Quarta feira - 4 de junho de 2014

Ouvir o Evangelho


Evangelho segundo S. João 17, 11b-19

Naquele tempo, Jesus ergueu os olhos ao Céu e orou deste modo: «Pai santo, guarda-os em teu nome, o nome que Me deste, para que sejam um, como Nós. Quando Eu estava com eles, guardava-os em teu nome, o nome que Me deste. Guardei-os e nenhum deles se perdeu, a não ser o filho da perdição; e assim se cumpriu a Escritura. Mas agora vou para Ti; e digo isto no mundo, para que eles tenham em si mesmos a plenitude da minha alegria. Dei-lhes a tua palavra e o mundo odiou-os, por não serem do mundo, como Eu não sou do mundo. Não peço que os tires do mundo, mas que os livres do mal. Eles não são do mundo, como Eu não sou do mundo. Consagra-os na verdade. A tua palavra é a verdade. Assim como Tu Me enviaste ao mundo, também Eu os enviei ao mundo. Eu consagro-Me por eles, para que também eles sejam consagrados na verdade».

Outras leituras do dia: Act 20, 28-38; Sal 67 (68), 29-30. 33-35a. 35b-36c


Há, na história da espiritualidade cristã, um capítulo sobre a “fuga mundi”, a fuga do mundo. Tal atitude não deve ser entendida como refúgio, esconderijo, mas afastamento do mal e união íntima com Aquele que é a Verdade. É esse o itinerário do cristão que procura e escolhe livremente a contemplação e a solidão, para se unir melhor a Deus. Mas não deve esquecer-se que, sempre e onde estiver, a sua companheira amiga e imprescindível será a cruz de Cristo.
«Palavra e Vida 2014» - O Evangelho comentado cada dia - uma iniciativa dos Missionários Claretianos, ao serviço da evangelização.


Despedida: não vereis mais o meu rosto.
Durante três anos tanto de noite e de dia,
Proclamei o Evangelho, até ao sol-posto!
Não faltou a Cruz, sem ocultar tanta alegria.

Virão lobos temíveis perturbar o rebanho,
Mas confio-vos a Deus e à sua graça;
O sofrimento mesmo de todo o tamanho,
Não vos afaste de Deus, no tempo que passa!

Porque Jesus, os olhos ao céu, rezou por nós,
Para que em tudo se cumprisse a Escritura!
Que no mundo hostil nunca se sintam sós,
O mundo que os odeia em ódio que perdura.

Não são do mundo. Consagro-os na verdade,
Mas também os envio, apóstolos, ao mundo,
Mesmo se vão sofrer por sua identidade,
Pelo amor que me dão, de modo profundo.

Teófilo Minga, fms