Sábado - 6 de setembro de 2014

Ouvir o Evangelho


Evangelho segundo S. Lucas 6, 1-5

Passava Jesus através das searas num dia de sábado e os discípulos apanhavam e comiam as espigas, debulhando-as com as mãos. Alguns fariseus disseram «Porque fazeis o que não é permitido ao sábado?». Respondeu-lhes Jesus: «Não lestes o que fez David, quando ele e os seus companheiros sentiram fome? Entrou na casa de Deus, tomou e comeu os pães da proposição, que só aos sacerdotes era permitido comer, e também os deu aos companheiros». E acrescentou; «O Filho do homem é senhor do sábado».

Outras leituras do dia: 1 Cor 4, 6b-15; Sal 144 (145), 17-18. 19-20. 21


Deus é senhor das estações e dos tempos. A lei pode parecer perfeita e sagrada, mas só o será se estiver ao serviço do homem. O ser humano é o único que traz reproduzida em si a imagem de Deus, que dialoga com Ele, que pode interpretar à sua maneira e alterar até um preceito, se este não o ajudar a crescer e a ser feliz. O mandamento novo não tem horário nem deve pedir licença para fazer bem ao próximo. O Filho do Homem e, como consequência, qualquer filho de Deus são senhores também do sábado.
«Palavra e Vida 2014» - O Evangelho comentado cada dia - uma iniciativa dos Missionários Claretianos, ao serviço da evangelização.


Aprendei de nós a não ir além do que está escrito;
Não vos vanglorieis conta o outro tomando partido;
Fui eu que vos gerei; gerados na Palavra de Cristo,
Vós sois para mim, em Jesus, meu povo querido.

Dei-vos o ensino que não é a sabedoria do mundo,
Que nós mesmos por tantos somos desprezados;
Mas o amor do Evangelho foi sempre mais profundo:
Somos capazes de abençoar mesmo se amaldiçoados.

É um amor além da lei; um amor de raiz-divina,
Que a lei em si está longe de ser a lei perfeita
E ser guia segura que a nossa consciência ilumina;
É com a Palavra de Deus que nossa vida deve ser feita.

Mesmo o sábado, em si, não é um dever absoluto;
Dever absoluto é a Palavra e o mandamento novo;
De outro modo o direito pode tornar-se corrupto,
E não mais servir para o seu fim: o bem do povo.

Teófilo Minga, fms