Segunda feira - 30 de setembro de 2013

Ouvir o Evangelho


Evangelho segundo S. Lucas 9, 46-50

Naquele tempo, houve uma discussão entre os discípulos sobre qual deles seria o maior. Mas Jesus, que lhes conhecia os sentimentos íntimos, tomou uma criança, colocou-a junto de Si e disse-lhes: «Quem acolher em meu nome uma criança como esta acolhe-Me a Mim; e quem Me acolher acolhe Aquele que Me enviou. Na verdade, quem for o mais pequeno entre vós esse é que será o maior». João tomou a palavra e disse: «Mestre, vimos um homem expulsar os demónios em teu nome e quisemos impedi-lo, porque ele não anda connosco». Mas Jesus respondeu-lhe: «Não lho proibais, pois quem não é contra vós é por vós».

Outras leituras do dia: Zac 8, 1-8; Sal 101 (102), 16-18. 19-21. 29 e 22-23

Santo do dia
S. Jerónimo, presbítero e doutor da Igreja


Aqui fica a nota histórica relativa a S. Jerónimo de Estridon que podemos encontrar no site da liturgia:
“Nasceu em Estridon (Dalmácia) cerca do ano 340. Estudou em Roma e aí foi baptizado. Tendo abraçado a vida ascética, partiu para o Oriente e foi ordenado sacerdote. Regressou a Roma e foi secretário do papa Dâmaso. Nesta época começou a revisão das traduções latinas da Sagrada Escritura e promoveu a vida monástica. Mais tarde estabeleceu se em Belém, onde continuou a tomar parte muito activa nos problemas e necessidades da Igreja. Escreveu muitas obras, principalmente comentários à Sagrada Escritura. Morreu em Belém no ano 420.”
No seu comentário sobre o Livro do Profeta Isaías podemos ler:
“Aquele que não conhece as Escrituras não conhece o poder de Deus nem a sua sabedoria. Ignorar as Escrituras é ignorar a Cristo.”
Rute Júnior


Eu, Javé, sinto por Sião uma paixão enorme;
É Jerusalém no monte, cidade minha, santa;
Em meu coração palpita amor que não dorme
Que por Jerusalém e sua fidelidade se encanta.

Salvarei o meu povo, ao trazê-lo do Oriente,
Serei o seu Deus com justiça, com fidelidade;
Meu grande amor por ele nunca se desmente,
É minha alegria ver crescê-lo em santidade.

Espero que trilhe um caminho de simplicidade,
Não é importante o maior no Reino dos céus;
O maior será uma criança feita só de verdade,
Livre de toda a hipocrisia, máscaras ou véus.

Convite forte a cuidar dos mais insignificantes:
A grandeza verdadeira é a gratuidade do amor,
Claro programa de vida de todos os instantes:
Eis aqui a doutrina tão simples e bela do Senhor.

Teófilo Minga, fms

Domingo - 29 de setembro de 2013

Ouvir o Evangelho


DOMINGO XXVI DO TEMPO COMUM
S. MIGUEL, S. GABRIEL e S. RAFAEL, Arcanjos

Evangelho segundo S. Lucas 16, 19-31

Naquele tempo, disse Jesus aos fariseus: «Havia um homem rico, que se vestia de púrpura e linho fino e se banqueteava esplendidamente todos os dias. Um pobre, chamado Lázaro, jazia junto do seu portão, coberto de chagas. Bem desejava saciar-se do que caía da mesa do rico, mas até os cães vinham lamber-lhe as chagas. Ora sucedeu que o pobre morreu e foi colocado pelos Anjos ao lado de Abraão. Morreu também o rico e foi sepultado. Na mansão dos mortos, estando em tormentos, levantou os olhos e viu Abraão com Lázaro a seu lado. Então ergueu a voz e disse: ‘Pai Abraão, tem compaixão de mim. Envia Lázaro, para que molhe em água a ponta do dedo e me refresque a língua, porque estou atormentado nestas chamas’. Abraão respondeu-lhe: ‘Filho, lembra-te que recebeste os teus bens em vida e Lázaro apenas os males. Por isso, agora ele encontra-se aqui consolado, enquanto tu és atormentado. Além disso, há entre nós e vós um grande abismo, de modo que se alguém quisesse passar daqui para junto de vós, ou daí para junto de nós, não poderia fazê-lo’. O rico insistiu: ‘Então peço-te, ó pai, que mandes Lázaro à minha casa paterna – pois tenho cinco irmãos – para que os previna, a fim de que não venham também para este lugar de tormento’. Disse-lhe Abraão: ‘Eles têm Moisés e os Profetas: que os oiçam’. Mas ele insistiu: ‘Não, pai Abraão. Se algum dos mortos for ter com eles, arrepender-se-ão’. Abraão respondeu-lhe: ‘Se não dão ouvidos a Moisés nem aos Profetas, também não se deixarão convencer, se alguém ressuscitar dos mortos’».

Outras leituras do dia: Am 6, 1a. 4-7; Sal 145 (146), 7. 8. 9. 10; 1 Tim 6, 11-16


Estamos atentos às necessidades de quem vive ao nosso lado?
Rezamos pelas vítimas dos conflitos que grassam no mundo?
Concretizamos o nosso propósito de ajudar quem precisa?

Rute Júnior


Povo que leva uma vida fácil, vida em ruínas,
Que se recostam em luxuosos divãs de marfim,
Gente que se veste com roupas altamente finas,
Mas que permanece longe do Senhor… festas sem fim.

Não assim com Timóteo, homem de Deus, de fé,
Que combate o bom combate ao longo dos dias,
Aí está um homem de devoção que se mantém de pé,
Que aposta em Deus entre sofrimentos e alegrias.

Não assim com Lázaro também, homem de sofrimento
Ao longo dos dias, aqui e além, apanhando migalhas
Da mesa de um rico, mesa cheia de esbanjamento,
Rico de haveres, mas tão pobre e com tantas falhas.

Pobre de misericórdia e sem sentido de partilha.
Os dois morrem e agora são destinos trocados.
É o rico que implora uma gota de água que brilha,
No meio de chamas que o atormentam de todo o lado.

Teófilo Minga, fms

Sábado - 28 de setembro de 2013

Ouvir o Evangelho


Evangelho segundo S. Lucas 9, 43b-45

Naquele tempo, estavam todos admirados com tudo o que Jesus fazia. Então Ele disse aos discípulos: «Escutai bem o que vou dizer-vos. O Filho do homem vai ser entregue às mãos dos homens». Eles, porém, não compreendiam aquelas palavras; eram misteriosas para eles e não as entendiam. Mas tinham medo de O interrogar sobre tal assunto.

Outras leituras do dia: Zac 2, 5-9. 14-15a; Sal Jer 31, 10. 11-12ab. 13


“É na contemplação da morte de Jesus que a fé se reforça e recebe uma luz fulgurante, é quando ela se revela como fé no seu amor inabalável por nós, que é capaz de penetrar na morte para nos salvar. Neste amor que não se subtraiu à morte para manifestar quanto me ama, é possível crer; a sua totalidade vence toda e qualquer suspeita e permite confiar-nos plenamente a Cristo.” (Lumen Fidei, 16)
Rute Júnior


O Senhor salvará seu povo de entre as nações,
De Babilónia cidade onde viviam desterrados,
Reunirá na cidade de Sião os feridos corações,
Que, durante tanto tempo, viveram exilados.

É que o meu povo é a menina dos meus olhos,
Quem o ofende rasga também o meu coração,
Quero livrá-lo de tantos sofrimento e escolhos
Que marcaram seu caminho e vejam a salvação.

Mas para isso o Filho do Homem terá que sofrer,
Será entregue para ser na Cruz ao alto, condenado;
Linguagem que os discípulos não podem compreender,
O mistério só aos poucos será totalmente revelado.

Jesus não recorda seus êxitos na região das Galileia,
Prefere antes falar aos discípulos da sua Paixão;
O mistério se adensa em torna à mesa naquela Ceia,
Mas há-de culminar em Domingo de Ressurreição.

Teófilo Minga, fms

Sexta feira - 27 de setembro de 2013

Ouvir o Evangelho


Evangelho segundo S. Lucas 9, 18-22

Um dia, Jesus orava sozinho, estando com Ele apenas os discípulos. Então perguntou-lhes: «Quem dizem as multidões que Eu sou?». Eles responderam: «Uns, João Baptista; outros, que és Elias; e outros, que és um dos antigos profetas que ressuscitou». Disse-lhes Jesus: «E vós, quem dizeis que Eu sou?». Pedro tomou a palavra e respondeu: «És o Messias de Deus». Ele, porém, proibiu-lhes severamente de o dizerem fosse a quem fosse e acrescentou: «O Filho do homem tem de sofrer muito, ser rejeitado pelos anciãos, pelos príncipes dos sacerdotes e pelos escribas; tem de ser morto e ressuscitar ao terceiro dia».

Outras leituras do dia: Ag 1, 15b – 2, 9; Sal 42 (43), 1. 2. 3. 4

Santo do dia
S. Vicente de Paulo, presbítero


Escutemos as palavras de Vicente de Paulo relativas a Jesus:
“O Filho de Deus quis ser pobre e ser representado pelos pobres. Na sua paixão, quase perdeu o aspeto de homem; apareceu como louco para os gentios e um escândalo para os judeus. Todavia, apresentou-se a estes como evangelizador dos pobres: Enviou-me para evangelizar os pobres. Também nós devemos ter os mesmos sentimentos de Cristo e imitar o que Ele fez: cuidar dos pobres, consolá-los, socorrê-los e recomendá-los.
Cristo quis nascer pobre, chamar para sua companhia discípulos pobres, servir os pobres e identificar-se com os pobres, a ponto de dizer que o bem ou o mal feito a eles o tomaria como feito a Si mesmo. Deus ama os pobres, e por conseguinte ama também aqueles que os amam.”

Rute Júnior


O novo Templo revela a glória de Deus;
Como ao sair do Egito meu espírito vos acompanha;
Convosco está o Senhor Poderoso, vindo dos Céus;
Não vos deixa; convosco continua sua façanha.

Outra vez o templo se encherá da minha glória,
E todo o país será extraordinário oásis de paz;
Sabemos, vitória de Deus é também a vossa e paz,
Sede então sacramentos de tudo o que Ele faz.

Para isso sede suas testemunhas pelo mundo,
Ide por todos os cantos até ao confins da terra,
Dizer que EU SOU, e dizê-lo de modo profundo,
Com toda a riqueza que meu ser encerra.

E em vosso apostolado de caminho universal,
Não esqueçais nunca o valor da oração;
Sou para vós o Messias de Deus e como tal,
Apresentai-me ao mundo, Deus comunhão.

Teófilo Minga, fms

Quinta feira - 26 de setembro de 2013

Ouvir o Evangelho


Evangelho segundo S. Lucas 9, 7-9

Naquele tempo, o tetrarca Herodes ouviu dizer tudo o que Jesus fazia e andava perplexo, porque alguns diziam: «É João Baptista que ressuscitou dos mortos». Outros diziam: «E Elias que reapareceu». E outros diziam ainda: «É um dos antigos profetas que ressuscitou». Mas Herodes disse: «A João mandei-o eu decapitar. Mas quem é este homem, de quem oiço dizer tais coisas?». E procurava ver Jesus.

Outras leituras do dia: Ag 1, 1-8; Sal 149, 1-2. 3-4. 5-6a e 9b

Santo do dia
S. Cosme e S. Damião, mártires


Quando estará, para mim, o Templo reconstruído,
Vós que viveis em mansões ricas, tão luxuosas.
Repensa bem tua conduta, meu povo distraído,
Só atento a riquezas ou mesmo a obras maldosas.

Semeais muito, mas colheis pouco,
Bebeis, mas continuais com sede;
Deixai vosso comportamento louco,
Vinde a mim, contemplai e vede.

Não como um tal Herodes que queria ver,
Ver Jesus de quem ouvia tantas coisas belas;
Vivi em ansiedade, tensão e quase a temer,
Com medo de perder seu reino, suas estrelas.

Cultivemos também o desejo de ver a Jesus,
Não como Herodes, por medo ou ansiedade,
Mas porque queremos no nosso coração sua luz
E caminhar com Ele em perfeita liberdade.

Teófilo Minga, fms

Quarta feira - 25 de setembro de 2013

Ouvir o Evangelho


Evangelho segundo S. Lucas 9, 1-6

Naquele tempo, Jesus chamou os doze Apóstolos e deu-lhes poder e autoridade sobre todos os demónios e para curarem todas as doenças. Depois enviou-os a proclamar o reino de Deus e a curar os enfermos. E disse-lhes: «Não leveis nada para o caminho: nem cajado, nem alforge, nem pão, nem dinheiro, e não leveis duas túnicas. Quando entrardes em alguma casa, ficai nela até partirdes dali. Se alguns não vos receberem, ao sair dessa cidade, sacudi o pó dos vossos pés, como testemunho contra eles». Os Apóstolos partiram e foram de terra em terra a anunciar a boa nova e a realizar curas por toda a parte.

Outras leituras do dia: Esdr 9, 5-9; Sal Tob 13, 2. 3-4a. 4bcd. 5. 8


Pecámos, Senhor, contra ti, vivemos em grave pecado;
A outros países nos entregaram nossas maldades;
O nosso povo sofrido foi outra vez desterrado,
Desgraça que se repete em tantas e tantas idades.

Mas agora, Senhor, experimentámos tua bondade.
Trouxeste-nos de volta à nossa terra querida;
Um grupo entre nós sabe o que é a liberdade,
No baraço a esta terra santa, nunca esquecida.

Um grupo, como mais tarde os apóstolos escolhidos,
Mandados por toda a parte a pregar e a curar doenças;
Convidados a trilhar o caminho apostólico percorrido
Na pobreza e na humildade, perdoando as ofensas.

Não leveis alforge, nem túnica, nem dinheiro;
O anúncio da Boa Nova passa pela simplicidade,
Onde, Deus em seu Filho, é sempre primeiro.
Se assim fizerdes, vossa palavra terá autoridade.

Teófilo Minga, fms

Terça feira - 24 de setembro de 2013

Ouvir o Evangelho


Evangelho segundo S. Lucas 8, 19-21

Naquele tempo, vieram ter com Jesus sua Mãe e seus irmãos, mas não podiam chegar junto d’Ele por causa da multidão. Então disseram-Lhe: «Tua Mãe e teus irmãos estão lá fora e querem ver-Te». Mas Jesus respondeu-lhes: «Minha mãe e meus irmãos são aqueles que ouvem a palavra de Deus e a põem em prática».

Outras leituras do dia: Esdr 6, 7-8. 12b. 14-20; Sal 121 (122), 1-2. 3-4a. 4b-5


Tu que escutas a Palavra de Deus diariamente queres ser daqueles que a põem em prática nas situações concretas da tua vida?
Sentes o desafio de divulgar a Palavra de Deus, suscitando noutros a vontade de a cumprirem?

Rute Júnior


E eis que o Templo foi enfim reconstruído;
Sua dedicação foi celebrada com alegria;
Em torno do Templo o povo está unido,
Cada um no seu posto louva a Deus todo dia.

Não faltam sacrifícios de ação de graças,
Por conclusão de obra tão grande, importante.
É tempo de esquecer o exílio e suas desgraças,
Agora Deus está connosco a todo o instante.

Mais tarde, o Templo será o próprio Jesus,
Agora procurado por sua mãe e seus irmãos;
A multidão está atenta; a sua Palavra é luz,
Convite a deixar de lado projetos vazios, vãos.

A nova família de Jesus parte da Palavra,
Mas da Palavra posta em prática, vivida:
Aquela que em nosso coração forte se grava
E nos transforma para sempre, toda a vida.

Teófilo Minga, fms

Segunda feira - 23 de setembro de 2013

Ouvir o Evangelho


Evangelho segundo S. Lucas 8, 16-18

Naquele tempo, disse Jesus à multidão: «Ninguém acende uma lâmpada para a cobrir com uma vasilha ou a colocar debaixo da cama, mas coloca-a num candelabro, para que os que entram vejam a luz. Não há nada oculto que não se torne manifesto, nem secreto que não seja conhecido à luz do dia. Portanto, tende cuidado com a maneira como ouvis. Pois àquele que tem, dar-se-á; mas àquele que não tem, até o que julga ter lhe será tirado».

Outras leituras do dia: Esdr 1, 1-6; Sal 125 (126), 1-2ab. 2cd-3. 4-5. 6


Sofro de cada vez que vejo alguém a não desenvolver as imensas capacidades com que foi dotado.
E nós que lemos e escutamos a palavra de Jesus, temos assumido o compromisso de a divulgar para que chegue ao interior de cada ser ou vivemos atrofiados pela preguiça ou pelo medo?

Rute Júnior


No reinado de Ciro é tempo de um decreto,
Segundo a Palavra do Senhor dita por Jeremias.
Gesto que em tudo, parece ser o mais correto:
Os Judeus deem a Jerusalém a glória dos seus dias.

É questão de construir o templo de Jerusalém,
Para que ele seja luz para o mundo inteiro
E aponte, ao longe e ao perto, o Sumo Bem
Deixando o nosso mundo, mais verdadeiro.

Todos somos de fato, chamados a ser luz,
Luz que brilha lá em cima, no alto do monte
Para que no mundo seja mais presente Jesus
E, assim, para os homens outra luz desponte.

Sim, sejamos aceso luzeiro para o mundo,
Através do exemplo e da palavra edificantes,
Através do nosso modo de viver profundo,
Vivendo o Evangelho em todos os instantes.

Teófilo Minga, fms

Domingo - 22 de setembro de 2013

Ouvir o Evangelho


DOMINGO XXV DO TEMPO COMUM

Evangelho segundo S. Lucas 16, 1-13

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Um homem rico tinha um administrador, que foi denunciado por andar a desperdiçar os seus bens. Mandou chamá-lo e disse-lhe: ‘Que é isto que ouço dizer de ti? Presta contas da tua administração, porque já não podes continuar a administrar’. O administrador disse consigo: ‘Que hei-de fazer, agora que o meu senhor me vai tirar a administração? Para cavar não tenho força, de mendigar tenho vergonha. Já sei o que hei-de fazer, para que, ao ser despedido da administração, alguém me receba em sua casa’. Mandou chamar um por um os devedores do seu senhor e disse ao primeiro: ‘Quanto deves ao meu senhor?’. Ele respondeu: ‘Cem talhas de azeite’. O administrador disse-lhe: ‘Toma a tua conta: senta-te depressa e escreve cinquenta’. A seguir disse a outro: ‘E tu quanto deves?’. Ele respondeu: ‘Cem medidas de trigo’. Disse-lhe o administrador: ‘Toma a tua conta e escreve oitenta’. E o senhor elogiou o administrador desonesto, por ter procedido com esperteza. De facto, os filhos deste mundo são mais espertos do que os filhos da luz, no trato com os seus semelhantes. Ora Eu digo-vos: Arranjai amigos com o vil dinheiro, para que, quando este vier a faltar, eles vos recebam nas moradas eternas. Quem é fiel nas coisas pequenas também é fiel nas grandes; e quem é injusto nas coisas pequenas também é injusto nas grandes. Se não fostes fiéis no que se refere ao vil dinheiro, quem vos confiará o verdadeiro bem? E se não fostes fiéis no bem alheio, quem vos entregará o que é vosso? Nenhum servo pode servir a dois senhores, porque, ou não gosta de um deles e estima o outro, ou se dedica a um e despreza o outro. Não podeis servir a Deus e ao dinheiro».

Outras leituras do dia: Am 8, 4-7; Sal 112 (113), 1-2. 4-6. 7-8; 1 Tim 2, 1-8


A leitura atenta desta parábola, exclusiva do evangelho de Lucas, assim como dos comentários de alguns exegetas, deixa-nos tranquilos: ninguém é incentivado à desonestidade. Todos somos convidados à generosidade com os necessitados. Quem tem bens não receei partilhá-los com os pobres.
Coloquemos ao serviço dos outros os dons que recebemos de Deus, colaborando na construção do Reino.
“Bem-aventurado o rico que foi achado sem mácula, que não correu atrás do ouro” (Ben Sira 31,8).

Teófilo Júnior


Arruinais os pobres e aos humildes oprimis;
Vossos cálculos são de nítida exploração,
Viveis de mais dadas com ações e projetos vis,
Ninguém resiste ao vosso projeto de opressão.

Convertei-vos e voltais a Deus na oração,
Em ação de graças rezai por toda a humanidade;
Rezai por todos aqueles que governam a nação,
Mesmo por todos os que estão em autoridade.

Todos sejam fiéis nas coisas grandes e pequenas;
Vossa preocupação última não seja o dinheiro,
Mergulhados no cansaço e no peso de tantas penas;
Inversão de valores onde o último é o primeiro.

Sabeis que não podeis servir a dois senhores;
Sois chamados em tudo a fazer uma opção,
A reorientar a verdade dos vossos amores,
E Deus seja sempre primeiro no vosso coração.

Teófilo Minga, fms

Sábado - 21 de setembro de 2013

Ouvir o Evangelho


Evangelho segundo S. Mateus 9, 9-13

Naquele tempo, Jesus ia a passar, quando viu um homem chamado Mateus, sentado no posto de cobrança dos impostos, e disse-lhe: «Segue-Me». Ele levantou-se e seguiu Jesus. Um dia em que Jesus estava à mesa em casa de Mateus, muitos publicanos e pecadores vieram sentar-se com Ele e os seus discípulos. Vendo isto, os fariseus diziam aos discípulos: «Por que motivo é que o vosso Mestre come com os publicanos e os pecadores?» Jesus ouviu-os e respondeu: «Não são os que têm saúde que precisam do médico, mas sim os doentes. Ide aprender o que significa: ‘Prefiro a misericórdia ao sacrifício’. Porque Eu não vim chamar os justos, mas os pecadores».

Outras leituras do dia: Ef 4, 1-7. 11-13; Sal 18 A, 2-3. 4-5

Santo do dia
S. Mateus, Apóstolo e Evangelista


No Espírito ficai sempre unidos,
Em tudo tende paciência e humildade,
Deus vos chama, por Ele sois favorecidos,
Favores para vós e para a comunidade.

Uns serão apóstolos, outros pregadores,
Outros ainda profetas da Santa Escritura;
Há ainda na Igreja os mestres e os pastores,
Todos para torna-la mais santa e mais pura.

E para chamar ao seu seio os pecadores,
Como um dia fez Jesus ao ver Mateus.
Igreja-comunhão de grandes amores,
Todos são chamados a ser filhos de Deus.

E Jesus sem medo se senta à mesa
Com os pecadores e os publicanos.
Para os fariseus isto é grande surpresa,
Mas foi assim Jesus ao longo doa anos.

Teófilo Minga, fms

Sexta feira - 20 de setembro de 2013

Ouvir o Evangelho


Evangelho segundo S. Lucas 8, 1-3

Naquele tempo, Jesus ia caminhando por cidades e aldeias, a pregar e a anunciar a boa nova do reino de Deus. Acompanhavam-n’O os Doze, bem como algumas mulheres que tinham sido curadas de espíritos malignos e de enfermidades. Eram Maria, chamada Madalena, de quem tinham saído sete demónios, Joana, mulher de Cusa, administrador de Herodes, Susana e muitas outras, que serviam Jesus e os discípulos com os seus bens.

Outras leituras do dia: 1 Tim 6, 2c-12; Sal 48 (49), 6-7. 8-10. 17-18. 19-20


Acompanhamos Jesus. Por vezes distraímo-nos no meio do caminho, tropeçamos e caímos. Aí, acontece como a uma criança que está a aprender a andar. Só nos pomos de pé com a ajuda de alguém. Retomando o caminho, unimo-nos ao grupo dos que se deixam fascinar pelo Mestre. Não somos um grupo fechado, que impede outros de entrar na caminhada, mas abrimo-nos a todos, mesmo aos rotulados e marginalizados.
Teófilo Júnior


Timóteo, considera a verdadeira riqueza
E mantem-te afastado das mentes pervertidas;
Acolhe em ti o tesouro da Palavra, sua beleza
E oferece-a… É bálsamo para tantas feridas.

Nada trouxemos a este mundo e nada levaremos,
De grandes fortunas desvia a mente e o coração;
Se temos para vestir e suficiente o que comemos,
É quanto basta… E agir diante de Deus com retidão.

Agir como Jesus que acolhe homens e mulheres,
Sem distinção alguma ou quaisquer preconceitos;
Jesus abre caminho, sim, igual para todos os seres
E nos propõe seguir seus atos, em tudo bem-feitos.

Com Ele andavam Maria, Joana, Madalena,
Jesus com espontaneidade acolhe o feminino.
E nos diz que a presença feminina vale a pena:
É um tesouro para a Igreja, autêntico hino.

Teófilo Minga, fms

Quinta feira - 19 de setembro de 2013

Ouvir o Evangelho


Evangelho segundo S. Lucas 7, 36-50

Naquele tempo, um fariseu convidou Jesus para comer com ele. Jesus entrou em casa do fariseu e tomou lugar à mesa. Então, uma mulher – uma pecadora que vivia na cidade – ao saber que Ele estava à mesa em casa do fariseu, trouxe um vaso de alabastro com perfume; pôs-se atrás de Jesus e, chorando muito, banhava-Lhe os pés com as lágrimas e enxugava-lhos com os cabelos, beijava-os e ungia-os com o perfume. Ao ver isto, o fariseu que tinha convidado Jesus pensou consigo: «Se este homem fosse profeta, saberia que a mulher que O toca é uma pecadora». Jesus tomou a palavra e disse-lhe: «Simão, tenho uma coisa a dizer-te». Ele respondeu: «Fala, Mestre». Jesus continuou: «Certo credor tinha dois devedores: um devia-lhe quinhentos denários e o outro cinquenta. Como não tinham com que pagar, perdoou a ambos. Qual deles ficará mais seu amigo?». Respondeu Simão: «Aquele – suponho eu – a quem mais perdoou». Disse-lhe Jesus: «Julgaste bem». E voltando-Se para a mulher, disse a Simão: «Vês esta mulher? Entrei em tua casa e não Me deste água para os pés; mas ela banhou-Me os pés com as lágrimas e enxugou-os com os cabelos. Não Me deste o ósculo; mas ela, desde que entrei, não cessou de beijar-Me os pés. Não Me derramaste óleo na cabeça; mas ela ungiu-Me os pés com perfume. Por isso te digo: São-lhe perdoados os seus muitos pecados, porque muito amou; mas aquele a quem pouco se perdoa, pouco ama». Depois disse à mulher: «Os teus pecados estão perdoados». Então os convivas começaram a dizer entre si: «Quem é este homem, que até perdoa os pecados?». Mas Jesus disse à mulher: «A tua fé te salvou. Vai em paz».

Outras leituras do dia: 1 Tim 4, 12-16; Sal 110 (111), 7. 8. 9-10


Revemo-nos na mulher pecadora que muito amou Jesus e que muito foi amada por Ele?
Com qual dos devedores nos identificamos?
Reconhecemos o grande amor de Jesus por nós? Acolhemos o seu perdão?

Teófilo Júnior


Sê para todos, exemplo de fé, de pureza de vida;
Não descuides em nada os dons que Deus te deu,
Ao te imporem as mãos, em humildade que cativa;
Por tuas atitudes traz à terra um pouco de céu.

Assim fez Jesus ao perdoar aquela pecadora,
- Assim era conhecida em toda a cidade -.
Mas eis que com o coração seus pecados chora,
E junto a Jesus, amando, começa nova idade.

E o fariseu cogita bem fundo em seu coração.
Saberá este homem quem o toca? Que mulher?
Jesus adivinhou o que agora preocupa Simão
E toma a palavra como mestre: tem algo a dizer.

São-lhe perdoados os pecados, que muito amou;
Entrei em tua casa e não me deste o ósculo da paz;
A mensagem deste coração que o pecado destroçou
É grande; vai e acolhe o dom de Deus que ela traz.

Teófilo Minga, fms

Quarta feira - 18 de setembro de 2013

Ouvir o Evangelho


Evangelho segundo S. Lucas 7, 31-35

Naquele tempo, disse Jesus à multidão: «A quem hei-de comparar os homens desta geração? Com quem se parecem? São como as crianças, que, sentadas na praça, falam umas com as outras, dizendo: ‘Tocámos flauta para vós e não dançastes, entoámos lamentações e não chorastes’. Porque veio João Baptista, que não comia nem bebia vinho, e vós dizeis: ‘Tem o demónio com ele’. Veio o Filho do homem, que come e bebe, e vós dizeis: ‘É um glutão e um ébrio, amigo de publicanos e pecadores’. Mas a Sabedoria é justificada por todos os seus filhos».

Outras leituras do dia: 1 Tim 3, 14-16; Sal 110 (111), 1-2. 3-4. 5-6


Como caracterizo o meu viver?
Sou uma pessoa insatisfeita, que nunca está contente com nada? Passo a vida a reclamar de tudo e de todos, vivendo numa contínua crítica destrutiva?
Ou, pelo contrário, acolho a graça de Deus em cada novo amanhecer e descubro a beleza circundante e irradio bondade e vitalidade?

Rute Júnior


Digo-te, Timóteo, a verdade da nossa religião,
Presente na família de Deus, a Igreja viva:
Cristo se manifestou em humana condição,
Para que o homem não ande por aí à deriva.

Na sua condição espiritual, Cristo triunfou,
E foi visto pelos anjos do Céu: é o ressuscitado.
Na sua vitória incrível a todos nós arrastou,
Caminheiros no mundo, a esperança no outro lado.

Não sejamos como a geração do tempo de Jesus,
Que não responde, como deveria, à sua mensagem.
Por palavras e ações irradiou sempre profunda luz,
E muitos ficaram surdos ou apenas sem coragem.

Tocámos flauta e vós não dançastes: que fazer
Para que todos sintais a Palavra em vosso coração?
Vinde à alegria da festa: bebei e dançai; depois acolher
Este tempo que vos deixo, tempo único de conversão.

Teófilo Minga, fms

Terça feira - 17 de setembro de 2013

Ouvir o Evangelho


Evangelho segundo S. Lucas 7, 11-17

Naquele tempo, dirigia-Se Jesus para uma cidade chamada Naim; iam com Ele os seus discípulos e uma grande multidão. Quando chegou à porta da cidade, levavam um defunto a sepultar, filho único de sua mãe, que era viúva. Vinha com ela muita gente da cidade. Ao vê-la, o Senhor compadeceu-Se dela e disse-lhe: «Não chores». Jesus aproximou-Se e tocou no caixão; e os que o transportavam pararam. Disse Jesus: «Jovem, Eu te ordeno: levanta-te». O morto sentou-se e começou a falar; e Jesus entregou-o à sua mãe. Todos se encheram de temor e davam glória a Deus, dizendo: «Apareceu no meio de nós um grande profeta; Deus visitou o seu povo». E a fama deste acontecimento espalhou-se por toda a Judeia e pelas regiões vizinhas.

Outras leituras do dia: 1 Tim 3, 1-13; Sal 100 (101), 1-2ab. 2cd-3ab. 5. 6


Três dias depois da festa da Exaltação da Santa Cruz (14 de setembro), celebramos a estigmatização de S. Francisco de Assis. Tal aconteceu no Monte Alverne.
“Como viveu São Francisco no Monte Alverne? Em contínua busca da imitação de Jesus Cristo, pobre e crucificado. O Alverne correspondia ao seu ideal e às suas aspirações. A ânsia e o desejo de Deus atingem aqui o cume do amor e da dor (…) A vida de Francisco no Alverne é oração e ininterrupta penitência. Sente-se pobre e pecador. Quer despojar-se de tudo.” (Dicionário Franciscano, ESTIGMAS, Alverne)
Visita-me, Senhor! Visita o teu povo. Ajuda-nos a despojar-nos da nossa abundância que nos impede de a Ti recorrermos e de Te acolhermos.

Rute Júnior


Sejam os dirigentes da Igreja homem honrados;
Irrepreensíveis e também homens acolhedores.
Por sua conduta, serão por todos respeitados,
Homens de uma só mulher, sem outros amores.

Também para os diáconos ao serviço do povo,
Ao serviço da Igreja em todos os instantes;
De consciência pura; em tudo o “homem novo”,
Homem que acolhe a Deus em oração constante.

Dirigentes e diáconos sejam homens de compaixão,
Como Jesus perante as lágrimas da viúva de Naim.
Ao vê-la em sofrimento rompe-se-lhe o coração
E manda parar o enterro; para a VIDA eu vim.

Eu te ordeno: levanta-te jovem e amigo;
Não te quero prisioneiro dos laços da morte.
Milagres, tudo o que faço, tudo o que eu digo,
Diz que o homem não morre: a vida é mais forte.

Teófilo Minga, fms

Segunda feira - 16 de setembro de 2013

Ouvir o Evangelho


Evangelho segundo S. Lucas 7, 1-10

Naquele tempo, quando Jesus acabou de falar ao povo, entrou em Cafarnaum. Um centurião tinha um servo a quem estimava muito e que estava doente, quase a morrer. Tendo ouvido falar de Jesus, enviou-Lhe alguns anciãos dos judeus para Lhe pedir que fosse salvar aquele servo. Quando chegaram à presença de Jesus, os anciãos suplicaram-Lhe insistentemente: «Ele é digno de que lho concedas, pois estima a nossa gente e foi ele que nos construiu a sinagoga». Jesus acompanhou-os. Já não estava longe da casa, quando o centurião Lhe mandou dizer por uns amigos: «Não Te incomodes, Senhor, pois não mereço que entres em minha casa, nem me julguei digno de ir ter contigo. Mas diz uma palavra e o meu servo será curado. Porque também eu, que sou um subalterno, tenho soldados sob as minhas ordens. Digo a um ‘Vai’ e ele vai; e a outro ‘Vem’ e ele vem; e ao meu servo ‘Faz isto’ e ele faz». Ao ouvir estas palavras, Jesus sentiu admiração por ele e, voltando-se para a multidão que O seguia, exclamou: «Digo-vos que nem mesmo em Israel encontrei tão grande fé». Ao regressarem a casa, os enviados encontraram o servo de perfeita saúde.

Outras leituras do dia: 1 Tim 2, 1-8; Sal 27 (28), 2. 7. 8-9


Jesus sentiu admiração pelo centurião - comandante de cem soldados romanos - .
Como é a minha relação com Jesus? Confio nEle?
Como alimento a minha fé em Jesus Cristo?
Empenho-me em reconhecer a admiração que Jesus tem por mim? Ou, vivo dependente de admirações humanas?

Rute Júnior


Deus quer que todos se salvem, de todos é Salvador;
Seu Filho se entregou por todos na árvore da Cruz;
Cruz: hoje, sinal supremo de supremo amor;
É a linguagem, sem palavras, do coração de Jesus.

Também somos convidados a amor todos os povos;
É o que nos diz a parábola do preocupado Centurião.
Jesus, coroado de espinhos inaugurou tempos novos,
O amor não tem fronteiras, é universal a comunhão.

Senhor vem depressa, que o meu servo está doente;
Mas eu não sou digno de que entres em minha casa;
Sei que a Tua palavra é de Deus; é a mais potente;
Vem de um coração que em amor por todos se abrasa.

Nunca vi em Israel tão grande fé, eu vos digo;
Abri assim, também vós, vosso coração ao infinito;
De todo e qualquer estrangeiro fazei o vosso amigo;
Entre vós, não a descriminações: esse, o vosso grito!

Teófilo Minga, fms

Domingo - 15 de setembro de 2013

Ouvir o Evangelho


DOMINGO XXIV DO TEMPO COMUM
Nossa Senhora das Dores

Evangelho segundo S. Lucas 15, 1-32

Naquele tempo, os publicanos e os pecadores aproximavam-se todos de Jesus, para O ouvirem. Mas os fariseus e os escribas murmuravam entre si, dizendo: «Este homem acolhe os pecadores e come com eles». Jesus disse-lhes então a seguinte parábola: «Quem de vós, que possua cem ovelhas e tenha perdido uma delas, não deixa as outras noventa e nove no deserto, para ir à procura da que anda perdida, até a encontrar? Quando a encontra, põe-na alegremente aos ombros e, ao chegar a casa, chama os amigos e vizinhos e diz-lhes: ‘Alegrai-vos comigo, porque encontrei a minha ovelha perdida’. Eu vos digo: Assim haverá mais alegria no Céu por um só pecador que se arrependa, do que por noventa e nove justos, que não precisam de arrependimento. Ou então, qual é a mulher que, possuindo dez dracmas e tendo perdido uma, não acende uma lâmpada, varre a casa e procura cuidadosamente a moeda até a encontrar? Quando a encontra, chama as amigas e vizinhas e diz-lhes: ‘Alegrai-vos comigo, porque encontrei a dracma perdida’. Eu vos digo: Assim haverá alegria entre os Anjos de Deus por um só pecador que se arrependa». Jesus disse-lhes ainda: «Um homem tinha dois filhos. O mais novo disse ao pai: ‘Pai, dá-me a parte da herança que me toca’. O pai repartiu os bens pelos filhos. Alguns dias depois, o filho mais novo, juntando todos os seus haveres, partiu para um país distante e por lá esbanjou quanto possuía, numa vida dissoluta. Tendo gasto tudo, houve uma grande fome naquela região e ele começou a passar privações. Entrou então ao serviço de um dos habitantes daquela terra, que o mandou para os seus campos guardar porcos. Bem desejava ele matar a fome com as alfarrobas que os porcos comiam, mas ninguém lhas dava. Então, caindo em si, disse: ‘Quantos trabalhadores de meu pai têm pão em abundância, e eu aqui a morrer de fome! Vou-me embora, vou ter com meu pai e dizer-lhe: Pai, pequei contra o Céu e contra ti. Já não mereço ser chamado teu filho, mas trata-me como um dos teus trabalhadores’. Pôs-se a caminho e foi ter com o pai. Ainda ele estava longe, quando o pai o viu: enchendo-se de compaixão, correu a lançar-se-lhe ao pescoço, cobrindo-o de beijos. Disse-lhe o filho: ‘Pai, pequei contra o Céu e contra ti. Já não mereço ser chamado teu filho’. Mas o pai disse aos servos: ‘Trazei depressa a melhor túnica e vesti-lha. Ponde-lhe um anel no dedo e sandálias nos pés. Trazei o vitelo gordo e matai-o. Comamos e festejemos, porque este meu filho estava morto e voltou à vida, estava perdido e foi reencontrado’. E começou a festa. Ora o filho mais velho estava no campo. Quando regressou, ao aproximar-se da casa, ouviu a música e as danças. Chamou um dos servos e perguntou-lhe o que era aquilo. O servo respondeu-lhe: ‘O teu irmão voltou e teu pai mandou matar o vitelo gordo, porque ele chegou são e salvo’. Ele ficou ressentido e não queria entrar. Então o pai veio cá fora instar com ele. Mas ele respondeu ao pai: ‘Há tantos anos que eu te sirvo, sem nunca transgredir uma ordem tua, e nunca me deste um cabrito para fazer uma festa com os meus amigos. E agora, quando chegou esse teu filho, que consumiu os teus bens com mulheres de má vida, mataste-lhe o vitelo gordo’. Disse-lhe o pai: ‘Filho, tu estás sempre comigo e tudo o que é meu é teu. Mas tínhamos de fazer uma festa e alegrar-nos, porque este teu irmão estava morto e voltou à vida, estava perdido e foi reencontrado’».

Outras leituras do dia: Ex 32, 7-11. 13-14; Sal 50 (51), 3-4. 12-13. 17 e 19; 1 Tim 1, 12-17


Encontrar, acolher e libertar: três verbos que eu quero conjugar todos os dias.
Encontro pessoas perdidas e quando as acolho, liberto-me do meu egoísmo e ajudo-as a descobrir o caminho da liberdade.
Sempre que esta conjugação é continuada no tempo torna-se realmente efetiva. Para que não se corrompa tem de se apoiar na Palavra de Deus.
Contemplo Maria no seu mistério de dor. Recebo força para o dia e coragem para permanecer fiel no amor.

Rute Júnior


Baixa depressa Moisés; este povo de cerviz dura
Construiu um bezerro de metal, de ouro fundido,
E longe de mim, em atitude insensata e impura,
Adorou seu deus: que povo tão pouco agradecido!

Vou destruir este povo! Não o destruas, Senhor;
Faz de mim, com todos eles uma grande nação.
O Senhor perdoou, como a Paulo, colaborador
Grande do Evangelho, antes fariseu de coração

A misericórdia de Deus é infinita e sua alegria
Também, pela ovelha perdida enfim encontrada;
Haja então festa, festa grande ao longo do dia,
Também pelas horas da noite até alta madrugada.

É assim a alegria do céu; um pecador arrependido
Traz mais que tantos que não necessitam perdão;
É o mesmo para a mulher do dinheiro perdido.
Ela grita: cantai comigo em alegria e comunhão.

Teófilo Minga, fms

Sábado - 14 de setembro de 2013

Ouvir o Evangelho


Exaltação da Santa Cruz

Evangelho segundo S. João 3, 13-17

Naquele tempo, disse Jesus a Nicodemos: «Ninguém subiu ao Céu senão Aquele que desceu do Céu: o Filho do homem. Assim como Moisés elevou a serpente no deserto, também o Filho do homem será elevado, para que todo aquele que acredita tenha n’Ele a vida eterna. Deus amou tanto o mundo que entregou o seu Filho Unigénito, para que todo o homem que acredita n’Ele não pereça, mas tenha a vida eterna. Porque Deus não enviou o seu Filho ao mundo para condenar o mundo, mas para que o mundo seja salvo por Ele».

Outras leituras do dia: Num 21, 4b-9 ou Filip 2, 6-11; Sal 77, 1-2. 34-35. 36-37. 38


“Ajudar a carregar a Cruz de Cristo proporciona-nos uma alegria forte e pura, e os que podem e têm o direito a fazê-lo, os construtores do Reino de Deus, são os seus verdadeiros filhos. Daí que a preferência pelo caminho da Cruz não significa de modo nenhum que esqueçamos que Sexta-feira Santa foi superada e a Obra de Salvação consumada. Somente os redimidos, os filhos da graça podem ajudar Cristo a carregar com a Cruz.
O sofrimento humano recebe força expiatória somente se está unido ao sofrimento da cabeça divina. A vida do cristão consiste em sofrer e em ser feliz no sofrimento, em ser parte do mundo, andar pelos míseros e ásperos caminhos desta terra e, apesar de tudo, reinar com Cristo à direita do Pai, em rir e chorar com os filhos deste mundo e cantar ininterruptamente com os coros dos anjos os louvores de Deus, até que desponte a aurora da eternidade” (Edite Stein, O Amor à Cruz).

Teófilo Júnior


Cruz redentora, estandarte de vitória,
O que antes foi derrota e humilhação,
Hoje surge como caminho para a glória,
É o sinal supremo da nossa Redenção.

Moisés já nos antigos tempos, outrora,
Elevara uma serpente no seco deserto,
Símbolo da Cruz nos tempos de agora,
Que realizou a Salvação de nós tão perto.

Tão perto, connosco; Deus amou o mundo
De tal maneira que lhe deu o próprio Filho.
Sim, não há gesto de amor tão profundo
Como este que deu à existência novo brilho.

Deus não quer que alguém pereça no caminho,
Mas que todos se salvem pela Santa Cruz.
Nela morreu Cristo crucificado pelos espinhos,
Morte que a todos nos valeu a vida em Jesus.

Teófilo Minga, fms

Sexta feira - 13 de setembro de 2013

Ouvir o Evangelho


Evangelho segundo S. Lucas 6, 39-42

Naquele tempo, disse Jesus aos discípulos a seguinte parábola: «Poderá um cego guiar outro cego? Não cairão os dois nalguma cova? O discípulo não é superior ao mestre, mas todo o discípulo perfeito deverá ser como o seu mestre. Porque vês o argueiro que o teu irmão tem na vista e não reparas na trave que está na tua? Como podes dizer a teu irmão: ‘Irmão, deixa-me tirar o argueiro que tens na vista’, se tu não vês a trave que está na tua? Hipócrita, tira primeiro a trave da tua vista e então verás bem para tirar o argueiro da vista do teu irmão».

Outras leituras do dia: 1 Tim 1, 1-2. 12-14; Sal 15 (16), 1-2a e 5. 7-8. 11

Santo do dia
S. João Crisóstomo, bispo e doutor da Igreja


Quando contactares com alguém que trabalha ou tenha trabalhado nas segadas pergunta-lhe pela dor provocada pela picada de uma espiga no olho ou pelo incómodo de um cisco na vista. Poderá dizer-te o quanto sofreu e como precisou de recorrer a alguém com técnica para lhe ajudar a ver o que se passava.
Na nossa vida espiritual temos tantas vezes marcas de picadas ou, até, argueiros que nos incomodam e nos impedem de ser felizes. Tenhamos a humildade de procurar «um irmão maior» de confiança que nos diga o que vê em nós e, se for caso, disso retire de nós o que nos perturba.

Teófilo Júnior


Mais uma parábola de sabor tão atual.
Pode um cego guiar outro cego? Talvez não.
Ensinamento dirigido aos que fazem mal,
Mesmo se pensam bem; sua vida é confusão.

Há gente assim, que até vê um argueiro
No olho do irmão e não vê no seu a trave.
Volta-te para ti, meu irmão, primeiro,
E vê teu agir; tua conduta pode ser grave.

Olha em primeiro lugar para a tua vista,
Não critiques sem antes olhar para ti;
Torna-te aberto à virtude que se conquista,
Dá golpe mortal no farisaísmo, sempre aqui.

Tira primeiro a trave que está nos teus olhos;
Depois sim, dirigi-te com amor a teu irmão
Para ajudá-lo a ultrapassar tantos escolhos,
E desenvolver em ti a virtude da compreensão.

Teófilo Minga, fms

Quinta feira - 12 de setembro de 2013

Ouvir o Evangelho


Santíssimo Nome de Maria

Evangelho segundo S. Lucas 6, 27-38

Naquele tempo, Jesus falou aos seus discípulos, dizendo: «Digo-vos a vós que Me escutais: Amai os vossos inimigos, fazei bem aos que vos odeiam. Abençoai os que vos amaldiçoam, orai por aqueles que vos injuriam. A quem te bater numa face, apresenta-lhe também a outra; e a quem te levar a capa, deixa-lhe também a túnica. Dá a todo aquele que te pedir e ao que levar o que é teu, não o reclames. Como quereis que os outros vos façam, fazei-lho vós também. Se amais aqueles que vos amam, que agradecimento mereceis? Também os pecadores amam aqueles que os amam. Se fazeis bem aos que vos fazem bem, que agradecimento mereceis? Também os pecadores fazem o mesmo. E se emprestais àqueles de quem esperais receber, que agradecimento mereceis? Também os pecadores emprestam aos pecadores, a fim de receberem outro tanto. Vós, porém, amai os vossos inimigos, fazei o bem e emprestai, sem nada esperar em troca. Então será grande a vossa recompensa e sereis filhos do Altíssimo, que é bom até para os ingratos e os maus. Sede misericordiosos, como o vosso Pai é misericordioso. Não julgueis e não sereis julgados. Não condeneis e não sereis condenados. Perdoai e sereis perdoados. Dai e dar-se-vos-á: deitar-vos-ão no regaço uma boa medida, calcada, sacudida, a transbordar. A medida que usardes com os outros será usada também convosco».

Outras leituras do dia: Col 3, 12-17; Sal 150, 1-2. 3-4. 5-6


Neste dia em que celebramos o Santíssimo Nome de Maria aqui fica um excerto de umas das homilias de S. Bernardo, abade, em louvor da Virgem Mãe:
“A Virgem Mãe é comparada muito apropriadamente a uma estrela (…)
Tu que te vês, nas flutuações deste mundo, agitado no meio das tempestades em vez de caminhar sobre terra firme, não afastes os olhos do brilho desta estrela, se não queres naufragar nas tormentas. Se se levantam os ventos das tentações (…) olha para a estrela, invoca Maria. Se és sacudido pelas vagas do orgulho ou da ambição ou da maledicência ou da inveja, olha para a estrela, invoca Maria.
Nos perigos, nas angústias, nas dúvidas, pensa em Maria, invoca Maria.”

Rute Júnior


Fazei bem aos que vos odeiam; amai os inimigos;
Texto claro como a água, mas de extrema exigência.
Há algo de extraordinário em amar apenas os amigos?
Isso apenas, não vai transformar nossa existência.

É preciso muita coragem para este ensinamento;
Abençoai todos aqueles que vos amaldiçoaram;
Esta “teoria” não é normal em qualquer tempo,
O Evangelho ensina o que outros não ensinaram.

Este é o ensinamento de Jesus, sempre novo;
É verdade, não aparecia nos livros antigos;
Falavam de dente por dente na lei do povo,
Era assim a justiça para evitar maiores perigos.

Com Jesus tudo é diferente e diferente para mais;
Sede misericordiosos como o Pai é misericordioso.
Apelo evangélico a ultrapassar as medidas normais
Do bom senso. Evangelho radical, sempre perigoso.

Teófilo Minga, fms

Quarta feira - 11 de setembro de 2013

Ouvir o Evangelho


Evangelho segundo S. Lucas 6, 20-26

Naquele tempo, Jesus, erguendo os olhos para os discípulos, disse: «Bem-aventurados vós, os pobres, porque é vosso o reino de Deus. Bem-aventurados vós, que agora tendes fome, porque sereis saciados. Bem-aventurados vós, que agora chorais, porque haveis de rir. Bem-aventurados sereis, quando os homens vos odiarem, quando vos rejeitarem e insultarem e proscreverem o vosso nome como infame, por causa do Filho do homem. Alegrai-vos e exultai nesse dia, porque é grande no Céu a vossa recompensa. Era assim que os seus antepassados tratavam os profetas. Mas ai de vós, os ricos, porque já recebestes a vossa consolação! Ai de vós, que agora estais saciados, porque haveis de ter fome! Ai de vós, que rides agora, porque haveis de entristecer-vos e chorar! Ai de vós, quando todos os homens vos elogiarem! Era assim que os seus antepassados tratavam os falsos profetas».

Outras leituras do dia: Col 3, 1-11; Sal 144 (145), 2-3. 10-11. 12-13ab


Se decidíssemos fazer um estudo estatístico sobre a felicidade e a população em estudo fossem os navegadores da internet, qual seria o resultado?
Poderíamos elaborar um inquérito onde colocássemos cinco possibilidades de resposta: as quatro apresentadas no Evangelho de hoje e uma quinta indicando “outra forma”. Se déssemos oportunidade de especificar esta forma, certamente obteríamos um leque tão variado de respostas impelindo-nos para um novo estudo.
Onde e em quem procuramos nós a felicidade? Sabemos como encontrar a felicidade verdadeira?

Teófilo Júnior


Bem-aventurados os pobres, meus filhos;
Conheço-os bem; deles é o Reino dos céus;
Sei que sofrem tanto e por tantos trilhos;
Especial afeto nutro por esses filhos meus.

Bem-aventurados também os que têm fome;
Conheço-os bem; sei que serão saciados;
Terão pão abundante e quem dele come
Sentira a alegria dos filhos de Deus, amados.

Bem-aventurados também os que choram,
Porque viverão e conhecerão a alegria;
Conheço bem suas preces que imploram
Para apagar o sofrimento que os angustia.

Bem-aventurados quando vos odiarem
Por mim; sofrereis como os profetas antigos.
Mas as lágrima que vossos olhos chorarem,
Eu as secarei; sois especiais, sois meus amigos.

Teófilo Minga, fms

Terça feira - 10 de setembro de 2013

Ouvir o Evangelho


Evangelho segundo S. Lucas 6, 12-19

Naqueles dias, Jesus subiu ao monte para rezar e passou a noite em oração a Deus. Quando amanheceu, chamou os discípulos e escolheu doze entre eles, a quem deu o nome de apóstolos: Simão, a quem deu também o nome de Pedro, e seu irmão André; Tiago e João; Filipe e Bartolomeu, Mateus e Tomé; Tiago, filho de Alfeu, e Simão, chamado o Zelota; Judas, irmão de Tiago, e Judas Iscariotes, que veio a ser o traidor. Depois desceu com eles do monte e deteve-Se num sítio plano, com numerosos discípulos e uma grande multidão de pessoas de toda a Judeia, de Jerusalém e do litoral de Tiro e de Sidónia. Tinham vindo para ouvir Jesus e serem curados das suas doenças. Os que eram atormentados por espíritos impuros também ficavam curados. Toda a multidão procurava tocar Jesus, porque saía d’Ele uma força que a todos sarava.

Outras leituras do dia: Col 2, 6-15; Sal 144 (145), 1-2. 8-9. 10-11


O texto que hoje escutamos começa com Jesus a orar a Deus e culmina com os benefícios da força de Jesus.
Como orar?
Já experimentaste a oração dos salmos? Procura deslumbrar-te com “A riqueza vital da Oração a partir dos Salmos” de D. António Couto!
Já experimentaste dirigir-te a Deus com as tuas próprias palavras? Consulta, por exemplo, os salmos do Padre Rui Santiago. Depois tenta tu…
Rute Júnior


Jesus subiu ao monte para rezar,
E passa a noite inteira em oração;
Há algo de importante a realizar;
Não se improvisa; pede atenção.

E de manhã, ao acordar de madrugada,
Jesus chama os discípulos; doze vai escolher;
Vão inaugurar outro tempo, nova alvorada,
Para que o Reino na terra continue a crescer.

As multidões acorrem para ouvir Jesus,
E os doentes também, para serem curados;
Todos sabem que dele irradia divina luz.
Podemos sonhar sonhos nunca antes sonhados.

Os apóstolos serão seus colaboradores,
Nesta seara onde a necessidade é tanta;
Ouvirão o povo em seus anseios e dores,
Farão que a história se torne história santa.

Teófilo Minga, fms

Segunda feira - 9 de setembro de 2013

Ouvir o Evangelho


Evangelho segundo S. Lucas 6, 6-11

Naquele tempo, Jesus entrou numa sinagoga a um sábado e começou a ensinar. Estava lá um homem com a mão direita paralítica. Os escribas e fariseus observavam Jesus, para verem se Ele ia curar ao sábado e encontrarem assim um pretexto para O acusarem. Mas Jesus, conhecendo os seus pensamentos, disse ao homem que tinha a mão paralítica: «Levanta-te e põe-te de pé, aí no meio». O homem levantou-se e ficou de pé. Depois Jesus disse-lhes: «Eu pergunto-vos se é permitido ao sábado fazer bem ou fazer mal, salvar a vida ou tirá-la». Então olhou para todos à sua volta e disse ao homem: «Estende a mão». Ele assim fez e a mão ficou curada. Os escribas e fariseus ficaram furiosos e começaram a falar entre si do que haviam de fazer a Jesus.

Outras leituras do dia: Col 1, 24 – 2, 3; Sal 61 (62), 6-7. 9


Leio atentamente a passagem de hoje, registando o desenrolar dos acontecimentos.
Como Jesus era vigiado! Como Ele colocava questões que surpreendiam os seus adversários.
Jesus não ignora a necessidade dos outros e ajuda-os sem temer as reações dos escribas e fariseus.
Conheço pessoas cheias de coragem que não desistem de fazer o bem, em especial aos oprimidos!

Rute Júnior


Mais uma vez, Jesus na sinagoga,
Mais uma vez, em sábado, este dia
Sagrado e intocável, como a lei aprova.
Tocar no sábado? Quem o imaginaria?

Escribas e fariseus observam Jesus.
É preciso, encontrar um pretexto
Para o matar; desapareça sua luz,
Eliminemo-lo do nosso contexto.

Jesus conhece seus pensamentos tortuosos
E chama o homem doente para o centro.
Seja tudo visível para estes homens idosos,
Mas sem a sabedoria que vem de dentro.

Que vem do coração aberto à caridade.
O encontro com Deus pode não ser no culto;
O homem encontra a Deus na fraternidade.
Esquecer o homem pela lei pode ser estulto.

Teófilo Minga, fms

Domingo - 8 de setembro de 2013

Ouvir o Evangelho


DOMINGO XXIII DO TEMPO COMUM
NATIVIDADE DA VIRGEM SANTA MARIA

Evangelho segundo S. Lucas 14, 25-33

Naquele tempo, seguia Jesus uma grande multidão. Jesus voltou-Se e disse-lhes: «Se alguém vem ter comigo, e não Me preferir ao pai, à mãe, à esposa, aos filhos, aos irmãos, às irmãs e até à própria vida, não pode ser meu discípulo. Quem não toma a sua cruz para Me seguir, não pode ser meu discípulo. Quem de vós, desejando construir uma torre, não se senta primeiro a calcular a despesa, para ver se tem com que terminá-la? Não suceda que, depois de assentar os alicerces, se mostre incapaz de a concluir e todos os que olharem comecem a fazer troça, dizendo: ‘Esse homem começou a edificar, mas não foi capaz de concluir’. E qual é o rei que parte para a guerra contra outro rei e não se senta primeiro a considerar se é capaz de se opor, com dez mil soldados, àquele que vem contra ele com vinte mil? Aliás, enquanto o outro ainda está longe, manda-lhe uma delegação a pedir as condições de paz. Assim, quem de entre vós não renunciar a todos os seus bens, não pode ser meu discípulo».

Outras leituras do dia: Sab 9, 13-19 (gr. 13-18b); Sal 89 (90), 3-4. 5-6. 12-13. 14 e 17; Flm 9b-10. 12-17


Na passada sexta-feira às 18:00h no programa ecclesia do canal 2 da RTP, escutei o comentário do biblista Padre Armindo Vaz a respeita das leituras do Domingo XXIII do tempo Comum. Entendi que no texto original Lucas 14, 26 está escrito “quem não odiar seu pai, à sua mãe, à sua esposa, aos seus filhos, aos seus irmãos, às suas irmãs e até à própria vida, não pode ser meu discípulo”. Este «odiar…» é um hebraísmo e quer significar o corte radical exigido no seguimento de Cristo.
Neste dia 8 de setembro no qual celebramos o nascimento da Maria, Mãe de Jesus, penso no momento de um parto, no instante em que é cortado o cordão umbilical que une a mãe ao filho ou à filha.
Tenho consciência que na minha vida preciso de cortes radicais para seguir Cristo com autenticidade.
Peço a graça de Deus, pois sei que sem Ele nada poderei fazer (cf. João 15,5).

Rute Júnior


Como sempre, a multidão segue a Jesus.
Talvez, multidões famintas, em necessidade,
Desiludidas de tantos mestres, buscam luz.
Também elas estão sedentas da verdade.

E Jesus ensina, mas com toda a firmeza;
Ensino claro, sem deixar de ser exigente;
Para o que quer ser discípulo, em franqueza,
Jesus fala da Cruz, sacrifício sempre presente.

Para o discípulo, Jesus dever ser o preferido;
Preferido ao pai e à mãe, aos filhos e irmãos;
Preferido deixando tantas coisas ao olvido:
A Jesus vamos, o coração livre e livres as mãos.

Segui-lo também com pleno discernimento:
Não pensamos nós antes de construir a casa?
Seguir a Deus, deve ser o maior atrevimento,
Fruto de vontade firme e coração que abrasa.

Teófilo Minga, fms

Sábado - 7 de setembro de 2013

Ouvir o Evangelho


Evangelho segundo S. Lucas 6, 1-5

Passava Jesus através das searas num dia de sábado e os discípulos apanhavam e comiam as espigas, debulhando-as com as mãos. Alguns fariseus disseram «Porque fazeis o que não é permitido ao sábado?». Respondeu-lhes Jesus: «Não lestes o que fez David, quando ele e os seus companheiros sentiram fome? Entrou na casa de Deus, tomou e comeu os pães da proposição, que só aos sacerdotes era permitido comer, e também os deu aos companheiros». E acrescentou; «O Filho do homem é senhor do sábado».

Outras leituras do dia: Col 1, 21-23; Sal 53 (54), 3-4. 6 e 8


Hoje, sábado, estamos todos convidados a responder afirmativamente ao apelo do Papa Francisco lançado na oração de Angelus do passado dia 1 de setembro:
“Decidi convocar para toda a Igreja, no próximo dia 7 de setembro, véspera da Natividade de Maria, Rainha da Paz, um dia de jejum e de oração pela paz na Síria, no Oriente Médio, e no mundo inteiro, e convido também a unir-se a esta iniciativa, no modo que considerem mais oportuno, os irmãos cristãos não católicos, aqueles que pertencem a outras religiões e os homens de boa vontade.
No dia 7 de setembro, na Praça de São Pedro, aqui, das 19h00min até as 24h00min, nos reuniremos em oração e em espírito de penitência para invocar de Deus este grande dom para a amada nação síria e para todas as situações de conflito e de violência no mundo. A humanidade precisa ver gestos de paz e escutar palavras de esperança e de paz! Peço a todas as Igrejas particulares que, além de viver este dia de jejum, organizem algum ato litúrgico por esta intenção.”
Teófilo Júnior


Jesus, pelo campo, através das searas,
Vai pelos discípulos acompanhado.
É talvez um tempo de manhãs claras,
Este sábado, tempo de Deus, em tudo amado.

Com fome, os discípulos colhem espigas,
Debulhando-as depois, com a mão;
Vão assim contra as tradições antigas.
E os fariseus: porque rompem a tradição?

Jesus está tento aos que têm fome.
Contra isto de nada vale a tradição;
Seja louvado, neste caso, todo o que come,
Mesmo que sejam os pães da proposição.

O homem é em tudo sempre primeiro;
O homem está sempre acima da lei,
Seja a lei do sábado ou a lei por inteiro.
Primeiro são as pessoas que até ao fim amei.

Teófilo Minga, fms

Sexta feira - 6 de setembro de 2013

Ouvir o Evangelho


Evangelho segundo S. Lucas 5, 33-39

Naquele tempo, os fariseus e os escribas disseram a Jesus: «Os discípulos de João Baptista e os fariseus jejuam muitas vezes e recitam orações. Mas os teus discípulos comem e bebem». Jesus respondeu-lhes: «Quereis vós obrigar a jejuar os companheiros do noivo, enquanto o noivo está com eles? Dias virão em que o noivo lhes será tirado; nesses dias jejuarão». Disse-lhes também esta parábola: «Ninguém corta um remendo de um vestido novo, para o deitar num vestido velho, porque não só rasga o vestido novo, como também o remendo não se ajustará ao velho. E ninguém deita vinho novo em odres velhos, porque o vinho novo acaba por romper os odres, derramar-se-á e os odres ficarão perdidos. Mas deve deitar-se vinho novo em odres novos. Quem beber do vinho velho não quer do novo, pois diz: ‘O velho é que é bom’».

Outras leituras do dia: Col 1, 15-20; Sal 99 (100), 2. 3. 4. 5


O texto do Evangelho hoje escutado inclui uma discussão sobre o jejum, seguida de uma parábola.
“Jesus compara os discípulos com os convidados para uma boda, aplicando a metáfora do esposo. Para assinalar o quanto a presença de Jesus junto dos pecadores constitui uma novidade inaudita em relação com o judaísmo farisaico, Lucas apresenta logo a seguir uma parábola. Na realidade, temos dois textos de sabedoria, dois exemplos daquilo que ninguém faz: cozer um pedaço de tecido novo num pano velho, colocar vinho novo em odres velhos.
Contudo, no v. 39, aparentemente, o «velho» vinga-se do «novo». Evidentemente, Lucas quer prevenir as comunidades cristãs contra as falsas novidades: o vinho do Evangelho envelheceu bem; o velho é que é bom (v.39)” (Yvês SAOÛT, Evangelho de Jesus Cristo segundo S. Lucas, Difusora Bíblica, Lisboa/Fátima, 2009).

Rute Júnior


Vemos, jejuam os discípulos de João
E os teus, descuidados, a comer a beber,
Sem deixarem tempo para a oração,
Intimidade com Deus que nos faz crescer.

Tanto zelo, mas estais enganados.
Está o noivo, jejuariam os companheiros?
Celebrai, haja alegria em todos os lados;
Vinde também vós celebrar entre os primeiros.

A minha chegada é o fim dos tempos antigos,
O jejum de quer falais já não tem sentido,
Colhei o melhor desses tempos agora idos,
Buscai o novo em júbilo messiânico incontido.

Não pomos remendo novo em vestido velho,
Não é essa a doutrina que anuncia agora,
Como não é o ensinamento do meu Evangelho;
Comigo é o novo tempo, sinal de nova aurora.

Teófilo Minga, fms

Quinta feira - 5 de setembro de 2013

Ouvir o Evangelho


Evangelho segundo S. Lucas 5, 1-11

Naquele tempo, estava a multidão aglomerada em volta de Jesus, para ouvir a palavra de Deus. Ele encontrava-Se na margem do lago de Genesaré e viu dois barcos estacionados no lago. Os pescadores tinham deixado os barcos e estavam a lavar as redes. Jesus subiu para um barco, que era de Simão, e pediu-lhe que se afastasse um pouco da terra. Depois sentou-Se e do barco pôs-Se a ensinar a multidão. Quando acabou de falar, disse a Simão: «Faz-te ao largo e lançai as redes para a pesca». Respondeu-Lhe Simão: «Mestre, andámos na faina toda a noite e não apanhámos nada. Mas, já que o dizes, lançarei as redes». Eles assim fizeram e apanharam tão grande quantidade de peixes que as redes começavam a romper-se. Fizeram sinal aos companheiros que estavam no outro barco para os virem ajudar; eles vieram e encheram ambos os barcos de tal modo que quase se afundavam. Ao ver o sucedido, Simão Pedro lançou-se aos pés de Jesus e disse-Lhe: «Senhor, afasta-Te de mim, que sou um homem pecador». Na verdade, o temor tinha-se apoderado dele e de todos os seus companheiros, por causa da pesca realizada. Isto mesmo sucedeu a Tiago e a João, filhos de Zebedeu, que eram companheiros de Simão. Jesus disse a Simão: «Não temas. Daqui em diante serás pescador de homens». Tendo conduzido os barcos para terra, eles deixaram tudo e seguiram Jesus.

Outras leituras do dia: Col 1, 9b-14; Sal 97 (98), 2-3ab. 3cd-4. 5-6


“Ressoam no nosso coração as palavras com que um dia Jesus, depois de ter falado às multidões a partir da barca de Simão, convidou o Apóstolo a «fazer-se ao largo » para a pesca: « Duc in altum» (Lc 5,4). Pedro e os primeiros companheiros confiaram na palavra de Cristo e lançaram as redes. «Assim fizeram e apanharam uma grande quantidade de peixe» (Lc 5,6).
Duc in altum! Estas palavras ressoam hoje aos nossos ouvidos, convidando-nos a lembrar com gratidão o passado, a viver com paixão o presente, abrir-se com confiança ao futuro: «Jesus Cristo é o mesmo, ontem, hoje e sempre» (Heb 13, 8).” (CARTA APOSTÓLICA NOVO MILLENNIO INEUNTE DO SUMO PONTÍFICE JOÃO PAULO II, nº1)
Rute Júnior


Mais uma vez a multidão aglomerada,
Para ouvir atentamente as palavras de Jesus,
Deixando para trás tantas coisas de nada,
Em busca do único que interessa: divina luz.

E do barco, junto à praia ensina a multidão.
Ensina as coisas mais belas que podia dizer.
É ensino que convence e conquista o coação,
Ensino com autoridade, conteúdo de valer.

E diz a Simão: faz-te ao largo, lança as redes.
Trabalhámos toda a noite em faina insana,
E o resultado, mestre, é aquilo que vedes:
Esquecer; estamos sem força e sem fama.

Mas porque o dizes, eu creio firmemente;
Lanço a redes, ato de fé, longe da margem.
Pesca milagrosa que admirou toda a gente.
Fé em Deus, mas também de Pedro a coragem.

Teófilo Minga, fms

Quarta feira - 4 de setembro de 2013

Ouvir o Evangelho


Evangelho segundo S. Lucas 4, 38-44

Naquele tempo, Jesus saiu da sinagoga e entrou em casa de Simão. A sogra de Simão estava com febre muito alta e pediram a Jesus que fizesse alguma coisa por ela. Jesus, aproximando-Se da sua cabeceira, falou imperiosamente à febre, e a febre deixou-a. Ela levantou-se e começou logo a servi-los. Ao pôr do sol, todos os que tinham doentes com diversas enfermidades traziam-nos a Jesus e Jesus, impondo as mãos sobre cada um deles, curava-os. De muitos deles saíam demónios, que diziam em altos gritos: «Tu és o Filho de Deus». Mas Jesus, em tom severo, impedia-os de falar, porque sabiam que Ele era o Messias. Ao romper do dia, Jesus dirigiu-Se a um lugar deserto. A multidão foi à procura d’Ele e, tendo-O encontrado, queria retê-l’O, para que não os deixasse. Mas Jesus disse-lhes: «Tenho de ir também às outras cidades anunciar a boa nova do reino de Deus, porque para isto fui enviado». E pregava pelas sinagogas da Judeia.

Outras leituras do dia: Col 1, 1-8; Sal 51 (52), 10. 11ab. 11cd


Partilho duas frases dos textos Lucas 4, 38-41 e Lucas 4, 42-44 que fazem eco em mim:
- “Pediram a Jesus que fizesse alguma coisa por ela” – Como ajo perante alguém em dificuldade? Peço a Jesus, com fé, que faça alguma coisa por essa pessoa.
- “Ao romper do dia, Jesus dirigiu-se a um lugar deserto” – Retiro-me para um lugar solitário a fim de entrar em intimidade com Deus e acolher a missão a que Ele me envia?

Rute Júnior


Jesus entrou em casa de Simão,
Apóstolo por Jesus conquistado;
Apóstolo que depois lhe deu o coração,
Até morrer por Ele, crucificado.

Jesus atua ainda com autoridade,
Curando a sogra, pela febre abatida,
Curando outros, de tantas enfermidades,
Devolvendo-os à saúde, longe de toda a ferida.

Até os demónios o reconhecem “Filho de Deus”,
Mas Jesus ordena silêncio, impede-os de falar,
Afasta-os depois de todos os filhos seus,
E da sua ação: é o caminho de tudo salvar.

Mas não vão os milagres sem a oração;
Por isso se retira a um lugar deserto;
Lugar de partilha com Deus, não sem emoção,
Antes de anunciar o Reino, ao longe e ao perto.

Teófilo Minga, fms

Terça feira - 3 de setembro de 2013

Ouvir o Evangelho


Evangelho segundo S. Lucas 4, 31-37

Naquele tempo, Jesus desceu a Cafarnaum, cidade da Galileia, e ali ensinava aos sábados. Todos se maravilhavam com a sua doutrina, porque falava com autoridade. Encontrava-se então na sinagoga um homem que tinha um espírito de demónio impuro, que bradou com voz forte: «Ah! Que tens que ver connosco, Jesus de Nazaré? Vieste para nos destruir? Eu sei quem Tu és: o Santo de Deus». Disse-lhe Jesus em tom severo: «Cala-te e sai desse homem». O demónio, depois de o ter arremessado para o meio dos presentes, saiu dele sem lhe fazer mal nenhum. Todos se encheram de assombro e diziam entre si: «Que palavra esta! Ordena com autoridade e poder aos espíritos impuros e eles saem!». E a fama de Jesus espalhava-se por todos os lugares da região.

Outras leituras do dia: 1 Tes 5, 1-6. 9-11; Sal 26 (27), 1. 4. 13. 14

Santo do dia
S. Gregório Magno, papa e doutor da Igreja


Na Bíblia da Difusora Bíblica encontrei a seguinte nota de rodapé relativa a dois versículos da passagem hoje escutada: “A autoridade da palavra de Jesus manifesta-se pelo seu ensinamento e pelos exorcismos que faz”.
Na Enciclopédia Católica Popular lemos que “exorcismo é um sacramental de que a Igreja dispõe para, em nome de Jesus Cristo, ordenar publicamente e com autoridade que alguém, lugar ou objecto seja protegido da acção do Maligno ou liberto do seu domínio…”
Julgo que o vídeo “Pe. Duarte Sousa Lara fala do exorcismo” esclarece dúvidas a respeito desta temática.
Rute Júnior


Jesus ainda ensinava em Cafarnaum,
Cidade da Galileia de grande sinagoga.
Propunha a todos e convidava a cada um
A mudar de caminho e viver uma vida nova.

Todos se maravilhavam, falava com autoridade;
As suas palavras simples iam diretas ao coração;
Muitos o seguiam e sentiam toda a liberdade,
Fruto da graça que conduz a todos à conversão.

E liberta, como aquele homem de espírito impuro,
Possuído de um demónio horrível, abastardado,
Que destrói este homem em combate duro,
Mas sem liberdade; continua pelo demónio atado.

Mas Jesus lhe brada com voz muito forte:
Sai desse homem; a todos eu vim a salvar,
Quero a todos longe do pecado e da morte,
Caminho de liberdade ainda a realizar.

Teófilo Minga, fms

Segunda feira - 2 de setembro de 2013

Ouvir o Evangelho


Evangelho segundo S. Lucas 4, 16-30

Naquele tempo, Jesus foi a Nazaré, onde Se tinha criado. Segundo o seu costume, entrou na sinagoga a um sábado e levantou-Se para fazer a leitura. Entregaram-Lhe o livro do profeta Isaías e, ao abrir o livro, encontrou a passagem em que estava escrito: «O Espírito do Senhor está sobre mim, porque Ele me ungiu para anunciar a boa nova aos pobres. Enviou-me a proclamar a redenção aos cativos e a vista aos cegos, a restituir a liberdade aos oprimidos, a proclamar o ano da graça do Senhor». Depois enrolou o livro, entregou-o ao ajudante e sentou-Se. Estavam fixos em Jesus os olhos de toda a sinagoga. Começou então a dizer-lhes: «Cumpriu-se hoje mesmo esta passagem da Escritura que acabais de ouvir». Todos davam testemunho em seu favor e se admiravam das palavras cheias de graça que saíam da sua boca. E perguntavam: «Não é este o filho de José?». Jesus disse- lhes: «Por certo Me citareis o ditado: ‘Médico, cura-te a ti mesmo’. Faz também aqui na tua terra o que ouvimos dizer que fizeste em Cafarnaum». E acrescentou: «Em verdade vos digo: Nenhum profeta é bem recebido na sua terra. Em verdade vos digo que havia em Israel muitas viúvas no tempo do profeta Elias, quando o céu se fechou durante três anos e seis meses e houve uma grande fome em toda a terra; contudo, Elias não foi enviado a nenhuma delas, mas a uma viúva de Sarepta, na região da Sidónia. Havia em Israel muitos leprosos no tempo do profeta Eliseu; contudo, nenhum deles foi curado, mas apenas o sírio Naamã». Ao ouvirem estas palavras, todos ficaram furiosos na sinagoga. Levantaram-se, expulsaram Jesus da cidade e levaram-n’O até ao cimo da colina sobre a qual a cidade estava edificada, a fim de O precipitarem dali abaixo. Mas Jesus, passando pelo meio deles, seguiu o seu caminho.

Outras leituras do dia: 1 Tes 4, 13-18; Sal 95 (96), 1 e 3. 4-5. 11-12. 13


O vídeo “O Tempo do Jubileu”, do Padre Rui Santiago ajuda-nos a ver como o evangelista Lucas nos apresenta a abertura, o anúncio da proclamação da missão de Jesus...
Os textos de “
Assembleia hoje por graça reunida” e “Sábado a Sábado” de D. António Couto ajudam-nos a compreender o «discurso programático» de Jesus na Sinagoga de Nazaré…
Teófilo Júnior


Jesus, mestre, volta outra vez a Nazaré,
E entra então na sinagoga para ensinar.
Fá-lo com autoridade este filho de José;
Com autoridade diz o que vai proclamar.

É a passagem conhecida do profeta Isaías.
O Espírito me ungiu para anunciar a Boa Nova
Passagem excelente de grandes ousadias
No apostolado da Igreja que tudo renova.

Devo retribuir a liberdade aos oprimidos
E proclamar um ano de graça do Senhor,
Dizer um consolo a todos os feridos,
Dizer-lhes que são objeto especial de amor.

Nele se realiza esta palavra, esta promessa;
Cumpriu-se hoje esta passagem da Escritura.
É um tempo novo o tempo que hoje começa;
Entremos todos na dinâmica desta aventura.

Teófilo Minga, fms