Sexta feira - 6 de setembro de 2013

Ouvir o Evangelho


Evangelho segundo S. Lucas 5, 33-39

Naquele tempo, os fariseus e os escribas disseram a Jesus: «Os discípulos de João Baptista e os fariseus jejuam muitas vezes e recitam orações. Mas os teus discípulos comem e bebem». Jesus respondeu-lhes: «Quereis vós obrigar a jejuar os companheiros do noivo, enquanto o noivo está com eles? Dias virão em que o noivo lhes será tirado; nesses dias jejuarão». Disse-lhes também esta parábola: «Ninguém corta um remendo de um vestido novo, para o deitar num vestido velho, porque não só rasga o vestido novo, como também o remendo não se ajustará ao velho. E ninguém deita vinho novo em odres velhos, porque o vinho novo acaba por romper os odres, derramar-se-á e os odres ficarão perdidos. Mas deve deitar-se vinho novo em odres novos. Quem beber do vinho velho não quer do novo, pois diz: ‘O velho é que é bom’».

Outras leituras do dia: Col 1, 15-20; Sal 99 (100), 2. 3. 4. 5


O texto do Evangelho hoje escutado inclui uma discussão sobre o jejum, seguida de uma parábola.
“Jesus compara os discípulos com os convidados para uma boda, aplicando a metáfora do esposo. Para assinalar o quanto a presença de Jesus junto dos pecadores constitui uma novidade inaudita em relação com o judaísmo farisaico, Lucas apresenta logo a seguir uma parábola. Na realidade, temos dois textos de sabedoria, dois exemplos daquilo que ninguém faz: cozer um pedaço de tecido novo num pano velho, colocar vinho novo em odres velhos.
Contudo, no v. 39, aparentemente, o «velho» vinga-se do «novo». Evidentemente, Lucas quer prevenir as comunidades cristãs contra as falsas novidades: o vinho do Evangelho envelheceu bem; o velho é que é bom (v.39)” (Yvês SAOÛT, Evangelho de Jesus Cristo segundo S. Lucas, Difusora Bíblica, Lisboa/Fátima, 2009).

Rute Júnior


Vemos, jejuam os discípulos de João
E os teus, descuidados, a comer a beber,
Sem deixarem tempo para a oração,
Intimidade com Deus que nos faz crescer.

Tanto zelo, mas estais enganados.
Está o noivo, jejuariam os companheiros?
Celebrai, haja alegria em todos os lados;
Vinde também vós celebrar entre os primeiros.

A minha chegada é o fim dos tempos antigos,
O jejum de quer falais já não tem sentido,
Colhei o melhor desses tempos agora idos,
Buscai o novo em júbilo messiânico incontido.

Não pomos remendo novo em vestido velho,
Não é essa a doutrina que anuncia agora,
Como não é o ensinamento do meu Evangelho;
Comigo é o novo tempo, sinal de nova aurora.

Teófilo Minga, fms