Ouvir o Evangelho
Evangelho segundo S. Lucas 11, 37-41
Naquele tempo, depois de Jesus ter falado, um fariseu convidou-O para comer em sua casa. Jesus entrou e tomou lugar à mesa. O fariseu admirou-se, ao ver que Ele não tinha feito as abluções antes de comer. Disse-lhe o Senhor: «Vós, os fariseus, limpais o exterior do copo e do prato, mas o vosso interior está cheio de rapina e perversidade. Insensatos! Quem fez o interior não fez também o exterior? Dai antes de esmola o que está dentro e tudo para vós ficará limpo».
Outras leituras do dia: Gal 5, 1-6; Sal 118 (119), 41 e 43. 44-45. 47-48
Não são os ritos que nos salvam nem a aparência exterior
dos nossos actos, mas o perfume, a surpresa e a profundidade
da nossa vida cristã. Se colocarmos o acento tónico no cumprimento
formal de alguns mandamentos e esquecermos que o trabalho de Deus,
dentro de nós, é subterrâneo e transversal, deixaremos de ser sacramentos
do seu amor, porta-vozes do seu Evangelho e imitadores da sua vida.
É no nosso interior que mora toda a riqueza: aí se fabrica o amor,
o perdão, a compaixão e a atenção aos irmãos mais pobres
e excluídos social e religiosamente. Se lhes entregarmos habitualmente
a esmola da nossa ternura e do nosso coração, tudo em nós
ficará limpo e cada dia mais esbelto e santo.
«Palavra e Vida 2014» - O Evangelho comentado cada dia - uma iniciativa dos
Missionários Claretianos, ao serviço da evangelização.
Não vos sujeiteis ao jugo da escravidão;
Foi para a liberdade que Cristo nos libertou;
De pouco ou nada valerá a circuncisão:
Cumprir a Lei, sem amar quem me amou.
O que vale é a fé que atua pelo amor,
É a paixão por Cristo que se ofereceu por nós;
Coloquemos, pois, nossa confiança no Senhor,
Pensando com Ele, sedo no mundo Sua voz.
Diz-nos: não interessam ritos ou a aparência:
Não pensava assim o fariseu que convidou Jesus;
Bem mais vale o valor da nossa existência,
Enriquecida pelo Evangelho e sua luz.
Na nossa vida esteja a profundidade de Deus,
Para sermos em tudo sacramentos do seu amor;
Se não corremos o risco de ser como os fariseus:
Insensatos preocupados apenas cm o exterior.
Teófilo Minga, fms