora vê?». Os pais responderam: «Sabemos que este é o nosso filho e que nasceu cego; mas não sabemos como é que ele agora vê, nem sabemos quem lhe abriu os olhos. Ele já tem idade para responder; perguntai-lho vós». Foi por medo que eles deram esta resposta, porque os judeus tinham decidido expulsar da sinagoga quem reconhecesse que Jesus era o Messias. Por isso é que disseram: «Ele já tem idade para responder; perguntai-lho vós». Os judeus chamaram outra vez o que tinha sido cego e disseram-lhe: «Dá glória a Deus. Nós sabemos que esse homem é pecador». Ele respondeu: «Se é pecador, não sei. O que sei é que eu era cego e agora vejo». Perguntaram-lhe então: «Que te fez Ele? Como te abriu os olhos?». O homem replicou: «Já vos disse e não destes ouvidos. Porque desejais ouvi-lo novamente? Também quereis fazer-vos seus discípulos?». Então insultaram-no e disseram-lhe: «Tu é que és seu discípulo; nós somos discípulos de Moisés. Nós sabemos que Deus falou a Moisés; mas este, nem sabemos de onde é». O homem respondeu-lhes: «Isto é realmente estranho: não sabeis de onde Ele é, mas a verdade é que Ele me deu a vista. Ora, nós sabemos que Deus não escuta os pecadores, mas escuta aqueles que O adoram e fazem a sua vontade. Nunca se ouviu dizer que alguém tenha aberto os olhos a um cego de nascença. Se Ele não viesse de Deus, nada podia fazer». Replicaram-lhe então eles: «Tu nasceste inteiramente em pecado e pretendes ensinar-nos?». E expulsaram-no. Jesus soube que o tinham expulsado e, encontrando-o, disse-lhe: «Tu acreditas no Filho do homem?». Ele respondeu-Lhe: «Quem é, Senhor, para que eu acredite n'Ele?». Disse-lhe Jesus: «Já O viste: é quem está a falar contigo». O homem prostrou-se diante de Jesus e exclamou: «Eu creio, Senhor». Então Jesus disse: «Eu vim a este mundo para exercer um juízo: os que não vêem ficarão a ver; os que vêem ficarão cegos». Alguns fariseus que estavam com Ele, ouvindo isto, perguntaram-Lhe: «Nós também somos cegos?». Respondeu-lhes Jesus: «Se fôsseis cegos, não teríeis pecado. Mas como agora dizeis: ‘Nós vemos’, o vosso pecado permanece».

Outras leituras do dia: 1 Sam 16, 1b. 6-7. 10-13a; Sal 22 (23), 1-3a. 3b-4. 5. 6; Ef 5, 8-14


Não pretendais nunca entender o mal. Os parâmetros do nosso conhecimento estão balizados unicamente para valorizar e apreciar o bem. O mal irrita e gera confusão; o bem, porém, conduz à justiça e à paz, à verdade e à luz. O nosso critério de discernimento deve alinhar sempre pelo de Cristo, verdadeira Luz que veio a este mundo. O cego confessou: ‘Creio, Senhor!’
«Palavra e Vida 2014» - O Evangelho comentado cada dia - uma iniciativa dos Missionários Claretianos, ao serviço da evangelização.


O homem olha as aparências; não assim o Senhor;
O Senhor vê o que existe no fundo do coração.
Os filhos de Samuel ali presentes, até ao maior,
Nenhum será rei; David sim, o mais novo irmão.

Para ser luz para Israel; agora também vós sois luz.
Produzi os frutos da luz: a justiça e a bondade.
Esse é o caminho para ser sacramento de Jesus,
Pelo mundo: deixar as trevas e viver na verdade.

Sabendo que Jesus nos pode abrir os olhos:
Enquanto estou no mundo sou a luz do mundo;
Luz que abre caminho e desvia de tantos escolhos,
Que nos conduz a Ele em amor sincero, profundo.

E o cego, homem da luz, canta a Deus glória;
Reconhece ante os fariseus que Jesus é o Messias:
Venceu em mim as trevas; é a grande vitória!
Fariseus: vou cantá-lo até ao fim dos meus dias.

Teófilo Minga, fms

Sábado - 29 de março de 2014

Ouvir o Evangelho


Evangelho segundo S. Lucas 18, 9-14

Naquele tempo, Jesus disse a seguinte parábola para alguns que se consideravam justos e desprezavam os outros: «Dois homens subiram ao templo para orar; um era fariseu e o outro publicano. O fariseu, de pé, orava assim: ‘Meu Deus, dou-Vos graças por não ser como os outros homens, que são ladrões, injustos e adúlteros, nem como este publicano. Jejuo duas vezes por semana e pago o dízimo de tudo quanto possuo’. O publicano ficou a distância e nem sequer se atrevia a erguer os olhos ao Céu; mas batia no peito e dizia: ‘Meu Deus, tende compaixão de mim, que sou pecador’. Eu vos digo que este desceu justificado para sua casa e o outro não. Porque todo aquele que se exalta será humilhado e quem se humilha será exaltado».

Outras leituras do dia: Os 6, 1-6; Sal 50 (51), 3-4. 18-19. 20-21


Um é praticante ritual e cumpridor perfeito da lei. Felizmente, marca distâncias e não se quer confundir com os demais. O outro acredita em Deus, mas reconhece a sua debilidade e o seu pecado. A sinceridade do primeiro assenta na arrogância; a simplicidade do segundo radica na humildade. E os humildes e simples são os eleitos, porque merecem o louvor de Deus. O modelo perfeito do cumprimento da vontade de Deus baseia-se na identificação com o modo de ser e com as atitudes de Cristo.
«Palavra e Vida 2014» - O Evangelho comentado cada dia - uma iniciativa dos Missionários Claretianos, ao serviço da evangelização.


Se o Senhor vos feriu, curará as vossas feridas;
Por certo, Ele vos fará viver um tempo novo;
O caminho será outro, diferente, em vossas vidas;
Ele será o vosso Deu, e vós sereis o seu povo.

A presença do Senhor é como chuva de Primavera,
Chuva benfazeja que tudo transforma e tudo renova,
Com força suficiente para começar nova era,
Mesmo se no tempo somos postos à prova!

Na prova sejamos humildes como o publicano
E não como aquele fariseu que se orgulhava
De ser santo, mês após mês, ano após ano;
O outro era um pobre homem que ali estava!

E, contudo, é este pobre que desce justificado;
A lógica do Senhor em tudo da nossa é diferente;
Está escrito que o que se exalta será humilhado;
O que se humilha será grande entre a gente!

Teófilo Minga, fms

Sexta feira - 28 de março de 2014

Ouvir o Evangelho


Evangelho segundo S. Marcos 12, 28b-34

Naquele tempo, aproximou-se de Jesus um escriba e perguntou-Lhe: «Qual é o primeiro de todos os mandamentos?» Jesus respondeu-lhe: «O primeiro é este: ‘Escuta, Israel: O Senhor, nosso Deus, é o único Senhor: Amarás o Senhor teu Deus com todo o teu coração, com toda a tua alma, com todo o teu entendimento e com todas as tuas forças’. O segundo é este: ‘Amarás o teu próximo como a ti mesmo’. Não há nenhum mandamento maior que estes». Disse-Lhe o escriba: «Muito bem, Mestre! Tens razão quando dizes: Deus é único e não há outro além d’Ele. Amá-l’O com todo o coração, com toda a inteligência e com todas as forças, e amar o próximo como a si mesmo, vale mais do que todos os holocaustos e sacrifícios». Ao ver que o escriba dera uma resposta inteligente, Jesus disse-lhe: «Não estás longe do reino de Deus». E ninguém mais se atrevia a interrogá-l’O.

Outras leituras do dia: Os 14, 2-10; Sal 80 (81), 6c-8a. 8bc-9. 10-11ab. 14 e 17


Deus e o seu Reino estão perto de nós e vivem no nosso interior. Se o primeiro mandamento consiste em amar a Deus e ao próximo, é lógico que o Senhor não nos imponha uma obrigação, sem nos facilitar as ajudas necessárias da sua graça, para a cumprirmos fielmente. Deus é bom e faz bem todas as coisas: recheia de amor e felicidade os nossos corações.
«Palavra e Vida 2014» - O Evangelho comentado cada dia - uma iniciativa dos Missionários Claretianos, ao serviço da evangelização.


Foram os teus pecados que te fizeram cair;
É tempo de te converteres ao Senhor, outra vez;
Só Ele, no seu amor, te pode de vez redimir;
Faz hoje maravilhas, como outrora também fez.

Perdoai ainda, Senhor, nossas faltas e pecados;
A Assíria pagã, nem de longe, nos pode salvar;
Olha, no Teu amor queremos ser renovados;
Criaturas novas, outra vez capaz de amar.

Amar no amor, primeiro dos mandamentos;
O amor de Deus e o amor do seu semelhante,
Hoje e sempre, hoje e em todos os tempos,
Amor universal, sem fronteiras, a toda a gente.

Amor que já vos introduz no Reino de Deus,
Porque, sabeis, não há mandamento maior
Oferecido, na verdade, a todos os filhos seus,
Que, no céu, continuarão este canto de louvor.

Teófilo Minga, fms

Quinta feira - 27 de março de 2014

Ouvir o Evangelho


Evangelho segundo S. Lucas 11, 14-23

Naquele tempo, Jesus estava a expulsar um demónio que era mudo. Logo que o demónio saiu, o mudo falou e a multidão ficou admirada. Mas alguns dos presentes disseram: «É por Belzebu, príncipe dos demónios, que Ele expulsa os demónios». Outros, para O experimentarem, pediam-Lhe um sinal do céu. Mas Jesus, que conhecia os seus pensamentos, disse: «Todo o reino dividido contra si mesmo, acaba em ruínas e cairá casa sobre casa. Se Satanás está dividido contra si mesmo, como subsistirá o seu reino? Vós dizeis que é por Belzebu que Eu expulso os demónios. Ora, se Eu expulso os demónios por Belzebu, por quem os expulsam os vossos discípulos? Por isso eles mesmos serão os vossos juízes. Mas se Eu expulso os demónios pelo dedo de Deus, então quer dizer que o reino de Deus chegou até vós. Quando um homem forte e bem armado guarda o seu palácio, os seus bens estão em segurança. Mas se aparece um mais forte do que ele e o vence, tira-lhe as armas em que confiava e distribui os seus despojos. Quem não está comigo está contra Mim e quem não junta comigo dispersa».

Outras leituras do dia: Jer 7, 23-28; Sal 94 (95), 1-2. 6-7. 8-9


Não há saldos ou arranjos de última hora: ou se opta totalmente por Cristo, ou é melhor prescindir d’Ele. Não se pode esquartejar a fé em postas e apropriar-se do bocado mais apetitoso, eliminando o mais difícil de tragar. Isto não é fundamentalismo, mas fidelidade ao amor e aos preceitos de Deus. Não ponhamos em dúvida as suas palavras nem nos coloquemos ao serviço de “pseudo-senhores”, mas confessemos a nossa fé e reconheçamos as nossas debilidades. Um coração dividido é como alguém que anda permanentemente a coxear.
«Palavra e Vida 2014» - O Evangelho comentado cada dia - uma iniciativa dos Missionários Claretianos, ao serviço da evangelização.


Eu serei o vosso Deus; vós sereis o meu povo;
Sereis felizes se seguirdes os meus caminhos;
Sabeis que há nesta mensagem algo de novo;
Mensagem que vos deixo, força do meu ensino.

Mas o povo seguiu suas más inclinações,
Não prestou nenhuma atenção a voz do Senhor;
Da luz oferecida passou à pior das escuridões,
Esqueceu, de facto, a verdadeira lei do amor

Assim falam em Belzebu os do tempo de Jesus,
E pedem ainda um sinal do céu; outro sinal.
Mas eles estão de coração cerrado a toda a luz;
É um coração endurecido, habitado pelo mal.

Não pode sobreviver um reino dividido;
Olhai o Reino de Deus já chegou até vós.
Mas será que ele será por vós acolhido,
Quereis, na verdade, escutar a minha voz?

Teófilo Minga, fms

Quarta feira - 26 de março de 2014

Ouvir o Evangelho


Evangelho segundo S. Mateus 5, 17-19

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Não penseis que vim revogar a Lei ou os Profetas; não vim revogar, mas completar. Em verdade vos digo: Antes que passem o céu e a terra, não passará da Lei a mais pequena letra ou o mais pequeno sinal, sem que tudo se cumpra. Portanto, se alguém transgredir um só destes mandamentos, por mais pequenos que sejam, e ensinar assim aos homens, será o menor no reino dos Céus. Mas aquele que os praticar e ensinar será grande no reino dos Céus».

Outras leituras do dia: Deut 4, 1. 5-9; Sal 147, 12-13. 15-16. 19-20


A fidelidade não conhece irregularidades nem meias medidas. O amor fiel e constante atinge e comanda a pessoa toda. Cristo é a nova lei, Aquele que dá verdadeiro sentido e valor supremo à vida. A lealdade para com Deus não consiste num esforço de voluntarismo pessoal, mas num amor maduro, pautado pela sabedoria da cruz.
«Palavra e Vida 2014» - O Evangelho comentado cada dia - uma iniciativa dos Missionários Claretianos, ao serviço da evangelização.


Eis aqui, meu povo Israel, os meus preceitos;
Quero que os pratiqueis à entrada da terra
Onde vos trouxe depois de grandes feitos,
Depois de vencer o inimigo em toda a guerra.

Dirão de vós: nunca se viu povo tão prudente;
Esta é uma nação única, uma grande nação!
Nela, o Senhor é o Deus de toda a gente
E toda a gente tem Deus no seu coração!

Não esqueçais do Senhor os mandamentos,
Ensinai-os aos vossos filhos em toda a parte;
Continuamente dirijam vossos pensamentos;
Ao fazerdes assim é a vossa melhor arte,

Não venho revogar a Lei, os Profetas; aperfeiçoar,
Isso sim Lei de vossos pais, lei do Sinai, lei antiga;
Que vossos filhos também a saibam praticar,
Companheira de seus caminhos, fiel amiga.

Teófilo Minga, fms

Terça feira - 25 de março de 2014

Ouvir o Evangelho


ANUNCIAÇÃO DO SENHOR

Evangelho segundo S. Lucas 1, 26-38

Naquele tempo, o Anjo Gabriel foi enviado por Deus a uma cidade da Galileia chamada Nazaré, a uma Virgem desposada com um homem chamado José, que era descendente de David. O nome da Virgem era Maria. Tendo entrado onde ela estava, disse o Anjo: «Ave, cheia de graça, o Senhor está contigo». Ela ficou perturbada com estas palavras e pensava que saudação seria aquela. Disse-lhe o Anjo: «Não temas, Maria, porque encontraste graça diante de Deus. Conceberás e darás à luz um Filho, a quem porás o nome de Jesus. Ele será grande e chamar-Se-á Filho do Altíssimo. O Senhor Deus Lhe dará o trono de seu pai David; reinará eternamente sobre a casa de Jacob e o seu reinado não terá fim». Maria disse ao Anjo: «Como será isto, se eu não conheço homem?». O Anjo respondeu-lhe: «O Espírito Santo virá sobre ti e a força do Altíssimo te cobrirá com a sua sombra. Por isso o Santo que vai nascer será chamado Filho de Deus. E a tua parenta Isabel concebeu também um filho na sua velhice e este é o sexto mês daquela a quem chamavam estéril; porque a Deus nada é impossível». Maria disse então: «Eis a escrava do Senhor; faça-se em mim segundo a tua palavra».

Outras leituras do dia: Is 7, 10-14; 8, 10; Sal 39 (40), 7-8a. 8b-9. 10. 11; Hebr 10, 4-10


Isabel entoou um soberbo elogio à sua prima, Santa Maria: “Bem-aventurada, porque acreditaste, porque te fiaste de Deus”. Maria acolheu Deus, na sua mente e no seu corpo, afirmam os Santos Padres. O Verbo fez-Se homem e a Mulher, por excelência, tornou-se Mãe de Deus. Que maravilhas o Espírito Santo é capaz de fazer, quando uma pessoa se coloca incondicionalmente nas suas mãos! Deus fez-Se homem, para que o homem pudesse adquirir a adopção de filho de Deus e irmão de Jesus Cristo.
«Palavra e Vida 2014» - O Evangelho comentado cada dia - uma iniciativa dos Missionários Claretianos, ao serviço da evangelização.


Vai e diz ao rei Acaz que deve pedir um sinal;
Acaz renitente: não porei o Senhor a prova!
E assim continua endurecido no mal.
Mas a virgem conceberá; vai nascer era nova!

Não basta o sangue de touros e cabrito;
É no corpo que será abolido todo o pecado;
O corpo de Cristo vem para todos os aflitos;
Essa é a vontade de seu Pai, Deus amado.

O corpo encontra casa no seio da Virgem.
Como será isso, se eu não conheço varão?
Mas a Virgem acredita e eis a origem
De Deus na terra: suprema transformação!

Não é a obra dela; é obra do Espírito Santo;
Tempo novo de presença de Deus na história.
No ventre de Maria ouvimos o mais belo canto.
Com ela cantemos a Deus e digamos: GLÓRIA!

Teófilo Minga, fms

Segunda feira - 24 de março de 2014

Ouvir o Evangelho


Evangelho segundo S. Lucas 4, 24-30

Naquele tempo, Jesus veio a Nazaré e falou ao povo na sinagoga, dizendo: «Em verdade vos digo: Nenhum profeta é bem recebido na sua terra. Digo-vos a verdade: Havia em Israel muitas viúvas no tempo do profeta Elias, quando o céu se fechou durante três anos e seis meses e houve uma grande fome em toda a terra; contudo, Elias não foi enviado a nenhuma delas, mas a uma viúva de Sarepta, na região da Sidónia. Havia em Israel muitos leprosos no tempo do profeta Eliseu; contudo, nenhum deles foi curado, mas apenas o sírio Naamã». Ao ouvirem estas palavras, todos ficaram furiosos na sinagoga. Levantaram-se, expulsaram Jesus da cidade e levaram-n’O até ao cimo da colina sobre a qual a cidade estava edificada, a fim de O precipitarem dali abaixo. Mas Jesus, passando pelo meio deles, seguiu o seu caminho.

Outras leituras do dia: 2 Reis 5, 1-15a; Sal 41 (42), 2-3; 42, 3. 4


A denúncia profética e fraterna é uma responsabilidade que decorre da justiça e da caridade. É uma tarefa que normalmente acarreta riscos: ‘Levaram-no até ao cimo do despenhadeiro, para O precipitarem dali abaixo’. E, no seu comentário, Jesus evocara apenas a profecia, mas não proferira qualquer ameaça; abordara o afeto fraterno, e não a correção. Como custa aceitar e acolher um mensageiro que só traz boas notícias! Mas a Igreja nunca pode renunciar à sua missão de anunciar o Evangelho, que é promessa de salvação e anúncio festivo e comprometido do mandamento novo do Senhor.
«Palavra e Vida 2014» - O Evangelho comentado cada dia - uma iniciativa dos Missionários Claretianos, ao serviço da evangelização.


Valente guerreiro, Naamã estava leproso,
Sonhando um dia ver-se limpo em total cura,
Que seu rei tem compaixão e é generoso,
Mas não pode livrá-lo desta doença impura.

Manda-o a Israel, ao grande profeta Elias,
Para que seja limpo desta pesada doença.
Em Israel: no seu reino e em todas as sírias,
Não encontrava ninguém para tal sentença.

Vai Naamã e sujeita-se a banho purificador;
Sete vezes mergulha nas águas do Jordão;
E eis que a lepra desaparece em si e ao redor.
Milagre puro encontrar-se assim curado e são.

É assim; mas Jesus enfrenta dificuldades,
Ele sabe que ninguém é profeta na sua terra.
Na sinagoga os ouvintes sentem esta verdade,
Verdade que os fere… Então, fazer-lhe guerra.

Teófilo Minga, fms

Domingo - 23 de março de 2014

Ouvir o Evangelho


DOMINGO III DA QUARESMA

Evangelho segundo S. João 4, 5-42

Naquele tempo, chegou Jesus a uma cidade da Samaria, chamada Sicar, junto da propriedade que Jacob tinha dado a seu filho José, onde estava o poço de Jacob. Jesus, cansado da caminhada, sentou-Se à beira do poço. Era por volta do meio-dia. Veio uma mulher da Samaria para tirar água. Disse-lhe Jesus: «Dá-Me de beber». Os discípulos tinham ido à cidade comprar alimentos. Respondeu-Lhe a samaritana: «Como é que Tu, sendo judeu, me pedes de beber, sendo eu samaritana?». De facto, os judeus não se dão com os samaritanos. Disse-lhe Jesus: «Se conhecesses o dom de Deus e quem é Aquele que te diz: ‘Dá-Me de beber’, tu é que Lhe pedirias e Ele te daria água viva». Respondeu-Lhe a mulher: «Senhor, Tu nem sequer tens um balde, e o poço é fundo: donde Te vem a água viva? Serás Tu maior do que o nosso pai Jacob, que nos deu este poço, do qual ele mesmo bebeu, com os seus filhos e os seus rebanhos?». Disse-Lhe Jesus: «Todo aquele que bebe desta água voltará a ter sede. Mas aquele que beber da água que Eu lhe der nunca mais terá sede: a água que Eu lhe der tornar-se-á nele uma nascente que jorra para a vida eterna». «Senhor, – suplicou a mulher – dá-me dessa água, para que eu não sinta mais sede e não tenha de vir aqui buscá-la». Disse-lhe Jesus: «Vai chamar o teu marido e volta aqui». Respondeu-lhe a mulher: «Não tenho marido». Jesus replicou: «Disseste bem que não tens marido, pois tiveste cinco e aquele que tens agora não é teu marido. Neste ponto falaste verdade». Disse-lhe a mulher: «Senhor, vejo que és profeta. Os nossos antepassados adoraram neste monte, e vós dizeis que é em Jerusalém que se deve adorar». Disse-lhe Jesus: «Mulher, acredita em Mim: Vai chegar a hora em que nem neste monte nem em Jerusalém adorareis o Pai. Vós adorais o que não conheceis; nós adoramos o que conhecemos, porque a salvação vem dos judeus. Mas vai chegar a hora – e já chegou – em que os verdadeiros adoradores hão-de adorar o Pai em espírito e verdade, pois são esses os adoradores que o Pai deseja. Deus é espírito e os seus adoradores devem adorá-l’O em espírito e verdade». Disse-Lhe a mulher: «Eu sei que há-de vir o Messias, isto é, Aquele que chamam Cristo. Quando vier, há-de anunciar-nos todas as coisas». Respondeu-lhe Jesus: «Sou Eu, que estou a falar contigo». Nisto, chegaram os discípulos e ficaram admirados por Ele estar a falar com aquela mulher, mas nenhum deles Lhe perguntou: «Que pretendes?», ou então: «Porque falas com ela?». A mulher deixou a bilha, correu à cidade e falou a todos: «Vinde ver um homem que me disse tudo o que eu fiz. Não será Ele o Messias?». Eles saíram da cidade e vieram ter com Jesus. Entretanto, os discípulos insistiam com Ele, dizendo: «Mestre, come». Mas Ele respondeu-lhes: «Eu tenho um alimento para comer que vós não conheceis». Os discípulos perguntavam uns aos outros: «Porventura alguém Lhe trouxe de comer?». Disse-lhes Jesus: «O meu alimento é fazer a vontade d’Aquele que Me enviou e realizar a sua obra. Não dizeis vós que dentro de quatro meses chegará o tempo da colheita? Pois bem, Eu digo-vos: Erguei os olhos e vede os campos, que já estão loiros para a ceifa. Já o ceifeiro recebe o salário e recolhe o fruto para a vida eterna e, deste modo, se alegra o semeador juntamente com o ceifeiro. Nisto se verifica o ditado: ‘Um é o que semeia e outro o que ceifa’. Eu mandei-vos ceifar o que não trabalhastes. Outros trabalharam e vós aproveitais-vos do seu trabalho». Muitos samaritanos daquela cidade acreditaram em Jesus, por causa da palavra da mulher, que testemunhava: «Ele disse-me tudo o que eu fiz». Por isso os samaritanos, quando vieram ao encontro de Jesus, pediram-Lhe que ficasse com eles. E ficou lá dois dias. Ao ouvi-l’O, muitos acreditaram e diziam à mulher: «Já não é por causa das tuas palavras que acreditamos. Nós próprios ouvimos e sabemos que Ele é realmente o Salvador do mundo».

Outras leituras do dia: Ex 17, 3-7; Sal 94 (95), 1-2. 6-7. 8-9; Rom 5, 1-2. 5-8


O encontro do Senhor com a Samaritana é um exemplo de diálogo da fé. Jesus faz-se encontrar por esta mulher e ambos abordam um problema que os preocupa a ambos: a água. Jesus revela-lhe como pode mitigar a sua sede, para sempre. A Samaritana coloca objeções, mas vai descobrindo pouco a pouco o coração do profeta que dialoga com ela. Depois, reconhece o dom de Deus, aceita-o e vai transmiti-lo aos seus conterrâneos. Agora, já pode começar a viver tranquila, mercê do Espírito de Deus e de acordo com a sua verdade interior.
«Palavra e Vida 2014» - O Evangelho comentado cada dia - uma iniciativa dos Missionários Claretianos, ao serviço da evangelização.


Porque nos tiraste do Egito? Moisés diz ao Senhor:
Que hei de fazer com esta gente, com este povo,
Que ignora os caminhos abençoados do Teu amor;
Não quer compreender o que lhes reservas de novo.

De novo era a salvação para este povo atormentado,
Como para todo o povo justificado no sangue da Cruz.
Esse é o amor de Deus em nossos corações derramado.
Cristo responde ao nosso abandono, torna-se nossa luz.

Como foi luz para a Samaritana, pobre mulher,
Que no calor do meio-dia vem ao poço tirar água;
Jesus lhe oferece água diferente para beber,
E, em diálogo sereno, vai apagando sua mágoa.

Minha filha, a água que eu te darei é a água viva;
É água que jorra de mim, límpida torrente divina;
Ao bebê-la por certo não andarás mais à deriva
E tua existência será para outros luz que ilumina.

Teófilo Minga, fms

Sábado - 22 de março de 2014

Ouvir o Evangelho


Evangelho segundo S. Lucas 15, 1-3. 11-32

Naquele tempo, os publicanos e os pecadores aproximavam-se todos de Jesus, para O ouvirem. Mas os fariseus e os escribas murmuravam entre si, dizendo: «Este homem acolhe os pecadores e come com eles». Jesus disse-lhes então a seguinte parábola: «Certo homem tinha dois filhos. O mais novo disse ao pai: ‘Pai, dá-me a parte da herança que me toca’. O pai repartiu os bens pelos filhos. Alguns dias depois, o filho mais novo, juntando todos os seus haveres, partiu para um país distante e por lá esbanjou quanto possuía, numa vida dissoluta. Tendo gasto tudo, houve uma grande fome naquela região e ele começou a passar privações. Entrou então ao serviço de um dos habitantes daquela terra, que o mandou para os seus campos guardar porcos. Bem desejava ele matar a fome com as alfarrobas que os porcos comiam, mas ninguém lhas dava. Então, caindo em si, disse: ‘Quantos trabalhadores de meu pai têm pão em abundância, e eu aqui a morrer de fome! Vou-me embora, vou ter com meu pai e dizer-lhe: Pai, pequei contra o Céu e contra ti. Já não mereço ser chamado teu filho, mas trata-me como um dos teus trabalhadores’. Pôs-se a caminho e foi ter com o pai. Ainda ele estava longe, quando o pai o viu: encheu-se de compaixão e correu a lançar- se-lhe ao pescoço, cobrindo-o de beijos. Disse-lhe o filho: ‘Pai, pequei contra o Céu e contra ti. Já não mereço ser chamado teu filho’. Mas o pai disse aos servos: ‘Trazei depressa a túnica mais bela e vesti-lha. Ponde-lhe um anel no dedo e sandálias nos pés. Trazei o vitelo gordo e matai-o. Comamos e festejemos, porque este meu filho estava morto e voltou à vida, estava perdido e foi reencontrado’. E começou a festa. Ora o filho mais velho estava no campo. Quando regressou, ao aproximar-se da casa, ouviu a música e as danças. Chamou um dos servos e perguntou-lhe o que era aquilo. O servo respondeu-lhe: ‘O teu irmão voltou e teu pai mandou matar o vitelo gordo, porque chegou são e salvo’. Ele ficou ressentido e não queria entrar. Então o pai veio cá fora instar com ele. Mas ele respondeu ao pai: ‘Há tantos anos que te sirvo, sem nunca transgredir uma ordem tua, e nunca me deste um cabrito para fazer uma festa com os meus amigos. E agora, quando chegou esse teu filho, que consumiu os teus bens com mulheres de má vida, mataste-lhe o vitelo gordo’. Disse-lhe o pai: ‘Filho, tu estás sempre comigo e tudo o que é meu é teu. Mas tínhamos de fazer uma festa e alegrar-nos, porque o teu irmão estava morto e voltou à vida, estava perdido e foi reencontrado’».

Outras leituras do dia: Miq 7, 14-15. 18-20; Sal 102 (103), 1-2. 3-4. 9-10. 11-12


Que atitude deveria tomar o Pai? O pródigo tinha sido um esbanjador, sem vergonha nem escrúpulos, mas era seu filho. E aonde é que este desgraçado poderia acorrer, senão à sua antiga casa, aos braços amorosos do seu progenitor? O perdão e a misericórdia não conhecem outros motivos para desabrochar e florescer senão os do amor incomensurável que Deus fabrica no seu coração. O que caracteriza o Pai é ter sempre os braços abertos. Mesmo que os nossos pecados sejam mais numerosos que os grãos de areia das praias do mar, e mais vermelhos do que a púrpura, Deus é sempre rico de misericórdia e só sabe perdoar.
«Palavra e Vida 2014» - O Evangelho comentado cada dia - uma iniciativa dos Missionários Claretianos, ao serviço da evangelização.


Apascentai o rebanho como nos dia de outrora;
Mostrai-nos os vossos prodígios como antigamente,
Porque não há Deus como vós, aqui e agora,
Fostes o nosso protetor e sê-lo-eis para sempre,

Porque a vossa misericórdia, Senhor, é sem fim,
Como no-lo diz a história dos dois irmãos;
Sabemos que em vós, ó Deus, é sempre assim:
Perdoais o pecado e esquecemos caminhos vãos.

Eram caminhos que conduziam só à tristeza
Quando nos víamos tão sós e abandonados.
Lembrávamos, então, o brilho de toda a beleza,
Lá longe, na casa do Pai, onde éramos amados.

Voltamos feridos dessa dor, desse degredo;
Cansados do caminho, diremos nosso pecado,
Porque sabemos, no coração do Pai, o segredo:
Haja festa, o filho pródigo foi reencontrado.

Teófilo Minga, fms

Sexta feira - 21 de março de 2014

Ouvir o Evangelho


Evangelho segundo S. Mateus 21, 33-43. 45-46

Naquele tempo, disse Jesus aos príncipes dos sacerdotes e aos anciãos do povo: «Ouvi outra parábola: Havia um proprietário que plantou uma vinha, cercou-a com uma sebe, cavou nela um lagar e levantou uma torre; depois arrendou-a a uns vinhateiros e partiu para longe. Quando chegou a época das colheitas, mandou os seus servos aos vinhateiros para receber os frutos. Os vinhateiros, porém, lançando mão dos servos, espancaram um, mataram outro e a outro apedrejaram-no. Tornou ele a mandar outros servos, em maior número que os primeiros, e eles trataram-nos do mesmo modo. Por fim mandou-lhes o seu próprio filho, pensando: ‘Irão respeitar o meu filho’. Mas os vinhateiros, ao verem o filho, disseram entre si: ‘Este é o herdeiro; vamos matá-lo e ficaremos com a sua herança’. Agarraram-no, levaram- no para fora da vinha e mataram-no. Quando vier o dono da vinha, que fará àqueles vinhateiros?» Os príncipes dos sacerdotes e os anciãos do povo responderam-Lhe: «Mandará matar sem piedade esses malvados e arrendará a vinha a outros vinhateiros que lhe entreguem os frutos a seu tempo». Disse-lhes Jesus: «Nunca lestes na Escritura: ‘A pedra rejeitada pelos construtores tornou-se a pedra angular; tudo isto veio do Senhor e é admirável aos nossos olhos’? Por isso vos digo: Ser-vos-á tirado o reino de Deus e dado a um povo que produza os seus frutos». Ao ouvirem as parábolas de Jesus, os príncipes dos sacerdotes e os fariseus compreenderam que falava deles e queriam prendê-l’O; mas tiveram medo do povo, que O considerava profeta.

Outras leituras do dia: Gen 37, 3-4. 12-13a. 17b-28; Sal 104 (105), 16-17. 18-19. 20-21


A vinha é o Reino de Deus. O filho que vem exigir a porção que cabe ao dono é Jesus Cristo. Já sabemos a forma como foi barbaramente tratado pelos vinhateiros. A parábola tem-se repetido, ao longo da história da salvação. Os poderes deste mundo, o egoísmo, a cobiça, a hipocrisia… não se dão ao trabalho de reconhecer e saldar a dívida que mantêm para com Deus. Consideram até o Senhor um concorrente desleal, que é preciso eliminar, pelo menos, do interior das suas consciências.
«Palavra e Vida 2014» - O Evangelho comentado cada dia - uma iniciativa dos Missionários Claretianos, ao serviço da evangelização.


José, o filho preferido, pelos irmãos odiado,
Tanto assim que sonham tirar-lhe a vida.
Diremos que por animal feroz foi devorado,
E a sua memória será sempre esquecida.

Mas Ruem intervém para salvar o irmão,
E acabam por deitá-lo em cisterna vazia;
Com beduínos fazem comércio de ocasião,
E eis que José por vinte moedas se vendia.

Não foi diferente a sorte do filho do vinhateiro,
Embora o pais pensasse que seria respeitado.
Mas não. Dizem os malvados: este e o herdeiro!
Que de sua existência seja para sempre apagado.

A pedra rejeitada torna-se depois pedra angular.
O dono da vinha dizia: que farei a estes malvados?
Das suas mãos esta vinha que plantei vou retirar.
Querem prendê-lo. Retirou-se para outros lados.

Teófilo Minga, fms

Quinta feira - 20 de março de 2014

Ouvir o Evangelho


Evangelho segundo S. Lucas 16, 19-31

Naquele tempo, disse Jesus aos fariseus: «Havia um homem rico, que se vestia de linho fino e se banqueteava esplendidamente todos os dias. Um pobre chamado Lázaro jazia junto do seu portão, coberto de chagas. Bem desejava ele saciar-se com os restos caídos da mesa do rico; mas até os cães vinham lamber-lhe as chagas. Ora sucedeu que o pobre morreu e foi colocado pelos Anjos ao lado de Abraão. Morreu também o rico e foi sepultado. Na mansão dos mortos, estando em tormentos, levantou os olhos e viu Abraão com Lázaro a seu lado. Então ergueu a voz e disse: ‘Pai Abraão, tem compaixão de mim. Envia Lázaro, para que molhe em água a ponta do dedo e me refresque a língua, porque estou atormentado nestas chamas’. Abraão respondeu-lhe: ‘Filho, lembra-te que recebeste os teus bens em vida e Lázaro apenas os males. Por isso, agora ele encontra-se aqui consolado, enquanto tu és atormentado. Além disso, há entre nós e vós um grande abismo, de modo que, se alguém quisesse passar daqui para junto de vós, não poderia fazê-lo’. O rico exclamou: ‘Então peço-te, ó pai, que mandes Lázaro à minha casa paterna – pois tenho cinco irmãos – para que os previna, a fim de que não venham também para este lugar de tormento’. Disse-lhe Abraão: ‘Eles têm Moisés e os Profetas: que os oiçam’. Mas ele insistiu: ‘Não, pai Abraão. Se algum dos mortos for ter com eles, arrepender-se-ão’. Abraão respondeu-lhe: ‘Se não dão ouvidos a Moisés e aos Profetas, também não se deixarão convencer, se alguém ressuscitar dos mortos’».

Outras leituras do dia: Jer 17, 5-10; Sal 1, 1-2. 3. 4 e 6


Tivéssemos a certeza absoluta, captada pelos sentidos, e um conhecimento perfeito, e não veríamos mais nem melhor espiritualmente. A verdade da fé tem apenas, como fonte de conhecimento, a palavra de Deus. Mesmo que os mortos viessem a ressuscitar, as pessoas não acreditariam na história do pobre Lázaro e do rico Epulão, e na sentença que foi ditada a cada um. O rico foi condenado, não por possuir imensos bens, mas por se deixar levar pela cobiça e ambição, e desprezar o irmão necessitado.
«Palavra e Vida 2014» - O Evangelho comentado cada dia - uma iniciativa dos Missionários Claretianos, ao serviço da evangelização.


O homem que confia no homem é maldito,
Porque afasta o seu coração do Senhor;
Confiar no Senhor é diferente, é ser bendito;
É não temer, em tempos de frio ou de calor.

Aquele que pões no Senhor sua esperança,
É como árvore plantada á beira das águas;
Nada tem a temer, o Senhor é sua herança,
Em tempo oportuno o livra de todas as mágoas.

Como livrou Lázaro, o homem que sofria,
Perante ricos de tanto fausto e ostentação;
Riqueza efémera que no tempo luzia,
Mas de pedra dura tornava o coração.

Depois tudo se inverte e eis que agora,
Lázaro canta e rejubila na visão de Deus;
O rico sofre e, no tormento, chora,
Sem ser possível aliviar os gemidos seus.

Teófilo Minga, fms

Quarta feira - 19 de março de 2014

Ouvir o Evangelho


S. JOSÉ, ESPOSO DA VIRGEM SANTA MARIA

Evangelho segundo S. Mateus 1, 16. 18-21. 24a

Jacob gerou José, esposo de Maria, da qual nasceu Jesus, chamado Cristo. O nascimento de Jesus deu-se do seguinte modo: Maria, sua Mãe, noiva de José, antes de terem vivido em comum, encontrara-se grávida por virtude do Espírito Santo. Mas José, seu esposo, que era justo e não queria difamá-la, resolveu repudiá-la em segredo. Tinha ele assim pensado, quando lhe apareceu num sonho o Anjo do Senhor, que lhe disse: «José, filho de David, não temas receber Maria, tua esposa, pois o que nela se gerou é fruto do Espírito Santo. Ela dará à luz um filho e tu pôr-Lhe-ás o nome de Jesus, porque Ele salvará o povo dos seus pecados». Quando despertou do sono, José fez como lhe ordenara o Anjo do Senhor.

Outras leituras do dia: 2 Sam 7, 4-5a. 12-14a. 16; Sal 88 (89), 2-3. 4-5. 27 e 29; Rom 4, 13. 16-18. 22.


O justo vive da fé. São José, esposo de Maria, desempenha, na história da salvação, a atitude exemplar do crente, do servo fiel que aceita com naturalidade os planos de Deus. São José substitui o papel do Pai celeste na educação do Menino Deus, que foi concebido por obra do Espírito Santo. As dores e as alegrias de José são uma espécie de parábola da história da salvação. Teve de transportar a cruz das tribulações, mas trouxe em seus braços e no seu coração de pai a alegria da presença de Deus. E ajudou o Menino a crescer paulatinamente, em estatura, sabedoria e graça.
«Palavra e Vida 2014» - O Evangelho comentado cada dia - uma iniciativa dos Missionários Claretianos, ao serviço da evangelização.


Diz a David que chegará o termo dos seus dias;
A realeza será consolidada no seu descendente;
Esta é para vós a profecia de todas as profecias;
Será para mim um filho e eu seu pai e da sua gente.

Acreditai em Cristo e acreditai na justiça de fé,
Na qual se realizou a promessa antiga de Abraão;
Promessa, plano de Deus que se mantém de pé:
A Palavra de Deus é verdade em toda a geração.

É verdade também para José, esposo de Maria
Que traz ao tempo a eternidade de Jesus;
José, justo, em tudo isto não compreendia,
Até que num momento de sonho se faz luz.

Acaba a ideia de repudia-la em segredo.
O que nela se gerou, fruto do Espírito Santo.
Já não há razões para acolher em si o medo.
Exultemos com Maria, na voz de seu canto.

Teófilo Minga, fms

Terça feira - 18 de março de 2014

Ouvir o Evangelho


Evangelho segundo S. Mateus 23, 1-12

Naquele tempo, Jesus falou à multidão e aos discípulos, dizendo: «Na cadeira de Moisés sentaram-se os escribas e os fariseus. Fazei e observai tudo quanto vos disserem, mas não imiteis as suas obras, porque eles dizem e não fazem. Atam fardos pesados e põem-nos aos ombros dos homens, mas eles nem com o dedo os querem mover. Tudo o que fazem é para serem vistos pelos homens: alargam as filactérias e ampliam as borlas; gostam do primeiro lugar nos banquetes e dos primeiros assentos nas sinagogas, das saudações nas praças públicas e que os tratem por ‘Mestres’. Vós, porém, não vos deixeis tratar por ‘Mestres’, porque um só é o vosso Mestre e vós sois todos irmãos. Na terra não chameis a ninguém vosso ‘Pai’, porque um só é o vosso pai, o Pai celeste. Nem vos deixeis tratar por ‘Doutores’, porque um só é o vosso doutor, o Messias. Aquele que for o maior entre vós será o vosso servo. Quem se exalta será humilhado e quem se humilha será exaltado».

Outras leituras do dia: Is 1, 10. 16-20; Sal 49 (50), 8-9. 16bc-17. 21 e 23

Santo do dia
S. Cirilo de Jerusalém, bispo e doutor da Igreja


A judai-vos mutuamente a levar a carga uns dos outros, dizia S. Paulo. Um peso que nem sempre é fácil de levar é o do magistério eclesial. Muitos o aceitam e desempenham gratificantemente, e bendito seja Deus por tomada de posição! É preciso tornar as cargas mais leves, para que o jugo seja mais fácil de suportar. Se se tiver de fazer uma correcção, que seja sempre de cariz fraterno; se houver que mandar, que haja caridade na transmissão da ordem e compreensão no desempenho do serviço encomendado. A perfeição e o amor requerem sempre atitudes de humildade e misericórdia.
«Palavra e Vida 2014» - O Evangelho comentado cada dia - uma iniciativa dos Missionários Claretianos, ao serviço da evangelização.


Sodoma, olha a malícia das tuas ações,
E recusa para sempre a prática do mal;
Protege a viúva e outros em difícil situação;
Sereis assim, no mundo, meu grande sinal.

Vossos pecados ficarão brancos como a lã;
O Senhor em o poder de tudo transformar;
Tudo será diferente em tempos de amanhã,
Mas decidi-vos a voltar para mim, a voltar…

Voltai, não façais como escribas e fariseus,
Que dizem uma coisa, mas fazem diferente.
Não é essa a verdade dos filhos de Deus,
Como não é essa a verdade da minha gente.

Não chameis a ninguém, Pai ou Doutor;
Vivei constantemente na humildade;
O que for servo entre vós, será o maior:
Doutrina de Deus, a melhor verdade.

Teófilo Minga, fms

Segunda feira - 17 de março de 2014

Ouvir o Evangelho


Evangelho segundo S. Lucas 6, 36-38

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Sede misericordiosos, como o vosso Pai é misericordioso. Não julgueis e não sereis julgados. Não condeneis e não sereis condenados. Perdoai e sereis perdoados. Dai e dar-se-vos-á: deitar-vos-ão no regaço uma boa medida, calcada, sacudida, a transbordar. A medida que usardes com os outros será usada também convosco».

Outras leituras do dia: Dan 9, 4b-10; Sal 78 (79), 8. 9. 11. 13


O amor que Cristo tem pelos seus discípulos, e Deus, nosso Pai, por todos os seus filhos, é o critério para discernir as atitudes que o homem deve adotar a respeito do seu semelhante: compaixão, misericórdia, magnanimidade, perdão, ajuda mútua… É a única medida que Deus utilizará connosco, no ocaso da vida. Quanta alegria nos invade o coração, ao tomarmos consciência de que o Senhor vai cumular liberalmente de bênçãos todos aqueles que confiaram na sua divina providência e proteção!
«Palavra e Vida 2014» - O Evangelho comentado cada dia - uma iniciativa dos Missionários Claretianos, ao serviço da evangelização.


Contra vós, Senhor, falam os nossos pecados,
A nossa rebeldia, nossa injustiça e iniquidade;
Tanta vergonha nos invade por todos os lados!
De coração dizemos: Senhor, tem piedade.

Não seguimos em nada o caminho dos profetas,
Nem a doutrina deixada pelos nossos antigos;
Ignoramos a santidade que sempre manifestas
E nos expomos, sem mais, a tantos perigos.

Olhai, eu sou pura misericórdia para vós;
Sede também misericórdia para vosso povo;
Vossas ações digam ao mundo a minha voz:
Pessoas e nações serão, então, um rosto novo.

Não julgueis: caminho para não serdes julgados;
Usai, antes, com os outros, a grande medida.
Então, em toda a certeza, não sereis condenados,
E, perante o mundo, sereis sacramentos de vida.

Teófilo Minga, fms

Domingo - 16 de março de 2014

Ouvir o Evangelho


DOMINGO II DA QUARESMA

Evangelho segundo S. Mateus 17, 1-9

Naquele tempo, Jesus tomou consigo Pedro, Tiago e João, seu irmão, e levou-os, em particular, a um alto monte e transfigurou-Se diante deles: o seu rosto ficou resplandecente como o sol e as suas vestes tornaram-se brancas como a luz. E apareceram Moisés e Elias a falar com Ele. Pedro disse a Jesus: «Senhor, como é bom estarmos aqui! Se quiseres, farei aqui três tendas: uma para Ti, outra para Moisés e outra para Elias». Ainda ele falava, quando uma nuvem luminosa os cobriu com a sua sombra e da nuvem uma voz dizia: «Este é o meu Filho muito amado, no qual pus toda a minha complacência. Escutai-O». Ao ouvirem estas palavras, os discípulos caíram de rosto por terra e assustaram-se muito. Então Jesus aproximou-Se e, tocando-os, disse: «Levantai-vos e não temais». Erguendo os olhos, eles não viram mais ninguém, senão Jesus. Ao descerem do monte, Jesus deu-lhes esta ordem: «Não conteis a ninguém esta visão, até o Filho do homem ressuscitar dos mortos».

Outras leituras do dia: Gen 12, 1-4a; Sal 32 (33), 4-5. 18-19. 20 e 22; 2 Tim 1, 8b-10


Depois de Cristo ressuscitar, os três discípulos que subiram com Jesus ao monte devem anunciar a todos: Jesus é Deus! É este o conteúdo central do anúncio evangélico, que todos devemos ouvir. Cristo revela-se agora com o rosto brilhante e vestes cheias de luz. Mais tarde, vê-l’O-emos despido e escarnecido. Mas continua a ser o mesmo Deus de Deus e Luz da Luz.
«Palavra e Vida 2014» - O Evangelho comentado cada dia - uma iniciativa dos Missionários Claretianos, ao serviço da evangelização.


Deixa a tua terra e a casa do teu pai;
Vai para a terra que eu te indico, Abraão;
Não tenhas medo de partir; digo: “Vai”.
Em ti será abençoado todo o povo e nação.

E tu Timóteo, neste tempo que passa,
Escuta o apelo do Senhor à santidade,
Não pelo nosso mérito, pela sua graça,
Que nos foi dada desde toda a eternidade.

Graça que nos acompanha no sofrimento,
Que a toda a dor se segue a transfiguração,
Que aos céu eleva nossa vida e sentimento
E nos diz que a esperança nunca é em vão.

Que bom é estar aqui, façamos três tendas:
Sinto Senhor e vejo a Tua glória que não ilude!
Mas, Pedro, que devo fazer para que entendas
O mistério do Senhor em sua glória e plenitude?

Teófilo Minga, fms

Sábado - 15 de março de 2014

Ouvir o Evangelho


Evangelho segundo S. Mateus 5, 43-48

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Ouvistes que foi dito aos antigos: ‘Amarás o teu próximo e odiarás o teu inimigo’. Eu, porém, digo-vos: Amai os vossos inimigos e orai por aqueles que vos perseguem, para serdes filhos do vosso Pai que está nos Céus; pois Ele faz nascer o sol sobre bons e maus e chover sobre justos e injustos. Se amardes aqueles que vos amam, que recompensa tereis? Não fazem a mesma coisa os publicanos? E se saudardes apenas os vossos irmãos, que fazeis de extraordinário? Não o fazem também os pagãos? Portanto, sede perfeitos, como o vosso Pai celeste é perfeito».

Outras leituras do dia: Deut 26, 16-19; Sal 118 (119), 1-2. 4-5. 7-8


S. João Bosco afirmou, um dia, que o melhor era não ter amigos. Falava acerca da educação preventiva. Era uma forma de preparar o coração, de forma a torná-lo incapaz de albergar qualquer aversão contra outra pessoa. Seria uma espécie de objeção de consciência: expulsar a repugnância de tudo o que fosse contra o mais elementar da vida cristã: o amor fraterno. Se somos amigos de Deus, temos de não descurar também a felicidade de todos os seus filhos.
«Palavra e Vida 2014» - O Evangelho comentado cada dia - uma iniciativa dos Missionários Claretianos, ao serviço da evangelização.


Cumpre minhas leis e mandamentos
Com todo o coração, com toda a alma;
Sejam guia para todos os teus intentos,
Neles chegarás à alegria de grande palma.

Cumprir os mandamentos é ser meu povo;
Acolher a minha lei, acolher os meus preceitos
É a certeza de viver hoje um tempo novo,
Caminho aberto em vós para grandes feitos.

Tão grandes que amareis os vossos inimigos;
Fareis assim como o Pai que está nos céus;
Não fareis como faziam os dos tempos antigos,
Proceder assim é ser em tudo filhos meus.

Ultrapassareis assim o fazer dos publicanos,
Que não amavam a todos sem distinção;
De coração grande sejam os vossos planos,
Não tenhais medo de ser de todos irmão.

Teófilo Minga, fms

Sexta feira - 14 de março de 2014

Ouvir o Evangelho


Evangelho segundo S. Mateus 5, 20-26

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Se a vossa justiça não superar a dos escribas e fariseus, não entrareis no reino dos Céus. Ouvistes que foi dito aos antigos: ‘Não matarás; quem matar será submetido a julgamento’. Eu, porém, digo-vos: Todo aquele que se irar contra o seu irmão será submetido a julgamento. Quem chamar imbecil a seu irmão será submetido ao Sinédrio, e quem lhe chamar louco será submetido à geena de fogo. Portanto, se fores apresentar a tua oferta sobre o altar e ali te recordares que o teu irmão tem alguma coisa contra ti, deixa lá a tua oferta diante do altar, vai primeiro reconciliar-te com o teu irmão e vem depois apresentar a tua oferta. Reconcilia-te com o teu adversário, enquanto vais com ele a caminho, não seja caso que te entregue ao juiz, o juiz ao guarda, e sejas metido na prisão. Em verdade te digo: Não sairás de lá, enquanto não pagares o último centavo».

Outras leituras do dia: Ez 18, 21-28; Sal 129 (130), 1-2. 3-4ab. 4c-6. 7-8


Cristo veio reconciliar e unir o que andava desavindo. A pior rotura é a que ocorre no íntimo do coração do homem, que só devia amar e estar ao serviço dos seus irmãos. Nada pode ir contra a dignidade da pessoa: nem a hipocrisia, nem a duplicidade, nem o crime, nem a vingança ‘olho por olho’, nem o juízo maldoso. O altar é importante, mas ninguém se pode aproximar dele, se antes não estiver unido e reconciliado com o próximo.
«Palavra e Vida 2014» - O Evangelho comentado cada dia - uma iniciativa dos Missionários Claretianos, ao serviço da evangelização.


Se o pecador se arrepende não morrerá,
Os seus pecados serão sempre esquecidos,
E na vida de Deus continuamente ele viverá,
Na Sua Lei, seus passos serão conduzidos.

Que o justo não se desvie, praticando o mal,
Mas que permaneça no caminho do Senhor.
A prática do bem será sempre o grande sinal
De pertencer a Deus, de viver no seu amor.

Amor a que somos chamados em alto grau,
Animando sempre, até ao fim o nosso irmão,
Acolhendo o bem, deixando o que é mau,
Na sua mais pequena e qualquer manifestação.

Se não perdoas é melhor não vir ao altar,
Mesmo se vens com grande e singular oferta.
Volta para trás e vai logo depressa perdoar;
Então, no Senhor, terás acolhida segura e certa.

Teófilo Minga, fms

Quinta feira - 13 de março de 2014

Ouvir o Evangelho


Evangelho segundo S. Mateus 7, 7-12

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Pedi e dar-se-vos-á, procurai e encontrareis, batei à porta e abrir-se-vos-á. Porque todo aquele que pede recebe, quem procura encontra e a quem bate à porta abrir-se-á. Qual de vós dará uma pedra a um filho que lhe pede pão, ou uma serpente se lhe pedir peixe? Ora, se vós que sois maus, sabeis dar coisas boas aos vossos filhos, quanto mais o vosso Pai que está nos Céus as dará àqueles que Lhas pedem! Portanto, o que quiserdes que os homens vos façam fazei-lho vós também: esta é a Lei e os Profetas».

Outras leituras do dia: Est 4, 17. n. p-r. aa-bb. gg-hh; Sal 137 (138), 1-2a. 2bc-3. 7c-8


Na família de Deus, o Pai ouve-nos sempre, pois quem pede não é uma pessoa estranha, mas o seu próprio Filho, aquele que teve de pagar o preço do resgate, com o seu sangue. Contudo, o importante é que quem suplica não peça pedras ou répteis, mas o pão saboroso de fazer a vontade do Pai, e o peixe saudável de confiar na providência de Deus. Se Deus nos toma a sério, que a nossa atitude de homens e de cristãos se assemelhe à sua.
«Palavra e Vida 2014» - O Evangelho comentado cada dia - uma iniciativa dos Missionários Claretianos, ao serviço da evangelização.


Eis-me tomada de angústia mortal;
Meu Deus, vem depressa em meu socorro:
O leão quer devorar-me nas garras do mal,
Olha, meu Senhor, o perigo que corro.

Escolheste, Senhor, os meus antepassados
Para perpetuarem, nesta terra, vossa herança;
Olha, somos continuamente atribulados,
E em nós pode definhar a esperança.

Se pedirmos seremos atendidos,
Se batermos a porta será aberta;
Não deixes por terra nossos pedidos;
Em Ti confiança total, confiança certa.

Até nós, Senhor, sendo mais fazemos o bem,
Aos nossos filhos sabemos dar vinho e pão;
Assim age todo o pai, assim age toda a mãe,
Dá-nos a graça de assim ser em toda a situação.

Teófilo Minga, fms

Quarta feira - 12 de março de 2014

Ouvir o Evangelho


Evangelho segundo S. Lucas 11, 29-32

Naquele tempo, aglomerava-se uma grande multidão à volta de Jesus e Ele começou a dizer: «Esta geração é uma geração perversa: pede um sinal, mas nenhum sinal lhe será dado, senão o sinal de Jonas. Assim como Jonas foi um sinal para os habitantes de Nínive, assim o será também o Filho do homem para esta geração. No juízo final, a rainha do sul levantar-se-á com os homens desta geração e há-de condená-los, porque veio dos confins da terra para ouvir a sabedoria de Salomão; e aqui está quem é maior do que Salomão. No juízo final, os homens de Nínive levantar-se-ão com esta geração e hão-de condená-la, porque fizeram penitência ao ouvir a pregação de Jonas; e aqui está quem é maior do que Jonas».

Outras leituras do dia: Jonas 3, 1-10; Sal 50 (51), 3-4. 12-13. 18-19


Que outro sinal pretendemos de Deus? Cristo é a Palavra autorizada do Pai. Está vivo e habita entre nós, porque o sepulcro está há muito vazio. A garantia da nossa fé é esta: está em circulação e a cumprir-se a boa notícia que Ele tinha anunciado. Os motivos para acreditar não serão suficientes, se partimos de posições racionalistas. A razão humana ajuda a entender os princípios da fé, mas nunca os anula ou substitui.
«Palavra e Vida 2014» - O Evangelho comentado cada dia - uma iniciativa dos Missionários Claretianos, ao serviço da evangelização.


Jonas profeta é por Deus enviado
A Nínive, grande cidade de outrora:
Pedia às gentes que deixassem o pecado
E a converter-se de coração aqui e agora.

Durante um dia proclamou a mensagem,
Palavra de Deus que é graça e conversão;
Os habitantes e o rei com audácia e coragem,
Vão converter-se do fundo do coração.

Não assim os do tempo de Jesus
Que continuam a pedir ainda sinais;
Que adiante se fecham os olhos à luz?
Jonas é o sinal. Para quê querer mais?

Vem a rainha do sul para ouvir Salomão,
E aqui, frente a vós, quem é bem maior;
Mas é bem dura a cerviz desta geração,
Incapaz de se converter ao verdadeiro amor.

Teófilo Minga, fms

Terça feira - 11 de março de 2014

Ouvir o Evangelho


Evangelho segundo S. Mateus 6, 7-15

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Quando orardes, não digais muitas palavras, como os pagãos, porque pensam que serão atendidos por falarem muito. Não sejais como eles, porque o vosso Pai bem sabe do que precisais, antes de vós Lho pedirdes. Orai assim: ‘Pai nosso, que estais nos Céus, santificado seja o vosso nome; venha a nós o vosso reino; seja feita a vossa vontade assim na terra como no Céu. O pão nosso de cada dia nos dai hoje; perdoai-nos as nossas ofensas, assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido; e não nos deixeis cair em tentação, mas livrai-nos do mal’. Porque se perdoardes aos homens as suas faltas, também o vosso Pai celeste vos perdoará. Mas se não perdoardes aos homens, também o vosso Pai não vos perdoará as vossas faltas».

Outras leituras do dia: Is 55, 10-11; Sal 33 (34), 4-5. 6-7. 16-17. 18-19


O Pai-nosso é um tratado que traduz a aliança de Deus com o homem. E está redigido nestes termos: Deus é nosso Pai e é preciso honrar o seu nome como tal. Se queremos que chegue até nós o seu reino, temos de fazer a sua vontade. O pão de cada dia e a misericórdia exigem partilha, perdão e súplica: “Não nos deixeis cair em tentação, mas livrai-nos do mal”.
«Palavra e Vida 2014» - O Evangelho comentado cada dia - uma iniciativa dos Missionários Claretianos, ao serviço da evangelização.


A chuva que cai do céu rega a terra,
Não volta para o alto sem a tornar fecunda
Dos frutos que o seu ventre encerra
E da riqueza que por tantos lados abunda.

Assim é a palavra que sai da minha boca;
Não volta sem ter produzido seu efeito;
Seja ela para vós força santa que vos provoca
A fazer bem a todos e a mim a render-me preito.

Palavra santa, força que conduz à oração,
Não a palavras soltas lançadas ao vento, à toa,
Como tantas outras sem valor, de cunho pagão;
Nada têm de oração; é palavra vazia que destoa.

Dizei apenas: o Teu nome seja santificado
E que o Teu reino venha entre nós, no mundo;
Perdoai-nos, hoje e sempre, de todo o pecado
E que perdoemos também de amor profundo.

Teófilo Minga, fms

Segunda feira - 10 de março de 2014

Ouvir o Evangelho


Evangelho segundo S. Mateus 25, 31-46

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Quando o Filho do homem vier na sua glória com todos os seus Anjos, sentar-Se-á no seu trono glorioso. Todas as nações se reunirão na sua presença e Ele separará uns dos outros, como o pastor separa as ovelhas dos cabritos; e colocará as ovelhas à sua direita e os cabritos à sua esquerda. Então o Rei dirá aos que estiverem à sua direita: ‘Vinde, benditos de meu Pai; recebei como herança o reino que vos está preparado desde a criação do mundo. Porque tive fome e destes-Me de comer; tive sede e destes-Me de beber; era peregrino e Me recolhestes; não tinha roupa e Me vestistes; estive doente e viestes visitar-Me; estava na prisão e fostes ver-Me’. Então os justos Lhe dirão: ‘Senhor, quando é que Te vimos com fome e Te demos de comer, ou com sede e Te demos de beber? Quando é que Te vimos peregrino e Te recolhemos, ou sem roupa e Te vestimos? Quando é que Te vimos doente ou na prisão e Te fomos ver?’. E o Rei lhes responderá: ‘Em verdade vos digo: Quantas vezes o fizestes a um dos meus irmãos mais pequeninos, a Mim o fizestes’. Dirá então aos que estiverem à sua esquerda: ‘Afastai-vos de Mim, malditos, para o fogo eterno, preparado para o diabo e os seus anjos. Porque tive fome e não Me destes de comer; tive sede e não Me destes de beber; era peregrino e não Me recolhestes; estava sem roupa e não Me vestistes; estive doente e na prisão e não Me fostes visitar’. Então também eles Lhe hão-de perguntar: ‘Senhor, quando é que Te vimos com fome ou com sede, peregrino ou sem roupa, doente ou na prisão, e não Te prestámos assistência?’ E Ele lhes responderá: ‘Em verdade vos digo: Quantas vezes o deixastes de fazer a um dos meus irmãos mais pequeninos, também a Mim o deixastes de fazer’. Estes irão para o suplício eterno e os justos para a vida eterna».

Outras leituras do dia: Lev 19, 1-2. 11-18; Sal 18 B (19), 8. 9. 10. 15


“Quando é que Te vimos com fome, com sede, nu, doente, na cadeia e sem abrigo?” O mal é esse: não nos apercebemos da presença de Cristo nos pobres e nos necessitados. Pior ainda: sabemos que eles são o sacramento e o retrato mor da presença do Senhor, e quase nada fazemos por os ajudar. O critério para ser salvo é taxativo: “O que fizestes a um destes excluídos da sociedade, a Mim o fizestes”.
«Palavra e Vida 2014» - O Evangelho comentado cada dia - uma iniciativa dos Missionários Claretianos, ao serviço da evangelização.


Sede santos porque eu, o Senhor, sou santo,
Cumprindo em tudo o mandamento do Senhor.
Esse cumprimento é para mim o mais belo canto,
A nota mais sublime e sonora do vosso amor.

Não odiareis ninguém do íntimo do coração,
Não guardareis rancor contra o vosso povo;
Não seja nunca a injustiça a força de vossa mão:
Se assim for começa em vós o homem novo.

Homem novo a dar de beber ao peregrino,
A vestir o nu, a dar de comer ao que tem fome;
Esse é o melhor caminho para dizer um hino,
O hino mais belo, vosso canto e vosso renome.

No pobre me encontrareis também a mim;
Na noite de frio e vento ou na dor da prisão
Era eu que estava; eu, Cristo Jesus que vim
Dizer-vos que o outro é sempre meu irmão.

Teófilo Minga, fms

Domingo - 9 de março de 2014

Ouvir o Evangelho


DOMINGO I DA QUARESMA

Evangelho segundo S. Mateus 4, 1-11

Naquele tempo, Jesus foi conduzido pelo Espírito ao deserto, a fim de ser tentado pelo Diabo. Jejuou quarenta dias e quarenta noites e, por fim, teve fome. O tentador aproximou-se e disse-lhe: «Se és Filho de Deus, diz a estas pedras que se transformem em pães». Jesus respondeu-lhe: «Está escrito: ‘Nem só de pão vive o homem, mas de toda a palavra que sai da boca de Deus’». Então o Diabo conduziu-O à cidade santa, levou-O ao pináculo do templo e disse-Lhe: «Se és Filho de Deus, lança-Te daqui abaixo, pois está escrito: ‘Deus mandará aos seus Anjos que te recebam nas suas mãos, para que não tropeces em alguma pedra’». Respondeu-lhe Jesus: «Também está escrito: ‘Não tentarás o Senhor teu Deus’». De novo o Diabo O levou consigo a um monte muito alto, mostrou-Lhe todos os reinos do mundo e a sua glória, e disse-Lhe: «Tudo isto Te darei, se, prostrado, me adorares». Respondeu-lhe Jesus: «Vai-te, Satanás, porque está escrito: ‘Adorarás o Senhor teu Deus e só a Ele prestarás culto’». Então o Diabo deixou-O e aproximaram-se os Anjos e serviram-n'O.

Outras leituras do dia: Gen 2, 7-9 – 3, 1-7; Sal 50 (51), 3-4. 5-6a. 12-13. 14 e 17; Rom 5, 12-19 ou Rom 5, 12. 17-19


Também nós tentamos humilhar o Senhor e provocar-lhe uma armadilha. Se és Filho de Deus… tens de dizer porque é que continua, no mundo, este rosário de misérias: a fome, a violência, as injustiças, o sofrimento, as guerras, etc. Na realidade, se alinhamos por esta mentalidade, Deus pouco conta na nossa vida. Valem mais o dinheiro e os nossos caprichos pessoais. Contudo, o caminho da verdade e da felicidade é outro: adorar e servir apenas o Senhor.
«Palavra e Vida 2014» - O Evangelho comentado cada dia - uma iniciativa dos Missionários Claretianos, ao serviço da evangelização.


Naquele espaço do primeiro jardim,
Deus insufla em nós o sopro de vida;
Gesto criador para ti, criador para mim,
Graça única a ser sempre agradecida.

Mas anda por aí uma serpente,
O mais astucioso dos animais
Deu em si para destruir a gente,
Ao destruir nossos primeiros pais.

E assim entra o pecado no mundo,
Atingindo a todos e cada um de nós.
Mas no gesto de Cristo, tão profundo,
Deus, na Cruz, não nos vai deixar sós.

Mesmo no deserto, três vezes tentado,
Jesus é capaz de vencer o tentador,
Mostrando-nos assim o outro lado,
Um lado diferente: Deus que é amor.

Teófilo Minga, fms

Sábado - 8 de março de 2014

Ouvir o Evangelho


Evangelho segundo S. Lucas 5, 27-32

Naquele tempo, Jesus viu um publicano chamado Levi, sentado no posto de cobrança, e disse-lhe: «Segue-Me». Ele, deixando tudo, levantou-se e seguiu Jesus. Levi ofereceu-lhe um grande banquete em sua casa. Havia grande número de publicanos e de outras pessoas com eles à mesa. Os fariseus e os escribas murmuravam, dizendo aos discípulos: «Porque comeis e bebeis com os publicanos e os pecadores?» Então Jesus, tomando a palavra, disse-lhes: «Não são os que têm saúde que precisam de médico, mas sim os doentes. Eu não vim chamar os justos, vim chamar os pecadores, para que se arrependam».

Outras leituras do dia: Is 58, 9b-14; Sal 85 (86), 1-2. 3-4. 5-6

Santo do dia
S. João de Deus, religioso


Uma das personagens mais odiadas pelo povo era o cobrador de impostos, uma espécie de delegado do invasor romano. Mas Cristo anda à procura de todos e a ninguém põe de lado. Hoje chegou também para Levi o tempo da graça de Deus. Para Deus, nada há impossível. Primeiro, Levi (Mateus) é chamado pelo Mestre e converte o coração. Depois, pratica gestos que testemunham a autenticidade do seu amor pelos demais. Recebe Jesus, não só em sua casa, mas como senhor da sua vida. E para sempre.
«Palavra e Vida 2014» - O Evangelho comentado cada dia - uma iniciativa dos Missionários Claretianos, ao serviço da evangelização.


Meu filho, a tua noite será como o dia,
Se tirares do meio de ti a opressão;
Gesto bendito, será fonte de alegria,
Inscrito para sempre no meu coração.

É o pão que dás ao pobre e indigente,
É a fome que matas a todo o faminto,
Que fará de ti a minha querida gente,
Gente que em tudo sente como eu sinto.

Serás restaurador de casas em ruínas,
Tu que guardas o sábado, dia santificado;
Depois vais e com minha luz iluminas
O mundo, apagando assim o seu pecado.

Chamo mesmo gente em posto de cobrança,
Que a meus olhos todos, todos têm valor;
Também com Levi faço ressurgir a esperança,
Será no mundo pregoeiro do meu amor.

Teófilo Minga, fms

Sexta feira - 7 de março de 2014

Ouvir o Evangelho


Evangelho segundo S. Mateus 9, 14-15

Naquele tempo, os discípulos de João Baptista foram ter com Jesus e perguntaram-Lhe: «Por que motivo nós e os fariseus jejuamos e os teus discípulos não jejuam?» Jesus respondeu-lhes: «Podem os companheiros do esposo ficar de luto, enquanto o esposo estiver com eles? Dias virão em que o esposo lhes será tirado e nessa altura hão-de jejuar».

Outras leituras do dia: Is 58, 1-9a; Sal 50 (51), 3-4. 5.6a. 18-19

Santo do dia
S. Perpétua e S. Felicidade, mártires


Jejuar é mais do que privar-se dos alimentos. É um sinal, uma renúncia, uma dádiva e uma dívida que pagamos. É colocar de lado o alimento material e aceitar o pão vivo da palavra de Deus, verdadeira refeição quaresmal. É fazer ascese para que o espírito esteja disposto e preparado para seguir a Cristo. O pão de que te privas é propriedade dos pobres. Não te esqueças de o dar em esmola e de te nutrires do mesmo.
«Palavra e Vida 2014» - O Evangelho comentado cada dia - uma iniciativa dos Missionários Claretianos, ao serviço da evangelização.


Profeta meu, faz ver ao meu povo seus pecados;
Procuram-me, mas em tudo ignoram o meu rosto;
Na prática, os mandamentos foram abandonados,
Tudo aquilo que era bom e santo foi deposto.

A que serve o jejum, se depois não há verdade
Que diz, em Deus, todo o teu comportamento;
Sem problemas viveis no meio de toda a falsidade,
Aos pobres e abandonados nunca estais atentos.

O jejum que me agrada – fala o Senhor – é diferente:
Convido-vos a quebrai os laços de toda a servidão;
Assim começareis, de novo, a ser a minha gente,
Voltareis a ter um lugar especial no meu coração.

Mas não jejua o amigo quando está o esposo;
Se o esposo está presente é o tempo da alegria;
Saboreai e vede, a partir de agora, todo este gozo,
Sinal de ressurreição, luz nova de outro dia.

Teófilo Minga, fms