Ouvir o Evangelho
APRESENTAÇÃO DA VIRGEM SANTA MARIA
Evangelho segundo S. Lucas 19, 45-48
Naquele tempo, Jesus entrou no templo e começou a expulsar os vendedores, dizendo-lhes: «Está escrito: ‘A minha casa é casa de oração’; e vós fizestes dela ‘um covil de ladrões’». Jesus ensinava todos os dias no templo. Os príncipes dos sacerdotes, os escribas e os chefes do povo procuravam dar Lhe a morte, mas não encontravam o modo de o fazer, porque todo o povo ficava maravilhado quando O ouvia.
Outras leituras do dia: Ap 10, 8-11; Sal 118 (119), 14 e 24. 72 e 103. 111 e 131
É caricato e sacrílego que os filhos de Deus pretendam expulsar
o Pai de casa. Adão e Eva tentaram-no, no paraíso! A nossa civilização
tem a veleidade de repetir esse gesto. Serve-se, para tal, de instrumentos
que dão pelo nome de laicismo, relativismo, indiferença, orgulho, etc.
Acha que se basta a si própria e que não tem de dar satisfações ao Criador
do universo. A nossa terra, que é o lar de habitação de Deus e do homem,
local privilegiado para o diálogo mútuo, parece ter-se convertido
num ‘covil de ladrões’. Ontem, como hoje, muitas pessoas,
pretensamente religiosas, buscam motivos para eliminar Deus
da sociedade, mas é sempre o povo simples quem se presta a defendê-l’O, a
louvá-l’O e a ficar maravilhado com as palavras cheias de encanto
e de ternura que saem da sua boca.
«Palavra e Vida 2014» - O Evangelho comentado cada dia - uma iniciativa dos
Missionários Claretianos, ao serviço da evangelização.
Uma voz do céu falou-me de novo:
Toma o livro aberto, de pé sobre o mar;
Nele está a história do meu povo,
Que amei até ao fim, para o salvar.
Come-o; amargar-te-á nas entranhas,
Mas na tua boca será doce como o mel;
É a história do meu povo; suas façanhas,
O retrato de Deus em tudo sempre fiel.
Retrato do Cordeiro a expulsar os vendedores,
Que da casa de Deus fizeram covil de ladrões;
O dinheiro fez-lhes esquecer o amor dos amores,
Aquele que mendiga o amor de nossos corações.
Depois os escribas e ainda os chefes do povo,
Procuravam a todo o momento dar-lhe a morte.
A história repete-se hoje: não há nada de novo
Sobre o orbe: em tantos lados perdeu o norte.
Teófilo Minga, fms