Ouvir o Evangelho
Evangelho segundo S. Lucas 14, 15-24 2
Naquele tempo, disse a Jesus um dos que estavam com Ele à mesa: «Feliz de quem tomar parte no banquete do reino de Deus». Respondeu-lhe Jesus: «Certo homem preparou um grande banquete e convidou muita gente. À hora do festim, enviou um servo para dizer aos convidados: ‘Vinde, que está tudo pronto’. Mas todos eles se foram desculpando. O primeiro disse: ‘Comprei um campo e preciso de ir vê-lo. Peço-te que me dispenses’. Outro disse: ‘Comprei cinco juntas de bois e vou experimentá-las. Peço-te que me dispenses’. E outro disse: ‘Casei-me e por isso não posso ir’. Ao voltar, o servo contou tudo isso ao seu senhor. Então o dono da casa indignou-se e disse ao servo: ‘Vai depressa pelas praças e ruas da cidade e traz para aqui os pobres, os aleijados, os cegos e os coxos’. No fim, o servo disse: ‘Senhor, as tuas ordens foram cumpridas, mas ainda há lugar’. O dono da casa disse então ao servo: ‘Vai pelos caminhos e azinhagas e obriga toda a gente a entrar, para que a minha casa fique cheia. Porque eu vos digo que nenhum daqueles que foram convidados provará do meu banquete’».
Outras leituras do dia: Filip 2, 5-11; Sal 21 (22), 26b-27. 28. 29-30a. 30c-32
Eis uma surpreendente contradição entre o desejo e prática.
As pessoas pretendem ser convidados para a ceia, mas, depois,
não comparecem à festa. Parece que a fome radicava mais na ostentação
do que na amizade e na sinceridade para com o anfitrião. É necessário
que haja coerência entre o que se pretende e o que se faz. É preciso servir
a Deus e ao necessitado, como gostaríamos de ser ajudados e atendidos.
Para Deus, um banquete tem de ter sempre a sala a abarrotar,
porque todos são convidados e o Reino dos Céus implica que a festa
e a reunião de todos os filhos de Deus seja ecuménica e total.
«Palavra e Vida 2014» - O Evangelho comentado cada dia - uma iniciativa dos
Missionários Claretianos, ao serviço da evangelização.
Tende em vós os mesmo sentimentos,
Os que encontramos em Cristo Jesus,
Que nos acolhe em todos os momentos:
Acolhamos agora nós também sua luz.
Esvaziemo-nos de nós mesmos: servir,
Como Jesus serviu ao deixar os céus;
Na Cruz nos salvou e começou a construir
Nova humanidade para os filhos seus.
Humanidade que sonhe um mundo diferente,
Onde toda a língua proclame: Jesus é o Senhor;
O banquete do Reino é aberto a toda a gente:
Sirvamo-lo nós agora com todo o amor.
Talvez não venham os convivas primeiros
E seja necessário ir ao encontro dos caminhos.
É la que se encontram os convivas verdadeiros,
Aqueles que sofrem na ferida de seus espinhos.
Teófilo Minga, fms