Quinta feira - 30 de abril de 2015

Ouvir o Evangelho


Evangelho segundo S. João 13, 16-20

Naquele tempo, Quando Jesus acabou de lavar os pés aos seus discípulos, disse-lhes: «Em verdade, em verdade vos digo: O servo não é maior do que o seu senhor, nem o enviado é maior do que aquele que o enviou. Sabendo isto, sereis felizes se o puserdes em prática. Não falo de todos vós: Eu conheço aqueles que escolhi; mas tem de cumprir-se a Escritura, que diz: ‘Quem come do meu pão levantou contra Mim o calcanhar’. Desde já vo lo digo antes que aconteça, para que, quando acontecer, acrediteis que Eu Sou. Em verdade, em verdade vos digo: Quem recebe aquele que Eu enviar, a Mim recebe; e quem Me recebe a Mim, recebe Aquele que Me enviou».

Outras leituras do dia: Act 13, 13-25; Sal 88 (89), 2-3. 21-22. 25 e 27


Jesus acabou de lavar os pés. (Evangelho)

Lavar os pés era um gesto de escravo. Jesus fê-Lo como um homem livre, que é a única forma de o fazer. Um escravo faz as coisas obrigado-revoltado ou obrigado-resignado. Logo que é libertado, só continua a fazer o que fazia se for de bom grado. Ninguém pode amar à força porque o amado vai sentir que não está a ser amado, que está a ser manipulado, que está a servir para quem «ama» enganar a consciência. Amar porque a nossa consciência manda é como dar de comer a um filho por dever. Mais valia entregá-lo a uma empregada.

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Paulo segue para a Panfília, Marcos para Jerusalém.
Paulo entra na sinagoga e vai falando a todo o povo.
É a história de um povo conduzido por Deus também,
Quarenta anos no deserto para criar algo de novo.

Vêm juízes, profetas e reis; de David virá o Filho;
Dele e seus descendentes se espera o Salvador:
Para Israel, para o mundo será luz de intenso brilho;
A sua pregação se resumirá a uma Palavra: AMOR.

Não se impões como chefe; veio como irmão,
Enviado do Pai lá das alturas, lá dos Céus;
Prega o amor e que vivamos em comunhão,
Verdadeiro modo de sermos filhos de Deus.

Sabeis, o servo não é maior do que o Senhor;
Vos envio para o meio dos lobos, como cordeiros;
Sofrereis por Mim martírios de extrema dor,
Mas no Céu comigo sereis sempre os primeiros.

Teófilo Minga, fms

Quarta feira - 29 de abril de 2015

Ouvir o Evangelho


Evangelho segundo S. Mateus 11, 25-30

Naquele tempo, Jesus exclamou: «Eu Te bendigo, ó Pai, Senhor do céu e da terra, porque escondeste estas verdades aos sábios e inteligentes e as revelaste aos pequeninos. Sim, Pai, Eu Te bendigo, porque assim foi do teu agrado. Tudo Me foi dado por meu Pai. Ninguém conhece o Filho senão o Pai e ninguém conhece o Pai senão o Filho e aquele a quem o Filho o quiser revelar. Vinde a Mim, todos os que andais cansados e oprimidos, e Eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei de Mim, que sou manso e humilde de coração, e encontrareis descanso para as vossas almas. Porque o meu jugo é suave e a minha carga é leve».

Outras leituras do dia: 1 Jo 1, 5 – 2, 2; Sal 102 (103), 1-2. 3-4. 8-9. 13-14. 17-18a

Santo do dia
S. Catarina de Sena, virgem e doutora da Igreja - Padroeira da Europa


Deus é luz e n’Ele não há trevas. (1ª Leitura)

N’Ele não há depressão, não há infelicidade, não há nervos, não há precipitação, não há falta de entusiasmo, não há o reverso da medalha. Em nós há. Em nós há um túnel escuro com todo aquele sofrimento. Mas podemos sair do túnel deixando-nos atrair pela luz, deixando-nos colar à luz. Contemplemos a luz, que a luz que Deus é não encandeia, e deixemo-nos absorver e aquecer por ela.

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Sabemos, em Deus não há trevas, Ele é a luz;
Se queremos estar com Ele, em comunhão,
Viveremos na verdade que anunciou Jesus:
É o ensinamento que eu vos transmito, João.

Confessemos, pois, sem medo, nossos pecados;
Deus sempre nos perdoa porque é justo e fiel;
No seu sofrimento fomos todos justificados,
Libertou-nos do peso das nossas faltas, cruel.

Agora sejamos em tudo como as crianças,
A quem o Senhor revela sua santa Sabedoria;
Sabedoria extraordinária das bem-aventuranças
Que ilumina o nosso tempo e viver de cada dia.

Vinde a Mim todos os que estais cansados;
O jugo que vos imponho é um peso de amor.
Deixa-nos acolher a vida em todos os lados
E dizer-Te sim para além de toda a dor.

Teófilo Minga, fms

Terça feira - 28 de abril de 2015

Ouvir o Evangelho


Evangelho segundo S. João 10, 22-30

Naquele tempo, celebrava-se em Jerusalém a festa da Dedicação do templo. Era inverno e Jesus passeava no templo, sob o Pórtico de Salomão. Então os judeus rodearam-n’O e disseram: «Até quando nos vais trazer em suspenso? Se és o Messias, diz- nos claramente». Jesus respondeu-lhes: «Já vo-lo disse, mas não acreditais. As obras que Eu faço em nome de meu Pai dão testemunho de Mim. Mas vós não acreditais, porque não sois das minhas ovelhas. As minhas ovelhas escutam a minha voz: Eu conheço as minhas ovelhas e elas seguem-Me. Eu dou-lhes a vida eterna e nunca hão-de perecer, ninguém as arrebatará da minha mão. Meu Pai, que Mas deu, é maior do que todos e ninguém pode arrebatar nada da mão do Pai. Eu e o Pai somos um só».

Outras leituras do dia: Act 11, 19-26; Sal 86 (87), 1-3. 4-5. 6-7


Ninguém pode arrebatar nada da mão do Pai. (Evangelho)

Só nós próprios, só o nosso pecado, o que é uma pena imensa. Mas Deus não ia permitir uma coisa dessas. Se pecamos, Deus vai atrás de nós com todo o seu poder e só o desespero é que nos pode separar d’Ele. O desespero pode ser fruto do pecado ou de uma doença psíquica, ou das duas coisas. Peçamos, seriamente, que Deus nos livre de ambos.

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Pelo caso de Estêvão, alguns tinham dispersado,
Irmão que fugiram para a Fenícia e para Antioquia;
De facto depois de Estêvão ter morrido apedrejado,
Havia algum medo e, quem sabe, talvez menos alegria.

Ainda assim alguns em Antioquia falam de Jesus;
É a boa notícia que chega à Igreja de Jerusalém;
Proclamam a história de quem morreu na Cruz
E tinha passado a vida fazendo sempre o Bem.

Perante tais dados Barnabé se enche de alegria.
Tantos unidos no Senhor, são novos filhos seus;
Depois do medo a força do Espírito que os possuía;
Assim será com Saulo, agora Paulo por graça de Deus.

Estes serão chamados pela primeira vez “cristãos”,
Não como os que perguntam a Jesus se é o Messias!
Esta gente conserva-se unida; são como irmãos
Que acreditam; gente de fé, ao logo dos dias.

Teófilo Minga, fms

Segunda feira - 27 de abril de 2015

Ouvir o Evangelho


Evangelho segundo S. João 10, 1-10

Naquele tempo, disse Jesus: «Em verdade, em verdade vos digo: Aquele que não entra no aprisco das ovelhas pela porta, mas entra por outro lado, é ladrão e salteador. Mas aquele que entra pela porta é o pastor das ovelhas. O porteiro abre-lhe a porta e as ovelhas conhecem a sua voz. Ele chama cada uma delas pelo seu nome e leva-as para fora. Depois de ter feito sair todas as que lhe pertencem, caminha à sua frente e as ovelhas seguem-no, porque conhecem a sua voz. Se for um estranho, não o seguem, mas fogem dele, porque não conhecem a voz dos estranhos». Jesus apresentou-lhes esta comparação, mas eles não compreenderam o que queria dizer. Jesus continuou: «Em verdade, em verdade vos digo: Eu sou a porta das ovelhas. Aqueles que vieram antes de Mim são ladrões e salteadores, mas as ovelhas não os escutaram. Eu sou a porta. Quem entrar por Mim será salvo: é como a ovelha que entra e sai do aprisco e encontra pastagem. O ladrão não vem senão para roubar, matar e destruir. Eu vim para que as minhas ovelhas tenham vida e a tenham em abundância».

Outras leituras do dia: Act 11, 1-18; Sal 41 (42), 2-3: 42, 3. 4


O ladrão não vem senão para roubar, matar e destruir. (Evangelho)

O problema é nós não acharmos isso antes de termos sido roubados, mortos, destruídos. Porque o ladrão aparece sempre com falas maviosas e bela aparência. Se não fosse assim, ninguém se deixava roubar, quer dizer, ninguém pecava. O ladrão, que é o pecado, aparece sempre muito atractivo. Ou, pelo menos, há uma parte do ladrão que nos atrai, se bem que nós tenhamos perfeita consciência que caminhamos para a nossa ruína, destruição. Peçamos a Deus para sermos mais atraídos pelo anjo da luz.

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Pedro em sonhos teve uma visão:
Vai a casa de quem não é circuncidado;
Vai; também para eles é a salvação;
É universal, dom de Deus a todos dado.

Ao que Deus purificou como lhe chamas profano?
Então cheio do Espírito Santo fui sem hesitar,
E nesta família onde tudo era tão humano
Com seis irmãos fui o Evangelho proclamar.

A toda a família anunciámos Jesus, a Porta,
O Bom Pastor que a todos acolhe no seu redil;
Foi assim a minha palavra simples que exorta
E convidava à conversão naquele mundo hostil.

As minhas ovelhas em tudo escutam a minha voz;
Seguem-me e eu, Bom Pastor, caminho à frente.
Maravilha seguir Deus assim; não estamos sós.
Com o Pastor seguimos… Convidemos toda a gente!

Teófilo Minga, fms

Domingo - 26 de abril de 2015

Ouvir o Evangelho


DOMINGO IV DA PÁSCOA

Evangelho segundo S. João 10, 11-18

Naquele tempo, disse Jesus: «Eu sou o Bom Pastor. O bom pastor dá a vida pelas suas ovelhas. O mercenário, como não é pastor nem são suas as ovelhas, logo que vê vir o lobo, deixa as ovelhas e foge, enquanto o lobo as arrebata e dispersa. O mercenário não se preocupa com as ovelhas. Eu sou o Bom Pastor: conheço as minhas ovelhas e as minhas ovelhas conhecem-Me, do mesmo modo que o Pai Me conhece e Eu conheço o Pai; Eu dou a vida pelas minhas ovelhas. Tenho ainda outras ovelhas que não são deste redil e preciso de as reunir; elas ouvirão a minha voz e haverá um só rebanho e um só Pastor. Por isso o Pai Me ama: porque dou a minha vida, para poder retomá-la. Ninguém Ma tira, sou Eu que a dou espontaneamente. Tenho o poder de a dar e de a retomar: foi este o mandamento que recebi de meu Pai».

Outras leituras do dia: Act 4, 8-12; Sal 117 (118), 1 e 8-9. 21-23. 26 e 28cd e 29; 1 Jo 3, 1-2


O Domingo IV da Páscoa é denominado o Domingo do Bom Pastor. Nesta etapa do percurso pascal da Igreja, a liturgia da Palavra propõe como tema de meditação um excerto do capítulo 10 do Evangelho de S. João, onde Jesus Se apresenta como o “Bom Pastor”.
Depois da cura de um cego de nascença, Jesus vê-Se numa feroz disputa com os fariseus. Diante da incredulidade destes judeus em acreditarem no milagre realizado, afirma a certo ponto: «Eu sou o Bom Pastor. O bom pastor dá a vida pelas suas ovelhas. O mercenário não se preocupa com as ovelhas». São palavras fortes e simultaneamente duras para aqueles que as ouvem. Jesus assume a figura vetero-testamentária do Pastor que vem para resgatar as ovelhas das mãos dos falsos pastores que se apascentam a si mesmos. Jesus diz que são como mercenários, que se comportam como lobos. No confronto com os mercenários, conhecemos as características do Bom Pastor, que veio para as ovelhas perdidas, desejoso de as conhecer, de as reunir no seu rebanho, de dar a vida por elas para que vivam em segurança. A sua missão é alargada, não só às ovelhas perdidas da casa de Israel, mas a todos os povos da terra: «Tenho ainda outras ovelhas que não são deste redil e preciso de as reunir; elas ouvirão a minha voz e haverá um só rebanho e um só Pastor». Esta é a imagem da Igreja universal que encontra em Jesus ressuscitado a sua fonte de vida. Há ainda uma característica do texto de S. João que deve ser notada: no original grego, “Bom Pastor” escreve-se “Pastor Belo” (poimén kalós), sendo que o adjectivo “belo” tem, aqui, um sentido moral. Jesus tem uma beleza ética mais do que uma beleza estética, é bom porque é bela a bondade com que dá a vida pelas suas ovelhas.
Com a sua vida, Jesus abriu à humanidade as portas do redil do Pai, restituiu ao homem a sua dignidade original e recria-o numa vida nova. Como lembra o apóstolo e evangelista S. João, na sua primeira Epístola, «agora somos filhos de Deus». O baptismo incorpora o crente na família de Deus por participação na vida de Jesus. Perante os desafios do mundo de hoje, onde as fotografias “selfies” espelham o individualismo e o mundo centrado em si próprio, é preciso ser mais parecido com o Bom Pastor: atento aos outros, disponível para ajudar quem mais precisa, aberto a acolher sem preconceitos e capaz de potenciar os talentos dos outros, mesmo que fique escondido “fora da fotografia”.
Também o apóstolo S. Pedro, interpelado pelo sinédrio a respeito da autoridade da cura de um enfermo, não hesita em responder, cheio do Espírito Santo: «É em nome de Jesus Cristo, o Nazareno, que vós crucificastes e Deus ressuscitou dos mortos, é por Ele que este homem se encontra perfeitamente curado na vossa presença». É em nome de Jesus Cristo, o Bom Pastor, que os cristãos fazem obras maiores que si próprios, trazem a paz aos corações atribulados, unem relações destruídas, fomentam a paz junto das comunidades onde vivem, repartem o que têm em excesso e oferecem o seu tempo pela construção do Reino. Identificas-te com estas características ou há alguma delas ainda a melhorar?

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Por quem é que este enfermo foi curado?
Sabei: foi curado pelo nome de Jesus Cristo;
Jesus Cristo que por vos foi crucificado;
Foi Ele que fez este milagre jamais visto.

Ele é a pedra desprezada pelos construtores,
Mas para todos nós é caminho de salvação.
Ele é Deus dos deuses, Senhor dos senhores,
Mas humilde, nosso defensor e nosso irmão.

Nele somos todos filhos de Deus, de verdade;
Quando se manifestar veremos como Ele é.
Sabemos já que é o Bom Pastor, com autoridade,
Passou a vida fazendo o Bem, este Jesus de Nazaré.

Pastor! Conhece perfeitamente suas ovelhas,
Sabe que nem todas estão ainda no seu redil.
Buscando no Evangelho coisas nova e velhas,
Sejamos apóstolos e tragamos-lhe ovelhas por mil.

Teófilo Minga, fms

Sábado - 25 de abril de 2015

Ouvir o Evangelho


Evangelho segundo S. Marcos 16, 15-20

Naquele tempo, Jesus apareceu aos onze Apóstolos e disse-lhes: «Ide por todo o mundo e pregai o Evangelho a toda a criatura. Quem acreditar e for baptizado será salvo; mas quem não acreditar será condenado. Eis os milagres que acompanharão os que acreditarem: expulsarão os demónios em meu nome; falarão novas línguas; se pegarem em serpentes ou beberem veneno, não sofrerão nenhum mal; e quando impuserem as mãos sobre os doentes, eles ficarão curados». E assim o Senhor Jesus, depois de ter falado com eles, foi elevado ao Céu e sentou-Se à direita de Deus. Eles partiram a pregar por toda a parte e o Senhor cooperava com eles, confirmando a sua palavra com os milagres que a acompanhavam.

Outras leituras do dia: 1 Pedro 5, 5b-14; Sal 88 (89), 2-3. 6-7. 16-17

Santo do dia
S. Marcos, Evangelista


Revesti-vos de humildade uns para com os outros. (1ª Leitura)

Um dos sentidos da palavra humildade é respeito. E às vezes falta respeito nos nossos contactos. Nos nossos contactos com Deus e nos nossos contactos com os outros. Temos que nos habituar a ouvir com respeito, o que em muitos casos quer dizer ouvir até ao fim. Isso tanto se aplica à relação com os outros como à relação com Deus.

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Revesti-vos coma veste da humildade,
Que Deus resiste aos soberbos de coração;
Sede persistente e seguidores da verdade,
Acolhei a palavra dos apóstolos, sua pregação.

Vigiai em todo o tempo e sede comedidos,
Que o demónio anda por aí à busca de presa;
Sabei que no sofrimento não sereis esquecidos,
Sois o Povo de Deus, sua herança, sua beleza.

Os apóstolos pelo mundo proclamam a Boa-Nova;
Dizei sem medo a Palavra de Deus a todas as criaturas;
No sofrimento, sede resistentes a toda a prova,
A vossa recompensa está lá nos Céus, nas alturas.

Ide pelo mundo, imponde as mãos aos doentes;
Ide pregar o Boa Notícia, vereis, muitos acreditarão
E farão mesmo milagres: apanharão serpentes

Sem que lhes façam algum mal; de alegria exultarão.

Teófilo Minga, fms

Sexta feira - 24 de abril de 2015

Ouvir o Evangelho


Evangelho segundo S. João 6, 52-59

Naquele tempo, os judeus discutiam entre si: «Como pode Jesus dar-nos a sua carne a comer?». Então Jesus disse-lhes: «Em verdade, em verdade vos digo: Se não comerdes a carne do Filho do homem e não beberdes o seu sangue, não tereis a vida em vós. Quem come a minha carne e bebe o meu sangue tem a vida eterna; e Eu o ressuscitarei no último dia. A minha carne é verdadeira comida e o meu sangue é verdadeira bebida. Quem come a minha carne e bebe o meu sangue permanece em Mim e Eu nele. Assim como o Pai, que vive, Me enviou e Eu vivo pelo Pai, também aquele que Me come viverá por Mim. Este é o pão que desceu do Céu; não é como o dos vossos pais, que o comeram e morreram: quem comer deste pão viverá eternamente». Assim falou Jesus, ao ensinar numa sinagoga, em Cafarnaum.

Outras leituras do dia: Act 9, 1-20; Sal 116 (117), 1. 2


Aquele que Me come viverá por Mim. (Evangelho)

Mas tem que comer, quer dizer, tem que assimilar. Tem que haver um intercâmbio entre Cristo e a pessoa e a iniciativa tem que ser da pessoa. Quando comungamos, Cristo como que fica dentro de nós muito quietinho. Se não nos mexermos, Ele também não Se mexe. Melhor, mexe-Se mas não nos força a nada. Vai-nos convidando a tornar essa comunhão uma força activa dentro de nós. Se o fizermos, Jesus ir-Se-á revelando, irá desabrochando dentro de nós. É isto que o leitor quer? Faça por isso…

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Saulo persegue com fúria os discípulos do Senhor;
Algema a todos os que seguem a nova religião;
De Jerusalém a Damasco, por toda a parte o terror
Que se apodera da vida das gentes… tremia o coração.

A caminho de Damasco cai, banhado de luz;
Perde os sentidos e não sabe o que fazer.
“Quem és Tu, Senhor?”. E ouve: “Eu sou Jesus…”
Para outro papel de importância te vou escolher.

Em casa de Ananias voltará, outra vez, a visão.
A perseguição contra os cristãos é coisa do passado;
Agora é bem o tempo de trazer a Jesus os que são
Indiferente e desconhecem em tudo o Ressuscitado.

Homem da doutrina, vai para todos os cantos,
Com redobrada coragem e redobrada ousadia;
Outrora era o perseguidor de tantos e tantos,

Hoje, ei-lo o apóstolo dos gentios à luz do dia.

Teófilo Minga, fms

Quinta feira - 23 de abril de 2015

Ouvir o Evangelho


Evangelho segundo S. João 6, 44-51

Naquele tempo, disse Jesus à multidão: «Ninguém pode vir a Mim, se o Pai, que Me enviou, não o trouxer; e Eu ressuscitá-lo-ei no último dia. Está escrito no livro dos Profetas: ‘Serão todos instruídos por Deus’. Todo aquele que ouve o Pai e recebe o seu ensino vem a Mim. Não porque alguém tenha visto o Pai; só Aquele que vem de junto de Deus viu o Pai. Em verdade, em verdade vos digo: Quem acredita tem a vida eterna. Eu sou o pão da vida. No deserto, os vossos pais comeram o maná e morreram. Mas este pão é o que desce do Céu, para que não morra quem dele comer. Eu sou o pão vivo que desceu do Céu. Quem comer deste pão viverá eternamente. E o pão que Eu hei-de dar é a minha carne que Eu darei pela vida do mundo».

Outras leituras do dia: Act 8, 26-40; Sal 65 (66), 8-9. 16-17. 20


Ninguém pode vir a Mim, se o Pai, que Me enviou, não o trouxer. (Evangelho)

Mas o Pai traz todos nós. Temos que nos deixar conduzir pelo Pai com grande docilidade. Normalmente, nós temos uma relação mais desenvolvida com Jesus. Talvez o leitor possa aproveitar esta oportunidade para desenvolver alguma relação com esse Pai que lhe traz Jesus. Primeiro, pergunte-se o que é que isto quer dizer, como é que isto se aplica na sua vida. Depois, abandone-se ao Pai.

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Põe-te a caminho e desce pela estrada
De Jerusalém a Gaza e encontrarás alguém
Que, no seu carro, lê a Escritura Sagrada,
Um etíope eunuco, mas homem de bem.

Lia o eunuco uma passagem de Isaías,
Mas da qual não compreendia nada, nada.
Filipe lhe pergunta: “Amigo, o que lias?”
“Como ovelha ao matadouro a vítima é levada…”.

Filipe lhe explica então esta passagem,
Para depois lhe anunciar plenamente Jesus;
É o convite lançada para a outra margem,
Na mente e no coração do etíope se faz luz.

Como na mente e no coração de tanta gente
Que escuta a Jesus com toda a atenção.
O que vem a mim viverá na alegria, contente.
Sou o Pão vivo descido do Céu, vossa Salvação.

Teófilo Minga, fms

Quarta feira - 22 de abril de 2015

Ouvir o Evangelho


Evangelho segundo S. João 6, 35-40

Naquele tempo, disse Jesus à multidão: «Eu sou o pão da vida: Quem vem a Mim nunca mais terá fome e quem acredita em Mim nunca mais terá sede. No entanto, como vos disse, ‘embora tivésseis visto, não acreditais’. Todos aqueles que o Pai Me dá virão a Mim e àqueles que vêm a Mim não os rejeitarei, porque desci do Céu, não para fazer a minha vontade, mas a vontade d’Aquele que Me enviou. E a vontade d’Aquele que Me enviou é esta: que Eu não perca nenhum dos que Ele Me deu, mas os ressuscite no último dia. De facto, é esta a vontade de meu Pai: que todo aquele que vê o Filho e acredita n’Ele tenha a vida eterna; e Eu o ressuscitarei no último dia».

Outras leituras do dia: Act 8, 1b-8; Sal 65 (66), 1-3a. 4-5. 6-7a


Todos aqueles que o Pai Me dá virão a Mim. (Evangelho)

Quando? A que velocidade? Com que percentagem da sua pessoa? Depois de quantos desvios, de quantas perdas de tempo? É como aquela pessoa tão vagarosa, tão vagarosa que mesmo quando corria sozinha chegava em segundo lugar? Repare que pode chegar sempre atrás do que Deus queria, sempre atrás do que podia ter sido...

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Começa contra a Igreja a perseguição,
Todos se dispersam pela Judeia e Samaria;
Mas os apóstolos continuam sua missão
De proclamar o Evangelho com alegria.

Estêvão, o primeiro mártir é sepultado
Enquanto Saulo persegue os cristãos;
Sem medo, semeia medo por todo o lado,
Passa tantos à espada de suas mãos.

Entretanto Jesus prega às multidões,
Proclama sem medo: “Eu sou o Pão de vida”
São Palavras que conquistam os corações,
A Palavra por tantos agora assumida.

Quem vem a min não mais terá fome;
Quem acredita em mim, já não terá sede!
Haja pão para todo aquele que não come,
Sede compaixão para todo o que pede.

Teófilo Minga, fms

Terça feira - 21 de abril de 2015

Ouvir o Evangelho


Evangelho segundo S. João 6, 30-35

Naquele tempo, disse a multidão a Jesus: «Que milagres fazes Tu, para que nós vejamos e acreditemos em Ti? Que obra realizas? No deserto os nossos pais comeram o maná, conforme está escrito: ‘Deu-lhes a comer um pão que veio do céu’». Jesus respondeu-lhes: «Em verdade, em verdade vos digo: Não foi Moisés que vos deu o pão que vem do Céu; meu Pai é que vos dá o verdadeiro pão que vem do Céu. O pão de Deus é o que desce do Céu para dar a vida ao mundo». Disseram-Lhe eles: «Senhor, dá-nos sempre desse pão». Jesus respondeu-lhes: «Eu sou o pão da vida: quem vem a Mim nunca mais terá fome, quem acredita em Mim nunca mais terá sede».

Outras leituras do dia: Act 7, 51 – 8, 1a; Sal 30 (31), 3cd-4. 6ab e 7b e 8a. 17 e 21ab

Santo do dia
S. Anselmo, bispo e doutor da Igreja


Quem vem a Mim nunca mais terá fome, quem acredita em Mim nunca mais terá sede. (Evangelho)

Jesus sacia plenamente. O pior é quando não sacia plenamente, quando a sua voz é só uma vozinha distante, ou a sua imagem está envolta nas brumas da vida: quando as realidades deste mundo são muito mais atraentes. O problema está aí e todos temos que fazer um exame de consciência para sabermos em que circunstâncias é que Jesus não nos sacia completamente. O leitor faça-o hoje.

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Estêvão acusa escribas e fariseus
De fechar o coração e os ouvidos
Ao rico ensino que vem de Deus…
Mandamentos não cumpridos!

Contra Estêvão rangem os dentes,
Ei-los que tomam pedras enfurecidos;
Querem apedrejá-lo, inclementes
Da Lei e dos Profetas esquecidos.

Mas Estêvão pede perdão.
“Não os acuses deste pecado, Senhor”.
Na hora do martírio, compaixão,
Atitude excelsa de amor.

Como a de Jesus que multiplica o pão,
O Pão verdadeiro que vem do Céu,
Milagre sempre realizado de comunhão,
O melhor dom que Deus nos deu.

Teófilo Minga, fms

Segunda feira - 20 de abril de 2015

Ouvir o Evangelho


Evangelho segundo S. João 6, 22-29

Depois de Jesus ter saciado os cinco mil homens, os seus discípulos viram-n’O a caminhar sobre as águas. No dia seguinte, a multidão que permanecera no outro lado do mar notou que ali só estivera um barco e que Jesus não tinha embarcado com os discípulos; estes tinham partido sozinhos. Entretanto, chegaram outros barcos de Tiberíades, perto do lugar onde eles tinham comido o pão, depois de o Senhor ter dado graças. Quando a multidão viu que nem Jesus nem os seus discípulos estavam ali, subiram todos para os barcos e foram para Cafarnaum, à procura de Jesus. Ao encontrá-l’O no outro lado do mar, disseram-Lhe: «Mestre, quando chegaste aqui?» Jesus respondeu-lhes: «Em verdade, em verdade vos digo: vós procurais-Me, não porque vistes milagres, mas porque comestes dos pães e ficastes saciados. Trabalhai, não tanto pela comida que se perde, mas pelo alimento que dura até à vida eterna e que o Filho do homem vos dará. A Ele é que o Pai, o próprio Deus, marcou com o seu selo». Disseram-Lhe então: «Que devemos nós fazer para praticar as obras de Deus?» Respondeu-lhes Jesus: «A obra de Deus consiste em acreditar n’Aquele que Ele enviou».

Outras leituras do dia: Act 6, 8-15; Sal 118 (119), 23-24. 26-27. 29-30


Trabalhai, não tanto pela comida que se perde, mas pelo alimento que dura até à vida eterna. (Evangelho)

Jesus compara-Se ao alimento. Tal como acontece com o alimento, também não se pode tomar Jesus todo de uma vez, vai-se assimilando Jesus à medida do nosso estádio espiritual, vai-se “digerindo”, vai-se “comendo” em conjunto e vai-se partilhando. Às vezes, parece que Deus nos tira o alimento: a oração parece-nos seca. Às vezes, parece que desfalecemos por falta de comida. Mas o leitor não se deixe desfalecer.

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Estêvão estava cheio de graça e fortaleza
Fazia grandes prodígios e milagres entre o povo;
Para os membros da sinagoga, grande estranheza…
Porque não eliminá-lo, este rapaz ainda tão novo?

Mas não tinham ponto por onde o acusar;
Tão pouco eram capazes de resistir sua sabedoria;
Nada mais fácil então do que corromper e subornar
Testemunhas falsas para mentir à luz do dia.

Por outro lado há multidões que procuram Jesus…
Porquê? Tão só apenas porque multiplicou os pães;
Mas para esta gente o milagre não era suficiente luz,
Esquecem a outra dimensão, a do Céu e seus bens.

Trabalhai então, não pela comida que desaparece,
Mas pelo alimento celestial que fica até à vida eterna;
Seja essa a vossa oração, a vossa profunda prece
Ao Senhor Deus, que os Céus e a Terra governa.

Teófilo Minga, fms

Domingo - 19 de abril de 2015

Ouvir o Evangelho


DOMINGO III DA PÁSCOA

Evangelho segundo S. Lucas 24, 35-48

Naquele tempo, os discípulos de Emaús contaram o que tinha acontecido no caminho e como tinham reconhecido Jesus ao partir do pão. Enquanto diziam isto, Jesus apresentou-Se no meio deles e disse-lhes: «A paz esteja convosco». Espantados e cheios de medo, julgavam ver um espírito. Disse-lhes Jesus: «Porque estais perturbados e porque se levantam esses pensamentos nos vossos corações? Vede as minhas mãos e os meus pés: sou Eu mesmo; tocai-Me e vede: um espírito não tem carne nem ossos, como vedes que Eu tenho». Dito isto, mostrou-lhes as mãos e os pés. E como eles, na sua alegria e admiração, não queriam ainda acreditar, perguntou-lhes: «Tendes aí alguma coisa para comer?» Deram-Lhe uma posta de peixe assado, que Ele tomou e começou a comer diante deles. Depois disse-lhes: «Foram estas as palavras que vos dirigi, quando ainda estava convosco: ‘Tem de se cumprir tudo o que está escrito a meu respeito na Lei de Moisés, nos Profetas e nos Salmos’». Abriu-lhes então o entendimento para compreenderem as Escrituras e disse-lhes: «Assim está escrito que o Messias havia de sofrer e de ressuscitar dos mortos ao terceiro dia, e que havia de ser pregado em seu nome o arrependimento e o perdão dos pecados a todas as nações, começando por Jerusalém. Vós sois as testemunhas de todas estas coisas».

Outras leituras do dia: Act 3, 13-15. 17-19; Sal 4, 2. 4. 7. 9; 1 Jo 2, 1-5a


Em tempo de Páscoa, a liturgia da Palavra deste domingo recorda-nos que a presença do Ressuscitado acontece no seio da comunidade. Cronologicamente, tudo se passou há cerca de dois mil anos, mas a verdade é que Jesus continua vivo e actuante no mundo.
O Evangelho de S. Lucas traz-nos mais um relato da aparição de Jesus. Depois do encontro com os discípulos de Emaús, que regressam a Jerusalém para contar a Boa-Nova, o próprio Ressuscitado Se apresenta no meio da comunidade cristã com as palavras: «A paz esteja convosco». É sempre esta a saudação que dirige àqueles com quem Se encontra, a trazer a paz de Deus aos corações atribulados e inquietos depois dos últimos acontecimentos. Feridos pela experiência da cruz e com a morte do Mestre, têm dificuldade em acreditar no que vêem. Espantados e cheios de medo, diz-lhes Jesus: «Porque estais perturbados e porque se levantam esses pensamentos nos vossos corações? Vede as minhas mãos e os meus pés: sou Eu mesmo; tocai-Me e vede: um espírito não tem carne nem ossos, como vedes que Eu tenho». Uma coisa que Jesus faz hoje é mostrar as suas chagas, sinal da sua vida entregue por nós. As chagas são isto mesmo, sinal do dar a vida. Também nós temos as nossas chagas, feridas de relações e de acontecimentos que nos fizeram sofrer, mas também da entrega aos outros. Neste dia, posso rezar as minhas chagas, oferecê-las a Jesus e pedir a sua cura.
Um outro elemento importante do tempo pascal está nas experiências com Jesus ressuscitado acontecerem quando a comunidade está reunida. É no contexto eclesial dos crentes que partilham a mesma fé – na escuta da Palavra, na fracção do pão, na partilha fraterna e na caridade – que se abre o entendimento ao mistério pascal. É aqui que Jesus Se despede dos discípulos dizendo: «Vós sois as testemunhas de todas estas coisas», a prepará-los para a missão de anunciadores da Boa-Nova do reino de Deus.
Nos Actos dos Apóstolos, encontramos um destes testemunhos, a partir do discurso do apóstolo S. Pedro: «Negastes o Santo e o Justo e pedistes a libertação de um assassino; matastes o autor da vida, mas Deus ressuscitou-O dos mortos, e nós somos testemunhas disso». E completa: «arrependei-vos e convertei-vos, para que os vossos pecados sejam perdoados». Também S. João, na sua primeira Epístola, dá testemunho do encontro com Jesus ressuscitado: «se alguém pecar, nós temos Jesus Cristo, o Justo, como advogado junto do Pai. Ele é a vítima de propiciação pelos nossos pecados». O pescador da Galileia, instituído a Pedra da Igreja, e o mais jovem do grupo dos Doze recordam aos crentes que o Ressuscitado continua a revelar-Se aos corações dos humildes, daqueles que se reconhecem frágeis e pecadores diante de Deus. Se a debilidade humana enfraquece o amor e a fidelidade ao Senhor, também a graça do Sacramento da Reconciliação fortalece a fé dos cristãos. Não será esta uma oportunidade de procurar um sacerdote para ver como anda a relação com Deus? Como tornar este tempo pascal mais sintonizado com Jesus, que Se quer fazer presente na vida de cada um de nós?

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O Deus de Abraão, Deus dos nossos antepassados
Glorificou Aqueles que entregastes, o Senhor Jesus;
Vós o negastes e matastes no meio de tantos pecados,
Mas junto ao Pai é agora nosso defensor, nossa luz.

Deus o ressuscitou dos mortos; testemunhámos isso.
Pratiquemos agora em tudo os seus mandamentos.
Esta é a Palavra que proclamamos, é o nosso serviço
Que vos chama a Deus hoje e em todos os momentos.

Que vos chama como outrora também chamou Simão;
Será Pedro para o servir em serviço muito especial;
Será o Pastor; cuidará o rebanho com muita atenção,
Ama a Jesus; ele será da Igreja o pilar fundamental.

É uma relação que provém de um grande amor.
Pedro, amas-me como os teus colegas e ainda mais?
Sabes que te amo, é o que posso dizer-Te, Senhor.
Apascenta as minhas ovelhas sem medo dos demais.

Teófilo Minga, fms

Sábado - 18 de abril de 2015

Ouvir o Evangelho


Evangelho segundo S. João 6, 16-21

Ao cair da tarde, os discípulos de Jesus desceram até junto do mar, subiram para um barco e seguiram para a outra margem, em direcção a Cafarnaum. Já fazia escuro e Jesus ainda não tinha ido ter com eles. Como o vento soprava forte, o mar ia-se encrespando. Tendo eles remado duas e meia a três milhas, viram Jesus aproximar-Se do barco, caminhando sobre o mar e tiveram medo. Mas Jesus disse-lhes: «Sou Eu. Não temais». Quiseram então recebê-l’O no barco mas logo o barco chegou à terra para onde se dirigiam.

Outras leituras do dia: Act 6, 1-7; Sal 32 (33), 1-2. 4-5. 18-19


Quiseram então recebê-Lo no barco mas logo o barco chegou a terra. (Evangelho)

Temos que ter cuidado com o que é tarde demais, com as oportunidades perdidas. Há coisas que só podemos fazer naquela altura. E, por vezes, são coisas que Deus queria que nós fizéssemos e para nossa grande felicidade. Ou, às vezes, são decisões que tomamos – ou que não tomamos – e que nos vão afectar a vida. E depois isso deixa-nos um amargor toda a nossa vida. Ao menos, daqui para a frente tenhamos cuidado com isso.

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O grupo grande dos discípulos aumentava ainda,
E já os de língua grega aparecem descontentes;
O trabalho aumento, eis-nos em labuta infinda
E as viúvas esquecidas no meio de tantas gentes.

Os Doze apóstolos se reúnem em Assembleia
Para resolver o problema que parece urgente;
Então já se pensa em homens bons de alma cheia
E também de coração generoso e vida coerente.

Depois os apóstolos fazem a imposição das mãos;
No Espírito ei-los prontos para o serviço da mesa;
Gente de todas as idades; alguns serão anciãos,
Na Igreja de Deus aparece mais uma riqueza.

Agora, como Jesus podem seguir para o outro lado
Homens para servir onde é necessário, em toda a parte,
Mesmo quando há ventos e o mar está encrespado
São de Deus, acolhem o serviço com engenho e arte.

Teófilo Minga, fms

Sexta feira - 17 de abril de 2015

Ouvir o Evangelho


Evangelho segundo S. João 6, 1-15

Naquele tempo, Jesus partiu para o outro lado do mar da Galileia, também chamado de Tiberíades. Seguia-O numerosa multidão, por ver os milagres que Ele realizava nos doentes. Jesus subiu a um monte e sentou-Se aí com os seus discípulos. Estava próxima a Páscoa, a festa dos judeus. Erguendo os olhos e vendo que uma grande multidão vinha ao seu encontro, Jesus disse a Filipe: «Onde havemos de comprar pão para lhes dar de comer?» Dizia isto para o experimentar, pois Ele bem sabia o que ia fazer. Respondeu-Lhe Filipe: «Duzentos denários de pão não chegam para dar um bocadinho a cada um». Disse-Lhe um dos discípulos, André, irmão de Simão Pedro: «Está aqui um rapazito que tem cinco pães de cevada e dois peixes. Mas que é isso para tanta gente?» Jesus respondeu: «Mandai-os sentar». Havia muita erva naquele lugar e os homens sentaram-se em número de uns cinco mil. Então, Jesus tomou os pães, deu graças e distribuiu-os aos que estavam sentados, fazendo o mesmo com os peixes; e comeram quanto quiseram. Quando ficaram saciados, Jesus disse aos discípulos: «Recolhei os bocados que sobraram, para que nada se perca». Recolheram-nos e encheram doze cestos com os bocados dos cinco pães de cevada que sobraram aos que tinham comido. Quando viram o milagre que Jesus fizera, aqueles homens começaram a dizer: «Este é, na verdade, o Profeta que estava para vir ao mundo». Mas Jesus, sabendo que viriam buscá-l’O para O fazerem rei, retirou-Se novamente, sozinho, para o monte.

Outras leituras do dia: Act 5, 34-42; Sal 26 (27), 1. 4. 13-14


Para que nada se perca. (Evangelho)

Jesus não queria que se perdesse nada do que tinha multiplicado. Assim, ainda serviria para outras pessoas. Também os milagres que Jesus faz em nós têm que servir para outras pessoas. Normalmente, não os andamos a contar, não andamos a contar o que se passa dentro de nós, mas a nossa alegria tem que ser contagiante. Não uma alegria pateta, mas a nossa alegria de viver, a nossa energia pessoal. (E às vezes não é fácil. Depende da nossa personalidade…)

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Entra em jogo a sabedoria de Gamaliel,
Doutor de lei venerado por todo o povo;
Quer falar aos chefes judaicos de Israel;
Tem ideias, quer propor algo de novo.

Não vos metais com esses homens do galileu.
Pergunto: para quê acorrentá-los em escura prisão?
Se o que eles fazem vem lá do alto, lá do Céu,
Há que dar-lhes em tudo e sempre toda a razão.

Libertam-nos, mas não partem se sem açoitados;
Mesmo assim não vão parar de falar em nome de Jesus.
E não digamos com pena em nós: “Pobres coitados!”
Não, na alegria seguem o Mestre também na cruz.

Jesus esteve entre eles multiplicando o pão;
Apenas cinco pães e dois peixes: parecia tão pouco;
Mas na generosidade jovem daquele coração,
Há campo para um gesto que parece quase louco.

Teófilo Minga, fms

Quinta feira - 16 de abril de 2015

Ouvir o Evangelho


Evangelho segundo S. João 3, 31-36

Naquele tempo, disse Jesus a Nicodemos: «Aquele que vem do alto está acima de todos; quem é da terra, à terra pertence e da terra fala. Aquele que vem do Céu dá testemunho do que viu e ouviu; mas ninguém recebe o seu testemunho. Quem recebe o seu testemunho confirma que Deus é verdadeiro. De facto, Aquele que Deus enviou diz palavras de Deus, porque Deus dá o Espírito sem medida. O Pai ama o Filho e entregou tudo nas suas mãos. Quem acredita no Filho tem a vida eterna. Quem se recusa a acreditar no Filho não verá a vida, mas a ira de Deus permanece sobre ele».

Outras leituras do dia: Act 5, 27-33; Sal 33 (34), 2 e 9. 17-18. 19-20


O Pai ama o Filho e entregou tudo nas suas mãos. (Evangelho)

Nós fomos entregues nas mãos do Filho. Queremos mãos melhores? Mas que quer isto dizer, para além de ser uma frase piedosa? Que estamos entregues aos cuidados de Jesus. E que é que isso quer dizer? Que Ele nos guia e conduz. Concretamente, que comunica connosco, que nos ensina o caminho, que nos ampara, conforta e também que Se alegra connosco e que connosco Se entristece. Aproveitemo-Lo. Rezemos-Lhe.

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Que esperais? Já vos demos uma ordem formal
De não continuar a ensinar em nome de Jesus.
Quereis fazer-nos crer que cometemos mal…
O sangue desse homem, agora, é a nossa cruz.

Mas como deixar de anunciar a mensagem?
Não obedecemos aos homens, mas a Deus;
A vossa fúria não enfraquece a nossa coragem.
Podemos morrer. Que importa? Somos filhos seus!

A nossa doutrina não vem cá da Terra;
É dos Céus, do Senhor que ali foi exaltado;
Por isso pouco importa a vossa guerra:
Proclamaremos o Evangelho em todo o lado.

Somos mensageiros de Deus que é verdadeiro,
Depois, a força do seu Espírito está em nós;
Seremos seguidores destemidos do Cordeiro,
Sem medo do martírio; seremos sempre a sua voz.

Teófilo Minga, fms

Quarta feira - 15 de abril de 2015

Ouvir o Evangelho


Evangelho segundo S. João 3, 16-21

Naquele tempo, disse Jesus a Nicodemos: «Deus amou tanto o mundo que entregou o seu Filho Unigénito, para que todo o homem que acredita n’Ele não pereça, mas tenha a vida eterna. Porque Deus não enviou o Filho ao mundo para condenar o mundo, mas para que o mundo seja salvo por Ele. Quem acredita n’Ele não é condenado, mas quem não acredita já está condenado, porque não acreditou no nome do Filho Unigénito de Deus. E a causa da condenação é esta: a luz veio ao mundo e os homens amaram mais as trevas do que a luz, porque eram más as suas obras. Todo aquele que pratica más acções odeia a luz e não se aproxima dela, para que as suas obras não sejam denunciadas. Mas quem pratica a verdade aproxima-se da luz, para que as suas obras sejam manifestas, pois são feitas em Deus».

Outras leituras do dia: Act 5, 17-26; Sal 33 (34), 2-3. 4-5. 6-7. 8-9


Deus amou tanto o mundo que entregou o seu Filho. (Evangelho)

E o seu Filho vem já na sucessão de uma série de gente que anunciava a palavra de Deus, os profetas. E depois de Cristo há também uma série de pessoas que anunciam a palavra de Deus. O importante é deixarmo-nos tocar por essas pessoas. O leitor tem um bom sinal da sua vida espiritual se os escritos ou conferências espirituais o tocam e, sobretudo, o fazem reagir. Caso contrário, só estaria a anestesiar a sua consciência.

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O Sumo-sacerdote e os fariseus tinham inveja
Do que os Apóstolos diziam, da sua pregação;
Não querem que o rumo do povo assim seja;
Sem mais, agarram-nos para dentro da prisão.

Não se conforma com isto o Anjo do Senhor
Que abre, escancaradas, as portas da prisão;
Ide e continuai a pregar com todo o ardor,
Este é o vosso dever, está é a vossa missão.

Proclamai ao mundo o amor de Deus;
Foi um amor infinito oferecido na Cruz;
Não que que se perca nenhum dos filhos seus,
Através de vós, Ele quer no mundo a sua luz.

Quem acredita nunca será condenado;
Na fé sabereis construir e viver boas ações,
Nas quais todo o homem será abençoado:
Em Deus e no próximo estarão vossos corações.

Teófilo Minga, fms

Terça feira - 14 de abril de 2015

Ouvir o Evangelho


Evangelho segundo S. João 3, 7b-15

Naquele tempo, disse Jesus a Nicodemos: «Não te admires por Eu te haver dito que todos devem nascer de novo. O vento sopra onde quer: ouves a sua voz, mas não sabes donde vem nem para onde vai. Assim acontece com todo aquele que nasceu do Espírito». Nicodemos perguntou: «Como pode ser isso?» Jesus respondeu-lhe: «Tu és mestre em Israel e não sabes estas coisas? Em verdade, em verdade te digo: Nós falamos do que sabemos e damos testemunho do que vimos, mas vós não aceitais o nosso testemunho. Se vos disse coisas da terra e não acreditais, como haveis de acreditar, se vos disser coisas do Céu? Ninguém subiu ao Céu, senão Aquele que desceu do Céu: o Filho do homem. Assim como Moisés elevou a serpente no deserto, também o Filho do homem será elevado, para que todo aquele que acredita tenha n’Ele a vida eterna».

Outras leituras do dia: Act 4, 32-37; Sal 92 (93), 1ab. 1c-2. 5


Todos devem nascer de novo. (Evangelho)

Temos que nascer de novo todos os dias. A nossa caminhada tem que ser um esforço de todos os dias e um esforço renovado todos os dias. Todos os dias, ao acordar, nascemos de novo para essa caminhada, não no sentido de anularmos o trabalho já feito, mas para andarmos com novas forças. E ponhamos metas, ponhamos objectivos ascético-pedagógicos que tenhamos que cumprir. Não progredimos com objectivos vagos. (Vamos pôr alguns hoje?)

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Uma grande multidão tinha abraçado a fé,
Não chamavam seu a qualquer dos seus haveres;
Eram assim os que acreditavam em Jesus de Nazaré
Ao ouvirem os apóstolos, atentos a seus dizeres.

Não havia entre eles gentes necessitadas;
Vendiam as coisas e depois traziam seu produto
Aos apóstolos; na alegria eram partilhadas;
Maravilha da fé: a caridade, seu melhor fruto.

Este é outro modo de sempre nascer de novo,
Seguindo a resposta de Jesus a Nicodemos;
É a melhor maneira de construirmos um povo:
Com os necessitados, repartirmos o que temos.

Acreditai no que vos digo; são coisas do Céu!
Como Moisés elevou uma serpente no deserto,
Assim aconteceu com o Filho que Deus vos deu:
Morreu na Cruz, para dele nos ter tão perto!

Teófilo Minga, fms

Segunda feira - 13 de abril de 2015

Ouvir o Evangelho


Evangelho segundo S. João 3, 1-8

Havia um fariseu chamado Nicodemos, que era um dos principais entre os judeus. Foi ter com Jesus de noite e disse-Lhe: «Rabi, nós sabemos que vens da parte de Deus como mestre, pois ninguém pode realizar os milagres que Tu fazes se Deus não está com ele». Jesus respondeu-lhe: «Em verdade, em verdade te digo: Quem não nascer de novo não pode ver o reino de Deus». Disse-Lhe Nicodemos: «Como pode um homem nascer, sendo já velho? Pode entrar segunda vez no seio materno e voltar a nascer?» Jesus respondeu: «Em verdade, em verdade te digo: Quem não nascer da água e do Espírito não pode entrar no reino de Deus. O que nasceu da carne é carne e o que nasceu do Espírito é espírito. Não te admires por Eu te haver dito que todos devem nascer de novo. O vento sopra onde quer: ouves a sua voz, mas não sabes donde vem nem para onde vai. Assim acontece com todo aquele que nasceu do Espírito».

Outras leituras do dia: Act 4, 23-31; Sal 2, 1-3. 4-6. 7-9


Concedei aos vossos servos que possam anunciar... a vossa palavra. (1ª Leitura)

Anunciar a Palavra é sobretudo vivê-la. E uma maneira de a vivermos é com a caridade monetária. Caro leitor, como é que isso está? Como é que isso está proporcionalmente ao total do seu dinheiro? E proporcionalmente ao que gasta no que não é estritamente necessário? Ou proporcionalmente ao que gasta nas suas férias? Que percentagem é que gasta, digamos, com alguma instituição de caridade?

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Pedro e João foram postos em liberdade;
Contavam aos seus tudo o que tinha acontecido;
A sua alma é então oração de tranquilidade,
Oração de alegria onde o Espírito Santo é acolhido.

Porque fazem os povos inúteis projetos,
Que manifestam o orgulho das nações?
Perante o Senhor importam os homens retos,
Ele que sonda a verdade dos corações.

Para viver na verdade nos dá o Espirito Santo;
Com o Espírito realizaremos na terra seus sinais,
Contaremos as maravilhas que fez em cada canto,
Pensando sempre no bem-estar dos demais.

Como diz Nicodemos: “É preciso nascer de novo”.
Não da carne, mas do Espírito que dá a vida;
Só assim seremos, em plenitude, o seu povo,
Um ovo santo a que o Espírito nos convida.

Teófilo Minga, fms

Domingo - 12 de abril de 2015

Ouvir o Evangelho


DOMINGO II DA PÁSCOA ou da Divina Misericórdia

Evangelho segundo S. João 20, 19-31

Na tarde daquele dia, o primeiro da semana, estando fechadas as portas da casa onde os discípulos se encontravam, com medo dos judeus, veio Jesus, apresentou-Se no meio deles e disse-lhes: «A paz esteja convosco». Dito isto, mostrou-lhes as mãos e o lado. Os discípulos ficaram cheios de alegria ao verem o Senhor. Jesus disse-lhes de novo: «A paz esteja convosco. Assim como o Pai Me enviou, também Eu vos envio a vós». Dito isto, soprou sobre eles e disse-lhes: «Recebei o Espírito Santo: àqueles a quem perdoardes os pecados ser-lhes-ão perdoados; e àqueles a quem os retiverdes ser-lhes-ão retidos». Tomé, um dos Doze, chamado Dídimo, não estava com eles quando veio Jesus. Disseram-lhe os outros discípulos: «Vimos o Senhor». Mas ele respondeu-lhes: «Se não vir nas suas mãos o sinal dos cravos, se não meter o dedo no lugar dos cravos e a mão no seu lado, não acreditarei». Oito dias depois, estavam os discípulos outra vez em casa e Tomé com eles. Veio Jesus, estando as portas fechadas, apresentou-Se no meio deles e disse: «A paz esteja convosco». Depois disse a Tomé: «Põe aqui o teu dedo e vê as minhas mãos; aproxima a tua mão e mete-a no meu lado; e não sejas incrédulo, mas crente». Tomé respondeu-Lhe: «Meu Senhor e meu Deus!». Disse-lhe Jesus: «Porque Me viste acreditaste: felizes os que acreditam sem terem visto». Muitos outros milagres fez Jesus na presença dos seus discípulos, que não estão escritos neste livro. Estes, porém, foram escritos para acreditardes que Jesus é o Messias, o Filho de Deus, e para que, acreditando, tenhais a vida em seu nome.

Outras leituras do dia: Act 4, 32-35; Sal 117 (118), 2-4. 16ab-18. 22-24; 1 Jo 5, 1-6


Oito dias depois do Domingo de Páscoa da Ressurreição do Senhor, celebramos hoje o conhecido Domingo de Pascoela, também chamado da Divina Misericórdia. Os primeiros cristãos reúnem-se em comunidades, a Igreja começa a tomar forma e experimenta-se uma alegria nova no encontro com o Ressuscitado.
O livro dos Actos dos Apóstolos traz-nos a narração do sentimento inicial da comunidade cristã primitiva: «a multidão dos que haviam abraçado a fé tinha um só coração e uma só alma; ninguém chamava seu ao que lhe pertencia, mas tudo entre eles era comum». Com a Ressurreição, abre-se uma vida nova entre os discípulos de Jesus. A desilusão da morte do Mestre e o medo de serem reconhecidos dão lugar à alegria da presença do Senhor, à audácia da evangelização e à união fraterna. De uma forma natural, surge entre os cristãos a necessidade da partilha dos dons e dos bens recebidos individualmente na comunidade dos crentes. Quem tem de sobra, põe à disposição o que falta a quem não tem e, assim, o todo ganha e fortalece-se a Igreja nascente. Além disto, diz ainda o texto que «os Apóstolos davam testemunho da ressurreição do Senhor Jesus com grande poder e gozavam todos de grande simpatia». No confronto com esta narração, como nos sentimos interpelados a renovar as nossas comunidades eclesiais, as nossas famílias e o nosso meio? O que podemos fazer para vivermos relações mais sinceras e verdadeiras, orientadas para o bem comum?
Na Primeira Epístola de S. João, lemos que «todo o que nasceu de Deus vence o mundo. Esta é a vitória que vence o mundo: a nossa fé. Quem é o vencedor do mundo senão aquele que acredita que Jesus é o Filho de Deus?». É pela fé em Jesus ressuscitado que crescemos em Igreja, que nos juntamos para celebrar a Eucaristia, que acreditamos que Deus cuida de nós, que nos sentimos pertença da comunidade que se deixa guiar pelo Espírito Santo. «É o Espírito que dá testemunho, porque o Espírito é a verdade», completa S. João. Em tempo de Páscoa, como avaliamos a nossa fé em Jesus Cristo? Talvez fosse bom procurar um livro que ajudasse a entender melhor quem é Jesus, que abrisse a uma maior compreensão da pertença à Igreja ou de como viver melhor a participação no sacramento da Eucaristia.
O Evangelho de S. João apresenta-nos duas das aparições de Jesus aos Apóstolos. A primeira, «no primeiro dia da semana», estando fechados em casa com medo dos Judeus; a segunda, «oito dias depois», novamente em casa e na presença de Tomé, ausente na aparição anterior. O que sobressai imediatamente é esta nota da manifestação do Senhor no início da semana, quando a comunidade se reúne para celebrar a Eucaristia. Depois, a forma como Jesus saúda os presentes: «A paz esteja convosco», como que a dizer que, de agora em diante, é a sua paz que guia os corações dos homens. Por fim, vemos a experiência de Tomé que tem dificuldade em acreditar sem ver. O caminho dos crentes em Igreja não é ausente de dúvidas e interpelações, mas é preferível caminhar a passo incerto e hesitante, que ficar parado e fechado nas suas certezas.

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Os que abraçavam a fé tinham um só coração
E tinham uma só alma; tinham tudo em comum,
Os apóstolos davam testemunho da Ressurreição
E os crentes repartiam tudo entre todos e cada um.

É que acreditavam que Jesus era o Filho de Deus,
Era uma comunidade toda unida na mesma fé;
Todos unidos na oração, se sentiam filhos seus
E ajudavam a cada um, como Jesus de Nazaré.

Jesus que lhe aparece no primeiro dia da semana;
No meio deles lhes mostra suas mãos e o seu lado;
Jesus aparece com toda a benevolência humana;
Seu corpo não esconde os sinais, embora ressuscitado.

Porém, Tomé, naquele dia por outros lados andava
E, duvidoso, no testemunho dos amigos não acredita.
Uma semana depois reconhece e se humilhava:
“Meu Senhor e meu Deus!”. Confissão, a fé purifica.

Teófilo Minga, fms

Sábado - 11 de abril de 2015

Ouvir o Evangelho


OITAVA DA PÁSCOA

Evangelho segundo S. Marcos 16, 9-15

Jesus ressuscitou na manhã do primeiro dia da semana e apareceu em primeiro lugar a Maria Madalena, da qual tinha expulsado sete demónios. Ela foi anunciar aos que tinham andado com Ele e estavam mergulhados em tristeza e pranto. Eles, porém, ouvindo dizer que Jesus estava vivo e fora visto por ela, não acreditaram. Depois disto, manifestou-Se com aspecto diferente a dois deles que iam a caminho do campo. E eles correram a anunciar aos outros, mas também não lhes deram crédito. Mais tarde apareceu aos Onze, quando eles estavam sentados à mesa, e censurou-os pela sua incredulidade e dureza de coração, porque não acreditaram naqueles que O tinham visto ressuscitado. E disse-lhes: «Ide por todo o mundo e proclamai o Evangelho a toda a criatura».

Outras leituras do dia: Act 4, 13-21; Sal 117 (118), 1 e 14-15. 16ab-18. 19-21


Ide por todo o mundo e proclamai o Evangelho a toda a criatura. (Evangelho)

Já se sabe que não podemos andar por todo o mundo, nem pregar o Evangelho a toda a criatura. Mas normalmente também não falamos da Boa Nova às pessoas com quem nos damos. Como fazer, então, para cumprir este ditame? É a nossa atitude que tem que proclamar o Evangelho e também a defesa dos valores da Igreja. Qual é a atitude do leitor?

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Pedro e João, homens iletrados e plebeus,
Deixaram os chefes judaicos surpreendidos;
Com desassombro faziam as maravilhas de Deus,
Mostrando que a Deus os pobres eram queridos.

Que fazer destes homens? Um sinal evidente
Aconteceu ante todos os habitantes de Jerusalém;
Sinal que perante os chefes está bem presente!
Quem pode negar que estes homens fazem o bem?

Ainda os proibiram de falar em nome de Jesus.
Como assim? Outra vez postos em liberdade,
Proclamam logo as maravilhas de Deus, sua luz,
Sua luz e seu sustento ao anunciar a verdade.

Este é o convite apostólico do ressuscitado;
Ide por todo o mundo proclamar a Boa-nova!
Quem pois poderá impedir este divino recado?
Nem a violência, nem a morte, nenhuma prova.

Teófilo Minga, fms

Sexta feira - 10 de abril de 2015

Ouvir o Evangelho


OITAVA DA PÁSCOA

Evangelho segundo S. João 21, 1-14

Naquele tempo, Jesus manifestou-Se novamente aos discípulos junto ao Mar de Tiberíades. Manifestou-Se deste modo: Estavam juntos Simão Pedro, Tomé, chamado Dídimo, e Natanael, que era de Caná da Galileia. Também estavam presentes os filhos de Zebedeu e mais dois discípulos de Jesus. Disse-lhes Simão Pedro: «Vou pescar». Eles responderam-lhe: «Nós vamos contigo». Saíram de casa e subiram para o barco, mas naquela noite não apanharam nada. Ao romper da manhã, Jesus apresentou-Se na margem, mas os discípulos não sabiam que era Ele. Disse-lhes então Jesus: «Rapazes, tendes alguma coisa para comer?» Eles responderam: «Não». Disse-lhes Jesus: «Lançai a rede para a direita do barco e encontrareis». Eles lançaram a rede e já mal a podiam arrastar por causa da abundância de peixes. Então o discípulo predilecto de Jesus disse a Pedro: «É o Senhor». Simão Pedro, quando ouviu dizer que era o Senhor, vestiu a túnica que tinha tirado e lançou-se ao mar. Os outros discípulos, que estavam distantes apenas uns duzentos côvados da margem, vieram no barco, puxando a rede com os peixes. Logo que saltaram em terra, viram brasas acesas com peixe em cima, e pão. Disse-lhes Jesus: «Trazei alguns dos peixes que apanhastes agora». Simão Pedro subiu ao barco e puxou a rede para terra, cheia de cento e cinquenta e três grandes peixes. E, apesar de serem tantos, não se rompeu a rede. Disse-lhes Jesus: «Vinde comer». Nenhum dos discípulos se atrevia a perguntar: «Quem és Tu?»: bem sabiam que era o Senhor. Então Jesus aproximou-Se, tomou o pão e deu-lho, fazendo o mesmo com o peixe. Foi esta a terceira vez que Jesus Se manifestou aos discípulos, depois de ter ressuscitado dos mortos.

Outras leituras do dia: Act 4, 1-12; Sal 117 (118), 1-2 e 4. 22-24. 25-27a


Lançai a rede para a direita do barco e encontrareis. (Evangelho)

Às vezes, basta uma pequena mudança naquilo que fazemos para as coisas darem resultado. E apostolicamente também, claro. É preciso é sermos dóceis à voz do Espírito Santo, não termos o nosso coração empedernido. Às vezes, é a coragem de sairmos do “sempre se fez assim” ou do “toda a gente faz assim”. É terrível como “o que fulano faz” nos pode influenciar e como o facto de ninguém fazer nos pode tolher (“onde é que já se viu?”). O leitor está aberto ao Espírito Santo?

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Não querem que os discípulos ensinem o povo,
Sacerdotes, comandante do Templo e os saduceus;
Têm medo deste tempo que é um tempo novo,
Têm medo de Jesus ressuscitado, Filho de Deus.

Apoderam-se deles e metem-nos na prisão,
Mas o número de crentes aumentava ainda;
Querem silenciá-los e por isso lhe põem a mão;
Esta pregação desenvolta e livre não é bem-vinda.

Mas pregarão sem medo; a pedra desprezada
Ressuscitou ao terceiro dia, varrendo a morte;
Agora continua com os apóstolos na caminhada,
Proclamadores da Palavra, gente bem mais forte.

Mesmo quando em toda a noite não pescam nada!
Não desistais, amigos; lançai as redes para a direita!
Cento e cinquenta e três peixes; pesca avolumada!
Uma pesca milagrosa, por isso pesca tão perfeita.

Teófilo Minga, fms

Quinta feira - 9 de abril de 2015

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OITAVA DA PÁSCOA

Evangelho segundo S. Lucas 24, 35-48

Naquele tempo, os discípulos de Emaús contaram o que tinha acontecido no caminho e como tinham reconhecido Jesus ao partir do pão. Enquanto diziam isto, Jesus apresentou-Se no meio deles e disse-lhes: «A paz esteja convosco». Espantados e cheios de medo, julgavam ver um espírito. Disse-lhes Jesus: «Porque estais perturbados e porque se levantam esses pensamentos nos vossos corações? Vede as minhas mãos e os meus pés: sou Eu mesmo; tocai-Me e vede: um espírito não tem carne nem ossos, como vedes que Eu tenho». Dito isto, mostrou-lhes as mãos e os pés. E como eles, na sua alegria e admiração, não queriam ainda acreditar, perguntou-lhes: «Tendes aí alguma coisa para comer?» Deram-Lhe uma posta de peixe assado, que Ele tomou e começou a comer diante deles. Depois disse-lhes: «Foram estas as palavras que vos dirigi, quando ainda estava convosco: ‘Tem de se cumprir tudo o que está escrito a meu respeito na Lei de Moisés, nos Profetas e nos Salmos’». Abriu-lhes então o entendimento para compreenderem as Escrituras e disse-lhes: «Assim está escrito que o Messias havia de sofrer e de ressuscitar dos mortos ao terceiro dia, e que havia de ser pregado em seu nome o arrependimento e o perdão dos pecados a todas as nações, começando por Jerusalém. Vós sois as testemunhas de todas estas coisas».

Outras leituras do dia: Act 3, 11-26; Sal 8, 2ab e 5. 6-7. 8-9


Tudo submetestes a seus pés. (Salmo)

Quer o salmista dizer que o mundo foi submetido por Deus aos pés do homem. E como é que temos tratado este mundo que foi posto aos nossos pés? Quando morrermos, como é que vamos responder à inevitável pergunta de Deus: «Como é que deixaste o mundo atrás de ti?» Que quantidade de água é que o leitor usa? Recicla o papel que usa? Usa-o de um lado e do outro? Por outro lado, pode cair em exageros: trata melhor os seus animais do que trata os seus irmãos?

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Homens, porque vos admirais com tudo isto?
Não foi por nosso próprio poder ou piedade
Que este homem pôde andar. Foi o poder de Cristo
Que o curou para enfim caminhar em liberdade.

Sei que vós agistes por ignorância, meus irmãos;
Arrependei-vos e convertei-vos do vosso pecado;
Na sua misericórdia apaga o pecado de vossas mãos,
A vossa conversão será sinal de tempo renovado.

Tempo em que Jesus estará no mio de nós;
Poderá ser nosso guia à beira dos caminhos,
Como foi a caminho de Emaús; não nos deixa sós:
Nele transformam-se em alegria nossos espinhos.

Cumpriu-se em mim o escrito na Lei de Moisés;
Abri-lhes a mente ao entendimento das Escrituras;
Agora sede meus mensageiros e com os vossos pés
Ide e anunciai minhas palavras límpidas e puras.

Teófilo Minga, fms

Quarta feira - 8 de abril de 2015

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OITAVA DA PÁSCOA

Evangelho segundo S. Lucas 24, 13-35

Dois dos discípulos de Jesus iam a caminho duma povoação chamada Emaús, que ficava a duas léguas de Jerusalém. Conversavam entre si sobre tudo o que tinha sucedido. Enquanto falavam e discutiam, Jesus aproximou-Se deles e pôs-Se com eles a caminho. Mas os seus olhos estavam impedidos de O reconhecerem. Ele perguntou-lhes: «Que palavras são essas que trocais entre vós pelo caminho?» Pararam, com ar muito triste, e um deles, chamado Cléofas, respondeu: «Tu és o único habitante de Jerusalém a ignorar o que lá se passou nestes dias». E Ele perguntou: «Que foi?» Responderam-Lhe: «O que se refere a Jesus de Nazaré, profeta poderoso em obras e palavras diante de Deus e de todo o povo; e como os príncipes dos sacerdotes e os nossos chefes O entregaram para ser condenado à morte e crucificado. Nós esperávamos que fosse Ele quem havia de libertar Israel. Mas, afinal, é já o terceiro dia depois que isto aconteceu. É verdade que algumas mulheres do nosso grupo nos sobressaltaram: foram de madrugada ao sepulcro, não encontraram o corpo de Jesus e vieram dizer que lhes tinham aparecido uns Anjos a anunciar que Ele estava vivo. Alguns dos nossos foram ao sepulcro e encontraram tudo como as mulheres tinham dito. Mas a Ele não O viram». Então Jesus disse-lhes: «Homens sem inteligência e lentos de espírito para acreditar em tudo o que os profetas anunciaram! Não tinha o Messias de sofrer tudo isso para entrar na sua glória?» Depois, começando por Moisés e passando pelos Profetas, explicou-lhes em todas as Escrituras o que Lhe dizia respeito. Ao chegarem perto da povoação para onde iam, Jesus fez menção de seguir para diante. Mas eles convenceram-n’O a ficar, dizendo: «Ficai connosco, porque o dia está a terminar e vem caindo a noite». Jesus entrou e ficou com eles. E quando Se pôs à mesa, tomou o pão, recitou a bênção, partiu-o e entregou-lho. Nesse momento abriram-se-lhes os olhos e reconheceram-n’O. Mas Ele desapareceu da sua presença. Disseram então um para o outro: «Não ardia cá dentro o nosso coração, quando Ele nos falava pelo caminho e nos explicava as Escrituras?» Partiram imediatamente de regresso a Jerusalém e encontraram reunidos os Onze e os que estavam com eles, que diziam: «Na verdade, o Senhor ressuscitou e apareceu a Simão». E eles contaram o que tinha acontecido no caminho e como O tinham reconhecido ao partir o pão.

Outras leituras do dia: Act 3, 1-10; Sal 104 (105), 1-2. 3-4. 6-7. 8-9


Homens sem inteligência e lentos de espírito. (Evangelho)

Há que fazer um esforço em perceber o que é que Deus quer de nós. Lermos o Evangelho, ouvirmos as leituras na missa (e etc.), mesmo acompanhadas de um comentário, não exclui um trabalho de reflexão pessoal sobre o que é que Deus quer de nós. Quanto mais não seja, para aplicar o comentário que nos tocou à nossa vida pessoal. Nada nos desculpa uma certa bacoquice de espírito devida à nossa preguiça.

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Pedro e João subiam ao Templo para rezar.
Eram as três da tarde; ali um coxo pedia;
O seu ofício era esse mesmo: o de mendigar,
Junto à Formosa, porta do Templo, dia após dia.

Como a todos pede esmola a Pedro e a João;
Veem claramente: o que pede é enfim a saúde;
Não têm ouro nem prata, nem dinheiro e pão,
Mas o melhor dos bens, dom do Céu que não ilude.

Como aqueles discípulos a caminho de um povoado,
A caminho de Emaús, completamente desiludidos,
Ou a fé frágil, gente para quem tudo tinha acabado.
Esperávamos a libertação… e já la vão três dias…

Ó gente lenta e sem compreensão alguma…
Ao caminhar pouco a pouco lhes abre o coração:
Essas coisas deviam acontecer uma a uma…
Depois reconheceram-no ao partir do pão.

Teófilo Minga, fms

Terça feira - 7 de abril de 2015

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OITAVA DA PÁSCOA

Evangelho segundo S. João 20, 11-18

Naquele tempo, Maria Madalena estava a chorar junto do sepulcro. Enquanto chorava, debruçou-se para dentro do sepulcro e viu dois Anjos vestidos de branco, sentados, um à cabeceira e outro aos pés, onde estivera deitado o corpo de Jesus. Os Anjos perguntaram a Maria: «Mulher, porque choras?» Ela respondeu- lhes: «Porque levaram o meu Senhor e não sei onde O puseram». Dito isto, voltou-se para trás e viu Jesus de pé, sem saber que era Ele. Disse-lhe Jesus: «Mulher, porque choras? A quem procuras?» Pensando que era o jardineiro, ela respondeu-Lhe: «Senhor, se foste tu que O levaste, diz-me onde O puseste, para eu O ir buscar». Disse-lhe Jesus: «Maria!» Ela voltou-se e respondeu em hebraico: «Rabuni!», que quer dizer: «Mestre!» Jesus disse-lhe: «Não Me detenhas, porque ainda não subi para o Pai. Vai ter com os meus irmãos e diz-lhes que vou subir para o meu Pai e vosso Pai, para o meu Deus e vosso Deus». Maria Madalena foi anunciar aos discípulos: «Vi o Senhor». E contou-lhes o que Ele lhe tinha dito.

Outras leituras do dia: Act 2, 36-41; Sal 32 (33), 4-5. 18-19. 20 e 22


Não me detenhas... (Evangelho)

É uma tentação grande deter Jesus dentro de nós: rezarmos muito bem, irmos diariamente à missa, termos uma piedade impecável, participarmos em actividades da paróquia, grupos de partilha, etc. E a nossa relação com os outros estar exactamente como há dez anos. A nossa relação com os outros, com o nosso cônjuge, com os filhos, com as pessoas da nossa comunidades, enfim, com os “outros” deve ir melhorando sempre. A do leitor melhora?

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Jesus que crucificastes é Senhor e Messias…
Então perguntam: que havemos de fazer, irmãos?
Arrependei-vos sempre, ao logo dos vossos dias,
Batizai-vos e tornai-vos dos céus concidadãos.

No batismo as vossas faltas serão perdoadas;
Recebereis também o dom do Espírito Santo,
Vossa força e santidade ao longo das estradas,
Para proclamardes o Evangelho a cada canto.

Tal como fez Maria de Magdala, um dia,
Que junto ao túmulo de Jesus, triste chora.
Como vai longe a palavra Jesus e a alegria
Que lhe tinha dado em tempos. Morto, e agora?

Tristeza infinda que não pode continuar …
Mal ela imaginava Jesus ali ressuscitado.
E a pergunta: “Mulher, porque estás a chorar?”
“Rabuni!”. Não posso crer, Tu aqui a meu lado.

Teófilo Minga, fms