Terça feira - 30 de setembro de 2014

Ouvir o Evangelho


Evangelho segundo S. Lucas 9, 51-56

Aproximando-se os dias de Jesus ser levado deste mundo, Ele tomou a decisão de Se dirigir a Jerusalém e mandou mensageiros à sua frente. Estes puseram-se a caminho e entraram numa povoação de samaritanos, a fim de Lhe prepararem hospedagem. Mas aquela gente não O quis receber, porque ia a caminho de Jerusalém. Vendo isto, os discípulos Tiago e João disseram a Jesus: «Senhor, queres que mandemos descer fogo do céu que os destrua?». Mas Jesus voltou-Se e repreendeu-os. E seguiram para outra povoação.

Outras leituras do dia: Job 3, 1-3. 11-17. 20-23; Sal 87 (88), 2-3. 4-5. 6. 7-8

Santo do dia
S. Jerónimo, presbítero e doutor da Igreja


Parece que a tentação do fanatismo e da vingança anda sempre camuflada, à espera de um dia deflagrar. Os discípulos não digerem bem a recusa ostensiva dos Samaritanos em acolher Jesus. Desde 325, antes de Cristo, que as relações entre eles e os judeus se haviam deteriorado. Os impulsivos Tiago e João pretendem a incineração imediata destes ‘réprobos’. Jesus repreende-os e vê-se incompreendido até pelos seus próprios seguidores. O que caracteriza um cristão nunca deve ser repudiar os ‘maus’, mas estar disposto a perdoar e a devolver o bem a quem eventualmente o prejudica.
«Palavra e Vida 2014» - O Evangelho comentado cada dia - uma iniciativa dos Missionários Claretianos, ao serviço da evangelização.


Job amaldiçoou o dia do seu nascimento:
Porque não morri no seio da minha mãe?
Pobre homem, extrema seu descontentamento,
Continuamente perdido por esse mundo além.

Porque razão foi dada tanta luz ao infeliz,
E vida àqueles para quem só há amargura?
É a questão que continuamente se diz,
E que levanta todo o que anda à procura,

Para o problema do sofrimento e da dor;
Também nos toca pelos caminhos do mundo;
É um problema que mesmo o Senhor
Afrontou de modo aberto e profundo.

Os discípulos deixam-se levar pela vingança:
Venho o fogo do céu para estes samaritanos.
Jesus os repreende e dá-nos outra esperança:
A do perdão que nos torna mais humanos.

Teófilo Minga, fms